29 de abril de 2014

Aécio defende governo com ética e eficiência em entrevista

Aécio Neves abriu a série especial de entrevistas do Canal Livre. O senador disse que quer “encerrar o ciclo perverso do governo”.


Eleições 2014: entrevista Aécio Neves


Fonte: Band UOL 

Aécio Neves defende transparência no governo


Pré-candidato do PSDB à presidência abriu série especial do Canal Livre com os candidatos; senador disse que governo Dilma faz parte de um “ciclo perverso”

O pré-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, abriu neste domingo a série especial de entrevistas do Canal Livre. O senador tucano não poupou críticas a Dilma Rousseff e disse que quer ser presidente para “encerrar o ciclo perverso do governo”.

“Quero colocar ética e eficiência”, afirmou o tucano, que será oficializado candidato na convenção do partido, em 14 de junho, em São Paulo. “Tenho a esperança de ser vitorioso. O PSDB foi o partido das grandes reformas. O Brasil está sendo construído, mas as bases foram do governo do PSDB, como a estabilidade da moeda”.



Aécio também falou sobre as recentes manifestações e comentou sobre a rejeição dos jovens aos políticos. “É uma rejeição à política clássica, do mau comportamento”, declarou. “Tenho uma trajetória de 30 anos irretocáveis, do ponto de vista ético. Governei em Minas precisando fazer o que tinha de ser feito.”

Cortes de gastos



Um dos pontos mais abordados por Aécio no Canal Livre foi o crescente gasto do governo. Para o senador, uma nova forma de política deve ser adotada. “Acabaremos com a metade dos ministérios. Temos quase 40 ministérios e 25 mil cargos. É preciso cortar gastos do governo. Criarei apenas uma secretaria para simplificar o setor tributário. É possível em seis meses simplificar o sistema de impostos”.

Segurança pública



Aécio destacou uma proposta do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para combater a crescente violência. “É culpa do descaso do governo federal. 87% da verba da segurança é de responsabilidade dos Estados. Só 13% é da União. O governo não controla as fronteiras. Vou levar a proposta do senador Aloysio à frente. Não se trata em reduzir amaioridade penal. Mas o jovem de 16 anos que cometer um crime grave ou for reincidente, poderá ser punido como adulto”.



Definição do vice



Aécio afirmou que o vice em sua chapa será definido apenas no início de junho. “Existem várias correntes que defendem um vice de São Paulo. Mas vamos conversar com o DEM e o Solidariedade antes da decisão. Se for o [JoséSerra, é um grande nome. O Aloysio Nunes também é excelente”.

Ministérios serão reduzidos pela metade, diz Aécio

Se for eleito, o senador disse que reduzirá de 39 para 20. Aécio comentou ainda que corre o risco de Dilma não chegar ao 2º turno.


Eleições 2014


Fonte: O Estado de Minas

Aécio cortará metade dos ministérios, ‘se for eleito’


“Se for eleito, e creio que o PSDB tem condições para isso, vou acabar com metade dos atuais 39 ministérios”, disse Aécio em palestra na Associação Comercial de São Paulo

senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta segunda-feira, em palestra na Associação Comercial de São Paulo, que o Brasil vive hoje “uma perversa e perigosa herança”, resultado das gestões do PT. Depois de dizer, ironicamente, que o País não foi descoberto em 2003, numa crítica indireta ao ex-presidente Lula, o tucano disse que um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta é a perda de credibilidade.

Nas críticas à gestão petista, o presidenciável tucano lamentou o fato de o governo ter apostando apenas no crescimento via consumo e disse que a inflação está alta, saindo do controle e o crescimento é pífio – o que, segundo Aécio, estaria prevenindo o apagão. Ele falou de mudanças que faria em um possível mandato. “Se for eleito, e creio que o PSDB tem condições para isso, vou acabar com metade dos atuais 39 ministérios e simplificar o sistema tributário”, afirmou. “Hoje há uma concentração absurda nas mãos da União”.

Aécio disse que o atual governo não administra o Brasil, mas governa as pesquisas eleitorais. E criticou o que classificou de aparelhamento sem limites no País, citando a Petrobras que, segundo ele, vive o pior momento de sua história. “Não é possível que o Brasil seja governado de forma perdulária”.

Aécio arrancou risos da plateia ao dizer que o ministro das Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos (PSD-SP), é o homem certo no governo errado.

Aécio fala em 2º turno sem Dilma em palestra a empresários

senador Aécio Neves justificou que Dilma pode ficar fora do segundo turno das eleições em função da insatisfação com a gestão da presidente

Em palestra a empresários da Associação Comercial de São Paulo, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves (MG), fez duras críticas ao governo federal e chegou a dizer que acredita que a presidente Dilma Rousseff possa ficar fora do segundo turno, dada a insatisfação com sua gestão. O tucano disse já ter falado sobre o assunto com o ex-governador Eduardo Campos (PE), pré-candidato do PSB ao Planalto. Campos tem Marina Silva como vice e mantém uma relação amigável com Aécio. Em alguns estados, PSDB e PSB montaram juntos seus palanques.

“Eduardo e eu temos a responsabilidade de conversar. Não temos sequer o direito de não conversar. Esse é o fato novo dessa eleição. As oposições estão demonstrando maturidade. Não acho fora de propósito que podemos chegar nós dois ao segundo turno. O PT terá que trabalhar muito para não ficar fora do segundo turno”, afirmou. Aéciorepetiu diversas vezes que se sente preparado para assumir o país.

Aécio comentou ainda a tentativa de aproximação entre os tucanos e o ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Domingo, o senador mineiro jantou na casa de Kassab, ao lado do governador Geraldo Alckmin e do ex-governador José Serra. No campo nacional, Kassab declarou apoio à reeleição de Dilma. “Foi um encontro entre amigos, não houve encaminhamento de decisão política”, disse Aécio.

Aécio Neves sobe quase 5 pontos, aponta CNT

Aqueles que consideram o governo ruim subiram de 24,8% para 30,6%. A desaprovação do desempenho pessoal da presidente subiu de 41% para 46,1%.


Eleições 2014


Fonte: O Globo

Avaliação do governo Dilma cai de 36,4% para 32,9%, aponta CNT/MDA


Pesquisa também revela queda de Dilma na corrida presidencial

presidente Dilma Rousseff teve nova queda de popularidade, segundo a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes CNT/MDA. A avaliação positiva do governo Dilma caiu de 36,4% em fevereiro para 32,9% em abril. Aqueles que consideram o governo ruim subiram de 24,8% para 30,6% agora. Outros 35,9% avaliam o governo regular, contra 37,9% em fevereiro.

A avaliação pessoal de Dilma também oscilou negativamente: de 55% em fevereiro para 47,9% em abril. A desaprovação do desempenho pessoal da presidente subiu de 41% em fevereiro para 46,1%. Outros 6% não quiseram ou não souberam responder.

Na corrida presidencial, a candidata Dilma também perdeu pontos: caiu de 43,7% para para 37% em fevereiro. Já o senador Aécio Neves, candidato do PSDB, subiu de 17% para 21,6%. O ex-governador Eduardo Campos (PSB) tinha 9,9% e agora cresceu para 11,8%. O cenário traz apenas os três principais candidatos e foi uma pesquisa de intenção de voto estimulada.

No caso da avaliação do governo Dilma, a soma de 32,9% inclui 5,9% de ótimo e 27% de bom. Além disso, a avaliação negativa de 30,6% inclui 14,3% de ruim e 16,3% de péssimo. O patamar de regular é de 35,9%.

queda na popularidade da presidente Dilma, apontada pela pesquisa da CNT/MDA, confirma o momento negativo da petista, já evidenciado em outros levantamentos. Dilma tem atingido os piores índices, se aproximando daqueles obtidos em julho, período do auge das manifestações de rua no pais.

Petrobras

pesquisa aponta que apenas 30,3% dos entrevistados estão acompanhado as notícias envolvendo a Petrobras e outros 19,9% somente ouviram falar, enquanto 49,5% não estão informados a respeito. Daqueles que acompanham o caso ou somente ouviram falar, 91,4% são a favor da realização de uma CPI da Petrobras. Além disso, 80,5% acreditam que houve irregularidade na compra da refinaria de Pasadena e 66,5% consideram que Dilma não é responsável.

pesquisa foi realizada de 20 a 25 de abril, com 2002 entrevistas, em 137 municípios, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. O registro no Tribunal Superior EleitoralTSE) é 00086/2014.

28 de abril de 2014

Aécio Neves: O Brasil sabotado , coluna Folha

Há uma crise de confiança instalada no país. As vítimas vão caindo pelo caminho e são cada vez mais numerosas.


Brasil sem rumo


Fonte: Folha de S.Paulo

“Etanol: até quando?”, por Aécio Neves


Pare para pensar: quantas vezes, nos últimos tempos, você passou num posto de combustíveis e abasteceu seu carro flex com etanol? Se você considera apenas o bolso, e é natural que seja assim, é provável que pouquíssimas vezes não tenha enchido o tanque com gasolina. Não é um contrassenso num país como o Brasil?

A mais verde e amarela das tecnologias alternativas, muito menos poluente e danosa ao ambiente e à saúde das pessoas, e uma das mais eficazes opções à queima do combustível fóssil, vive crise sem precedentes no país.

Tenho andado muito pelo interior do Brasil e visto de perto o vigor da nossa agropecuária e a dedicação dos nossos produtores. Por tudo isso, é contraditória a gravidade da crise por que passa a nossa produção de álcool.

Nos últimos anos, mais de 40 usinas fecharam. Outras estão em processo de recuperação judicial ou enfrentam graves dificuldades. Milhares de pessoas já perderam o emprego.

Trata-se de situação completamente distinta da que se projetava poucos anos atrás. Até então o Brasil estava fadado a ser a maior potência mundial de energia renovável.

Caminhávamos para ser a vanguarda da sustentabilidade, exemplo em um mundo em busca de fontes não fósseis, limpas e mitigadoras do aquecimento global pela redução das emissões de CO2.

Descarrilamos, contudo.

Não foi obra do acaso. Não foi barbeiragem de produtores, nem irresponsabilidade de investidores. Não foi mera consequência da mudança de ventos na economia global.

Foi, isso sim, produto de equívocos cometidos por uma gestão que está matando o etanol brasileiro. É um estrago de grandes proporções, que se espalha por longa cadeia de produção que envolve 2,5 milhões de trabalhadores e centenas de municípios do país.

Sem perspectivas de melhora, as usinas não investem, o mercado não reage e o Brasil chega ao ponto de importar etanol dos EUA -e com desoneração tributária concedida pelo governo federal. Como pode?

Os produtores não precisam de muito, mas têm nos faltado o básico. Basta que o governo não atrapalhe, como tem feito, defina uma política de longo prazo para o setor energético e reestabeleça condições mínimas de competitividade: equilíbrio na formação de preços, tributos adequados e algum amparo na forma de linhas de crédito que realmente funcionem.

Não é algo tão complicado, mas é tudo o que o governo petista não faz.

Há uma crise de confiança instalada no país. As vítimas vão caindo pelo caminho -e são cada vez mais numerosas.

É o futuro do Brasil que está sendo sabotado. No caso do etanol, é toda uma experiência de mais de 40 anos que está sendo jogada no lixo pela vanguarda do atraso.

*Aécio Neves é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB

Declaração de Lula sobre mensalão é lamentável, diz Aécio

Senador lamentou declaração de Lula à TV portuguesa. “Uma afirmação como essa não engrandece o currículo do ex-presidente”, comentou.


Lula teria dito que 80% do julgamento do Mensalão foi político


O senador mineiro criticou fala de Lula durante encontro com empresários em São PauloAgêcia O Globo

Fonte: O Globo

Aécio considera fala de Lula sobre mensalão ‘lamentável’


Para pré-candidato do PSDB à presidência, frase de petista não honra o currículo de um ex-chefe do Executivo

Senador disse, ainda, que ninguém tem lugar cativo no segundo turno das eleições deste ano

Iniciando a semana com mais um compromisso na capital paulista, o pré-candidato do PSDB à presidência da República, senador Aécio Neves, lamentou nesta segunda-feira a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita no fim de semana à uma TV portuguesa de que o julgamento do mensalão foi 80% político e somente 20% técnico. Para Aécio, a afirmação não honra o currículo de um ex-presidente.

— É lamentável vermos um ex-presidente da República com afirmações que depõem contra o poder Judiciário, esteio da democracia brasileira. Não podemos respeitar o poder Judiciário quando ele toma decisões que nos são favoráveis e desrespeitá-lo quando toma decisões que não nos são favoráveis. Uma afirmação como essa não engrandece o currículo do ex-presidente.

Segundo o tucano, Lula deveria ser o primeiro a “zelar pelas instituições”. O pré-candidato do PSDB não acredita que esse discurso de Lula surtirá efeito nas próximas eleições.

— Pelo o que percebo, a sociedade, por sua ampla maioria, apoia o poder Judiciário. Pela origem da maioria dos ministros (do Supremo Tribunal Federal) talvez a constatação maior que podemos ter é de que foi uma decisão técnica — afirmou o senador, ao referir-se ao fato de que Lula foi o presidente que mais indicou ministros para a corte.

Durante palestra na Associação Comercial de São PauloAécio também afirmou que nenhum dos prováveis candidatos à disputa presidencial deste ano tem lugar cativo no segundo turno. Para ele, existe chance de a presidente Dilma Rousseff, que ocupa hoje a liderança nas pesquisas de intenção de voto, sequer chegar à fase final da eleição.

— Eu ouço falar muito como é que será o segundo turno. Quem vai apoiar quem. Eu não acho, hoje, fora de propósito que podemos chegar nós dois (Aécio e o ex-governador Eduardo Campos, do PSB). Ninguém tem lugar cativo no segundo turno. Que bom para o Brasil que isso ocorra.

Em entrevista após um discurso de quase uma hora para conselheiros da entidade, Aécio defendeu que o PT tem motivos para estar preocupado. Segundo ele, esse eventual cenário com a ausência do PT no segundo turno já foi discutido entre ele e Campos, semanas atrás, quando os dois se reuniram em Recife.

— Já havia conversado sobre isso com o governador Eduardo Campos. Dizia que esse quadro vai mudar. E olha que as pesquisas estavam dando muito maior tranquilidade à atual presidente. Hoje, por estar à frente das pesquisas, ela tem que acalentar a perspectiva de ir ao segundo turno. Mas vou repetir: ninguém tem lugar assegurado. Nem o PT. Da mesma forma que nós, ela vai ter que trabalhar muito para chegar lá.

Aécio desembarcou em São Paulo ontem à noite para um jantar organizado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) na residência dele. Entre os convidados estavam tucanos, como o ex-governador José Serra, o governador Geraldo Alckmin e o pré-candidato do PSDB ao governo de MinasPimenta da Veiga, além de lideranças do partido de Kassab.

Nesta manhã, no evento na Associação Comercial paulista, o senador teve a companhia de lideranças do PSD do Rio, como o secretário de meio-ambiente Índio da Costa, e de Goiás, como o deputado Valmir Rocha. Algumas figuras ausentes da política há quatro anos, como o ex-senador Heráclito Fortes (PSB-PI), e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB).

No fim desta tarde, Aécio vai se encontrar com vereadores da capital paulista.

24 de abril de 2014

Aécio cobra instalação imediata da CPI da Petrobras

Aécio Neves: “Não há mais como procrastinar. A decisão está tomada, o respeito ao direito das minorias foi garantido pelo STF”.


Entrevista Aécio Neves


Fonte: Jogo do Poder

Entrevista coletiva do senador Aécio Neves


Assuntos: decisão da ministra Rosa Weber, CPI da Petrobras

Em entrevista agora de manhã, o líder do PT disse que essa CPI está fadada a ser como foi a CPI do Cachoeira, pouco efetiva e sem resultado nenhum. O senhor acredita nisso?

Talvez isso seja muito mais uma torcida do que fruto de uma análise isenta dos fatos. A decisão da ministra Rosa Weber faz cumprir a Constituição e garante algo que é sagrado, o direito de as minorias atuarem no Parlamento fiscalizando as ações do governo federal. Nesse instante, a partir da notificação a essa Casa, cabe ao presidente Renan Calheiros ou a quem estiver respondendo pela Presidência do Senado, solicitar aos líderes a indicação dos membros que irão compor a CPI para que ela inicie seus trabalhos imediatamente. Não há mais como procrastinar, não há mais como adiar. A decisão está tomada, o respeito ao direito das minorias foi garantido pelo Supremo Tribunal Federal e agora é hora de fazermos as investigações. A CPI, tenho dito sempre, não pré-julga, não pré-condena absolutamente ninguém. É a oportunidade de todos aqueles envolvidos nessas sucessivas e gravíssimas denúncias que atingem a maior empresa brasileira estarem aqui se defendendo e apresentando as suas razões. Foi uma vitória do Estado de Direito, uma vitória da democracia e, sobretudo, uma vitória do Parlamento brasileiro.

Sobre a possibilidade de o governo tentar atrapalhar as investigações com a indicação da presidência e da relatoria da CPI.
 
Sem dúvida nenhuma, o governo até agora fez de tudo, a meu ver, de forma equivocada, para impedir essa investigação. O desgaste teria sido muito menor se o governo tivesse aceitado aquilo que era absolutamente razoável. Havido o fato determinante e apontado esse fato e o número adequado de assinaturas, bastava a sua instalação, e dentro da CPI faz-se o embate. É claro que a maioria do governo vai tentar adiar depoimentos, não aprovar requerimentos de oitivas, mas essa é uma disputa democrática, é uma disputa que é natural que ocorra dentro de uma CPI. O que foi grave, e eu sempre alertava para isso, é, para impedir a investigação, extirpar, retirar do Parlamento uma prerrogativa fundamental e que iria valer para casos futuros, não apenas para esse. Está garantido o direito das minorias de investigar o governo. A CPI está pronta para ser instalada e que o governo, dentro da CPI, faça o embate político. Caberá à sociedade julgar se eles querem efetivamente uma investigação ou se querem, na verdade, impedir que a sociedade saiba o que aconteceu com sua maior empresa.

É uma exigência da oposição que quem está no comando da Casa nesse exato momento instale a CPI?
 
É uma exigência da Constituição, agora respaldada pelo Supremo Tribunal Federal. Cabe a nós fazermos sim a pressão política para que essas indicações ocorram o mais rapidamente possível e a CPI comece a trabalhar. Não há como procrastinar mais. Não há como empurrar com a barriga um tema tão grave como esse. O presidente Renan Calheiros tem apenas um caminho: instalar a Comissão de Inquérito.

Sobre CPI Mista.

A nossa avaliação é de que esta decisão serve também para a CPMI. Neste momento, há uma determinação em relação à instalação da CPI do Senado. Estamos prontos para fazer as indicações dos nossos companheiros que comporão a CPI. Se o senador Renan compreender, e a meu ver é uma compreensão adequada, que esta decisão se estende àCPMI, nós estaremos prontos também para instalar a CPMI que, entre uma e outra, é a que consensualmente terá preferência.
 
Sobre possibilidade de a decisão da ministra Rosa Weber ser alterada pelo plenário do Supremo.

Não há efeito suspensivo na liminar proferida pela ministra Rosa Weber. Enquanto não houver a decisão do Supremo, instala-se a CPI. Em havendo uma decisão do plenário final em outra direção respeita-se esta decisão. Hoje, há um fato determinado claro. A ministra Rosa Weber atende a um pedido das oposições e garante, através de uma liminar, o funcionamento da CPI da Petrobras do Senado Federal. Já estamos com os nossos nomes para serem indicados e cabe ao senador Renan Calheiros simplesmente cumprir a sua obrigação como presidente deste poder e garantir o início dos trabalhos da CPI em benefício da democracia e em benefício da transparência na vida pública.

Sobre os nomes a serem indicados para a CPI.

O líder vai indicá-los no momento em que receber a orientação, receber o ofício do presidente do Senado. Já definimos e já temos os nossos nomes, mas prefiro que este seja um anúncio feito pelo líder Aloysio Nunes.

Sobre a possibilidade de abertura de outras CPIs.
 
Acho absolutamente legítimo. Se quiserem realmente investigar, que apresentem essa CPI. E se faltarem assinaturas, a minha está à disposição, apesar de o governo ter maioria. Não tememos investigação sobre absolutamente nada. Agora, existem denúncias que se sucedem a cada dia e uma mais grave do que a outra em relação ao desmando naPetrobras, à falta de governança da empresa, apontando para eventuais ilícitos. Isso tem de ser investigado. Ninguém é dono da maior empresa brasileira. O que tem acontecido hoje no Brasil, e não é só lá, na Eletrobras está aí este desastre do sistema elétrico, vimos hoje o que aconteceu na Câmara de Comercialização de Energia, com três dos seus titulares pedindo afastamento. A grande verdade é que a ação do governo do PT está quebrando o Brasil.

23 de abril de 2014

Pré-candidatura: PSDB escolhe Aécio como alternativa de mudança para o país

No texto “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”, PSDB diz que Aécio é alternativa para mudanças que a sociedade deseja.


2014: Executiva Nacional do PSDB aprovou uma carta em apoio ao presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves.


Fonte: Jogo do Poder

PSDB apoia nome de Aécio Neves como alternativa de mudança para o Brasil


Executiva Nacional do PSDB, reunida nesta terça-feira (22), aprovou uma carta em apoio ao presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves. No texto, intitulado “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”, o partido diz que Aécio Neves é a alternativa para as mudanças que a sociedade deseja.

A carta foi lida pelo deputado federal Bruno Araújo (PE), vice-presidente nacional do PSDB, durante a reunião da executiva e contou com as assinaturas dos 27 presidentes regionais da legenda e representantes dos segmentos tucanos, como o Tucanafro a Juventude Nacional.

Abaixo, a íntegra da carta.

Um novo tempo para o Brasil
Um novo Brasil para os brasileiros


Senador Aécio Neves,

A grande maioria dos brasileiros vem manifestando um claro desejo de ver mudanças importantes acontecerem no país.

Para onde quer que se olhe, percebe-se que os anos de um regime de improvisocompadrio e ineficiência têm custado muito caro ao Brasil.

Nós, brasileiros, queremos ter o país que merecemos ter.

Queremos um Brasil solidário:

Que não se conforme com a administração diária da pobreza do seu povo, mas busque de forma concreta as condições para a sua superação; que tire das sombras as escolas esquecidas e os hospitais precários e trate com respeito nossos jovens e idosos.

Queremos um Brasil corajoso:

Um Brasil em que o governo central articule e assuma com coragem a liderança do enfrentamento da grave situação de violência e criminalidade que, de forma covarde, rouba vidas de milhares de brasileiros.

Queremos um governo que assuma suas responsabilidades:

Que não permita que sua participação no financiamento da saúde dos brasileiros continue caindo ano a ano. Que apoie, de verdade – e não apenas na propaganda -, quem mais precisa e menos tem.

Queremos um país que saiba que a educação é a porta de libertação e emancipação de um povo:

Que não aceite conviver com o analfabetismo; que faça da melhoria da qualidade do ensino público brasileiro verdadeira causa nacional.

Queremos um país responsável:

Que não tolere a presença da inflação, que respeite contratos e busque a valorização dos salários.

Um país que garanta a autonomia de suas instituições e preserve a todo custo as liberdades – que rechace todo tipo de censura e qualquer que seja o nome em que venha disfarçada.

Queremos um país em que estados e municípios não sejam vistos como inimigos a quem se transferem responsabilidades e se negam as condições necessárias para assumi-las.

Que busque no desenvolvimento sustentável um paradigma coletivo e ele seja a moldura para o nosso futuro.

O Brasil está cansado de desvios e mazelas que se repetem indefinidamente, dos escândalos de corrupção em série.

Queremos sentir confiança e orgulho do nosso país!

E para que esse sonho de Brasil possa um dia ser realidade, nós, representantes de todas as direções estaduais do nosso partido, manifestamos, unanimemente, a nossa confiança na sua liderança e o nosso apoio ao seu nome e propomos que a Comissão Executiva Nacional o submeta à convenção nacional, como nosso candidato à Presidência da República.

As bases do PSDB reafirmam sua unidade política, seu entusiasmo e sua disposição à luta.

Estamos prontos para, ao lado de milhões de brasileiros, dar nossa contribuição na travessia para um novo Brasil.

Marco Civil da Internet: vídeo mostra discussão de Aécio e Lindbergh

Aécio defende um código que fosse ao encontro das reais necessidades da sociedade


“Vossa Excelência quer fazer graça em uma Casa que deveria ter o seu respeito. Vossa Excelência está trazendo para cá uma disputa eleitoral. Não apequene uma discussão tão importante para a sociedade brasileira”, criticou o senador Aécio Neves

A partir de 6 minutos é possível ver a indignação do senador contra ato do senador Lindbergh Faria.

Veja o vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=XGfuDZDAWAk

Fonte: Folha de S.Paulo 

Aécio bate boca com Lindbergh sobre Marco Civil


Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) bateu boca nesta terça-feira no plenário do Senado com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) durante votação do projeto do Marco Civil da Internet.

Na confusão, o senador Mário Couto (PSDB-PA) partiu para cima de Lindbergh com o dedo em riste e teve que ser contido pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) para não trocar agressões físicas com o senador petista.

O tumulto teve início depois que Lindbergh, ao chegar ao plenário para participar da discussão do projeto, disse que Aécio não estava dialogando com a maioria da sociedade ao colocar-se contra a aprovação rápida do Marco Civil –ao contrário do que afirma nos programas do PSDB no rádio e na TV.

Pré-candidato ao governo do Rio, Lindbergh disse que o PSDB vai cometer um “erro histórico” e vai “pagar nas redes sociais” por ser contra a urgência na aprovação do Marco Civil, como defende o Palácio do Planalto.

“O PSDB deu hoje um tiro no pé. O senador Aécio diz que quer conversar com os brasileiros, mas nenhum projeto mobilizou tanto a juventude brasileira quanto o Marco Civil. O PSDB vai entrar para a história votando contra essa urgência em um momento fundamental para o país”, atacou Lindbergh.

Em resposta, Aécio disse que o petista “chegou mais uma vez atrasado” na discussão e não tem “autoridade política nem moral” para criticá-lo. “Vossa Excelência quer fazer graça em uma Casa que deveria ter o seu respeito. Vossa Excelência está trazendo para cá uma disputa eleitoral. Não apequene uma discussão tão importante para a sociedade brasileira”, afirmou.

Em meio à confusão, Mário Couto tomou as dores de Aécio e partiu para cima de Lindbergh. Aos gritos, Couto disse que o petista não tinha “moral” para cobrar nada de AécioRandolfe segurou Couto para impedir que o tucano partisse para cima de Lindbergh. Outros senadores, como Humberto Costa (PT-PE), também tentaram acalmar os ânimos para evitar novas agressões.

Aécio tem o apoio de parte do PMDB do Rio à sua candidatura. Embora o PMDB seja aliado do PT em nível nacional, no Estado o grupo ligado ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) quer apoiar o nome do tucano para a Presidência da República. O atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que é candidato à reeleição, defende a aliança contra Aécio depois que Lindbergh desistiu de retirar sua candidatura.

PT defende que a presidente Dilma Rousseff suba apenas no palanque de Lindbergh no Rio, o que levou o grupo de Pezão a defender a aliança com o PSDB.

VOTAÇÃO

O plenário do Senado vota esta noite o projeto do Marco Civil da internet, que tramitou por mais de três anos da Câmara. Por orientação do Palácio do Planalto, aliados do governo querem aprová-lo hoje para que a presidente apresente o projeto na conferência NetMundial, que será realizada amanhã e na quinta-feira (23 e 24) em São Paulo, na qual a Icann –órgão atualmente ligado ao governo dos EUA que regulamenta os domínios da Internet– discutirá um novo formato de governança para a web no mundo.

A presidente quer levar o Marco Civil ao evento como “marca” de sua gestão no setor –a proposta é uma espécie de “Constituição da Internet”, com princípios, garantias, direitos e deveres na rede mundial de computadores.

Em maioria no Senado, os governistas conseguiram aprovar a inversão de pauta da Casa para garantir a votação do Marco Civil na noite de hoje.

Apesar de defender o Marco Civil, a oposição é contra votá-lo com urgência porque quer mais tempo para discutir o tema no Senado. Duas comissões da Casa aprovaram a proposta essa manhã em tempo recorde, o que possibilitou que fosse enviado ao plenário em regime de urgência.

Líderes da oposição se revezaram na tribuna do Senado para atacar a pressa na votação. O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que o PSDB quer votar o projeto, mas defende mudanças em partes do texto aprovado pela Câmara –por isso a Casa precisa de mais tempo para analisar o tema.











Editoria de Arte/Folhapress

Congresso aprova nova lei para a internet

Sob pressão do Planalto e protestos da oposição, senadores avalizaram projeto ontem em comissões e no plenário

Dilma deve sancionar texto e mostrá-lo hoje como marco de sua gestão em evento sobre governança da rede

Fonte: Folha de S.Paulo

Em votação articulada pelo Palácio do Planalto, o Senado aprovou ontem após uma tramitação acelerada o projeto do Marco Civil da Internet, uma espécie de “Constituição” da rede mundial de computadores para o país.

Como os senadores não fizeram nenhuma mudança no texto aprovado pela Câmara no final de março, o projeto segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff, que trabalhou para que a aprovação ocorresse antes de sua participação hoje na conferência NetMundial.

O evento, que será realizado em São Paulo, discutirá um formato internacional de governança na webDilma deve sancionar hoje o projeto, que será apresentado na conferência como principal marca de sua gestão no setor.

Ontem à noite, a presidente saudou o Senado e disse, por meio do Twitter, que a lei “poderá influenciar o debate mundial na busca do caminho para garantia de direitos reais no mundo virtual“.

Sob protestos da oposição, que defendeu mais tempo para analisar a matéria, os senadores discutiram e votaram o Marco Civil em menos de um mês. A Câmara havia levado mais de três anos.

oposição é favorável ao projeto, mas criticou a rapidez imposta pelo governo. Pré-candidato à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) bateu boca com o colega Lindbergh Farias (PT-RJ). Na confusão, o senador Mário Couto (PSDB-PA) tentou agredir fisicamente o petista.

“Esse Marco Civil não é do PT nem do PSDB. Apenas queremos que seja respeitado o regimento desta Casa”, protestou Aécio. “O PSDB comete um erro histórico e vai pagar por isso nas redes sociais“, atacou Lindbergh.

Antes de ser aprovado no plenário –em votação simbólica, sem registro nominal dos votos–, o texto havia passado ontem por duas comissões do Senado.

Marco Civil da Internet se tornou polêmico porque dividiu interesses do Planalto, das empresas de telecomunicações, de sites de internet e da Polícia Federal, entre outros setores.

Entre seus principais pontos está a chamada “neutralidade da rede”. O jargão se refere à regra que impede operadoras de discriminar conteúdo por tipo ou origem, privilegiando acesso ou derrubando a velocidade de conexão de sites específicos.

Outra mudança do Marco Civil estabelece que provedores de internet só serão responsabilizados por conteúdos de terceiros se ignorarem ordem judicial para retirada.

Hoje, é comum provedores retirarem conteúdo mediante simples notificação, para se protegerem de problemas judiciais futuros.

Há exceção para conteúdo pornográfico. A página que disponibilizar imagens ou vídeos que violem a intimidade de terceiros –sem autorização de seus participantes– também será responsabilizada pela violação. Essa medida foi incluída no projeto como resposta à série de episódios em que adolescentes tiveram a intimidade exposta em sites por ex-parceiros, a chamada “vingança pornô”.

MUDANÇA

Para aprovar o projeto, o governo teve de ceder em sua proposta original, que previa a exigência de nacionalização dos centros de armazenamento de dados de usuários.

Dilma defendia essa mudança como resposta à notícia de que autoridades brasileiras, inclusive ela, foram espionadas pelos EUA.

Se a regra fosse aprovada, grandes empresas de internet, como Google e Facebook, teriam de manter no país estrutura física para guardar dados de usuários locais

Eleições: PSDB lança pré-candidatura de Aécio Neves

Convenção será 14 de junho. Não há ainda definição sobre o vice de Aécio ou sobre as alianças no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


Eleições 2014


PSDB lança Aécio como pré-candidato do partido à Presidência da República


Nome de vice e principais alianças estaduais segue sem definição pela legenda, que terá convenção no dia 14 de junho

Dirigentes do PSDB de todo o Brasil vieram a Brasília nesta terça-feira lançar a pré-candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. A convenção para lançar seu nome ficou marcada para 14 de junho, em São Paulo. Não há ainda definição sobre o vice de Aécio ou sobre as alianças em estados importantes como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

— Definimos para o dia 14 de junho, a partir 10h, a convenção nacional do PSDB em São Paulo para definir a candidatura presidencial do partido. É uma homenagem ao governador Alckmin e à importância de São Paulo na construção política. Recebo a indicação com a humildade de quem sabe que essa é uma construção coletiva em favor do Brasil — disse Aécio.

O evento foi realizado em Brasília na presença de lideranças tucanas para criar um fato político e dar destaque à candidatura de Aécio, uma semana após o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), lançar sua chapa com Marina Silva.

— Achava que as finalizações ocorreriam só em maio, mas elas se precipitaram. Outros acordos vão depender de ajustes finais porque em alguns casos dependem de questões pessoais.

No evento, Aécio anunciou que o ex-senador Tasso Jereissati será candidato ao Senado no Ceará, resolvendo um problema de falta de palanque para o PSDB no estado. O nome que será apoiado ao governo do estado é o do ex-deputado Roberto Pessoa.

No Rio de Janeiro, ainda não há definição sobre a aliançaAécio destacou que há sinalizações de apoio por parte de peemedebistas, mas que nenhum acordo foi fechado até o momento.

— Uma parcela dos partidos políticos mais importantes que hoje estão na base do governo já manifestaram vontade de caminhar com o PSDB no Rio. Temos conversa com PSDPMDB e SDD e também deveremos ter uma manifestação do PP se dispondo espontaneamente a estar conosco. A aliança formatada até agora é com DEM e PPS, com possibilidade de agregar o PV. Não há definição de quem será o candidato ainda — afirmou Aécio.

Petrobras: Aécio diz que oposição está animada com criação da CPI

Aécio Neves: em Ouro Preto, senador disse que país não suporta mais escândalos de corrupção, aparelhamento, compadrio e desvios de conduta.


Eleições 2014


Fonte: O Globo

Em Ouro Preto, Aécio diz que CPI da Petrobras é ‘uma demanda da sociedade’


Senador mineiro e pré-candidato à Presidência da República foi orador da solenidade de entrega da Medalha Inconfidência

O senador e pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) usou a tradicional solenidade em homenagem a Tiradentes, na cidade histórica de Ouro Preto, para reafirmar as fortes críticas que vem fazendo ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Orador oficial do evento de entrega da Medalha InconfidênciaAécio evitou nomes, mas em discurso forte declarou que o país não suporta mais escândalos de corrupção. Em rápida entrevista antes da solenidade, ele voltou a comentar sobre a expectativa positiva da oposição em relação à criação da CPI da Petrobras, que nesta semana será avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

— A CPI é uma demanda da sociedade, é um instrumento da minoria. Estamos animados com sua criação.

Em seu pronunciamento, o senador tucano também fez referência à falta de infraestrutura, inflaçãoviolência e da necessidade de novo pacto federativo e reforma política.

— O país também nos exige rigor, responsabilidade e austeridade na condução do estado. Rechaça, e rechaça de forma vigorosa, os escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, que nos humilham como povo e reduzem nossa dimensão perante a comunidade internacional. Não é esse o Brasil que queremos. O país nos cobra, exausto e indignado, a necessidade de uma reforma política, onde não haja mais qualquer espaço para a conivência, o aparelhamento, o compadrio, os desvios de conduta e a corrupção endêmica que tomou de assalto o estado nacional — defendeu.

Neste ano, o evento em Ouro Preto homenageou 240 personalidades, entre elas políticos, empresários e membros do judiciário. No grande palanque montado na praça principal da cidade, o presidenciável criticou o aumento da violência nos estados.

— Apesar dos avanços das ultimas três décadas, resultado da contribuição de diferentes líderes e gerações de brasileiros, permanecemos portadores de uma das maiores desigualdades do planeta. Novas crises se acumulam e nos exigem vigilância atenta e disposição à luta. O país assiste, passivamente, um forte recrudescimento da violência em cada um dos estados federados. São mais vidas perdidas do que nas guerras ao redor do mundo. Uma geração inteira de brasileiros se esvai vitimada pela brutalidade ou aliciada pelo crime. Da mesma forma, o país não aceita o regime de insuficiências elevado à enésima irresponsabilidade, que tanto precariza o sistema nacional de atendimento àsaúde pública: as filas intermináveis, a espera humilhante, a falta de médicos, leitos, remédios e respeito a quem mais precisa e menos tem — discursou.

Primeiro a discursar, o prefeito de Ouro PretoZé Leandro (PSDB), explicitou o tom de campanha eleitoral ao evento.

— Minas Gerais vai eleger o presidente da República — declarou.

Dezenas de PMs foram destacados para fazer o isolamento de pessoas e manifestantes que foram afastados da Praça Tiradentes, onde a solenidade foi realizada. Várias barreiras foram montadas em diversos pontos de Ouro Preto, impedindo o acesso de carros e pessoas ao centro histórico. Apenas grupos de militantes governistas puderam acompanhar de perto a solenidade.

Medalha da Inconfidência foi criada em 1952, pelo governador Juscelino Kubitscheck, para homenagear pessoas que prestaram relevantes serviços para a promoção de Minas. É a maior comenda concedida pelo estado.

Nos últimos dez anos, a cerimônia já rendeu homenagens a diversas personalidades brasileiras, cada um em seu campo de atuação, desde o ministro Joaquim Barbosa, orador em 2013, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, orador em 2012, até a atriz Fernanda Montenegro, em 2004.

Também foram oradores da Medalha da Inconfidência nos últimos anos a presidente Dilma Rousseff (2011), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003), a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia Rocha (2010), o embaixador da França no Brasil, Antoine Pouillieute (2009), o então vice-presidente da República José Alencar(2008), o arquiteto Oscar Niemeyer (2007), Maria Estela Kubitschek (2006) e o ex-presidente de Portugal Mário Soares (2005).

Clamor do brasileiros, coluna Aécio Folha

Aécio Neves: “É difícil saber, por exemplo, qual é a crise mais séria, a prioridade mais aguda, se na segurança ou na saúde.”


Mudanças


Fonte: Folha de S.Paulo

Clamor


AÉCIO NEVES

Minas se reúne hoje, nas celebrações da Inconfidência Mineira, para também homenagear a página mais importante da nossa história contemporânea: os 30 anos da Campanha das Diretas, que nos legou o resgate da democracia e o retorno ao regime pleno do Estado de Direito.

Nos últimos dez anos, a solenidade tem sido marcada pela defesa de um novo pacto federativo que signifique maior responsabilidade e solidariedade da União para com os Estados e municípios.

Como acontece todos os anos, revisitamos os valores e princípios do 21 de Abril e outros trechos de história para refletir sobre os grandes desafios do Brasil do nosso tempo, que deveriam pontuar acima dos interesses políticos, pessoais e partidários. É uma pena constatar como desapareceu o espaço para a convergência nacional, apesar de hoje não nos faltarem causas legítimas capazes de mobilizar a solidariedade política e a ação compartilhada dos brasileiros. Pelo contrário: para onde quer que se olhe, as demandas se avolumam e continua havendo quase tudo por se fazer.

É difícil saber, por exemplo, qual é a crise mais séria, a prioridade mais aguda, se na segurança ou na saúde. Ambas estão no mesmo patamar das graves emergências nacionais e têm como consequência a perda de vidas de brasileiros, seja pela omissão ou pela incapacidade do Estado de prover serviços necessários. Omissão e incapacidade que se refletem na ausência de serviços de saúde e nos 50 mil assassinatos contados por ano no país.

Mais inaceitável ainda é a desmobilização do Estado nacional para o enfrentamento de problemas tão graves e gigantescos. Eles só ganham algum destaque na agenda oficial quando a mídia torna intoleráveis os desacertos ou os escândalos, mazelas que caminham juntas no regime do compadrio e da má gestão.

Parece inacreditável que, entre 2002 e 2011, segundo fontes oficiais, o governo federal tenha perdido R$ 6,9 bilhões para a corrupção. Um dado muito menor que as projeções realizadas por outras instituições, mas que não deixa de impressionar. Na saúde foram R$ 2,3 bilhões neste período, cerca de 30% do total de recursos federais desviados.

Na segurança os números também chamam a atenção: segundo o Contas Abertas, entre 2011 e 2012, R$ 3,3 bilhões deixaram de ser investidos na área. Entre 2003 e 2012, foram R$ 7,5 bilhões. No ano passado, dos R$ 2,2 bilhões orçados, apenas cerca de 30% foram efetivamente investidos.

No 21 de abril, celebra-se, mais que uma data, a permanência de valores que inspiram uma nação. Entre eles, o respeito às liberdades e à legítima capacidade de indignação de um povo.

Impossível, no dia de hoje, não reconhecer como o clamor dos brasileiros por um país mais justo permanece atual.
AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

18 de abril de 2014

Parecis SuperAgro: Aécio defende agronegócio em Mato Grosso

Senador Aécio critica a falta de infraestrutura para atender as necessidades de desenvolvimento do agronegócio no Brasil.


Senador também falada CPI da Petrobras e eleições 2014


Fonte: Jogo do Poder 

Entrevista do presidente do PSDB, senador Aécio Neves


Assuntos: viagem ao Mato Grosso, agronegócio, CPI da Petrobras, eleições 2014

Sobre a viagem ao Mato Grosso e visita à Parecis SuperAgro

É um reconhecimento ao Brasil que produz e que contribui de forma definitiva para o nosso crescimento.  E para fazer aqui uma profissão de fé. Tenho dito sempre que o Estado, o governo, se não atrapalhar quem produz já está fazendo um grande favor. Queremos um Estado que possa ser parceiro. Parceiro no planejamento da mobilidade, portanto, da infraestrutura. Parceiro para simplificar a questão tributária. Parceiro do ponto de vista de dar tranquilidade a quem produz no campo, com respeito a regras absolutamente claras. Temos uma visão de Brasil que se aproxima muito daqueles que aqui nessa região têm desbravado fronteiras e feito o Brasil crescer. Não fosse o agronegócio brasileiro, e oMato Grosso tem um papel vital nisso, estaríamos praticamente com um crescimento nulo.

Então, é hora de termos um governo que possa compreender a importância do trabalho que se faz no campo, onde somos os mais produtivos do mundo. Disse quando estive em Sorriso, pouco tempo atrás, que da porteira pra dentro não há ninguém mais produtivo e eficiente do que o brasileiro, sobretudo aqueles que estão nesta região. O problema é da porteira para fora, quando falta tudo, falta ferrovia, falta hidrovia, faltam portos e falta, principalmente, planejamento. Vamos falar aqui hoje de um choque de planejamento para que possamos desbravar outras fronteiras, produzir cada vez mais e ter um retorno, uma renda cada vez maior.

Sobre a CPI da Petrobras.

O Brasil está acompanhando com indignação aquilo que vem acontecendo com as nossas empresas. A Petrobras, talvez por ser o patrimônio mais afetivo de todos nós brasileiros, pela luta na sua construção, pelo que ela representou para o Brasil, até pela nossa autoestima, além da importância para a economia brasileira, para o crescimento do país, éramos há quatro anos, a 12ª maior empresa do mundo. Hoje, somos a 120ª. A Petrobras, apenas neste período da atual presidente da República, perdeu mais de 50% do seu valor de mercado. Somos a empresa não financeira mais endividada do mundo. O governo do PT permitiu que este patrimônio de todos os brasileiros fosse embora. E o que é mais grave, permitiu uma governança pouco respeitosa a padrões éticos.

O que aconteceu na Petrobras, a partir do aparelhamento do governo federal, e infelizmente isso não acontece apenas na Petrobras – Eletrobras é outra empresa também que perdeu mais da metade do seu valor –, esse aparelhamento absurdo da máquina pública leva a desvios, à corrupção, é diretor preso, eu diria que o que aconteceu na Petrobras é uma vergonha. Por isso, estamos, ao lado do senador Pedro Taques, uma das vozes mais corajosas, hoje, do Congresso Nacional, esperando que, na próxima terça-feira, possamos ter, por parte do Supremo Tribunal Federal, a autorização ou a determinação para que a CPI da Petrobras possa ser instalada. E vamos investigar. Quem não tiver culpa no cartório não tem o que temer. Mas quem cometeu irregularidades à frente da Petrobras ou de qualquer outra empresa tem que pagar, e pagar exemplarmente. Essa é a questão fundamental.

Sobre aproximação com setores do PMDB.

Hoje, sou condutor de uma proposta. A proposta moderna de Brasil, onde a eficiência e a ética possam caminhar juntas. Sou portador de uma nova visão de mundo, que fuja desse alinhamento ideológico com alguns vizinhos que benefício algum traz ao Brasil. Acredito na meritocracia da gestão pública. Acredito na parceria com o setor privado como algo essencial ao crescimento do país. O maior avanço social, a medida mais efetiva e de maior impacto social que podemos ter em qualquer país – e no Brasil não é diferente – é a boa aplicação do dinheiro público, com planejamento e com metas.

Estou muito feliz de ver que, quanto mais eu ando, mais apoio viemos recebendo. Apoios naturais, porque as coisas naturais, tanto na vida quanto na política, são as que dão certo. O que vejo é a convergência de pensamentos, não apenas de companheiros de partido, ou de partidos aliados, mas de pessoas que querem encerrar esse ciclo que tem nos legado, deixado como herança, um crescimento pífio da economia e uma inflação crescente com aguda perda de credibilidade, para iniciarmos um novo ciclo onde o crescimento sustentável e o desenvolvimento sejam a nossa principal marca.

16 de abril de 2014

Petrobras: Aécio apresenta argumentos em defesa da criação da CPI

CPI da Petrobras: Aécio lidera oposição que luta pelo direito de investigação. Decisão da ministra Rosa Weber deve sair na próxima semana.


Aécio Neves e outros senadores querem investigar o prejuízo de mais de US$ 1,2 bilhão sofrido pelo Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA).


Fonte: Jogo do Poder

Aécio Neves participa de audiência com ministra Rosa Weber


Senador expôs à ministra do STF argumentos pelo direito da oposição de investigar denúncias envolvendo a Petrobras

senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou argumentos em defesa da criação da CPI da Petrobras durante audiência, nesta terça-feira (15/04), com a ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra analisa mandado de segurança protocolado por senadores da oposição na semana passada para garantir a realização das investigações e sinalizou que deve anunciar sua decisão na próxima semana.
Aécio Neves ressaltou a importância das investigações sobre a Petrobras, mas afirmou que a decisão a ser tomada pelo Supremo definirá se o Congresso continuará tendo as CPIs como instrumento de investigação.

“Viemos, pessoalmente, trazer os argumentos que justificaram a oposição buscar uma liminar que garantisse a instalação da CPI da Petrobras. E dissemos aquilo que deveríamos dizer e havíamos dito no próprio plenário do Congresso. O não acatamento, a não obtenção de uma liminar ou de uma decisão do Supremo que garanta a CPI da Petrobrassignifica que não teremos mais o instrumento da CPI a garantir que as minorias possam investigar denúncias em relação ao governo. Nesse ou em futuros governos. O assunto Petrobras é muito grave, mas o que está sendo decidido pelo Supremo tem uma dimensão muito maior”, disse Aécio Neves, ao lado dos senadores Aloysio Nunes e Agripino Maia, também presentes à audiência.

Aécio Neves afirmou que, ao defender o direito de investigação, a oposição busca o respeito à Constituição, que não permite que o presidente do Senado escolha sobre a criação ou não de uma CPI. A instalação no Senado de uma CPI exclusiva da Petrobras cumpriu todas as condições estabelecidas pela Constituição para abertura de investigação sobre atos do Executivo: número mínimo de assinaturas, prazo fixado e fato determinado, no caso, denúncias que atingem a Petrobras.

“[A ministra] nos ouviu, certamente deve estar ouvindo a outra parte. Preferimos vir um grupo menor para que pudéssemos ter uma conversa mais aprofundada. Mostramos que se trata de um direito líquido e certo da minoria, um direito garantido no regimento e na Constituição que não pode ser violentado por uma ação da maioria. Não cabe ao presidente do Senado fazer juízo de valor, estabelecer o mérito dessa ou daquela [CPI], menos ou mais abrangente. Cabe ao presidente das Casas do Congresso, quando obtidas as assinaturas regimentalmente necessárias para a instalação da CPI, instalá-la O que estamos aqui fazendo é preservando ou buscando preservar um direito das minorias e fazendo respeitar a Constituição e o regimento do Senado”, disse.

Denúncias e manobra

Palácio do Planalto comandou manobra no Senado para dificultar os trabalhos da CPI aprovada, ao orientar sua base na Casa a incluir diversos outros assuntos para investigação. Uma medida que, na prática, apenas impedirá que as irregularidades ocorridas na Petrobras sejam fiscalizadas pelo Parlamento. Em paralelo, o presidente do SenadoRenan Calheiros, negou-se a instalar a CPI da Petrobras proposta pela oposição.

Aécio Neves e outros senadores querem investigar o prejuízo de mais de US$ 1,2 bilhão sofrido pelo Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA). À época do negócio que causou o maior rombo financeiro da história da empresa, a presidente Dilma Rousseff presidia o conselho de administração da Petrobras e deu seu aval para a compra.

Outras denúncias também atingem a gestão da estatal nos últimos anos, como os US$ 20 bilhões gastos na construção da refinaria Abreu e Lima, após uma previsão inicial de US$ 2 bi; o pagamento de suborno a diretores da estatal para beneficiar a companhia holandesa SBM; e a colocação em alto-mar de plataformas que ofereciam risco aos funcionários da Petrobras.

Gestão deficiente da Petrobras: Aécio critica atual modelo de concessões

“Será que o modelo de concessões para determinadas áreas não é melhor do que esse que onera uma Petrobras já tão combalida?”, questionou Aécio.


Gestão deficiente da Petrobras


Fonte: Valor Econômico 

Aécio sugere retomar modelo de concessões na Petrobras


A resposta do senador e pré-candidato do PSDB à PresidênciaAécio Neves, às críticas governistas à atuação da oposição na crise da Petrobras atingiu ontem o modelo de exploração do petróleo aprovado durante o governo do PT. Convidado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para falar a empresários fluminenses – talvez os mais próximos ao contexto da indústria do petróleo no país -, o senador acenou com a possibilidade de retomar o modelo de concessões desenvolvido durante o governo Fernando Henrique Cardoso e que vigorou até 2008, quando o novo marco regulatório para o pré-sal começou a ser debatido.

Aécio voltou a defender a atuação da oposição no caso das denúncias contra a Petrobras, criticada diretamente pela presidente Dilma Rousseff, e não poupou o governo de críticas na condução do setor de óleo e gás, um dos mais relevantes para a economia fluminense.

“Quem está ferindo [a Petrobras] é o aparelhamento que o PT fez na empresa. A oposição não tem essa capacidade e essa força. O que a oposição quer é impedir que ela continue sendo conduzida como foi até aqui”, disse o pré-candidato antes do encontro, que ocorreu a portas fechadas.

De acordo com o senador, nos cinco anos desde a alteração do modelo de concessões, o Brasil pode ter perdido cerca de US$ 300 bilhões da indústria do petróleo, recursos que “andaram pelo mundo e não vieram para o Brasil”. “Quero ouvir quem vive esse problema. Será que o modelo de concessões para determinadas áreas não é melhor do que esse que onera uma Petrobras já tão combalida?”, questionou Aécio.

O senador criticou ainda a política de desonerações pontuais do governo e defendeu uma política fiscal que permita a desoneração horizontal da economia. “Não deu certo para o Brasil essa política das desonerações pontuais, patrocinadas até agora pelo governo. Atendeu a determinados setores, mas não significou nenhum estímulo claro, palpável, mensurável ao desenvolvimento da economia”, disse.

Ainda sem palanque no Rio, o pré-candidato do PSDB confirmou conversas com partidos da base aliada do governo federal no estado, a exemplo das que levaram a aliança firmada com o PMDB da Bahia. Não confirmou, porém, nenhuma decisão. A expectativa era que tivesse um novo encontro com o presidente regional do PMDBJorge Picciani, ainda ontem.

“São bem vindos esses apoios. Vamos deixar que o tempo se encarregue de consolidar esse entendimento Mas, da mesma forma temos conversado com os nossos aliados naturais o Democratas e o PPS na construção de um palanque onde nós possamos discutir uma agenda para o Rio de Janeiro”, disse o pré-candidato que, além de Picciani, um dos principais defensores do apoio ao PSDB no Estado, citou o senador Francisco Dornelles (PP) e o presidente regional do PSDAntônio Pedro Índio da Costa – que foi o candidato a vice na chapa presidencial de José Serra (PSDB) em 2010 -, como alguns dos interlocutores.

15 de abril de 2014

Firjan: Aécio conversa com empresários no Rio

Brasil vive com equação extremamente perversa, de crescimento baixo, inflação alta, com uma perda crescente e veloz de credibilidade.


Brasil em gestão


Fonte: Jogo do Poder

Sobre a palestra na Firjan

É uma troca de informações. A Firjan acompanha ativamente a vida não só do estado do Rio, mas do país. O diagnóstico é muito claro, hoje, para todos nós. O Brasil vive com uma equação extremamente perversa, de crescimento baixo, inflação alta, com uma perda crescente e veloz da nossa credibilidade, e a emoldurar isso um processo grave de desindustrialização, de perda de competitividade das nossas empresas, no setor industrial, em especial. Voltamos a ser aquilo que éramos na década de 1950. Hoje, apenas 13% do nosso PIB são constituídos pela atividade industrial. E o Brasil, que hoje é a sétima economia do mundo, é apenas a 25ª maior economia exportadora, o que mostra uma grande defasagem.

É preciso que encontremos um caminho. Primeiro, o resgate da credibilidade do país, através de uma política fiscal transparente, uma política fiscal que inspire confiança. É um instrumento vital para a retomada dos investimentos no país. O Brasil apostou, ao longo desse último período, no crescimento da economia via praticamente apenas o consumo, através da oferta de crédito farto. Isso foi importante, mas isso era uma medida anticíclica, tinha um prazo de maturação. Era preciso que, na outra ponta, estivéssemos criando um ambiente favorável ao estímulo dos investimentos. E aconteceu o inverso.

Sobre algumas medidas necessárias

O que precisamos, vou dizer isso daqui a pouco, é iniciar, e esse é um compromisso nosso, se vencermos as eleições, a partir do início do próximo ano, uma guerra ao Custo Investir em infraestrutura de forma planejada, eficaz, com prazo determinado para que as coisas aconteçam, com os custos dos projetos sendo efetivamente cumpridos durante todo o empreendimento, é algo que está distante da realidade brasileira de hoje. O que vamos buscar é criar um novo ambiente econômico. Queremos ser um país que gera empregos de maior qualidade, e para isso o papel da indústria é absolutamente fundamental.

E vamos falar um pouco do setor de petróleo, e das questões que não necessariamente dizem respeito à pauta da indústria, mas dizem respeito à pauta da cidadania, e a indústria está inserida nela. Como por exemplo, o fortalecimento da Federação, como vamos enfrentar essa gravíssima crise de segurança pública que vem crescendo, sem que haja no Brasil até hoje uma política nacional de segurança, a calamidade da saúde pública, com a omissão crescente do governo federal. Há 10 anos, eram 56% os recursos do governo federal no conjunto dos investimentos na saúde. Passaram-se 11 anos do governo do PT, e 45% apenas. Quem paga essa conta? Os municípios, que são os que menos têm.

Essa reorganização, a refundação da Federação, é um pano de fundo para outras medidas pontuais que, obviamente, um governo que preze a eficiência e a ética terão que assumir.

Sobre o PMDB-RJ

Acredito muito nas coisas naturais na política. O que tenho percebido é que há, não apenas na oposição, mas na sociedade brasileira e isso se reflete em setores da base governista, um cansaço em relação a isso tudo que está acontecendo no Brasil. Acho que não há mais estomago para tanta propaganda e tão pouco resultado. Pode escolher a área, a grande realidade é que o governo da presidente Dilma falhou na condução da economia, falhou na condução da infraestrutura. O Brasil é um cemitério de obras inacabadas, mal planejadas. O PT demonizou durante 10 anos as privatizações e as concessões, portanto, é um tempo que não volta mais. O mais valioso ativo da política é o tempo. Tempo perdido você não recupera. Você pode encontrar em outro tempo, outra velocidade, outras prioridades, mas aquele foi. Durante 10 anos nós perdemos em várias áreas de investimento.

O setor do petróleo, por exemplo. Os cinco anos de alteração do processo de concessões do Brasil, entre aspas, não esteve no mercado, não abriu licitações, significou que US$ 300 bilhões da indústria do Petróleo andaram pelo mundo e nenhum real veio para o Brasil. É essa uma questão que tem que ser efetivamente discutida. E quero aqui ouvir também, quero subsídios de quem vive efetivamente esse

Sobre declaração da presidente Dilma

Chegava há pouco da Bahia e ouvi uma declaração dada agora pouco pela senhora presidente da República em Pernambuco falando, acusando, vejam só a oposição de alguma forma ferir, sujar a imagem da Petrobras. Quem está ferindo, sujando a imagem da Petrobras, é o aparelhamento que o PT estabeleceu já há vários anos na empresa e, a partir desse aparelhamento absurdo, estamos vendo todo tipo de irresponsabilidades, para usar um termo brando.Diretores da empresa presos, a Polícia Federal fazendo o que jamais havia feito na história, tendo que entrar dentro da empresa. É isso que fere, que suja a imagem da empresa. O caminho correto nesse instante seria a presidente da República pedir desculpas. Desculpas aos brasileiros, desculpas aos servidores da Petrobras, que construíram durante 60 anos essa extraordinária empresa, desculpas em especial aos trabalhadores, que colocaram ali recursos do seu Fundo de Garantia.

Quem, em 2009, colocou R$100 na Petrobras, hoje tem R$ 35. Perdeu 65% daquele investimento. Está na hora da presidente da República devolver limpo o macacão da Petrobras.

Sobre Petrobras

Se ela considera irrelevante o fato de uma empresa do porte da Petrobras ter uma governança que permita a aquisição de um ativo por S$ 1,2 bilhões que valiam US$ 45 milhões, se considera adequado que um diretor da empresa tido e reconhecido como muito poderoso, hoje preso, tivesse todas essas relações estabelecidas, sociedades com doleiros, arrecadação junto a empresas fornecedoras de recursos sabe-se lá para quem. Por isso que defendemos e vamos continuar defendendo a Petrobras. Isso não é pouco. A Petrobras é um patrimônio dos brasileiros.

Tenho dito que demonizaram muito a ação do PSDB nos anos passados em relação à Petrobras, com a acusação leviana de que o PSDB privatizaria a Petrobras. Queremos reestatizar a Petrobras, queremos tirá-la das garras de um grupo político e entregá-la aos interesses da sociedade brasileira. Petrobras é um instrumento vital, fundamental ao crescimento da economia brasileira. Talvez, o maior alavanque ao crescimento da economia brasileira. Foi submetida a instrumento hoje de política econômica para controlar a inflação.

A empresa está descapitalizada e, infelizmente, tentam desmoralizá-la. Mas não é a oposição. A oposição não tem essa capacidade e essa força. O que a oposição quer é impedir que ela continue sendo conduzida da forma que vem sendo, infelizmente, até aqui.

Sobre inflação e Custo Brasil

Há muito tempo não focamos no centro da meta. O teto da meta tem sido o objetivo do governo, a referência principal. Precisamos vencer etapas. Entre elas, adequar, por exemplo, os gastos públicos, os gastos correntes ao limite do crescimento do PIB. Não fechará jamais uma equação em que os gastos correntes crescem mais do que cresce a própria economia. Isso é um pressuposto para que possamos abrir um espaço fiscal que leve, inclusive, a médio prazo, ao início da redução horizontal da carga tributária. Não deu certo para o Brasil essa política das desonerações pontuais, patrocinadas até agora pelo governo, atendendo determinados setores, mas não significou nenhum estímulo claro, palpável, mensurável em relação ao crescimento da economia. No momento em que tivermos uma política fiscal transparente e focarmos objetivamente no centro da meta, acho que nós criamos um ambiente adequado para a retomada de investimentos e, aí sim, para estabilidade necessária à retomada desse crescimento.

Aécio sela alianças com DEM e PMDB na Bahia

União das três legendas terá Paulo Souto concorrendo ao governo da BA, Joacir Goés candidato a vice, e Geddel Vieira concorrendo ao Senado.


Eleições 2014


Fonte: Estado de Minas

Aécio fecha primeira aliança com o PMDB


Partido da base da presidente Dilma estará com PSDB e DEM na disputa pelo governo da Bahia. Candidato tucano deixa claro que investidas sobre aliados do governo vão continuar

De olho em partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) para sangrar o apoio da adversária e fortalecer seus palanques nos estados, o senador Aécio Neves (PSDB) comemorou ontem a aliança fechada pela oposição com o PMDB na Bahia. A chapa, que terá o DEM na cabeça, o PSDB de vice e um nome peemedebista para o Senado, foi apresentada em Salvador, onde o tucano disse que, se depender dele, o acordo será apenas o primeiro desta natureza. “Espero, sim, a partir do que se construiu na Bahia, que possamos ter parceiros do PMDB em outros estados da Federação ao nosso lado”, afirmou.

Articulada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a união das três legendas terá Paulo Souto (DEM) concorrendo ao governo da Bahia, Joacir Goés (PSDB) como candidato a vice, e o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira, do PMDB, concorrendo ao SenadoAécio classificou a aliança de a “mais bem sucedida construção política que aconteceu até agora no Brasil para as eleições de 2014”. Além de ser uma chapa competitiva, o senador disse que o acerto trará um apoio importante para os tucanos no plano nacional.

O pré-candidato do PSDB deixou claro que as investidas no PMDB e em outros partidos aliados de Dilma serão constantes. Aécio conta com os desentendimentos dentro da base aliada ao governo federal para tentar atrair o apoio. “Hoje há setores não apenas do PMDB, mas de outros partidos da base governista, insatisfeitos com isso que está aí. As pessoas já estão percebendo que essa aliança só serve aos interesses do PT, não serve aos interesses do Brasil”, disse.

Em Minas Gerais, os tucanos também tentam conseguir o apoio do PMDB para a candidatura do ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB) ao governo. O presidente da legenda, deputado federal Marcus Pestana, já teve um primeiro encontro oficial com o partido, que está rachado em três. Parte do PMDB mineiro quer candidatura própria e o restante se divide entre apoiar o PT e o PSDB.

 Renan se curva aos interesses do Planalto, critica AécioAécio ainda espera estreitar relações com o PP, partido que também integra a base de Dilma, especialmente depois que o ex-governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB) deixou o cargo, deixando a vaga livre para Alberto Pinto Coelho (PP) assumir a titularidade. “Temos alianças muito avançadas com eles (do PP) no Rio Grande do Sul. Temos parcerias com o PDT, por exemplo, no Mato Grosso. Independentemente de uma aliança nacional, em muitos estados vai haver alianças do PSDB e da nossa candidatura com partidos que hoje estão na base (de Dilma)”, prevê.

Liminar

O senador tucano afirmou que vai hoje ao Supremo Tribunal Federal em busca de uma liminar que permita a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. Segundo o tucano, a oposição não vê problemas em uma devassa ampla, que investigue inclusive contratos dos adversários da petista. Para Aécio, a presença da presidente daPetrobrasGraça Foster, no Senado, hoje, será mais uma oportunidade para o governo dar explicações. “A CPI não tem o poder de, a priori, antecipadamente, julgar e condenar quem quer que seja. Ela é um instrumento importante para fazer as investigações”, afirmou.

Mais uma vez, Aécio criticou o uso da máquina pelo governo federal que, segundo ele, faz hoje praticamente um monólogo. “Esperamos o início do contraditório, do tempo do debate, da discussão”, afirmou. O tucano voltou a dizer que o governo Dilma fracassou na economia, nos projetos de infraestrutura e nos indicadores sociais.

PT suja imagem da Petrobras, diz Aécio

“Está na hora de a presidente da República devolver limpo o macacão dos funcionários da empresa”, comentou o senador.


Petrobras sem gestão


Fonte: O Globo 

No Rio, Aécio diz que Dilma tem que ‘devolver limpo’ o macacão da Petrobras


Pré-candidato tucano esteve na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDBAécio Neves, respondeu na tarde desta terça-feira, no Rio de Janeiro, às acusações da presidente Dilma Rousseff, que afirmou em Pernambuco que a oposição está empenhada em ‘ferir’ a imagem da Petrobras. Na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Aécio disse que Dilma deve devolver “limpo” o macacão da empresa.

— Está na hora de a presidente da República devolver limpo o macacão dos funcionários da empresa. Quem está sujando a imagem da Petrobras é o PT, que estabeleceu o aparelhamento através da irresponsabilidade, que resulta na prisão de diretores em operações da Polícia Federal — disparou o tucano.

Para Aécio, que mais cedo esteve em Salvador, o caminho correto é Dilma pedir desculpas aos brasileiros, aos servidores da empresa e aos trabalhadores que investiram seus recursos nas ações da Petrobras. O senador mineiro disse que, se esses trabalhadores que investiram anteriormente compraram R$ 100 em participações da empresa, hoje eles teriam R$ 35, pois houve uma desvalorização de 75% dos papéis da estatal.

Aécio citou como exemplo de irresponsabilidade o preço pago pela refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Também enfatizou que o PSDB, acusado pelos petistas de tentar privatizar a estatal, quer a “reestatização” da Petrobras, hoje nas mãos do PT.

Aécio não descartou a possibilidade de repetir no Rio a aliança com PMDB anunciada na Bahia. Ele diz que tem conversado com forças da base aliada no estado, como Francisco Dornelles (PP), Paulinho da Força (Solidariedade), Jorge Picciani (PMDB) e Indio da Costa (PSD). O tucano também afirmou que estão avançadas as negociações com DEM e PPS para a formação de um palanque.

14 de abril de 2014

Guerrilha: difamações contra Aécio partiram da Eletrobrás

Guerrilha digital: quadrilhas usam computadores de órgãos públicos para atacar senador por meio de robôs e outras técnicas condenadas.


Veja teve acesso ao documento que revela como funciona o manual da guerrilha digital que está sendo armada para as eleições presidenciais


Fonte: Revista Veja

Manual da guerrilha digital


Um investigação revela que quadrilhas usam até computadores de órgãos públicos para atacar o senador Aécio Neves, nome do PDB à Presidência. A ação desses grupos é um desafio para a Justiça Eleitoral.


Um documento a que VEJA teve acesso revelação de quadrilhas de disseminação de mentiras na internet com o objetivo de manchar a imagem do senador Aécio Neves, pré-candidato, à presidência da República pelo PSDB.  O levantamento feito pelo advogado Renato Opice Bum, especialista em crimes digitais, identificou táticas condenadas e até ilegais. Em um dos casos mais flagrantes, a quadrilha disseminou por blogs, sites e redes sociais a notícias falsa de uma fantasiosa condenação de Aécio, quando governador de Minas Gerais, pelo desvio ora de 3,7 bilhões, ora de R$ 4,3 bilhões de reais, de verbas destinadas à saúde.  Segundo relatório, há evidências de que os criminosos chegaram a pagar para promover e espalhar no Facebook posts que continham a calúnia.

O esmiuçamento dos crimes, desenhado em 55 páginas, é um manual da guerrilha digital que está sendo armada para as eleições presidenciais deste ano. O levantamento de Opice Blum focou as táticas que vêm sendo utilizadas contra Aécio. Mas nada impede que outros candidatos também sejam alvos dos mesmos mecanismos digitais de difamação. Os recursos mais banais, com a criação de páginas e perfis falsos no Facebook e Twitter, são facilmente detectáveis. A presidente Dilma Rousseff tem pelo menos cinquenta perfis inventados. Eduardo Campos, do PSB, outra dezena. São práticas que, por deixar marcas indeléveis de autoria, acabam tendo mais efeito humorístico do que a destruição da imagem. O que preocupa os especialistas são os expedientes condenáveis e ilegais como os que parecem no levantamento que tem Aécio como vítima.

Os detratores do senador se valem de estratagemas mais difíceis de ser descobertos e que requerem domínio específicos de tecnologias feitas para produzir dano. Um texto idêntico e calunioso tendo como autor um mesmo (e falso) usuário, aparece em áreas de comentários em diferentes sites ao mesmo tempo. Isso é sinal claro do uso de robôs digitais. Um dos rastreamentos feitos por peritos localizou um dos focos de geração de calúnias contra Aécio em um computador da estatal Eletrobras. A produção e a divulgação de conteúdo falso destinado a macular a imagem do senador oposicionista tendo como foco um órgão público deveriam chamar a atenção das Justiça Eleitoral. A ilegalidade é óbvia.

Camila Fisco, porta-voz do Facebook, disse a VEJA que, pelo tamanho da rede, que tem mais de 1 bilhão de usuários, as denúncias são sempre um passo efetivo para identificar malfeitores. “Perfis falsos e compras de curtidas são contra nossas regras, e temos ferramentas avançadas para detectar essas práticas, mas precisamos que os usuários nos ajudem”, afirmou. fica o conselho para os candidatos.

Coluna Aécio Folha: O aparelhamento do PT no IBGE

O IBGE entrou em convulsão depois que o PT colocou em dúvida a nova metodologia usada, que traz novos dados sobre o desemprego no país.


IBGE aparelhado


Fonte: Folha de S.Paulo 

AÉCIO NEVES

Gol de mão


O intolerável grau de aparelhamento do Estado brasileiro pelo PT chegou às instituições de pesquisa, guardiãs do conhecimento e da informação que serve ao desenvolvimento do país. O Brasil corre o risco de entrar na mesma rota que levou a Argentina a perder credibilidade quanto às suas estatísticas oficiais.

O episódio recente em torno do IBGE passou a muitos a impressão de que o instituto estaria dando um perigoso passo na direção dos problemas que minaram o Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec), do nosso vizinho, cujos dados sobre inflação e PIB são considerados tão corretos quanto o célebre gol de mão feito por Maradona contra a Inglaterra.

Se a “mão de Deus”, expressão usada pelo próprio atacante para descrever o lance, ajudou a Argentina a ganhar o jogo, seu uso nas estatísticas não melhora em nada a vida dos argentinos. Não saber o que de fato se passa na economia de um país afugenta novos investimentos, com impacto negativo sobre o desenvolvimento.

IBGE entrou em convulsão depois que o PT colocou em dúvida a nova metodologia usada pelo órgão, que, ao ampliar a base de pesquisa, traz novos dados, por exemplo, sobre o desemprego no país. Era o que faltava: o partido querer atribuir à sua base aliada a tarefa de avaliar metodologia de pesquisa.

Apesar da contestação de vários profissionais, a Pnad Contínua teve sua divulgação adiada para depois das eleições. Assim, é preciso concordar com Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE: a suspensão em momento eleitoral levanta suspeitas sobre a falta de autonomia do órgão.

Dias antes, o sinal vermelho já havia sido acendido no Ipea. A informação de que o instituto abriu, em 2010, escritório na Venezuela, e que lá tem produzido textos em apoio ao chavismo, surpreendeu muita gente. Especialmente os que já lamentavam que, apesar da resistência profissional de tantos dos seus membros, o Ipea estivesse sendo usado para tentar dar sustentação a “verdades” petistas. Nos mesmos dias, a imprensa denunciou a crise na Embrapa com as nomeações políticas.

O assunto é grave. Instituições brasileiras, com credibilidade conquistada através do merecido reconhecimento do país ao trabalho de inúmeros pesquisadores e profissionais, não podem ter interrompida esta importante trajetória.

Precisamos defender a autonomia das nossas instituições, diante de qualquer pressão política. Elas pertencem ao país e não ao governo. Até porque, depois do Ipea, do IBGE e da Embrapa, alguém pode ter a ideia de interferir no Inep para controlar os dados de educação e no CNPq para patrulhar as pesquisas.

O Brasil não merece isso.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

11 de abril de 2014

Alianças 2014: Aécio antecipa com DEM e PMDB na Bahia

Senador tucano marcou para final de maio a definição dos nomes que comporão chapa que disputará em outubro a Presidência da República.


Alianças 2014


Fonte: Jogo do Poder 

Aécio reúne tucanos em São Paulo e antecipa aliança com DEM e PMDB na Bahia


“Os palanques estão se solidificando. É hora de avançarmos”, diz presidente do PSDB

presidente nacional do PSDBsenador Aécio Neves, reuniu-se, nesta quinta-feira (10/04), com a bancada tucana em São Paulo. No encontro, o senador destacou a importância de São Paulo na construção do projeto nacional do partido nas próximas eleições e anunciou a aliança firmada entre o PSDBDEM e o PMDB nas eleições estaduais na Bahia.Aécio Neves disse que trabalha pela união de forças políticas em todo país.

“Acabamos de fechar uma chapa extremamente forte na Bahia, o quarto colégio eleitoral da Bahia que terá como candidato a governador, o ex-governador Paulo Souto e, como candidato ao Senado, o companheiro ex-deputado Geddel Vieira Lima. Uma aliança do PSDB, do Democratas e do PMDB, que é uma demonstração de que também teremos apoio de siglas dissidentes do governo, que hoje apoiam o governo da presidente Dilma, mas que, em determinados estados, teremos apoio de segmentos dissidentes. Os palanques estão se solidificando. É hora de avançar”, disse Aécio Neves em entrevista.

O senador tucano marcou para o final de maio a definição sobre os nomes que comporão a chapa que disputará em outubro a Presidência da República. “Este é o mês das definições. A partir do final de maio, a chapa será apresentada”, afirmou.

Aécio Neves almoçou com os parlamentares tucanos em São Paulo (SP). Participaram do encontro o presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, o secretário-geral do partido, Mendes Thame (SP), o vice-presidente do PSDB nacional, Alberto Goldman, os deputados estaduais João Caramez, Orlando Morando, Pedro Tobias, Carlos Bezerra Jr., Ramalho da Construção, Fernando Capez, Hélio Nishimoto, Barros Munhoz, Bruno Covas, Orlando Morando e Rubens Cury, subsecretário de relacionamento com municípios da Casa Civil de SP.

CPI da Petrobras
Aécio Neves reiterou as críticas à condução da discussão sobre a instauração da CPI da Petrobras no Senado. Segundo ele, a iniciativa do presidente do SenadoRenan Calheiros (PMDB-RN) de encaminhar o debate para a Comissão de Constituição e Justiça foi equivocada.

“Essa decisão do Renan é equivocada, é uma nódoa que ele deixa na sua história pessoal e na história do Senado Federal. E não se investigará mais nada. E isso é extremamente grave”, afirmou o ex-governador de Minas.

Aécio Neves lembrou que há um mandado de segurança impetrado pela oposição no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a abertura da CPI da Petrobras. O senador disse ter certeza de que, uma vez instalada a CPI da Petrobras, o governo tentará manobrar para impedir as apurações.

“Neste momento todas as nossas fichas estão nas mãos do Supremo. Existem denúncias muito graves em relação à Petrobras. A população quer saber o que aconteceu lá, e eu acho que nós, da oposição, estamos fazendo o que devemos fazer”, afirmou o senador.

Descontrole

Para Aécio Neves, o governo federal vive um momento de descontrole. “O temor do governo, e temos hoje um governo à beira de um ataque de nervos, está fragilizando o Congresso de forma definitiva. É contra isso que estamos nos levantando. Usar uma ‘CPI Combo’ para impedir a investigação da Petrobras é um ato de desrespeito à sociedade brasileira e de um autoritarismo que me lembra os tempos de AI-5”, afirmou.

9 de abril de 2014

Petrobras: Aécio critica tentativas de barrar criação de CPI

“Não vamos permitir, para se atender ao interesse de um governo à beira de um ataque, ferir o Parlamento nas suas prerrogativas”, criticou.


PT quer esconder o malfeito


Fonte: Jogo do Poder

Aécio Neves protesta contra mais uma tentativa de impedir investigações em CPI da Petrobras


Em pronunciamento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, senador alertou que direito de investigação pode ser “soterrado” pelo Congresso

senador Aécio Neves criticou, na tarde desta terça-feira (8/04), a manutenção por parte do senador Romero Jucá da decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de impedir a criação de CPI da Petrobras proposta pela oposição. No relatório apresentado por Jucá, foi permitida a instalação apenas de CPI da base governista, o que, na prática, impede que as investigações sejam aprofundadas. Romeró Jucá foi relator de recurso à decisão do senador Renan Calheiros na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Seguem trechos de pronunciamento do senador Aécio Neves.

Papel da Oposição

Não estamos tratando apenas de uma questão factual. Tem algo que transcende estas questões e, obviamente, a partir da decisão que vier a ser tomada pelo Parlamento brasileiro, norteará o papel da situação e porque não das oposições daqui por diante.

Celso de Mello

Em 2005, dizia o então ministro Celso de Mello:

“A instauração do inquérito parlamentar para viabilizar-se no âmbito das casas legislativas está vinculada unicamente à satisfação de três exigências”, definidas de modo taxativo no texto da Carta política. E foram as três atendidas. “Atendidas estas exigências, cumpre ao presidente da Casa legislativa adotar os procedimentos subseqüentes e necessários à efetiva instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, não lhe cabendo qualquer apreciação do mérito sobre o objeto da investigação parlamentar que se revela possível, dado ao seu caráter autônomo.”

“A rejeição do ato de criação de CPI pelo plenário, ainda que por expressiva votação majoritária, proferida em sede de recurso interposto por líder de partido político que compõe a maioria congressual, não tem o condão de justificar as frustração do direito de investigar que a própria Constituição outorga às minorias que atuam nas Casas do Congresso Nacional”.

Caráter protelatório

Não há um objetivo por parte do governo de investigar o que quer que seja, pois essa prerrogativa não lhes foi tirada. Seja sobre os temas já elencados na sua CPI, seja em outros que possam achar de interesse do governo, a base governista tem a maioria necessária. Fica claro o caráter protelatório das ações da base governista.

Multiplicidade de temas

A senadora do PT [Gleisi Hoffmann], em plenário, apresentou questão de ordem contestando aquilo que se chamou de multiplicidade de temas, o que [segundo ela] não justificava sua instalação. Ato contínuo, patrocina e assina requerimento com inúmeros outros, esses sim, sem nenhuma relação.

O relator Romero Jucá deixa escapar aqui uma contradição. Ao recorrer a Paulo Gustavo Gonet Branco e a Gilmar Ferreira Mendes, diz o relatório do senador: “o fato pode ser singular ou múltiplo, marcado por um ponto em comum”. Não existe obviamente nenhum ponto em comum em torno desses vários temas que são agora trazidos à discussão.

Ataque de nervos

Estamos decidindo se o Congresso Nacional continuará tendo, pela sua minoria, a prerrogativa de investigar o governo a partir de fato determinado. A jurisprudência que pode estar sendo criada aqui é extremamente danosa ao Parlamento.

Não vamos permitir, para se atender ao interesse de um governo à beira de um ataque de nervos com essas investigações, solapar, ferir de morte o Parlamento nas suas prerrogativas.

AI-5

Há algumas décadas, o AI-5, quando implementado, extinguiu o habeas corpus, deu ao presidente da República autoridade para cassar mandatos de parlamentares. É algo análogo ao que estamos fazendo aqui hoje.

Se prevalecer essa equivocada decisão do presidente Renan Calheiros, corroborada agora pelo relatório do senador Romero Jucá, daqui por diante, nesse e em outros governos, em todo momento em que a minoria apresentar um requerimento de instalação de comissão parlamentar de inquérito, poderá a maioria implementar ou acrescentar a ele 40, 50, 60, 80 outros temas.

Existirá a partir de agora o instituto da CPI ou ele vai ser soterrado de forma definitiva, com a violência da maioria do governo nessa Casa? O regime autoritário fez com esse Congresso violências que até hoje estão marcadas na carne de muitos parlamentares e na história dessa Casa.

STF

Se não tivermos capacidade de enfrentar essa questão de forma democrática, esperamos que o Supremo Tribunal Federal possa restabelecer às minorias parlamentares as suas prerrogativas básicas.

Wikileaks

Não há alma viva que impeça que essas investigações ocorram. Elas estão aí. A cada dia as denúncias se avolumam. Hoje mesmo tivemos a informação de um importante jornal nacional de que o Wikileaks, o mesmo site que apresentou documentos que falavam sobre a espionagem da presidente da República, diz que o governo dos Estados Unidos mandou, em 2006, ao Brasil, comitiva ao Brasil para se encontrar com a então ministra Dilma Rousseff e tratar da compra da refinaria de Pasadena, ao lado do senhor Cerveró. São questões como essa que queremos dar à presidente e ao governo a possibilidade de esclarecer.