14 de abril de 2014

Guerrilha: difamações contra Aécio partiram da Eletrobrás

Guerrilha digital: quadrilhas usam computadores de órgãos públicos para atacar senador por meio de robôs e outras técnicas condenadas.


Veja teve acesso ao documento que revela como funciona o manual da guerrilha digital que está sendo armada para as eleições presidenciais


Fonte: Revista Veja

Manual da guerrilha digital


Um investigação revela que quadrilhas usam até computadores de órgãos públicos para atacar o senador Aécio Neves, nome do PDB à Presidência. A ação desses grupos é um desafio para a Justiça Eleitoral.


Um documento a que VEJA teve acesso revelação de quadrilhas de disseminação de mentiras na internet com o objetivo de manchar a imagem do senador Aécio Neves, pré-candidato, à presidência da República pelo PSDB.  O levantamento feito pelo advogado Renato Opice Bum, especialista em crimes digitais, identificou táticas condenadas e até ilegais. Em um dos casos mais flagrantes, a quadrilha disseminou por blogs, sites e redes sociais a notícias falsa de uma fantasiosa condenação de Aécio, quando governador de Minas Gerais, pelo desvio ora de 3,7 bilhões, ora de R$ 4,3 bilhões de reais, de verbas destinadas à saúde.  Segundo relatório, há evidências de que os criminosos chegaram a pagar para promover e espalhar no Facebook posts que continham a calúnia.

O esmiuçamento dos crimes, desenhado em 55 páginas, é um manual da guerrilha digital que está sendo armada para as eleições presidenciais deste ano. O levantamento de Opice Blum focou as táticas que vêm sendo utilizadas contra Aécio. Mas nada impede que outros candidatos também sejam alvos dos mesmos mecanismos digitais de difamação. Os recursos mais banais, com a criação de páginas e perfis falsos no Facebook e Twitter, são facilmente detectáveis. A presidente Dilma Rousseff tem pelo menos cinquenta perfis inventados. Eduardo Campos, do PSB, outra dezena. São práticas que, por deixar marcas indeléveis de autoria, acabam tendo mais efeito humorístico do que a destruição da imagem. O que preocupa os especialistas são os expedientes condenáveis e ilegais como os que parecem no levantamento que tem Aécio como vítima.

Os detratores do senador se valem de estratagemas mais difíceis de ser descobertos e que requerem domínio específicos de tecnologias feitas para produzir dano. Um texto idêntico e calunioso tendo como autor um mesmo (e falso) usuário, aparece em áreas de comentários em diferentes sites ao mesmo tempo. Isso é sinal claro do uso de robôs digitais. Um dos rastreamentos feitos por peritos localizou um dos focos de geração de calúnias contra Aécio em um computador da estatal Eletrobras. A produção e a divulgação de conteúdo falso destinado a macular a imagem do senador oposicionista tendo como foco um órgão público deveriam chamar a atenção das Justiça Eleitoral. A ilegalidade é óbvia.

Camila Fisco, porta-voz do Facebook, disse a VEJA que, pelo tamanho da rede, que tem mais de 1 bilhão de usuários, as denúncias são sempre um passo efetivo para identificar malfeitores. “Perfis falsos e compras de curtidas são contra nossas regras, e temos ferramentas avançadas para detectar essas práticas, mas precisamos que os usuários nos ajudem”, afirmou. fica o conselho para os candidatos.

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