11 de outubro de 2011

PSDB se estrutura para ficar forte em Minas – Aécio defende ampla aliança


Fonte: Larissa Arantes – O Tempo

Objetivo tucano é ganhar em 200 cidades de Minas

Presidente do PSDB não descarta fazer alianças com o PSD em dois municípios
Enquanto o discurso do PSDB em Belo Horizonte é o de apoiar uma aliança que vem dando certo para a cidade, sem reivindicar representação efetiva na chapa para as eleições municipais de 2012, em outras importantes cidades mineiras o partido fala em candidatura própria e fortalecimento da sigla. E a meta é ousada: conquistar 200 prefeituras no próximo ano. Atualmente, esse número é de 158.
O PSDB está presente em 829 dos 853 municípios de Minas, com diretórios municipais, 425 ao todo, ou comissões provisórias, que somadas chegam a 404. De acordo com o presidente estadual da legenda, deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), o Estado tem relevância não só pela questão econômica. “Minas Gerais é o Estado de maior sucesso para o partido”, explica. O que justificaria a estratégia de fortalecimento.
Apesar de ainda não haver ações completamente definidas, Pestana fala em melhorar a comunicação entre os representantes de cada município e a aposta no poder de disseminação de informação das redes sociais, como Twitter e Facebook. O foco das iniciativas é o conjunto de 50 cidades com mais de 50 mil habitantes, em especial aquelas que tiverem posicionamento estratégico no cenário político.
Na região metropolitana de Belo Horizonte, serão três candidaturas próprias: em Contagem será o ex-prefeito da cidade Ademir Lucas; em Betim, Carlaile Pedrosa e em Ribeirão das Neves, a recém-filiada Gláucia Brandão. Outras localidades importantes que também concorrerão à prefeitura com candidato tucano serão Uberlândia, com o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro, e Juiz de Fora, com a possível reeleição de Custódio de Mattos. O PSDB também aposta na aliança com o recém-criado PSD. Em Ipatinga e Uberaba.
Acerto em BH é estratégico para campanha presidencial
São Paulo. O presidente do PSDB em Minas, deputado federal Marcus Pestana, negou que haja contradição entre o discurso do senador Aécio Neves, principal liderança tucana no Estado, e a postura do diretório mineiro da legenda. Aécio afirmou que está pronto para disputar a sucessão presidencial em 2014 contra o PT, seja o candidato petista a presidente Dilma Rousseff ou o ex-presidente Lula.
A capital mineira sequer aparece na lista de cidades consideradas prioritárias e estratégicas para o PSDB mineiro nas eleições de 2012. Apesar do discurso oficial, a postura do PSDB na costura da aliança leva em conta mesmo é o projeto da candidatura presidencial de Aécio em 2014. Nos bastidores, a informação é de que partiu de Aécio a orientação de não criar atrito com o PSB de seu amigo e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional socialista.
Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que a definição do candidato tucano só em 2013.
Campanha
Aécio defende aliança ampla
São Paulo. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu na noite de ontem que o PSDB mantenha as portas abertas para uma eventual aliança com o PSD, partido recém-criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O tucano ponderou, contudo, que no atual momento é necessário aguardar a postura que tomará a legenda recém-criada em relação ao governo federal.
O senador acrescentou que a formação de um leque maior de alianças deve não apenas focar a disputa presidencial em 2014, mas também ter como meta a retomada do espaço da oposição ao governo federal no Congresso Nacional. O senador participou de reunião do Conselho Político do PSDB, promovida no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.
Em relação a declaração de Aécio de que é candidato em 2014, para o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, Aécio ”fez o que devia fazer”, concedendo uma “entrevista politicamente correta”. Quanto às prévias, no entanto, ele confessa que “sempre” teve restrição a elas e adverte que considera “muito difícil” fazer uma eleição prévia com legitimidade. Para ele, no atual momento, não tem nada mais democrático do que uma convenção para escolher candidatos, com representantes dos Estados e das instâncias partidárias.

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