17 de janeiro de 2014

Eleições 2014: Aécio e Alckmin definem alianças

Eleições 2014: Geraldo Alckmin disse que não há nada definido sobre eventual aliança com o PSB em torno da candidatura à reeleição.


Aliança entre PSDB e PSB


Fonte: Valor Econômico 

Aécio e Alckmin se reúnem em SP


Depois de uma semana com declarações públicas que conturbaram a relação entre PSDB e PSB, duas das principais lideranças do PSDB colocaram o pé no freio na discussão sobre a aliança entre os partidos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que não há nada definido sobre uma eventual aliança com o PSB em torno de sua candidatura à reeleição, e o senador Aécio Neves (MG), provável candidato à Presidência, evitou comentar o assunto.

Eles se reuniram ontem no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e discutiram, entre outros temas, “uma radiografia das alianças” que o PSDB busca fazer nos Estados, disse Aécio. Segundo ele, o PSDB terá candidatos, próprios ou coligados, “em mais de 20 Estados”, e o quadro a alianças é “favorável”.

“Estaremos competitivos em praticamente todos os Estados. Teremos candidaturas a governador em maior número que qualquer outro partido”, disse ele, acrescentando que a palavra de Alckmin sobre o assunto é importante.

PSDB e PSB costuram alianças em vários Estados, mas a parceria está ameaçada por conta de restrições da ex-ministra Marina Silva, que se filiou ao PSB e não quer que o partido apoie Alckmin. Durante a semana, interlocutores dos dois partidos falaram sobre o assunto.

Na terça-feira, Aécio disse que o principal prejudicado pelo rompimento da aliança em São Paulo e em alguns Estados seria o PSB, opinião sustentada pelo presidente do estadual do PSB e deputado federal Márcio França (SP). Em resposta, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que Aécio perdeu “ótima oportunidade de ficar calado”.

Ontem, Aécio não quis comentar as declarações de Amaral e disse que o conhece “muito pouco”. “A minha interlocução com o PSB é feita prioritariamente com o presidente do partido [Eduardo Campos]“, disse Aécio, acrescentando que a relação com o PSB é “positiva”. ”A minha relação com o governador Eduardo é uma relação antiga, que precede candidaturas.”

Alckmin evitou criar novos conflitos. Questionado sobre como está a questão da aliança em torno de sua reeleição, disse que o assunto não foi discutido. O discurso de Alckmin vai na linha da declaração feita no começo da semana pelo governador de Pernambuco e presidente do PSBEduardo Campos, que disse não haver definição sobre a política de alianças nos Estados. Campos também afirmou que a parceria com Marina Silva continua sólida.

“Primeiro precisa definir o candidato [ao governo de São Paulo], e definição de candidato é só mais à frente, não há candidatura hoje”, disse ontem Geraldo Alckmin aos jornalistas após a reunião com Aécio Neves. ”Depois se definem as alianças. Não há hipótese de se definir aliança no começo do ano.”

Questionado sobre quando encontraria CamposAlckmin disse que “não tem nada marcado, mas quando ele vier à província de Piratininga, a gente toma um café”.

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