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8 de agosto de 2014

Eleições 2014: Ibope mostra crescimento de Aécio pela 3ª vez consecutiva

Pela terceira vez consecutiva, pesquisa do Ibope indica crescimento das intenções de voto para Aécio Neves.


Eleições 2014


Fonte: PSDB



Aécio consolida trajetória de crescimento na corrida eleitoral


Pela terceira vez consecutiva, pesquisa do Ibope indica crescimento das intenções de voto em Aécio Neves, candidato à Presidência da República pela Coligação Muda BrasilAécio cresceu tanto na pesquisa do primeiro turno quanto na projeção do segundo. Nesta última, o crescimento foi maior. Numa disputa com a presidente Dilma, candidata à reeleição, Aécio cresceu três pontos em relação ao último levantamento, enquanto a petista cresceu apenas um. Aécio está agora com 36% das intenções de voto – tinha 33% na última pesquisa –, e Dilma, com 42%. Considerando a margem de erro, a diferença entre eles pode ser de apenas dois pontos percentuais.


No primeiro turno, 23% dos eleitores declaram intenção de voto em Aécio Neves. A candidata do PT tem 38% dos votos. A margem de erro é de dois pontos. Em julho, Dilma Roussef tinha os mesmos 38% das intenções de voto, ante 22% de Aécio Neves.


pesquisa mostrou ainda que a taxa de rejeição de Aécio está em queda: foi de 16% para 15%. A de Dilma se manteve em 36%.


A pesquisa foi encomendada ao Ibope pela TV Globo, que divulgou os dados nessa quinta-feira (7/08). Foram ouvidas 2.506 pessoas entre os dias 3 e 7  de agosto, em todo o Brasil.

14 de maio de 2014

Datafolha mostra crescimento de Aécio como candidato da mudança

Aécio cresce entre os que têm menos estudo – em geral também mais pobres, revela dados do Datafolha.


Pesquisa Datafolha


Fonte: Jogo do Poder

Aécio já empata com Dilma no Sudeste e se fortalece como candidato da mudança


pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (09/05), mostra que o senador Aécio Neves (PSDB) já empata com a presidente Dilma Rousseff (PT) na região Sudeste, na qual estão os três maiores colégios eleitorais do Brasil (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

O site do instituto descreve assim a situação: “O pré-candidato tucano tem seu melhor índice no Sudeste (27%), onde empata com a petista (30%) na primeira colocação”.   Confira aqui.

Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, há um quadro de empate técnico entre Aécio e Dilma na região Sudeste.

Datafolha mostra também que, ao contrário do que os adversários divulgam, Aécio cresce entre os que têm menos estudo – em geral também mais pobres. Diz o site do instituto: “A análise por nível de escolaridade mostra que Aécio ganhou pontos, principalmente, entre os que estudaram até o ensino fundamental (foi de 12% para 18% entre abril e maio) (…) oscilando entre os que estudaram até o ensino médio (de 17% para 21%). Foi justamente entre os que estudaram até o ensino fundamental que a petista sofreu seu maior recuo (de 47% para 42%) (…).

Diretor do Datafolha: “Aécio quebrou o marasmo da oposição”

Segundo o sociólogo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, “Aécio Neves quebrou o marasmo da oposição”. Confira a análise que ele fez do desempenho de Aécio na pesquisa: “O mineiro passou a ser um pouco mais conhecido, dobrou suas menções espontâneas de intenção de voto, turvou, por enquanto, o cenário de reeleição de Dilma no primeiro turno, melhorou seu desempenho numa hipótese de segundo turno e cresceu mais do que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) no quesito candidato da mudança”.

A pesquisa revela que, pela primeira vez, Aécio supera Dilma Rousseff em intenção de voto entre os eleitores que dizem querer mudanças no próximo governo. Diz a Folha: “Dentro do grupo de entrevistados que afirmam esperar ações diferentes do Palácio do Planalto a partir de 2015, a petista oscilou para baixo, passando de 25% em abril para 24% na última pesquisa. Já Aécio subiu de 21% para 26% nesse segmento”. Com 26%, Aécio tem o dobro de Eduardo Campos (13%) na identificação com a mudança.

Considerando-se todas as regiões brasileiras, o levantamento mostra o crescimento de Aécio e fortalece o cenário de um segundo turno nas eleições presidenciais. Os dados também confirmam a tendência de crescimento de Aécio detectada por outros institutos, recentemente.

Os resultados para o Brasil foram os seguintes: Dilma (37%), Aécio (20%) e Eduardo Campos (11%). Dos três nomes, Aécio é o que tem menor rejeição. O senador mineiro ainda tem muito espaço para crescer, uma vez que nada menos que 22% dos entrevistados não o conhecem, e outros 36% apenas “ouviram falar” dele (somando-se, são 58% dos eleitores).

11 de abril de 2014

Alianças 2014: Aécio antecipa com DEM e PMDB na Bahia

Senador tucano marcou para final de maio a definição dos nomes que comporão chapa que disputará em outubro a Presidência da República.


Alianças 2014


Fonte: Jogo do Poder 

Aécio reúne tucanos em São Paulo e antecipa aliança com DEM e PMDB na Bahia


“Os palanques estão se solidificando. É hora de avançarmos”, diz presidente do PSDB

presidente nacional do PSDBsenador Aécio Neves, reuniu-se, nesta quinta-feira (10/04), com a bancada tucana em São Paulo. No encontro, o senador destacou a importância de São Paulo na construção do projeto nacional do partido nas próximas eleições e anunciou a aliança firmada entre o PSDBDEM e o PMDB nas eleições estaduais na Bahia.Aécio Neves disse que trabalha pela união de forças políticas em todo país.

“Acabamos de fechar uma chapa extremamente forte na Bahia, o quarto colégio eleitoral da Bahia que terá como candidato a governador, o ex-governador Paulo Souto e, como candidato ao Senado, o companheiro ex-deputado Geddel Vieira Lima. Uma aliança do PSDB, do Democratas e do PMDB, que é uma demonstração de que também teremos apoio de siglas dissidentes do governo, que hoje apoiam o governo da presidente Dilma, mas que, em determinados estados, teremos apoio de segmentos dissidentes. Os palanques estão se solidificando. É hora de avançar”, disse Aécio Neves em entrevista.

O senador tucano marcou para o final de maio a definição sobre os nomes que comporão a chapa que disputará em outubro a Presidência da República. “Este é o mês das definições. A partir do final de maio, a chapa será apresentada”, afirmou.

Aécio Neves almoçou com os parlamentares tucanos em São Paulo (SP). Participaram do encontro o presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, o secretário-geral do partido, Mendes Thame (SP), o vice-presidente do PSDB nacional, Alberto Goldman, os deputados estaduais João Caramez, Orlando Morando, Pedro Tobias, Carlos Bezerra Jr., Ramalho da Construção, Fernando Capez, Hélio Nishimoto, Barros Munhoz, Bruno Covas, Orlando Morando e Rubens Cury, subsecretário de relacionamento com municípios da Casa Civil de SP.

CPI da Petrobras
Aécio Neves reiterou as críticas à condução da discussão sobre a instauração da CPI da Petrobras no Senado. Segundo ele, a iniciativa do presidente do SenadoRenan Calheiros (PMDB-RN) de encaminhar o debate para a Comissão de Constituição e Justiça foi equivocada.

“Essa decisão do Renan é equivocada, é uma nódoa que ele deixa na sua história pessoal e na história do Senado Federal. E não se investigará mais nada. E isso é extremamente grave”, afirmou o ex-governador de Minas.

Aécio Neves lembrou que há um mandado de segurança impetrado pela oposição no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a abertura da CPI da Petrobras. O senador disse ter certeza de que, uma vez instalada a CPI da Petrobras, o governo tentará manobrar para impedir as apurações.

“Neste momento todas as nossas fichas estão nas mãos do Supremo. Existem denúncias muito graves em relação à Petrobras. A população quer saber o que aconteceu lá, e eu acho que nós, da oposição, estamos fazendo o que devemos fazer”, afirmou o senador.

Descontrole

Para Aécio Neves, o governo federal vive um momento de descontrole. “O temor do governo, e temos hoje um governo à beira de um ataque de nervos, está fragilizando o Congresso de forma definitiva. É contra isso que estamos nos levantando. Usar uma ‘CPI Combo’ para impedir a investigação da Petrobras é um ato de desrespeito à sociedade brasileira e de um autoritarismo que me lembra os tempos de AI-5”, afirmou.

1 de abril de 2014

Aécio: não importa se o candidato do PT for Lula ou Dilma

Aécio Neves: “quero derrotar o modelo que não vem fazendo bem ao Brasil e iniciar um novo ciclo de meritocracia”, afirmou sob aplausos.


Aécio Neves em encontro com empresários


Fonte: O Globo

Aécio diz que não se importa se o candidato do PT for Lula ou Dilma


A empresários, pré-candidato tucano diz que, se eleito, vai cortar pela metade o número de ministérios

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, adotou um discurso para tentar convencer os seus colegas de partido de que uma eventual volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é uma ameaça. Em palestra nesta segunda-feira para empresários em São Paulo, o tucano disse que não se importa com o adversário na eleição.

- Para mim, não me importa se o ex-presidente Lula, se é a presidente Dilma, o que eu quero é derrotar o modelo que não vem fazendo bem ao Brasil e iniciarmos um novo ciclo de meritocracia no país – afirmou, sob aplausos dos presentes ao encontro do Lide, grupo liderado pelo empresário João Dória Jr.

Aécio acrescentou que os petistas tem afirmado, sem constrangimento, a possibilidade de Lula voltar por causa do “momento de turbulência” do país. A fala serve como um espécie de vacina para evitar o pessimismo tanto de seus eleitores como de correligionários caso troca de Dilma por Lula se concretize.

- Nossa disputa não é pessoal. É contra essa modelo que está aí. Eu não temo essa eleição qualquer que seja o nosso adversário – declarou.

O senador tucano garantiu que se eleito reduzirá pela metade os atuais 39 ministérios.

- Num futuro governo do PSDB, acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma secretaria que, em seis meses, apresente uma proposta num primeiro momento de simplificação do sistema tributário e, no médio prazo, consiga a redução da carga tributária - disse o senador, que anunciou ainda que começará a escalar os integrantes de seu eventual governo a partir de julho.

Aécio também falou em melhorar a concessão dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzir a carga tributária e investir em Parcerias Público Privadas (PPP). Também afirmou que irá aprimorar o Bolsa Família com a concessão, por exemplo, de bônus a beneficiários que fizerem curso de qualificação profissional.

Mais tarde, ao responder a perguntas da plateia, Aécio falou também que iria acabar “com boa parte desses cargos em comissão”.

O senador defendeu regras mais claras para o acesso a empréstimos do BNDES.

- Eu gosto muito dos juros do BNDES, mas eu quero que haja juro do BNDES para todos e não apenas para meia dúzia de escolhidos – disse, sendo aplaudido com entusiasmo pelos empresários.

Ao falar da crise da Petrobras, disse que, se eleito, passará o “país a limpo”.

Assim como fez o seu provável adversário do PSBEduardo Campos, na semana passada, Aécio também manifestou preocupação de que seja feito “terrorismo” com a possibilidade de fim do Bolsa Família se o vencedor da eleição não for um petista. Apesar de ter prometido manter o programa, o tucano afirmou que fará ajustes, como a concessão de bônus para alunos que consigam notas superiores à média e a pais que entrarem em um programa de requalificação profissional.

- A grande diferença é que para nós o Bolsa Família é um ponto de partida. Para o PT, é um ponto de chegada.

11 de março de 2014

Entrevista Aécio Neves: manifestações desconstruíram imagem do PT

Senador Aécio Neves acredita que horário eleitoral vai desmontar o Governo Dilma e mostrará todas as deficiências de gestão.


Entrevista Aécio Neves


Fonte: Revista Viver 

ENTREVISTA



Aécio Neves


Senador mineiro, pré-candidato à Presidência da República, diz que as manifestações desfizeram a imagem, construída pelo governo, de um país sem problemas, de superação da miséria, de eficiência


Como principal candidato das oposições, segundo as pesquisas, o presidente nacional do PSDBsenador Aécio Neves, acredita que o favoritismo da presidente Dilma ficará abalado assim que começar o horário eleitoral gratuito. O monólogo terá fim e, na defensiva, a presidente terá que responder às críticas, com isso, o PSDB vai avançar. “No segundo turno, os favoritos somos nós, e não o governo”, diz Aécio, que será o primeiro palestrante do ano, no dia 14 de fevereiro, no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação. Conhecido pela sua habilidade em transitar tanto no campo adversário quanto entre os aliados do governo, ele já se articula para formar uma forte aliança em torno do seu projeto de governo e para fortalecer os palanques nos estados. Guiado pelas muitas pesquisas que analisam o comportamento do eleitorado, entende que há um forte sentimento de mudança, observado nas manifestações de rua que surpreenderam pelo caráter suprapartidário, que não foi entendido pelo governo. “Os movimentos das ruas rasgaram a fantasia do PT.” Com palavras de ordem como tolerância zero para a inflação e herança maldita da administração petistaAécio pretende tornar-se candidato oficial do PSDB em solo paulista, em março. “Quem sabe, após 60 anos, Minas tenha um presidente da República eleito pelo voto.”

Há algum simbolismo na escolha de São Paulo para o lançamento da sua candidatura à Presidência?

Foi um convite da direção do PSDB de São Paulo, feito pelo presidente Duarte Nogueira, que considera que seria um gesto de reciprocidade, já que a campanha de Geraldo Alckmin, quando se candidatou em 2006, foi lançada em Belo Horizonte. Essa é a primeira eleição, desde a redemocratização, em que o PSDB não terá um candidato de origem paulista e por ser o maior colégio eleitoral do Brasil.

A estratégia é a de concentrar as ações em São Paulo e estados do Nordeste?

Não há como você ter prioridades em uma caminhada como essa. Em primeiro lugar, não sou ainda o candidato do partido. A ideia é a de que essa definição ocorra até o final de março. Mas, mesmo antes disso, como presidente nacional do PSDB, estive, desde julho do ano passado, em mais de 20 estados, de todas as regiões, realizando encontros extremamente densos e discutindo as bases do nosso programa de governo, política ambiental na Amazônia, políticas regionais no Nordeste, questões do agronegócio no Sul e no Centro-Oeste. Inúmeros encontros em São Paulo, com foco na preocupação com a desindustrialização. Não é um processo que se inicia agora. O que vamos fazer a partir de fevereiro é retomar a agenda de viagens, caminhando pelo Brasil inteiro. Pretendo intercalar essas visitas a outros estados com (visitas) a várias regiões de Minas.

Marina Silva virou um problema para o senhor na negociação com o PSB em alguns estados, inclusive em Minas?

Não, de forma alguma. Acho que a presença da Marina na disputa, ao lado do Eduardo Campos, é saudável. A Marina traz temas importantes para o debate eleitoral, oxigena essa disputa. Da mesma forma, o Eduardo. Quem tentou, como pôde, inibir outras candidaturas foi o PT. Seja do ponto de vista congressual, quando atuou para impedir a criação do partido da Marina, seja do político, quando tentou inviabilizar a candidatura de Eduardo através da cooptação de seus aliados, e acabou levando alguns deles, como é o caso do Ceará. Mas nós achamos que era importante que outras forças políticas participassem do processo eleitoral. O PSDB nunca temeu essa participação. Ao contrário, a minha expectativa é de que, no momento em que forças políticas que militavam no governo, como é o caso da Marina e do próprio Eduardo, que foi ministro do Lula, passam a militar no campo da oposição, isso tem que ser saudado por nós como algo extremamente positivo. Mas eu tenho confiança plena de que o PSDB, pela clareza do seu discurso, pela estrutura que tem em todo o Brasil, pela força das suas lideranças, é quem representará a mudança de verdade, pela qual quase 70% da população brasileira clama. Estou extremamente confiante em que o PSDB tem todas as condições de chegar ao segundo turno e, aí, o jogo se inverte, os favoritos somos nós, e não o governo.

O senhor sempre reclamou, nas eleições passadas, de que o PSDB precisava de um projeto claro de governo. Já tem claro o que é preciso fazer?

Nós fizemos, no final do ano passado, no dia 13 de dezembro, o lançamento das diretrizes básicas desse projeto, que foi fruto de tudo aquilo que nós buscamos ou nós elegemos nesses debates, seminários e encontros regionais, e que serão a base da construção do nosso plano de governo. Ele será coordenado pelo governador Anastasia, a partir do final do mês de março, quando ele deve deixar o governo do estado, no prazo final de desincompatibilização.

Quais são elas?

Passa por questões que, para nós, sempre foram muito claras. A eficiência da gestão pública para combater a crônica deficiência do atual governo do PT. A meritocracia como antítese a esse aparelhamento perverso e absurdo da máquina pública feita pelo PT. Uma visão de mundo muito mais atual e pragmática do que essa atrasada visão ideológica do Brasil, que tem nos levado a alianças que em nada têm ampliado os nossos mercados e contribuído para o crescimento da economia. Uma visão muito mais solidária de estados e municípios para nos contrapormos a esse centralismo absurdo do governo federal, que vem transformando o Brasil não mais em uma Federação, mas em um estado unitário, com estados e municípios cada vez mais dependentes da União. Uma ação firme e decisiva na coordenação de política de segurança nacional para nos contrapormos à absoluta omissão do governo federal nessa questão, inclusive com um esforço maior no financiamento da segurança pública. Hoje, 87% de tudo o que se gasta em segurança vêm dos estados e dos municípios e apenas 13% da União. O Fundo Penitenciário, aprovado no Congresso, nos últimos 3 anos de governo da atual presidente, teve apenas 10,5% do seu valor executado, o que mostra o descaso e a omissão nessa questão. Em relação à saúde, houve, durante um período do governo do PT, queda de 54% de participação do governo federal no total de financiamento da saúde para apenas 45% hoje, o que mostra, também, nessa gravíssima questão, a grande omissão do governo federal. Nós temos que resgatar a Federação no Brasil, estabelecermos a meritocracia e, no campo econômico, uma política fiscal transparente, que resgate a credibilidade perdida do Brasil, com tolerância zero à inflação, e que nos permita crescer de forma mais sustentável para sairmos do final da fila. O Brasil cresceu no ano passado apenas mais do que a Venezuela, na América do Sul. A equação econômica do governo que a presidente Dilma nos deixará, essa sim uma herança maldita, se resume em crescimento pífio, inflação alta e maquiagem dos dados fiscais, que tem como consequência a enorme perda de credibilidade do Brasil.

O governo tem conseguido se manter bem perante a opinião pública, mesmo com esses indicativos que o senhor está citando. Parece que nada atinge o governo do PT?

Ao contrário. Aparece em todas as pesquisas um dado que é relevante. Dois terços da população querem mudanças profundas. Só que o que existe hoje é quase um monólogo. Hoje os grandes veículos de comunicação de massa não falam no governo, falam na presidente apenas. Isso não permanecerá durante o processo eleitoral. Portanto, estou convencido de que o governo terá que fazer uma campanha na defensiva. A inflação já é, sim, um problema para boa parte das famílias brasileiras. Estamos com a inflação no teto da meta, existindo há muitos anos. Isso porque nós temos preços controlados de combustíveis, de energia e de transportes públicos. Na hora em que destampar a tampa dessa panela, vamos ter a inflação média chegando a em torno de 9%. A cesta básica nos últimos 12 meses, em 16 capitais pesquisadas, está acima de 10%. Em Salvador, chega a 17%. Uma inflação na vida cotidiana das pessoas, porque o governo geriu mal a economia, flexibilizou os pressupostos básicos dos pilares fundamentais que foram herdados do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

A eleição deste ano terá componentes diferentes motivados pelos protestos. O senhor entendeu o recado das ruas?

É um recado claro para toda a classe política. A população está cansada da ineficiência dos serviços, do desleixo com o dinheiro público, das sucessivas denúncias de corrupção. Ela clama por valores, por novas oportunidades. As respostas que o governo federal buscou dar, com uma agenda absolutamente descolada da realidade do Brasil e desse sentimento das pessoas, como a pífia reforma política, que foi a mais eloquente delas, não respondeu em absolutamente a essas expectativas. Nós não trabalhamos esses eventos como um ativo eleitoral. Se ocorrerem, os governantes, todos eles, têm que estar prontos para dar as respostas. Mas é algo que nós, democratas, temos que compreender. As pessoas hoje estão inquietas, insatisfeitas com o que está acontecendo. Agora, o governo federal, que vendeu aos brasileiros um nirvana, um país onde só existiam virtudes, que não tinha problemas, que superou a miséria, que tem suas empresas públicas geridas com a maior eficiência, esse país da fantasia se desfez. Esses movimentos rasgaram a fantasia do PT.

Que alianças o senhor vai buscar nessas eleições? O PMDB, por exemplo, demonstra insatisfação com o governo.

Essas alianças são consequência da capacidade que você tenha ou não de apresentar um projeto viável. A nossa preocupação neste momento é apresentar ao Brasil um projeto exequível, que recomponha a credibilidade da nossa economia e aponte para cenário de crescimento sustentável por um bom período. As alianças são consequência disso. O que posso antecipar é que cada estado é uma realidade, e nós teremos, certamente, apoios em vários deles, de forças políticas, mesmo estando em nível nacional, de alguma forma, alinhadas a este governismo de cooptação, porque não tem nada decoalisão, tem é de cooptação através de cargos públicos. Mas não se consegue cooptar todos.

O senhor acha que vai ser possível se aliar ao PSB em Minas Gerais? Existe a possibilidade de palanque duplo?

PSB é aliado do PSDB em muitos estados, inclusive em Minas, desde o meu primeiro mandato. Essa é uma aliança absolutamente natural, e eu acredito que ela possa ser mantida, sim, como será em outros estados. Tenho conversado com o governador Eduardo Campos, e o nosso entendimento é o de que vamos deixar que as situações regionais, locais caminhem sem qualquer intervenção nossa. O que eu percebo é que o PSB terá, em muitos estados, alianças com o PSDB e pouquíssimas com o PT, o que é uma sinalização importante em relação ao segundo turno.

A eleição terá um capítulo à parte na internet. O PT está lançando, inclusive, cartilha para a militância e o PSDB, como vai trabalhar com as mídias sociais?

PT sempre utilizou a internet para fazer uma guerrilha que foge aos padrões éticos que deveriam orientar a disputa política e vai continuar nesse mesmo caminho, não é nenhuma novidade. Agora talvez mais, com financiamento maior e parte até com financiamento público, já estão montando um verdadeiro exército na internet. Obviamente, nós temos que estar atuando. Vamos usar a internet para difundir ideias, debater o nosso programa, mobilizar as nossas forças. O PT costuma usar a internet para fazer, como fez recentemente com o Eduardo Campos, como faz permanentemente em relação aos seus opositores, o jogo da calúnia, dadifamação, da desconstrução. Mas eu acredito muito no bom senso das pessoas. Se não acreditasse, não estaria na política. Esse esforço hercúleo que é feito na internet, da difamação permanente, acaba tendo um resultado absolutamente inócuo. As pessoas têm capacidade de discernir o que é certo e o que é errado.

A atuação do senhor na televisão também pode fazer a diferença?

A nossa campanha será a da verdade. A presidente da República fará uma campanha na defensiva porque falharam na condução da economia. Falharam na gestão do estado, porque o Brasil é hoje um grande cemitério de obras inacabadas. Demonizaram por mais de 10 anos as concessões e as fazem agora de forma açodada, envergonhada e com absoluta falta de planejamento. Mesmo no campo social, onde se apregoam os grandes construtores de uma nova realidade no Brasil, os efeitos são muito limitados, daquelas antigas ações, na verdade, herdadas do governo do presidente Fernando Henrique. Não houve nada novo. A saúde é trágica para grande parte da população. A segurança pública aflige brasileiros de todas as regiões, de todas as classes sociais. Na educação, também estamos no final da fila nos principais institutos de avaliação internacionais. No caso especificamente de Minas, a presidente tem muitas explicações a dar, porque o estado foi absolutamente preterido ao longo desses 12 anos de governo do PT.

Como?

Seja em relação a investimentos programados, seja pelo setor automotivo que foram para outros estados. O metrô não terá no governo da presidente Dilma um centímetro sequer de expansão. Nas prometidas obras da BR–381, o governo apresenta um programa que atende a apenas 25% . O Anel Rodoviário prometido lá atrás, ainda pelo presidente Lula, foi transferido para o estado devido à incapacidade do governo.

O senhor já definiu quem vai ser o marqueteiro?

Nós não temos o candidato ainda, só depois de março. O que posso adiantar é que nós não teremos, aí, um marqueteiro, um salvador da pátria, como o PT. O marqueteiro do PT tem status de primeiro-ministro de estado. Se ele ligar para o ministro da Fazenda, é atendido no primeiro toque, tamanha a importância dele para o atual governo. Mas por que isso? Porque é o governo do marketing. Tem poucos resultados a apresentar e precisa privilegiar o marketing. Nós teremos pessoas competentes na área de comunicação, que nos permitam difundir nossas ideias, dar a elas visibilidade.

Acredita que essa será uma campanha cara, mas também difícil para se arrecadar recursos devido às denúncias de corrupção e caixa 2?

Para o governo, certamente não será difícil, já que o PT, ao longo dos últimos anos, não tem tido qualquer dificuldade para se financiar, haja vista a movimentação não só dos candidatos majoritários, mas os parlamentares do PT em Minas. Nós vamos ter o apoio daqueles que querem mudar o Brasil. Eu tenho muita confiança, mas não sei dimensionar quanto custa uma campanha presidencial. Mas vamos fazer uma campanha dentro da lei, oficialmente, como sempre fizemos em Minas. Nós vamos contar com financiamentos também dos cidadãos brasileiros.

O mensalão mineiro pode atrapalhar o senhor?

A mim, de forma alguma, porque não tenho com ele qualquer vinculação. O que eu sempre digo em relação a essas denúncias e acho até com um nome inadequado, porque mensalão pressupõe pagamentos mensais e, ali, há denúncia em relação à parte do financiamento do ex-governador Eduardo Azeredo, que sequer venceu as eleições. Mas o que eu defendo é que todas as denúncias sejam investigadas e que possamos dar a ele o direito à defesa.

Como o senhor está se sentindo com a notícia que será pai de novo?

Muito feliz. Esse é o lado bom. Eu sou alguém de bem com a vida. Estou na política porque acredito na transformação da sociedade. Mas ela não é toda a minha vida. Diferentemente de alguns que estão na política para ascender socialmente ou a tem como único objetivo de suas vidas e, aí, quando perdem, se frustram. Eu vou cumprir o meu papel. Se couber a mim a responsabilidade de conduzir essa candidatura, vou fazê-la inspirado na minha história pessoal, nos mineiros e, quem sabe, depois de 60 anos, Minas tenha um presidente da República eleito pelo voto.

17 de janeiro de 2014

Eleições 2014: Aécio e Alckmin definem alianças

Eleições 2014: Geraldo Alckmin disse que não há nada definido sobre eventual aliança com o PSB em torno da candidatura à reeleição.


Aliança entre PSDB e PSB


Fonte: Valor Econômico 

Aécio e Alckmin se reúnem em SP


Depois de uma semana com declarações públicas que conturbaram a relação entre PSDB e PSB, duas das principais lideranças do PSDB colocaram o pé no freio na discussão sobre a aliança entre os partidos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que não há nada definido sobre uma eventual aliança com o PSB em torno de sua candidatura à reeleição, e o senador Aécio Neves (MG), provável candidato à Presidência, evitou comentar o assunto.

Eles se reuniram ontem no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e discutiram, entre outros temas, “uma radiografia das alianças” que o PSDB busca fazer nos Estados, disse Aécio. Segundo ele, o PSDB terá candidatos, próprios ou coligados, “em mais de 20 Estados”, e o quadro a alianças é “favorável”.

“Estaremos competitivos em praticamente todos os Estados. Teremos candidaturas a governador em maior número que qualquer outro partido”, disse ele, acrescentando que a palavra de Alckmin sobre o assunto é importante.

PSDB e PSB costuram alianças em vários Estados, mas a parceria está ameaçada por conta de restrições da ex-ministra Marina Silva, que se filiou ao PSB e não quer que o partido apoie Alckmin. Durante a semana, interlocutores dos dois partidos falaram sobre o assunto.

Na terça-feira, Aécio disse que o principal prejudicado pelo rompimento da aliança em São Paulo e em alguns Estados seria o PSB, opinião sustentada pelo presidente do estadual do PSB e deputado federal Márcio França (SP). Em resposta, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que Aécio perdeu “ótima oportunidade de ficar calado”.

Ontem, Aécio não quis comentar as declarações de Amaral e disse que o conhece “muito pouco”. “A minha interlocução com o PSB é feita prioritariamente com o presidente do partido [Eduardo Campos]“, disse Aécio, acrescentando que a relação com o PSB é “positiva”. ”A minha relação com o governador Eduardo é uma relação antiga, que precede candidaturas.”

Alckmin evitou criar novos conflitos. Questionado sobre como está a questão da aliança em torno de sua reeleição, disse que o assunto não foi discutido. O discurso de Alckmin vai na linha da declaração feita no começo da semana pelo governador de Pernambuco e presidente do PSBEduardo Campos, que disse não haver definição sobre a política de alianças nos Estados. Campos também afirmou que a parceria com Marina Silva continua sólida.

“Primeiro precisa definir o candidato [ao governo de São Paulo], e definição de candidato é só mais à frente, não há candidatura hoje”, disse ontem Geraldo Alckmin aos jornalistas após a reunião com Aécio Neves. ”Depois se definem as alianças. Não há hipótese de se definir aliança no começo do ano.”

Questionado sobre quando encontraria CamposAlckmin disse que “não tem nada marcado, mas quando ele vier à província de Piratininga, a gente toma um café”.

15 de janeiro de 2014

Aécio Neves: Caixa confiscou poupadores

Senador Aécio Neves disse que contabilidade criativa da Caixa promoveu confisco e apropriação indébita de recursos privados.


PSDB pede esclarecimentos à direção da Caixa Econômica Federal


Fonte: O Globo

Aécio: Caixa confiscou recursos de poupadores ao encerrar contas


PSDB e DEM pedirão convocação de Hereda e Mantega. PT não comenta

presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acusou o governo e a direção da Caixa Econômica Federal de terem agido, “no mínimo, com esperteza”, ao se apropriar dos recursos de 525.527 contas de poupadores brasileiros para “turbinar” e “maquiar” as contas da Caixa. Ele disse que mais uma instituição pública brasileira está sendo jogada no descrédito e que o presidente Jorge Hereda é reincidente, pois teria sido responsável pelo tumulto provocado por mudanças no pagamento do programa Bolsa Família.

Aécio exigiu explicações do governo em relação ao que chamou de confisco e apropriação indébita de recursos privados ao encerrar, sem um edital de convocação dos correntistas, as mais de 525 mil contas poupança da Caixa, com posterior uso do dinheiro para inflar em R$ 420 milhões os lucros da empresa em 2012. A Caixa informou outro número de poupadores. Segundo a instituição, foram 496.676 contas com CPF ou CNPJ irregulares.

- Esse episódio é extremamente grave. Uma apropriação indevida, um verdadeiro confisco da poupança de inúmeros brasileiros sem que eles fossem adequadamente comunicados. Que mostrem o edital convocando esses correntistas para sanar as eventuais ilegalidades nessas contas – disse Aécio.

O presidente do PTRui Falcão, disse que não vai responder ao senador.

PSDB entrou com um pedido para que o Ministério Público Federal avalie se a operação configura crime de gestão temerária financeira, com anuência da diretoria da Caixa, do Conselho Deliberativo e do Ministério da Fazenda. O partido também pediu ao Ministério Público que entre com ação civil pública para garantir a defesa dos correntistas eventualmente lesados. Em outra frente, assim que o Congresso retornar do recesso parlamentar, em conjunto com o Democratas, o PSDB vai tentar aprovar requerimentos de convite e convocação de Hereda, do ministro Guido Mantega, do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e do controlador geral da União, Jorge Hage.

CAIXA E FAZENDA NÃO COMENTAM

Aécio também enviou um requerimento de informações ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o que chamou de “lucro fraudulento”. O presidente do PSDB solicitou informações sobre as irregularidades dos correntistas prejudicados e o número de contas encerradas pela Caixa desde a resolução de 1993, que autoriza o procedimento, assim como provas de que os poupadores foram comunicados das falhas em suas contas:

- A intenção foi confiscar. Houve, no mínimo, uma esperteza. Talvez seguindo o exemplo que vem de cima, o governo federal tenha estimulado essa criatividade para apresentar números cada vez mais inflados. Isso só serve para minar cada vez mais a credibilidade e afugentar parcerias com empresas lá fora e afetar, lá na frente, o grau de risco.

Ele relacionou o fato à credibilidade do Brasil, que estaria em decadência, segundo o provável candidato do PSDB à Presidência da República. A Caixa e o Ministério da Fazenda preferiram não comentar as declarações.

10 de janeiro de 2014

Aécio presidente: candidatura deve ser confirmada em março

Aécio presidente 2014: senador disse que pretende resolver nestes primeiros meses questões chave para sua candidatura à Presidência.


Eleições 2014


Fonte: Valor Econômico 

Candidatura de Aécio deve ser confirmada em março


Por Marcos de Moura e Souza

senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que pretende resolver nestes primeiros meses do ano algumas questões chave para sua candidatura à Presidência da República. A primeira delas é a própria confirmação de seu nome como o candidato do PSDB. A data ideal, segundo ele, é março. No partido há também, segundo Aécio, consenso de que não será possível esperar mais.

Mas antes, o tucano, que é presidente nacional do partido, quer definir a situação da legenda em casa. O PSDB, que governa Minas Gerais desde 2003 – primeiro com Aécio e atualmente com Antonio Anastasia - ainda não disse quem será o candidato do partido a governador, a vice e a senador.

Ontem, ao falar com jornalistas em Belo Horizonte, Aécio afirmou que o objetivo é decidir os nomes em fevereiro ou até o Carnaval, no início de março. Para o governo, o mais forte no partido é o ex-ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Pimenta da Veiga. Mas o favorito do eleitorado mineiro, segundo todas as pesquisas, é o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, do PT.

Aécio não mencionou as opções do PSDB ao governo, mas reforçou as especulações sobre o futuro de Anastasia. ”Não há uma decisão, mas há uma possibilidade concreta de afastamento do governador a partir do fim de março deste ano”, para disputar a única vaga ao Senado em jogo este ano. O governador é hoje um nome considerado até peloPT como imbatível na disputa.

Aécio disse que decidiu definir até maio que arranjo terá com o PSB, do presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em relação às disputas em seus respectivos Estados. Uma opção é que o PSB apoie o candidato tucano em Minas e os tucanos o nome do PSB no Pernambuco. Mas Aécio disse que há ainda a hipótese de seu partido lançar o deputado estadual Daniel Coelho, em Pernambuco.

Quanto à sua candidatura ao Planalto, o que havia de resistências à sua indicação estava limitado a um grupo próximo ao ex-governador de São Paulo, o tucano José Serra, que tentou no ano passado viabilizar-se como candidato a presidente – na que seria sua terceira candidatura. Serra, no entanto, aparentemente se rendeu à maioria expressiva do partido que apoia Aécio e disse, no fim do ano, que o PSDB deveria logo apresentar o mineiro como candidato.

Aécio voltou ontem a agradar o ex-governador: “Serra será extremamente fundamental nessa campanha. Serra não será apenas, se eventualmente não for o candidato, um cabo eleitoral. Terá um papel de absoluto destaque e a sua presença e a sua participação é vital para assegurar a nossa vitória”.

O senador disse ainda que os dois conversaram no fim do ano e que devem voltar a se falar em breve. “Pretendo ter uma conversa nos próximos dias com ele, não está ainda agendada, para nós definirmos esse calendário final”, afirmou.

Sobre a apresentação de seu nome como candidato, disse: “Eu acho que o mês de março, como eu já disse no fim do ano passado, é o momento correto de uma definição formal do partido, uma definição objetiva do partido.” E acrescentou: “Esse é o consenso dentro do partido, que até o fim de março nós possamos ter a candidatura do PSDBoficiosamente colocada [Oficialmente, só na convenção do partido, em meados do ano]. Esse é um bom momento para que ela ocorra. E a composição da chapa até o fim do mês de maio.”

Segundo Aécio, ele tem recebido “muitas sugestões” de nomes para disputar a Vice-Presidência. Mas afirmou que este não é um assunto que esteja tratando como prioritário agora. O assunto deverá ser definido em maio, disse.

No início de fevereiro, Aécio retoma o que disse que será uma agenda intensa de viagem, que começará por Cascavel (PR), num evento do agronegócio, no início de fevereiro. Em seguida, terá encontros organizados por Paulinho da Força (SDD-SP) com representantes em São Paulo do setor produtivo.

9 de janeiro de 2014

2014: Aécio começa definir tabuleiro eleitoral em Minas

2014: Anastasia vai concorrer ao Senado. Com ele no páreo, vaga de senador na chapa de Pimentel passaria a valer menos que uma nota de R$ 3.


Eleições 2014


Fonte: Folha de S.Paulo

Aécio joga em casa


O presidenciável Aécio Neves (PSDB) iniciou ontem uma operação para torpedear o PT em Minas Gerais, seu reduto eleitoral. Ele avisou a aliados que lançará até o Carnaval o candidato tucano no Estado. Já o governador Antonio Anastasia (PSDB) renunciará em 31 de março para concorrer a senador. Com ele no páreo, a vaga ao Senado na chapa de Fernando Pimentel (PT) passaria a valer menos que uma nota de R$ 3. E os petistas apostavam muito nela para atrair novos aliados.

Pimenta nos outros. O deputado Marcus Pestana ainda sonha com o governo mineiro. Mas Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações de FHC, é favorito para disputar o cargo pelo PSDB.

Vem ni mim. Aécio diz que Fernando Pimentel é um “bom nome” para enfrentar a máquina tucana, há 11 anos no poder em Minas. “Mas é bom lembrar que em 2010 havia duas vagas para o Senado e ele chegou em terceiro…”

Enquanto isso… O governador Geraldo Alckmin (PSDB) ligou para o presidenciável Eduardo Campos (PSB) na segunda-feira e o convidou para um café no Palácio dos Bandeirantes. Ele citou dados sobre o crescimento de Campos em São Paulo e o parabenizou pelo desempenho.

Para depois . A dupla conversou sobre o possível lançamento de candidato próprio do PSB ao governo paulista. Alckmin respondeu que respeitará a decisão de Campos, mas espera apoio da sigla no segundo turno.

Os magoados. A campanha do PSB vai frear a busca por novos aliados neste início de ano. A ideia é esperar a reforma ministerial de Dilma Rousseff para depois correr atrás dos descontentes.

Guerra fria. Dois auxiliares de Alckmin travam uma disputa velada pelo posto de coordenador-geral de sua campanha à reeleição: o secretário Edson Aparecido (Casa Civil) e o assessor especial João Carlos Meirelles.

Papo com o PIB. Em novo esforço para acalmar investidores, Dilma mandou sua equipe organizar um encontro com altos executivos no Fórum Econômico Mundial. O Planalto espera a presença de 70 CEOs na conversa, a portas fechadas.

Libera aí. A família Perrella pediu à Justiça Federal do Espírito Santo que devolva o famoso helicóptero flagrado com cocaína em novembro. A aeronave pertence a uma empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG).

Agora, não. O advogado dos Perrella, Antonio Carlos de Almeida Castro, foi avisado de que o helicóptero está cedido ao governo capixaba para socorrer cidades afetadas pela chuva. Ele reapresentará o pedido quando a operação terminar.

Monsieur Suplicy. Ontem, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) passou o dia mais feliz do que pinto no lixo, como diria o mangueirense Jamelão. A editora Calmann-Lévy, de Paris, avisou que publicará seu livro “Renda de Cidadania” em francês.

Enviado especial Dilma estuda enviar o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a São Luís para acompanhar a crise no Maranhão. Sua pasta coordena os trabalhos da Força Nacional de Segurança, que teve sua permanência prorrogada por mais dois meses nos presídios do Estado.

Herança . Eleito com ajuda de Paulo Maluf (PP), o prefeito Fernando Haddad (PT) voltou a sentir ontem o peso da herança do aliado. Sua licitação bilionária de novos corredores de ônibus foi suspensa pelo presidente do Tribunal de Contas do Município, Edson Simões. Que, por sua vez, chegou ao cargo graças ao ex-prefeito Celso Pitta.

com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

tiroteio

“O ataque virulento do PT nos dá a certeza de que temos uma chapa para ganhar. Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto.”
DE BETO ALBUQUERQUE (RS), líder do PSB na Câmara, sobre o texto publicado na página oficial do PT no Facebook que chama Eduardo Campos de “tolo”.

contraponto

O líder de todos os governos
Em sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, no fim de dezembro, Vital do Rêgo (PMDB-PB) brincou com o extenso currículo do aliado Romero Jucá (PMDB-RR). O peemedebista, como se sabe, conseguiu ser líder dos governos de FHCLula e Dilma Rousseff.
–Vossa Excelência, como líder de plenário histórico, o mais antigo neste Congresso, pode nos ajudar muito –disse o senador paraibano.
–Líder desde João Goulart, diga-se de passagem… –emendou Pedro Taques (PDT-MT).
–Desde Getúlio! –arrematou Vital.

27 de dezembro de 2013

Aécio Presidente 2014: os desafios da caminhada

Aécio Presidente 2014: senador vai amarrar palanques estaduais, assegurar a unidade do partido e tentar minar a base de apoio de Dilma.


Aécio Presidente 2014


Fonte: Veja Online 

Os obstáculos na caminhada de Aécio


Enquanto se consolida como o nome tucano para disputar a Presidência em 2014, o senador mineiro se depara com desafios que terão de ser superados se o partido não quiser passar mais quatro anos na oposição

campanha eleitoral de 2014 só deve tomar corpo a partir de março. Mas, desde já, os candidato começaram a mapear os obstáculos que encontrarão no ano que vem. No caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que deverá ser o adversário tucano de Dilma Rousseff, algumas dificuldades já são claras. Para construir uma candidatura sólida, será preciso amarrar os palanques estaduais, assegurar a unidade interna do partido e tentar minar a ampla base de apoio de Dilma – já que é pouco provável que o PSDB consiga causar alguma defecção no bloco dominante.

Durante algum tempo, a falta de unidade interna foi apontada como o principal problema para a consolidação da candidatura de Aécio: a ala paulista do partido, especialmente o grupo ligado ao ex-governador José Serra, ofereceria resistência ao projeto do senador mineiro. Aos poucos, a oposição a Aécio foi se enfraquecendo: em maio, ele assumiu a presidência do partido. Mesmo o governador de São PauloGeraldo Alckmin, e o líder do partido na Câmara, o paulista Carlos Sampaio, afirmam que o momento é de Aécio. Na última semana, depois que Aécio lançou as bases programáticas de sua campanha eleitoralSerra deu um sinal de que consente com a candidatura do mineiro – embora aliados afirmem que ele não tenha cedido definitivamente.

A prioridade de Aécio, agora, passa a ser a montagem de palanques (que não vai mal) e a atração de partidos aliados (que não vai bem).

​Entrevista: Anastasia quer fórmula mineira no Planalto: ‘Menos governo, mais administração’

PSDB tem, por exemplo, o governador do Pará, Simão Jatene, e o prefeito de Manaus, Artur Virgílio, o que deve garantir bons palanques nos dois principais Estados da região Norte. No maior Estado do Nordeste, a Bahia, os tucanos terão o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), como cabo eleitoral – e esperam montar um palanque forte, com a presença do PMDB, na disputa pelo governo estadual. A legenda tem o governo do Paraná, com Beto Richa, e conversas bem-encaminhadas para fechar alianças com o PP no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Centro-Oeste e no Sudeste, a expectativa é manter a vantagem obtida pelo partido nas eleições de 2010, com José Serra.

Mas também há indefinições: em Minas Gerais, o partido ainda não decidiu quem será o candidato. O ex-ministro Pimenta da Veiga e o deputado federal Marcus Pestana são os nomes mais prováveis. Ambos têm desempenho ainda tímido nas pesquisas eleitorais em que o petista Fernando Pimentel e o peemedebista Clésio Andrade aparecem como os candidatos mais lembrados.

No Rio de Janeiro, o tucano ainda não sabe quem será seu candidato. O PSDB é fraco no Estado, e o projeto de César Maia (DEM) não empolga Aécio. O tucano quer convencer o técnico de vôlei Bernardinho a disputar a sucessão de Sérgio Cabral (PMDB), mas a aposta é incerta. Em São Paulo, Aécio pode ter um clima não tão amigável. Geraldo Alckmin não deve ter uma eleição fácil na busca pelo sexto mandato consecutivo para o PSDB no Estado. E ainda não se sabe como José Serra vai se comportar durante a campanha.

Parcerias – O tucano terá de formar uma coligação sólida, não só para garantir os palanques regionais, mas para assegurar um bom tempo de exposição na TV e no rádio durante o período de propaganda eleitoral gratuita. Hoje, ele tem como seguros apenas os apoios do DEM e do novo Solidariedade. O primeiro partido, esvaziado desde as eleições de 2010, tem 26 deputados. O segundo, por ser recém-criado, tem direito apenas ao tempo mínimo na propaganda eleitoral.

No campo das alianças partidárias, a candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) tornou o cenário mais árido para Aécio: o PPS, que esteve com os tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio ao candidato socialista.

Pelas contas do time de Aécio, a aliança atual renderia cerca de quatro minutos de exibição em cada programa eleitoral. A coligação da presidente Dilma Rousseff teria cerca de doze minutos, enquanto Eduardo Campos ficaria com pouco mais de dois minutos. Os tucanos querem assegurar ao menos cinco minutos na TV e no rádio – e estimam que sete seria o melhor cenário possível.

Mas a formação de alianças tem se mostrado uma tarefa árdua: o único partido com negociações abertas além do DEM e do Solidariedade é o PV. Fora isso, resta aos tucanos manter conversas com PTB, PR, PP e PDT para, ao menos, garantir a neutralidade dessas siglas. Desta forma, o tempo de TV das legendas seria distribuído entre os outros partidos, o que amenizaria o desequilíbrio de forças.

Firmadas as alianças, o mais provável é que o DEM pleiteie o posto de vice na chapa. E aí surgirá outro dilema para os tucanos: agradar os tucanos paulistas ou o aliado leal de quase duas décadas? Na primeira hipótese, o nome pode ser o do senador Aloysio Nunes Ferreira. Na segunda, pode ser o também senador José Agripino Maia (RN).

Agripino, aliás, já avisa: “Quando um partido com a história e a estrutura do DEM compõe uma aliança, é de se supor que isso pressuponha a participação na chapa”, diz. Certo é que os tucanos querem que o vice seja de São Paulo ou do Nordeste, para facilitar a conquista de votos em áreas onde Aécio tem tereno a ganhar.

Oposição - Aécio Neves nunca fez parte da linha de frente da oposição: no Senado, foi criticado por se esquivar do confronto com o governo nos momentos mais agudos, como as crises que derrubaram ministros durante o governo Dilma. Nos últimos meses, o senador elevou o tom de seu discurso. Mas ainda precisa acertar o tom da campanha: não por acaso, o marqueteiro Renato Pereira deixou a equipe do tucano há poucos dias.

Parte das discordâncias diriam respeito à interação do tucano pelas redes sociais. O time do tucano criou uma ofensiva virtual, mas o próprio Aécio não interage diretamente com os internautas.

A aproximação – virtual e física – de Aécio com os eleitores é outro tema que precisará ser aprimorado no ano que vem. Especialmente nas regiões onde o senador é pouco conhecido. O tucano já começou a percorrer o país, mas tem se dedicado a encontros com lideranças políticas e do setor produtivo. O corpo a corpo ainda não está em pauta.

Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff elevou a quantidade de viagens e de eventos públicos já no início de 2013. A grande exposição da petista na televisão é uma desvantagem que Aécio ainda não combate com eficiência: para garantir espaço nos meios de comunicação, é preciso gerar fatos relevantes: uma declaração contundente, o anúncio de uma medida original ou uma atitude inusitada – são célebres as fotos de Fernando Henrique Cardoso em cima de um jegue, na campanha presidencial de 1994.

presidente do PSDB mineiroMarcus Pestana, diz que o mais importante é assegurar ao candidato uma exposição positiva no horário eleitoral e nos telejornais. O deputado federal, que também é um dos estrategistas de Aécio, relativiza o peso dos palanques regionais e dos comícios: “É evidente que a eleição presidencial se decide muito mais pela comunicação de massa, particularmente pela TV. Em 1989, o PRN só tinha um prefeito e o Collor virou presidente”, diz. As urnas mostrarão se a estratégia é adequada.

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Cinco desafios para Aécio Neves

Aumentar alianças

Hoje, Aécio Neves pode apenas contar com o recém-criado partido Solidariedade para as eleições de 2014. A sigla, capitaneada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, nasceu com o apoio do senador mineiro. O DEM ainda não bateu o martelo, mas deve estar ao lado dos tucanos no ano que vem. O PV, que tem pouco peso político, também pode chegar. E é só: mesmo o PPS, que se aliou aos tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio a Eduardo Campos (PSB). Sem uma boa aliança, Aécio corre o risco de ter pouco tempo de televisão. Os próprios tucanos admitem que ele teria apenas um terço do espaço destinado à presidente Dilma Rousseff.

Popularizar-se

Hoje, Aécio Neves pode apenas contar com o recém-criado partido Solidariedade para as eleições de 2014. A sigla, capitaneada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, nasceu com o apoio do senador mineiro. O DEM ainda não bateu o martelo, mas deve estar ao lado dos tucanos no ano que vem. O PV, que tem pouco peso político, também pode chegar. E é só: mesmo o PPS, que se aliou aos tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio a Eduardo Campos (PSB). Sem uma boa aliança, Aécio corre o risco de ter pouco tempo de televisão. Os próprios tucanos admitem que ele teria apenas um terço do espaço destinado à presidente Dilma Rousseff.

Achar o tom da campanha

Aécio Neves trocou de marqueteiro recentemente: Renato Pereira deixou a equipe por divergências com o senador e sua equipe. É uma prova de que o pré-candidato ainda precisa encontrar o tom adequado para sua campanha. Na última semana, ele lançou um documento com críticas ao governo e propostas para o país. Mas o formato do evento pouco revelou sobre o que virá na campanha eleitoral. O senador ainda chama pouca atenção do noticiário.

Escolher o vice

Em 2010, José Serra optou por Alvaro Dias, também tucano. Mas o DEM ameaçou romper a aliança e acabou forçando os tucanos a optar pelo democrata Indio da Costa – hoje no PSD. Neste ano, a pressão por um vice do PSDB deve se intensificar, já que o DEM perdeu peso político desde 2010 e o recém-criado Solidariedade é ainda menos expressivo. O vice de Aécio deve ser nordestino ou paulista, para conquistar votos em áreas-chave para o candidato. A decisão deve sair apenas na reta final da campanha.

Unificar o partido

O gesto de José Serra, que sugeriu na última semana que dirigentes do PSDB formalizem o do nome de Aécio como candidato, foi interpretado como uma desistência, mas pode ser apenas um sinal de que a disputa interna ainda não terminou: a ala paulista do partido ainda não aderiu totalmente à candidatura de Aécio. E, mesmo que tenha o consentimento do PSDB de São Paulo para sua candidatura, Aécio não sabe se vai contar com todo o empenho da ala serrista do partido durante a campanha eleitoral.

19 de novembro de 2013

2014: FHC e Alckmin defendem candidatura de Aécio em Poços de Caldas

2014: FHC e Alckmin defenderam pela primeira vez publicamente que o senador Aécio seja o candidato do PSDB na disputa presidencial.

2014: Aécio Neves presidente


Fonte: Folha de S.Paulo

FHC e aliados de Serra declaram apoio a Aécio para a Presidência


Alckmin pede para senador mineiro ‘servir ao povo brasileiro’ 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São PauloGeraldo Alckmin, defenderam ontem pela primeira vez publicamente que o senador mineiro Aécio Neves seja o candidato do PSDB na disputa pela presidencial de 2014.

“Chegou o momento, Aécio, de assumir a responsabilidade. A história, na sua impetuosidade, seleciona. Não sei se é justo ou injusto. É o momento, e o momento é seu”, disse Fernando Henrique em encontro do PSDB em Poços de Caldas (MG).

Nos bastidores, ele já vinha orientando Aécio a se portar como candidato, mas essa foi a primeira vez que o tucano defendeu a candidatura do mineiro em evento público.

“É a esperança que nos traz hoje, Aécio, aqui a Minas, para dizer a você: percorra o Brasil, ouça o povo brasileiro, fale ao povo brasileiro. [...] Com a sua juventude, a sua experiência, sua competência para servir ao povo brasileiro”, disse Alckmin.

O paulista é do mesmo Estado que o ex-governador José Serra, que insiste no desejo de ser o candidato indicado pelo PSDB para disputar a Presidência e tem percorrido o país numa tentativa manter seu nome na disputa.

Além de Alckmin e FHC, também defenderam abertamente a candidatura de Aécio o senador Aloysio Nunes (SP), aliado histórico de Serra, o governador Antonio Anastasia (MG) e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

“Ouvir aqui o que ouvi do governador Geraldo Alckmin na verdade só me faz dizer de forma absolutamente clara: o PSDB está pronto no ano que vem para apresentar ao Brasil uma nova proposta”, disse Aécio.

PSDB realizou ontem na cidade mineira o encontro partidário “Federação Já, Poços de Caldas +30“, com críticas à concentração de receitas na União e em defesa da “autonomia e fortalecimento” de Estados e municípios.

O encontro também fez homenagem aos 30 anos da Declaração de Poços de Caldas, documento assinado pelos então governadores Tancredo Neves (MG) e Franco Montoro (SP), no qual se comprometeram com a campanha pelas eleições diretas para presidente.

(PATRÍCIA BRITTO E MARINA DIAS)

11 de novembro de 2013

Aécio: ‘deixa o Serra falar’

Aécio: “O PSDB é um partido democrático, onde cada um tem sua opinião e contribui para o fortalecimento da forma que acha mais adequada’.


PSDB 2014


Fonte: O Globo

‘Eu falo bem do PSDB e mal do PT’, diz Aécio, em referência às críticas de Serra ao próprio partido


Ao comentar as declarações do ex-governador, senador mineiro diz que, “em relação a complexos, talvez seja a pessoa do PSDB menos credenciada a falar”


Um dia após o ex-governador José Serra ter criticado duramente o PSDB, ao dizer que o partido tem a necessidade de “ser aceito pelo PT”, o senador Aécio Neves quebrou, neste sábado, a pretensa harmonia entre eles ao comentar as declarações do ex-governador, que, a despeito do favoritismo do mineiro na disputa presidencial de 2014, dá sinais de que ainda não desistiu de uma disputa pela candidatura tucana:

— Olha, como eu disse, vamos deixar o Serra falar. O PSDB é um partido democrático, onde cada um tem a sua opinião, e cada um contribui para o fortalecimento do partido da forma que acha mais adequada. Eu, por exemplo, estou aqui hoje em Manaus, ao lado do grande líder Artur Virgílio, falando bem do PSDB e mal do desgoverno do PT. Quanto a complexos, eu talvez seja a pessoa do PSDB menos credenciada a falar sobre o tema — afirmou Aécio, em Manaus, onde participou de encontro do diretório estadual do PSDB.

Na sexta-feira, durante palestra no Diretório Estadual do PSDB paulista, Serra afirmou que um dos problemas do partido é o bovarismo, em referência a “Madame Bovary”, romance de 1857, escrito por Gustave Flaubert.

— Me desculpem as mulheres, porque é mais complexo que isso, mas a madade Bovary queria ser aceita pelo outro. Ela vai à loucura, quebra a família, trai o marido com Deus e o mundo para ser aceita. E o PSDB tem um pouco de bovarismo, de precisar ser aceito pelo PT — disse Serra, segundo matéria publicada na edição de hoje da “Folha de S. Paulo”.

Nas críticas ao PSDB, o ex-governador alfinetou Aécio ao condenar o fato de o PSDB criticar o leilão do campo de Libra usando o argumento da privatização, como o senador tem feito nos últimos dias.

— O PT faz um leilão mal feito como o do campo de Libra. E o que faz o PSDB? Sai dizendo: “Olha aí, eles sempre foram contra a privatização e agora estão fazendo a privatização”. Isso dá voto? Nenhum — disse Serra, na sexta-feira.

Aécio, porém, insiste no assunto. Ontem mesmo, em Manaus, ele repetiu a crítica:

— O PT passou dez anos demonizando as privatizações. Curva-se a elas agora no final do governo, mas faz de forma atabalhoada.

O Brasil virou “um cemitério de obras inacabadas”

Também ontem, horas depois de presidente Dilma Rousseff ter considerado absurda a paralisação de obras públicas, medida recomendada na última quarta-feira pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após suspeitas de irregularidadesAécio declarou que o país virou “um cemitério de obras inacabadas” por causa da “incapacidade gerencial” do governo do PT.

— O Brasil é um cemitério de obras inacabadas não por culpa do TCU, mas por culpa da ausência de planejamento, de projetos que não são feitos adequadamente. As grandes obras, os grandes eixos de integração nacional estão todos eles com sobrepreços enormes. O governo do PT quer nos fazer crer que é natural planejar uma obra e apresentar um projeto absolutamente distante daquilo que vai ser executado. A paralisação dessas obras é fruto da incapacidade gerencial do governo. Nós temos que encerrar esse ciclo do PT para o bem do Brasil — disse em Manaus, reduto eleitoral petista, que rendeu, nas últimas três eleições presidênciais, mais de 80% dos votos válidos ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff.

Em visita à capital amazonense para participar do encontro estadual do PSDB e homenagear os 35 anos de vida pública do prefeito tucano Arthur VirgílioAécio discursou como candidato à sucessão de Dilma e atacou o PT em diversos momentos:

— O que o PT vem fazendo nesses últimos anos é administrar a pobreza. Há uma falência absoluta no que diz respeito à gestão. Não vemos desenvolvimento de fato dos empresários e dos trabalhadores. Não existe um plano de desenvolvimento a longo prazo, o que existe é a gestão de problemas que perduram por muitos anos.

Durante a passagem por Manaus, Aécio visitou as empresas do Polo Industrial e, ao ser questionado sobre o posicionamento do partido em relação à manutenção da Zona Franca de Manaus, disse que contaria com a credibilidade do prefeito Arthur Virgílio para desmistificar o cenário de que o PSDB é inimigo da Zona Franca.

— A população já deu uma demonstração clara que confia no PSDB. Temos de virar essa página e trabalhar em um projeto ousado para a região — afirmou o tucano, acrescentando que, independentemente da posição do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, ele defenderá os incentivos fiscais para as indústrias do Amazonas: — Quero dizer de forma clara e definitiva: a Zona Franca é um patrimônio do Brasil, fundamental para o desenvolvimento do país.

7 de novembro de 2013

2014: Aécio pode antecipar candidatura à Presidência

2014: senador admitiu hipótese após uma série de encontros com aliados. Decisão será tomada em conjunto com Serra.


Eleições 2014


Fonte: Folha de S.Paulo 

Aécio admite antecipar candidatura ao Planalto, mas quer apoio de Serra


Senador nega tensão na relação com ex-governador, que viaja como se estivesse em campanha

Para aliados de Serra, tentativa de antecipar candidatura tucana é ‘incompreensível’; deputados pressionam

Em meio a uma pressão interna para antecipar o anúncio de sua candidatura à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu ontem a hipótese após uma série de encontros com aliados, mas ressaltou que essa decisão será tomada em conjunto com o ex-governador José Serra.

Apesar de ser hoje o candidato praticamente consensual no PSDBAécio enfrenta a concorrência de Serra, que tem viajado o país para recolocar seu nome como opção do partido para 2014.

“Deixem o Serra trabalhar em paz. São absolutamente legítimas as viagens que ele faz, é positivo para todos nós que ele possa ser mais uma voz permanente de oposição ao governo, não há nenhuma tensão”, disse Aécio, que se reuniu com o ex-governador na noite de anteontem.

“A conversa foi muito franca e positiva. Vamos estar juntos. Ponto final”, completou.

No final de setembro, Aécio fechou acordo com Serra para evitar que o ex-governador deixasse o PSDB e se lançasse à Presidência por outra legenda. Ficou acertado que o anúncio do candidato tucano só ocorreria em março.

O problema para o PSDB é que pouco tempo depois a ex-senadora Marina Silva anunciou apoio ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PSB-PE), criando uma terceira via que ameaça a posição de Aécio.

“Não tem uma data pré-fixada [para o lançamento da candidatura ao Planalto]. Pode ser em março? Pode. Se nós todos acharmos que deve ser antes, será antes, mas a partir de um grande entendimento”, disse o mineiro.

O momento certo do lançamento da candidatura é atualmente o tema mais controverso no PSDB. Após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse que a melhor data é o início de 2014.

A bancada de deputados federais do partido, no entanto, pressiona por um anúncio ainda neste mês.

“Imaginamos que ele [Serra] ia percorrer o país para fortalecer o relacionamento de ambos, mas jamais que ele fosse permanecer no PSDB imaginando que fosse o candidato à Presidência”, afirmou Carlos Sampaio (SP), líder da bancada.

À noite, porém, ele afirmou ter ouvido relatos de que o mineiro e o paulista mantiveram o cronograma de março. Teria pesado nessa decisão a entrevista do ex-governador à Folha em que ele diz que se Aécio for o candidato ele trabalhará pelo mineiro.

Um dos principais aliados de Serra, o deputado Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA) reagiu à articulação da bancada tucana e atacou um dos operadores de Aécio. ”É incompreensível a postura do deputado Marcus Pestana (MG), conhecido em Minas Gerais como exibicionista e desagregador. Quer se cacifar para conquistar a inalcançável candidatura ao governo.”

Pestana afirmou que até mesmo uma “convenção extraordinária” do partido estaria nos planos para oficializar Aécio como candidato.

(Ranier Bragon e Marina Dias)

10 de outubro de 2013

Eleições 2014: PSDB de São Paulo focado em Aécio

PSDB: fato de Serra ter ficado no partido criou clima de alívio no PSDB paulista, segundo Milton Flávio, presidente do PSDB da cidade de SP.


Eleições 2014


PSDB de São Paulo focado em Aécio

PSDB: o senador Aécio Neves é hoje o virtual candidato do partido a presidente. Foto: Leandro Moraes/UOL

Fonte: O Globo

PSDB de São Paulo se sente ‘aliviado’ com decisão de Serra


“Agora, o nosso papel será o de fortalecer os dois em torno de um só objetivo, que é derrotar o governo de Dilma”, diz presidente regional do partido

A decisão do ex-governador José Serra de permanecer no PSDB, e não se lançar no projeto de disputar a presidência da República pelo PPS, deixou os tucanos aliviados. Afinal, a decisão poderia dividir os votos tucanos e prejudicar a candidatura do senador mineiro Aécio Neves, hoje virtual candidato do partido a presidenteSerra continuou nesta quarta-feira sem dar entrevistas e apenas postou um suscinto recado na sua página no Facebook:

“Gostaria de agradecer a acolhedora repercussão à minha nota de ontem (de que ficaria no partido para derrotar o PT). Vamos em frente”, disse Serra, sem dizer se vai empenhar-se na candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ou se permaneceu com o objetivo de viabilizar sua candidatura, torcendo para um fracasso do senador mineiro.

— Hoje, é notório no partido que o candidato a presidente é o senador Aécio, mas enquanto ele não tiver oficializado a candidatura, o que deve acontecer por volta de março do ano que vem, tudo será possível. Serra é preparado para a disputa, embora hoje essa hipótese seja difícil de ser elencada dentro do partido — disse o vice-presidente nacional do PSDBAlberto Goldman, ligado a Serra.

Para ele, “todos os filiados ao partido podem pleitear a vaga que hoje é de Aécio“.

— De repende não é Aécio e nem o Serra, podendo ter um terceiro nome. Ainda está cedo para essa definição — disse Goldman.

O fato de Serra ter ficado no partido, criou um clima de “alívio” no PSDB paulista, segundo Milton Flávio, presidente do partido na cidade de São Paulo.

— Pacifica o partido. Serra é um grande quadro e pode agora disputar outros cargos. O José Anibal, a quem sou ligado, também gostou da decisão (Anibal é desafeto de Serra, com inúmeras disputas internas na legenda). Portanto, o anuncio de Serra dá maior segurança e unidade ao partido. Como chegamos a um consenso no caso de Serra ficar na legenda, vamos ter outros consensos em torno de eventuais candidaturas ao Senado (Serra pode ser candidato, assim como o próprio Anibal, que já mostrou interesse na vaga, o que prenuncia nova disputa entre os dois por uma única vaga) — explicou Milton Flávio.

Para o deputado Duarte Nogueira, presidente do PSDB do Estado de São Paulo, a decisão de Serra fortalece não só os tucanos, mas a própria oposição.

— Se tivéssemos uma candidatura do PSDB (Aécio) e outra do Serra (PPS), dividiríamos a oposição, enfraquecendo-a. Agora, o nosso papel será o de fortalecer os dois em torno de um só objetivo, que é derrotar o governo de Dilma — disse Nogueira.

Goldman denuncia cooptação de Dilma

O vice-presidente nacional do PSDBAlberto Goldman, denunciou ontem que o PT e a presidente Dilma Rousseff estão “tentando comprar” o apoio do Solidariedade do deputado Paulo Pereira da Silvia, o Paulinho, líder do novo partido aprovado esta semana pelo TSE.

— Eles (petistas) estão tentando comprar o apoio do Solidariedade, que por ora está demonstrando que apoiará a candidatura de Aécio a presidente. Eles já mostraram no passado (mensalão e aloprados) que podem fazer de tudo pelo poder. Eles não tem escrupulos. Querem afetar nossa base de apoio que já tem o PPS e o DEM e que agora poderia ter o Solidariedade — denunciou o vice-presidente nacional do PSDB.

22 de março de 2013

Presidência 2014: Aécio e Campos diálogos decisivos

Presidência 2014: Merval Pereira diz que PT quebra regras quando antecipa disputa eleitoral. Aécio e Campos mobilizam PSDB e PSB.




Presidência 2014: Aécio e Campos


Fonte: O Globo

Diálogos decisivos


Merval Pereira

Merval Pereira

Embora tenha sido antecipada exoticamente pelo próprio governo, contra todas as melhores regras da tradição política, a sucessão presidencial ainda está num estágio incipiente para os principais candidatos a adversários da presidente Dilma Rousseff. Enquanto a ex-senadora Marina Silva está em plena luta para criar uma sigla que possa chamar de sua, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o senador mineiro Aécio Neves tentam se organizar dentro de seus próprios terrenos para, a partir daí, jogarem-se mais seguramente na tentativa de vencer a máquina governamental, que já está funcionando a toda.

Recentemente, os dois tiveram conversas fundamentais para aplainar o terreno que pisarão dentro em pouco. Aécio deve assumir a presidência do PSDB em maio, e a partir daí intensificará suas viagens pelo país, mesmo que não assuma formalmente a candidatura. Campos marcou setembro como a data para anunciar sua decisão e está em campo para avaliar as possibilidades concretas de levar seu plano adiante.

Dentro do PSDB, a única e grande pedra no sapato de Aécio continua sendo a união do grupo paulista que até hoje indicou todos os candidatos a presidente da República do partido, começando pelo ex-senador Mario Covas, seguindo por Fernando Henrique, vitorioso duas vezes, José Serra, duas vezes, e o governador paulista, Geraldo Alckmin. Dependente do apoio paulista, o mineiro procurou o último para saber seu ânimo diante da disputa que se avizinha.

Foi claro com ele, perguntando diretamente se estava nos seus planos, mesmo que remotamente, disputar a Presidência novamente em 2014. Se a resposta fosse positiva, mesmo que no plano puramente especulativo, Aécio disse a Alckmin que não teria problema em abrir mão da postulação, com uma explicação muito simples ao eleitorado: não consegui unir o partido e devolvo à direção nacional a decisão sobre quem será o candidato. Voltaria a Minas Gerais para provavelmente ser candidato novamente ao governo do estado.

Alckmin teria sido enfático ao recusar tal possibilidade, garantindo a Aécio o apoio integral da seção paulista. O incômodo que Serra estaria sentindo, com relação à direção nacional e até mesmo ao governador paulista, é uma questão a ser superada, mas não impeditiva da união partidária. Na formação da nova direção nacional, Serra será convidado por Aécio a participar, pessoalmente ou através de um representante de seu grupo, mas há a percepção no partido de que não existe a possibilidade de um racha que divida os votos tucanos em São Paulo.

Tanto para o governo quanto para os outros candidatos, sempre haverá um ranço contra o mineiro que tirou do páreo os paulistas, e é nesse espaço que veem a chance de quebrar a hegemonia do PSDB no estado. Já Campos, candidato natural do PSB e sem rivais do partido, teve uma conversa franca com a presidente Dilma Rousseff no Planalto, onde as fichas foram colocadas na mesa.

A presidente tomou a iniciativa de dizer que compreendia o momento do PSB e considerava quase certo que um dia Campos ocuparia o lugar que hoje é dela. Qualquer decisão que viesse a ser tomada, disse Dilma, não interferiria na relação de amizade que nutria em relação a ele e à sua mulher, Renata. Campos admitiu que o partido o estava empurrando para a disputa e pediu que Dilma se considerasse livre para agir da maneira que considerasse melhor em relação à participação do PSB no governo.

Falou sobre o desgaste natural que a permanência por muitos anos de um mesmo grupo político no governo provoca e se disse convencido de que a coalizão PT-PMDB estava esgotada, sem um projeto para o país. Foi claro ao dizer que temia que o PSB fosse tragado pelo fracasso da coalizão governista, mas se colocou sempre crítico ao PT, e não à pessoa da presidente. Advertiu-a de que a popularidade de hoje pode desaparecer. Garantiu que não fazia qualquer movimento com vistas a ocupar a vice-presidência no lugar de Michel Temer, e prometeu comunicá-la assim que se decidir.

Dentro do governo, Campos já é visto como o adversário a ser batido, por representar a novidade da eleição. O que muitos no PSB temem, porém, é que essa novidade envelheça, com toda a exposição que necessariamente o governador terá que estimular para criar em torno de si uma expectativa de poder.