4 de maio de 2015

O Dia do Trabalho, artigo Aécio Neves

Dilma chama trabalhadores para pagar do seu bolso 89% do custo do ajuste fiscal, sem ter fechado um único ministério ou cortado um único cargo de confiança.


Não houve o que comemorar no Dia do Trabalho. O governo estragou a festa.


Fonte: Folha de S.Paulo 



O Dia do Trabalho


Artigo AÉCIO NEVES


Quando se critica a má gestão do governo do PT e, em especial, os erros sucessivos da política econômica dos últimos anos, muitos acham que a oposição é pessimista e gosta de mostrar só o que não funciona. Mas é justamente o contrário.


Temos tudo para ser um grande país se o governo não atrapalhar tanto, com os seus sucessivos erros, o crescimento econômico e o avanço social dos brasileiros.


Ao contrário de vários países emergentes, no Brasil há uma Justiça e órgãos de controle independentes, que estão lutando contra o aparelhamento político das estatais, patrocinado pelo governo do PT; temos uma indústria diversificada e um setor agropecuário que é um dos mais competitivos do mundo e um amplo sistema de proteção social estabelecido pela Constituição em 1988.


O natural seria estarmos crescendo entre 4% e 5% ao ano, em vez de termos uma estagnação (crescimento econômico igual a “zero”) no triênio 2014, 2015 e 2016, segundo projeções do mercado. Isso é ainda agravado pelo fato de, nesses mesmos três anos, a inflação média esperada ser de 6,7% ao ano, uma anomalia para um país que não cresce.


baixo crescimento tem efeitos perversos para a vida dos trabalhadores. Na última semana, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego cresceu pela terceira vez consecutiva neste ano e a renda real dos trabalhadores já teve queda de 3% neste período.


Além disso, como a correção real do salário mínimo está ligada ao crescimento do PIB, a estagnação da economia aponta para um crescimento “zero” no valor real do salário mínimo nos próximos dois anos e um aumento médio, no segundo governo Dilma, inferior a 1% ao ano!


O governo, depois de negar sistematicamente nas eleições a necessidade de qualquer ajuste fiscal, propõe agora um ajuste rudimentar cuja parte mais visível foi um corte real de 50% no investimentos dos ministérios da Saúde e da Educação, no primeiro trimestre do ano, redução dos direitos do trabalhadores e propostas de aumentos de vários impostose da conta de luz, que somam R$ 52 bilhões de uma meta de R$ 58 bilhões de superavit primário do governo federal.


presidente Dilma está chamando os trabalhadores para pagar do seu bolso 89% do custo do ajuste fiscal, sem ter fechado um único ministério ou cortado um único cargo de confiança. Não houve o que comemorar no Dia do Trabalho. O governo estragou a festa.


O presidente dos Correios escreveu artigo em resposta ao texto por mim publicado nesse espaço. Tendo em vista os erros e deliberadas imprecisões e omissões contidas no texto dele, convido a quem se interessar pelo tema a acessar psdb.org.br/acao-irregular-correios para mais informações.


AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Aécio Neves reúne oposição para discutir impeachment de Dilma

Aécio afirmou que a oposição age de forma articulada e com responsabilidade na investigação das denúncias contra o governo federal e o PT.


Uma saída para saída de Dilma é reforçar pedido de investigação sobre crimes eleitorais


Fonte: Jogo do Poder 



Oposição agirá de forma articulada e com responsabilidade, afirma Aécio Neves sobre denúncias do governo Dilma


O presidente nacional do PSDBsenador Aécio Neves, se reuniu, nesta terça-feira (28/04), com líderes do partido e de outras três siglas na Câmara dos Deputados para discutir uma ação conjunta da oposição em relação a um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.


Aécio Neves afirmou que a oposição age de forma articulada e com responsabilidade na investigação das denúncias que pesam contra o governo federal e também contra o PT nas novas revelações feitas no escândalo da Petrobras. Ele anunciou uma nova reunião com os presidentes dos partidos de oposição para a próxima semana.


“Vamos agir, repito, e esse é o grande fato que eu queria aqui ressaltar hoje, de forma articulada. Os partidos de oposição, no momento em que definirem qual será o próximo passo, farão isso de forma conjunta e acho que o ideal é que não seja apenas manifestação, seja da bancada da Câmara, do Senado ou de instâncias regionais, seja de todo o partido”, afirmou Aécio Neves, em entrevista à imprensa.


O presidente tucano cumprimentou os trabalhos que vêm sendo feito pelos líderes do partido na Câmara, deputados Carlos Sampaio, e no Senado, senador Cássio Cunha Lima, e disse que todas as iniciativas de fiscalização do governo federal estão sendo tomadas.


“Estou convidando para, na próxima quarta-feira, uma nova reunião com a presença dos presidentes dos partidos de oposição e com os líderes dos partidos no Senado para, com base em tudo aquilo que for levantado, com as denúncias novas que surgem a cada dia. Com base nisso, e com extrema serenidade e responsabilidade, definirmos os passos que daremos a seguir. Nenhum está descartado”, afirmou.


Além dos tucanos, a reunião de hoje contou com a presença dos líderes do DEM na Câmara, Mendonça Filho; do PPS, Rubens Bueno e do SolidariedadeArthur Maia. Também participaram, o presidente do SolidariedadePaulo Pereira da Silva.


Aécio Neves ressaltou que a oposição não permitirá que qualquer denúncia de corrupção contra o governo federal deixe de ser investigada. O senador citou os últimos casos relevados pela imprensa, como o adiamento para depois das eleições de uma investigação na Petrobras pela Controladoria-Geral da União (CGU) e as denúncias de que dinheiro desviado da empresa tenha abastecido os cofres da campanha de Dilma Rousseff à reeleição.


“Nenhum [passo] está descartado, mas não nos precipitaremos e atuaremos de forma absolutamente responsável como tem ocorrido até aqui. Não deixaremos impunes os crimes que foram cometidos pelo atual governo durante o processo eleitoral e, nos últimos anos, e, eventualmente, até já no início deste mandato”, afirmou.

Artigo Aécio Neves: Brasileiros vão pagar a conta do Governo do PT

Governo produziu uma crise macroeconômica de grandes proporções e vai esgotando a cada dia a sua credibilidade e a sua capacidade de governança.


Temos hoje um governo sem qualquer diálogo com a sociedade


Fonte: Folha de S.Paulo



Pagando a conta


O Brasil corre o risco de ter um longo ciclo de três anos (2014-2015-2016) de crescimento médio muito próximo de zero ou até mesmo negativo. Esse desempenho medíocre do país só ocorreu em três momentos da nossa história recente: na Grande Depressão (1929-1931), na crise da dívida (1981-1983) e no Plano Collor (1990-1992).


Fato é que, desde o início de dezembro de 2014, as projeções de crescimento da economia brasileira passaram a cair todas as semanas. Com a piora do cenário, já se trabalha com um resultado para este ano de uma queda do PIB próxima a 1%. Mas muitos já apostam em uma redução do PIB entre 1,5% e 2%.


Depois de negar peremptoriamente a necessidade de ajuste durante a campanha eleitoral, o governo manda ao Congresso um conjunto de medidas muito mais duras do que seria necessário se tivesse agido no tempo correto e, por exemplo, controlado o crescimento desenfreado do gasto público.


Um ajuste fiscal de mais de R$ 100 bilhões, como o prometido, em um contexto de recessão agravado pela crise política e pela crise de corrupção na Petrobras, transforma em grande frustração os compromissos que o atual governo assumiu para ganhar as eleições. Não será, inclusive, um ajuste rápido como se apregoa, mas vários anos de aperto fiscal em uma conjuntura de baixo crescimento.


A verdade é que o ajuste fiscal deveria ser apenas uma parte de um programa mais amplo de crescimento e de reformas estruturais discutido com a sociedade civil e pactuado pela presidente da República.


O quadro poderia ser completamente outro se não houvesse uma grave crise de confiança, que afugenta o investimento privado e alcança, agora, segundo indicadores da Fundação Getúlio Vargas, os níveis mais baixos desde o auge da crise financeira mundial de 2009.


Temos hoje um governo sem qualquer diálogo com a sociedade, que faz o que quer, como quer e quando quer. Sem um plano de desenvolvimento, e eleito com base em promessas que não serão cumpridas, entrega ao país um ajuste rudimentar que terá um custo muito elevado para a sociedade, pois será baseado na redução de direitos dos trabalhadores, cortes do investimento público e aumento de carga tributária.


A questão que parece ser central agora é que é muito difícil fazer ajustes de fundo, consistentes, em um governo politicamente fraco. Em muitos casos, crises podem virar janelas de oportunidade para se criar um consenso mínimo a favor de uma agenda mais ampla de reformas. Hoje acontece o contrário: o governo produziu uma crise macroeconômica de grandes proporções e vai esgotando a cada dia a sua credibilidade e a sua capacidade de governança.

Aécio Neves quer abrir diálogo com grupos anti-Dilma

Aécio quer criar canal de diálogo para aproximação com os principais movimentos que organizaram protestos no último domingo.


Movimento Fora Dilma


Fonte: O Tempo 



Aécio tentará se aproximar de grupos anti-Dilma, diz dirigente do PSDB


O candidato tucano derrotado na sucessão presidencial era esperado nas últimas duas manifestações contra o governo, mas, de última hora, decidiu não participar


O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, pretende criar um canal de diálogo para aproximação dos partidos de oposição ao governo federal com os principais movimentos que organizaram protestos neste domingo (12) pela saída da presidente Dilma Rousseff (PT).


Segundo o presidente estadual do PSDB em Minas Gerais, Marcus Pestana, o tucano convidará neste mês os dirigentes de grupos como o Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre para discutir suas reivindicações e questioná-los se há abertura para sua participação em futuros protestos.


O candidato tucano derrotado na sucessão presidencial era esperado nas últimas duas manifestações contra o governo, mas, de última hora, decidiu não participar. A criação de uma relação com esses movimentos contrários ao governo federal ainda é vista com cautela pelo comando nacional do PSDB.


Na manifestação realizada na av. Paulista, os dirigentes do Vem pra Rua e do Movimento Brasil Livre criticaram os partidos de oposição, a quem chamaram de “frouxos”, e cobraram maior empenho deles na abertura de um processo de impeachment no Congresso Nacional.


“O Aécio Neves vai, nos próximos dias, convidar a direção desses movimentos para um diálogo nacional”, disse Marcus Pestana. “Como você vai tomar café na casa de uma pessoa que não te convidou? O passo que temos de dar é um diálogo com os movimentos para clarear. Eles nos querem lá?”, questionou.


Pestana participou nesta segunda-feira (13) de seminário sobre reforma política promovido, na capital paulista, pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC).


ex-presidente FHC, também presente ao evento, defendeu o distanciamento da oposição. Na avaliação dele, a participação institucional das legendas politicas nos protestos de rua seria “grave” e poderia representar uma tentativa de “instrumentalizar” atos convocados por setores da sociedade civil.


Segundo o presidente do PSDB em Minas Gerais, Aécio chegou a pensar em participar do protesto deste domingo (12), mas teve receio de que sua presença criasse um clima de “terceiro turno” da eleição presidencial.


“Nós precisamos nos entender [com os movimentos de rua]. Qual a visão deles sobre o Brasil?”, questionou. “Imagine se o Aécio Neves participa de um movimento difuso e alguém tira uma foto com ele com uma camiseta favorável à volta dos militares? Pronto, aí o PT faz uma festa”, observou.


Aécio chegou a divulgar, na sexta-feira (10), um vídeo em que convocava a população para os protestos de domingo.


IMPEACHMENT


O dirigente defendeu que o PSDB tem feito uma oposição “firme” e “segura” no Congresso. Na avaliação dele, o processo de impeachment deve ser um ponto de chegada, não um ponto de partida, como defendem alguns movimentos de rua.


“Não é um processo trivial. Você não afasta um presidente como troca de camisa”, ressaltou.


Segundo ele, a abertura de um processo de afastamento da presidente tem apoio social, como mostrou pesquisa Datafolha, mas ainda faltam substância jurídica e apoio no Congresso. De acordo com o instituto de pesquisa, 63% dos brasileiros são favoráveis à discussão do impeachment no Poder Legislativo.


“O PSDB não patrocinará nenhuma aventura autoritária, nenhum retorno ao passado. Nós temos um compromisso radical com a democracia e, portanto, com as instituições democráticas”, ressaltou.

Aécio critica decisão do PT de adiar indexador da dívida dos estados

Aécio Neves protestou, no Senado, contra a decisão do PT de adiar a entrada em vigor do novo indexador da dívida dos estados e municípios.


Promessa de mudança do indexador foi feita aos estados e municípios ainda no primeiro mandato do então presidente Lula, em 2003.


Fonte: Jogo do Poder 



Aécio Neves critica decisão do PT que adiou indexador da dívida dos estados


senador Aécio Neves protestou, nesta terça-feira (28), no Senado, contra a decisão do PT de adiar a entrada em vigor do novo indexador da dívida dos estados e municípios cobrada pelo governo federal.


Após uma discussão que durou meses, o Senado aprovou o texto base do Projeto de Lei 15/2015 que reduz os juros pagos pelos cofres dos estados e municípios brasileiros. A base governista e a bancada do PT, porém, aprovaram uma emenda que permitiu ao governo adiar a aplicação do novo índice apenas no ano que vem.


“É preciso que fique claro para todos os brasileiros, para os governantes municipais e estaduais que o PT e, obviamente, os partidos que dão sustentação ao governo federal estão adiando a entrada em vigor desse novo indexador. Portanto, o alívio que, no que dependesse do PSDB, estaria sendo dado já a partir da promulgação dessa matéria, só ocorrerá, se ocorrer, no ano que vem”, afirmou Aécio Neves em discurso no plenário do Senado.


A promessa de mudança do indexador foi feita aos estados e municípios ainda no primeiro mandato do então presidente Lula, em 2003, e vem sendo adiada pelo governo do PT há mais de doze anos.


Aécio Neves fez questão de ressaltar que o PSDB votou contra a emenda e voltou a criticar o governo da presidente Dilma Rousseff por não honrar os compromissos e as promessas feitas aos estados e municípios.


“Esta matéria, este novo indexador, que traz sim um alívio aos estados e municípios, deveria já estar vigorando há muito tempo, não fosse o governo federal, em razão da incapacidade e irresponsabilidade que demonstrou na condução da economia, não tivesse impedido que ele ocorresse. Quem mais uma vez rompe com esses compromissos é governo do PT, que tem um discurso nos estados e, infelizmente, aqui vota, a meu ver, nessa emenda, contrariamente ao interesse da federação brasileira”, criticou Aécio Neves.

Artigo Aécio Neves: 100 dias

Se não bastasse a corrupção em níveis estratosféricos, a nação se vê tomada por um sentimento de logro e decepção.


No PT, acusados de corrupção são oficialmente recebidos sob aplausos em reuniões do partido, que se limita a enxergar os milhões de brasileiros indignados como mal agradecidos e desinformados.


Fonte: Folha de S.Paulo 



100 dias


ARTIGO AÉCIO NEVES


Diz o provérbio popular que não há nada tão ruim que não possa piorar. Esse parece ser o lema dos cem primeiros dias do segundo governo Dilma, tal a capacidade que este tem de gerar a cada dia indicadores e projeções que agravam o cenário de crise econômica e paralisia política que assombra o país. Se não bastasse a corrupção em níveis estratosféricos, por si só uma mancha que envergonha o país, a nação se vê tomada por um sentimento de logro e decepção.


É a constatação de que o país foi levado às cordas, de forma irresponsável por motivações políticas menores: a manutenção de um projeto de poder a qualquer preço. A ruína é ética, econômica, política. O PT conseguiu, em poucos anos, o que parecia impossível: quase destruiu a nossa maior empresa, protagonizou os maiores escândalos de malversação dos recursos públicos da história do país, desorganizou todo o sistema elétrico, promoveu a desindustrialização e postergou um programa mínimo de investimentos na infraestrutura.


Empresas e famílias estão sofrendo com a alta dos custos financeiros. Em março, houve o maior saque líquido de recursos da caderneta de poupança em um único mês em toda a série histórica do BC, desde 1995. Foi o mês que registrou também a pior inflação dos últimos 12 anos, e o desemprego avançou em todas as regiões.


Não estamos diante apenas de um governo inapto à boa gestão. O que estamos assistindo é o fim melancólico de um ciclo de poder, com um legado que promete ser terrível. Nada mais simbólico deste ambiente do que uma presidente da República que terceiriza as suas principais responsabilidades.


A economia está nas mãos de um fiador e a política entregue a um partido que não é o seu. Ao abrir mão de gerir as duas áreas sobre as quais se fundamentam todas as decisões da administração, o que se constata é que a presidente mantém o cargo, mas renunciou ao governo. O resultado é um país sem rumo, imerso em desafios.


A verdade é que enquanto surfou na herança bendita do governo do PSDB e foi beneficiado por circunstâncias externas, o governo do PT conseguiu apresentar alguns resultados ao Brasil. Mas, quando começou a agir como o que de fato ele é, trouxe o país para o poço em que nos encontramos hoje.


O que é espantoso é que o PT continua como dantes, impávido, incapaz de esboçar qualquer autocrítica que reconheça a sua enorme responsabilidade pelo descalabro em que se encontra o Brasil. Acusados de corrupção são oficialmente recebidos sob aplausos em reuniões do partido, que se limita a enxergar os milhões de brasileiros indignados como mal agradecidos e desinformados.


AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Aécio: E os Correios? - Coluna Folha

O que vem ocorrendo no fundo de pensão dos Correios não é diferente do que acontece nos demais fundos, tomados pelo aparelhamento e má gestão.


É hora de cobrar responsabilidades e transparência.


Fonte: Folha de S.Paulo


AÉCIO NEVES


Dias atrás, a Justiça atendeu ao pedido da Associação dos Profissionais dos Correios e suspendeu o pagamento das contribuições extras de participantes do fundo de pensão Postalis como forma de equacionar o enorme rombo existente, resultado da negligência e da crônica má gestão.


Revisito a matéria porque, com todas as atenções voltadas para os graves desdobramentos do escândalo da, outras situações não menos graves vão se diluindo sem conseguir mobilizar o país.


É exatamente o que acontece com a crise dos Correios, outra empresa que se transmudou em uma espécie de resumo das mazelas que ocorrem no país: corrupção, compadrio, ineficiência e uso vergonhoso do Estado em favor de um partido político.


Nos últimos anos, os Correios, assim como outras empresas públicas e seus fundos de pensão, foram ocupados pelo PT. Na campanha eleitoral do ano passado, a estatal foi instrumento de graves irregularidades.


A propaganda da candidata oficial à época foi distribuída sem o devido e necessário controle. A consequência foi que milhões de peças podem ter sido encaminhadas sem o pagamento correspondente. Recentemente, o TCU concluiu que a empresa agiu de forma irregular. Até aqui, pelo que se sabe, ficou por isso mesmo.


Mas não foi só isso. Além de fazer o que não podiam, os Correios não fizeram sua obrigação: deixaram de entregar correspondências eleitorais pagas pelos partidos de oposição. Ação na Justiça denuncia que correspondências de partidos com críticas ao PT simplesmente nunca chegaram aos seus destinatários.


Some-se a isso o escândalo do vídeo gravado durante uma reunião, no qual um deputado petista cumprimenta funcionários da empresa e, sem nenhum pudor, reconhece o uso político dos Correios. Diz ele: “Se hoje nós estamos com 40% [de votos] em Minas Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios“.


Denúncias como essas foram feitas por funcionários da estatal indignados não só com o prejuízo financeiro, mas com o comprometimento da imagem de uma empresa que até pouco tempo atrás tinha a confiança de todos os brasileiros. A conta é alta: o rombo do Postalis pode ser de R$ 5,6 bilhões.


O que vem ocorrendo no fundo de pensão dos Correios não é diferente do que acontece nos demais fundos, tomados, de uma forma ou de outra, pela doença do aparelhamento e da má gestão, com prejuízos incalculáveis aos trabalhadores e ao país.


O Brasil aguarda e exige que investigações rigorosas alcancem também as autênticas caixas-pretas em que esses fundos se transformaram e que resumem o que há de pior na vida pública brasileira. É hora de cobrar responsabilidades e transparência.