31 de maio de 2014

Eleições 2014: Programa de Aécio dará ênfase a questões sociais

2014: Aécio reuniu colaboradores que estão discutindo cerca de 35 temas para o plano. São acadêmicos e especialistas divididos em 8 grupos.


A coordenação dos trabalhos está a cargo do ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB).


Fonte: Valor Econômico

Programa de Aécio terá eixo social


plano de governo que senador e pré-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG) pretende apresentar daqui a um mês dará ênfase a questões sociais. É uma área que o PT, da presidente Dilma Rousseff, sempre usou como uma de suas principais marcas.

Aécio reuniu colaboradores que estão discutindo cerca de 35 temas para o plano. São acadêmicos e especialistas que estão divididos em oito grupos. A coordenação dos trabalhos está a cargo do ex-governador de Minas GeraisAntonio Anastasia (PSDB).

“O senador Aécio Neves me deu uma recomendação muito firme, a coluna vertebral é a preocupação com as pessoas, com as políticas sociais”, disse Anastasia ao Valor Pro, serviço de informações em tempo real do Valor.

Sob acusações do PT de que haverá uma reversão nas políticas sociais se o PSDB voltar ao poder, Aécio avançou no Congresso projeto sobre o Bolsa Família e também já disse ser favorável à atual regra de reajuste do salário mínimo, que agrada à base sindical. Uma das mensagens que os tucanos pretendem levar ao eleitor – e que aparecerá no plano – é que Aécio tem a mesma sensibilidade e compromisso sociais atribuídos ao PT.

Anastasia explica a estratégia dizendo que quando governador de Minas (2003 a 2010), Aécio adotou uma série de programas sociais exitosos. Programas que, segundo ele, “são muito positivos e que demonstram que não é do PT o monopólio das questões sociais”.

A campanha de Aécio ainda busca burilar iniciativas de outros governos estaduais do PSDB, das que estão em vigor hoje e também as que foram adotadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), disse Anastasia.

Aécio Neves cercou-se de vários ex-integrantes do governo FHC. Entre eles, Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central), José Roberto Mendonça de Barros (ex-secretário de Política Econômica), além de Edmar Bacha (um dos construtores do Plano Real). Os ex-ministros Barjas Negri (Saúde), José Carlos Carvalho (Meio Ambiente), Xico Graziano(chefe do gabinete de FHC), Rubens Barbosa (Relações Exteriores), também trabalham pela candidatura de Aécio.

A equipe é constituída também por economistas e acadêmicos de uma geração mais nova, entre os quais Mansueto Almeida (Ipea) e Samuel Pessôa (FGV), Cláudio Beato Filho (UFMG), André Medici (ex-BID). É uma receita que Aécio adotou nas disputas em Minas.

Anastasia não vê no plano de Aécio um resgate direto de políticas do governo FHC. “Naturalmente, as políticas que foram do governo FHC são positivas”, disse. “A maioria delas foi incorporada pelo PT, o grosso da política econômica, a política que deu origem ao Bolsa Família. Então há continuidade.”

Perguntado se o plano deve mencionar a necessidade de uma nova fase de privatizações, uma das marcas da gestão FHCAnastasia diz que aquele modelo ficou para trás. Nas últimas eleições presidenciais, o PSDB evitou uma defesa clara das privatizações – sempre criticadas pelo PT. “A privatização foi um movimento daquele momento”, disse, acrescentando que a melhoria da infraestrutura exige investimentos gigantescos que os tesouros federal, estaduais e municipais não suportam.

“Por isso a importância de melhorar as agências reguladoras, para que haja também a participação do setor privado nessa nova visão de desenvolvimento de infraestrutura. O quadro de hoje não é o da década de 90. Os anos se passaram e agora temos esses novos instrumentos”, diz.

Anastasia, que era vice de Aécio, foi eleito e no mês passado deixou o cargo para disputar o Senado. Ele aparece como favorito. Entre lideranças do PSDB mineiro, é visto como futuro ministro-chefe da Casa Civil de Aécio – uma ‘aberração’ na definição de Anastasia.

O plano de governo de Aécio está sendo construído com base em 30 temas. Segundo o ex-governador, esses assuntos são divididos em oito grupos, onde se prepara diagnósticos para as áreas de educação, saúde, segurança, saneamento, recursos hídricos, participação cidadã e transparênciacombate à pobreza, questões relativas à sustentabilidade e ao meio ambiente, turismo, transporte, econômico, social, relações internacionais, defesa nacional, práticas eficientes de gestão, previdência entre outras. O coordenador dos trabalhos diz que não revela nomes dos que ainda não foram mencionados por Aécio.

ex-jogador Ronaldo que já manifestou apoio à candidatura do tucano talvez venha a contribuir com o plano: “É uma personalidade do esporte, do futebol, e certamente poderá ser ouvido.”

Os colaboradores que integram esses grupos estão concentrados em MinasRio e São Paulo, embora haja participantes de outros Estados. No documento não deve haver menção a metas específicas de inflação, câmbio, carga tributária, superávit primário, tampouco onde Aécio pretende fazer cortes de gastos caso eleito, diz Anastasia.

“O que vamos ter no plano são a concepção, os princípios e os programas e, vencida a eleição, vamos objetivar no caso concreto”, disse. Durante a campanha, Aécio vai apresentar projetos específicos.

Aécio já falou em reduzir o número de ministérios (hoje são 39) à metade, mirar um superávit primário de 3% (a meta deste ano é 1,9%). Armínio já defendeu a inflação ao centro da meta, 4,5%, para depois reduzi-la.

Anastasia diz que foi formado também um grupo com ex-integrantes do governo FHC que estão se dedicando à política industrial. Recentemente, representantes dos fabricantes de máquinas e equipamentos criticaram declarações de Aécio e Armínio ao Valor no qual ambos apontaram exageros e erros nos programas federais de subsídios a setores daeconomia.

Mas o objetivo, insiste ele, é que o plano não seja uma leitura restrita a economistas, acadêmicos e empresários. “O plano de governo vai se centrar nas questões relativas à preocupação imediata das pessoas. Saúde, segurança, educaçãocombate à pobreza, temas que dizem com mais direção às pessoas”, disse Anastasia.

inflação – que vinha numa toada de aceleração – estará entre esses temas mais sensíveis. “A manutenção do valor da moeda é um princípio que estará lá aplaudido. A questão do custo de vida é tema de preocupação imediata que afeta as pessoas em seu dia a dia e deve ser discutido, mas ainda não está formatado.”

Anastasia, no entanto, não vê a inflação como o tema que vai aquecer o debate eleitoral este ano. O debate, para ele, será afunilado na segurança pública.

Essa é uma área sobre a qual Aécio já se pôs num campo distinto do de Dilma e do pré-candidato do PSBEduardo Campos: a maioridade penal. Ele apoia um projeto do senador por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) que dá a possibilidade de o juiz condenar jovens a partir dos 16 anos que cometem crimes graves a penas tão longas quanto a de maiores de idade.

“Não vou antecipar nada porque ainda estamos redigindo. Mas o núcleo duro na questão é o combate à impunidade. A impunidade é a raiz. A polícia se desestimula, a sociedade se revolta. E aí começa a justiça com as próprias mãos”, diz.

O grupo de Aécio defende mudança de legislação. “Há de haver uma reforma legislativa”, diz Anastasia. Para mudar o quê? “Tornar o processo mais objetivo. Há muita discussão sobre o papel do inquérito. Temos grandes nomes que podem contribuir.”

Um potencial alvo das mudanças é uma lei federal de 2011 que, nas palavras do político mineiro, deu certa fragilidade às instituições policiais. Refere-se à Lei 12.403: “Trata do processo penal que não prende as pessoas em determinadas circunstâncias e facilita um pouco a impunidade.”

Anastasia recusa a ideia de que Aécio será um candidato para agradar setores conservadores. “Em primeiro lugar, a preocupação que ele me dirigiu e eu tenho repetido isso a todos é a preocupação com as pessoas, principalmente com os mais desfavorecidos”.

30 de maio de 2014

Plano de governo de Aécio dará destaque a questões sociais

2014: Aécio reuniu colaboradores que estão discutindo cerca de 35 temas para o plano. São acadêmicos e especialistas divididos em 8 grupos.


A coordenação dos trabalhos está a cargo do ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB).


Fonte: Valor Econômico

Programa de Aécio terá eixo social


plano de governo que senador e pré-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG) pretende apresentar daqui a um mês dará ênfase a questões sociais. É uma área que o PT, da presidente Dilma Rousseff, sempre usou como uma de suas principais marcas.

Aécio reuniu colaboradores que estão discutindo cerca de 35 temas para o plano. São acadêmicos e especialistas que estão divididos em oito grupos. A coordenação dos trabalhos está a cargo do ex-governador de Minas GeraisAntonio Anastasia (PSDB).

“O senador Aécio Neves me deu uma recomendação muito firme, a coluna vertebral é a preocupação com as pessoas, com as políticas sociais”, disse Anastasia ao Valor Pro, serviço de informações em tempo real do Valor.

Sob acusações do PT de que haverá uma reversão nas políticas sociais se o PSDB voltar ao poder, Aécio avançou no Congresso projeto sobre o Bolsa Família e também já disse ser favorável à atual regra de reajuste do salário mínimo, que agrada à base sindical. Uma das mensagens que os tucanos pretendem levar ao eleitor – e que aparecerá no plano – é que Aécio tem a mesma sensibilidade e compromisso sociais atribuídos ao PT.

Anastasia explica a estratégia dizendo que quando governador de Minas (2003 a 2010), Aécio adotou uma série de programas sociais exitosos. Programas que, segundo ele, “são muito positivos e que demonstram que não é do PT o monopólio das questões sociais”.

A campanha de Aécio ainda busca burilar iniciativas de outros governos estaduais do PSDB, das que estão em vigor hoje e também as que foram adotadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), disse Anastasia.

Aécio Neves cercou-se de vários ex-integrantes do governo FHC. Entre eles, Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central), José Roberto Mendonça de Barros (ex-secretário de Política Econômica), além de Edmar Bacha (um dos construtores do Plano Real). Os ex-ministros Barjas Negri (Saúde), José Carlos Carvalho (Meio Ambiente), Xico Graziano(chefe do gabinete de FHC), Rubens Barbosa (Relações Exteriores), também trabalham pela candidatura de Aécio.

A equipe é constituída também por economistas e acadêmicos de uma geração mais nova, entre os quais Mansueto Almeida (Ipea) e Samuel Pessôa (FGV), Cláudio Beato Filho (UFMG), André Medici (ex-BID). É uma receita que Aécio adotou nas disputas em Minas.

Anastasia não vê no plano de Aécio um resgate direto de políticas do governo FHC. “Naturalmente, as políticas que foram do governo FHC são positivas”, disse. “A maioria delas foi incorporada pelo PT, o grosso da política econômica, a política que deu origem ao Bolsa Família. Então há continuidade.”

Perguntado se o plano deve mencionar a necessidade de uma nova fase de privatizações, uma das marcas da gestão FHCAnastasia diz que aquele modelo ficou para trás. Nas últimas eleições presidenciais, o PSDB evitou uma defesa clara das privatizações – sempre criticadas pelo PT. “A privatização foi um movimento daquele momento”, disse, acrescentando que a melhoria da infraestrutura exige investimentos gigantescos que os tesouros federal, estaduais e municipais não suportam.

“Por isso a importância de melhorar as agências reguladoras, para que haja também a participação do setor privado nessa nova visão de desenvolvimento de infraestrutura. O quadro de hoje não é o da década de 90. Os anos se passaram e agora temos esses novos instrumentos”, diz.

Anastasia, que era vice de Aécio, foi eleito e no mês passado deixou o cargo para disputar o Senado. Ele aparece como favorito. Entre lideranças do PSDB mineiro, é visto como futuro ministro-chefe da Casa Civil de Aécio – uma ‘aberração’ na definição de Anastasia.

O plano de governo de Aécio está sendo construído com base em 30 temas. Segundo o ex-governador, esses assuntos são divididos em oito grupos, onde se prepara diagnósticos para as áreas de educação, saúde, segurança, saneamento, recursos hídricos, participação cidadã e transparênciacombate à pobreza, questões relativas à sustentabilidade e ao meio ambiente, turismo, transporte, econômico, social, relações internacionais, defesa nacional, práticas eficientes de gestão, previdência entre outras. O coordenador dos trabalhos diz que não revela nomes dos que ainda não foram mencionados por Aécio.

ex-jogador Ronaldo que já manifestou apoio à candidatura do tucano talvez venha a contribuir com o plano: “É uma personalidade do esporte, do futebol, e certamente poderá ser ouvido.”

Os colaboradores que integram esses grupos estão concentrados em MinasRio e São Paulo, embora haja participantes de outros Estados. No documento não deve haver menção a metas específicas de inflação, câmbio, carga tributária, superávit primário, tampouco onde Aécio pretende fazer cortes de gastos caso eleito, diz Anastasia.

“O que vamos ter no plano são a concepção, os princípios e os programas e, vencida a eleição, vamos objetivar no caso concreto”, disse. Durante a campanha, Aécio vai apresentar projetos específicos.

Aécio já falou em reduzir o número de ministérios (hoje são 39) à metade, mirar um superávit primário de 3% (a meta deste ano é 1,9%). Armínio já defendeu a inflação ao centro da meta, 4,5%, para depois reduzi-la.

Anastasia diz que foi formado também um grupo com ex-integrantes do governo FHC que estão se dedicando à política industrial. Recentemente, representantes dos fabricantes de máquinas e equipamentos criticaram declarações de Aécio e Armínio ao Valor no qual ambos apontaram exageros e erros nos programas federais de subsídios a setores daeconomia.

Mas o objetivo, insiste ele, é que o plano não seja uma leitura restrita a economistas, acadêmicos e empresários. “O plano de governo vai se centrar nas questões relativas à preocupação imediata das pessoas. Saúde, segurança, educaçãocombate à pobreza, temas que dizem com mais direção às pessoas”, disse Anastasia.

inflação – que vinha numa toada de aceleração – estará entre esses temas mais sensíveis. “A manutenção do valor da moeda é um princípio que estará lá aplaudido. A questão do custo de vida é tema de preocupação imediata que afeta as pessoas em seu dia a dia e deve ser discutido, mas ainda não está formatado.”

Anastasia, no entanto, não vê a inflação como o tema que vai aquecer o debate eleitoral este ano. O debate, para ele, será afunilado na segurança pública.

Essa é uma área sobre a qual Aécio já se pôs num campo distinto do de Dilma e do pré-candidato do PSBEduardo Campos: a maioridade penal. Ele apoia um projeto do senador por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) que dá a possibilidade de o juiz condenar jovens a partir dos 16 anos que cometem crimes graves a penas tão longas quanto a de maiores de idade.

“Não vou antecipar nada porque ainda estamos redigindo. Mas o núcleo duro na questão é o combate à impunidade. A impunidade é a raiz. A polícia se desestimula, a sociedade se revolta. E aí começa a justiça com as próprias mãos”, diz.

O grupo de Aécio defende mudança de legislação. “Há de haver uma reforma legislativa”, diz Anastasia. Para mudar o quê? “Tornar o processo mais objetivo. Há muita discussão sobre o papel do inquérito. Temos grandes nomes que podem contribuir.”

Um potencial alvo das mudanças é uma lei federal de 2011 que, nas palavras do político mineiro, deu certa fragilidade às instituições policiais. Refere-se à Lei 12.403: “Trata do processo penal que não prende as pessoas em determinadas circunstâncias e facilita um pouco a impunidade.”

Anastasia recusa a ideia de que Aécio será um candidato para agradar setores conservadores. “Em primeiro lugar, a preocupação que ele me dirigiu e eu tenho repetido isso a todos é a preocupação com as pessoas, principalmente com os mais desfavorecidos”.

PSDB rebate declarações da ministraTereza Campello

PSDB rebateu declarações da ministra do Desenvolvimento Social que criticou projeto de Aécio Neves que propôs mudanças no Bolsa Família.


PT contra mudanças no Bolsa Família


Fonte: O Globo

PSDB rebate ministra e diz que Aécio luta contra ‘corrupção que toma conta do governo do PT


Nota do partido lista feitos do tucano no governo de Minas e no Senado, ao responder a pergunta ‘onde esteve Aécio nos último 11 anos?’ feita por Tereza Campello

PSDB rebateu nesta quinta-feira, em tom duro, as declarações da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, com críticas ao projeto do senador tucano Aécio Neves (MG) com mudanças no Bolsa Família. Ontem, a ministra afirmou que a proposta de Aécio “ não tem pé nem cabeça”, afirmou que o projeto foi aprovado de forma “atabalhoada, açodada e leviana” por este ser um ano eleitoral. Na nota, o PSDB faz críticas ao governo petista e afirma que o senador esteve, nos últimos 11 anos, “lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT” no Senado.

Segundo os tucanos, a ministra misturou propostas e colocou sob autoria de Aécio propostas de outros parlamentares. Para o questionamento de Tereza Campello “onde estava o senador Aécio Neves nestes 11 anos que não tratou do Bolsa Família?”, o partido contra-atacou, afirmando que “nos últimos 11 anos, o senador Aécio Neves estava governando Minas”, e passando a listar feitos do governo dele no estado.

Na nota, o PSDB também afirma que Aécio Neves estava no Senado Federal nesse período, onde estava, de acordo com a nota, “Debatendo com os senadores a melhoria do Bolsa Família; lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT; defendendo que a linha de extrema pobreza no Brasil respeite as Metas do Milênio e a promessa feita pelo governo federal a milhões de brasileiros; e propondo que a extrema pobreza seja tratada num campo mais amplo e que abranja as privações sociais que ultrapassam a questão da renda”.

O projeto do PSDB foi aprovado com um voto de diferença em comissão. Ele altera a lei que criou o programa Bolsa Família e propõe duas mudanças: garante por mais seis meses o pagamento do benefício quando os chefes de família conseguirem emprego com carteira assinada e exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos (revisão já prevista em Portaria do Ministério do Desenvolvimento Social). A proposta foi aprovada por 10 votos a favor e nove contra, numa votação apertada. O PT votou contra, alegando que isso afetaria o Bolsa Família.

29 de maio de 2014

2014: Campeões olímpicos de vôlei apoiam Aécio Neves

Bicampeões olímpicos Giovani Gávio, candidato a deputado por MG; e Giba, já filiado ao PSDB do PR, integram o time de Aécio Neves.


Aécio forma time de atletas campeões olímpicos como candidatos puxadores de votos em vários estados


Eleições 2014


Fonte: O Globo

Campeões olímpicos de vôlei, Giba e Giovani apoiam Aécio Neves


Filiados ao PSDB, ex-atletas defendem bandeiras de projetos para formação de competidores

O ex-atacante Ronaldo Fenômeno, artilheiro e campeão da Copa do Mundo de Futebol, provocou nesta semana uma ciumeira entre os petistas, ao anunciar que será um atuante cabo eleitoral do tucano Aécio Neves. E o candidato do PSDB não pretende parar por aí. Ele está formando um time de atletas campeões olímpicos como candidatos puxadores de votos em vários estados, com a defesa de bandeiras sobre projetos de incentivo a formação de competidores, e um bom legado para as Olimpíadas de 2016. Além de Ronaldo e do ex-técnico da seleção de vôlei Bernardinho, que não disputarão mandatos, os bicampeões olímpicos Giovani Gávio, candidato a deputado por Minas Gerais; e Giba, já filiado ao PSDB do Paraná, integram o time.

Giba ainda não anunciou a candidatura oficialmente, articulada por Aécio. Mas Giovani já está em campanha e viajando ao lado do pré-candidato à presidência. Eles já viajaram juntos para os estados de Alagoas e Maranhão.

— A gente tem um povo sedento de esporte e tem muito pouca opção a sua disposição. Temos que ter projetos atrativos para formação de atletas de base para disputar a criançada com o videogame e outros hábitos pouco saudáveis. Um dos projetos que vou defender é que a educação física volte a ser obrigatória nas escolas — disse Gávio, que está voltando a Minas Gerais para estruturar sua campanha.

Sobre a dobradinha com Aécio, o ex-jogador de vôlei diz que Aécio é um parceiro antigo e está entrando na disputa política por causa dele. Sobre o assédio feminino na campanha, ele acha que isso pode ajudar sim.

— Temos que aproveitar né? (risos). Mas tenho um reccall de uma vida inteira defendendo o Brasil dentro das quadras. Agora quero continuar defendendo em outras quadras — brinca Giovani.

Depois de acertar a candidatura de Giovani GávioAécio investe em Giba para oficializar a candidatura.

— Estamos formando um timaço! Se tudo der errado, marcamos um jogo dos veteranos com a meninada — disse Aécio.

28 de maio de 2014

Bolsa Família: aprovada proposta de Aécio que altera programa

Aécio: projeto altera lei que criou Bolsa Família e garante por mais 6 meses o  benefício quando chefes de família conseguirem emprego.


Projeto também exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos


PT votou contra o projeto


Fonte: O Globo

Por apenas um voto, comissão do Senado aprova proposta de Aécio que muda Bolsa Família


Proposta garante benefício por 6 meses a quem conseguir emprego e dá prazo de 2 anos para revisão dos beneficiados

O texto ainda será analisado pela Comissão de Direitos Humanos, onde é terminativo

Depois de muita discussão, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, projeto do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que altera a lei que criou o programa Bolsa Família e propõe duas mudanças: garante por mais seis meses o pagamento do benefício quando os chefes de família conseguirem emprego com carteira assinada e exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos (revisão já prevista em Portaria do Ministério do Desenvolvimento Social). A proposta foi aprovada por dez votos a favor e nove contra. O PT votou contra, alegando que a medida afetaria o Bolsa Família.

O texto ainda será analisado pela Comissão de Direitos Humanos, onde é terminativo. A proposta foi aprovada com votação apertada e com alteração feita pela relatora, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), para garantir que os seis meses fossem um prazo adicional e não que acabassem entrando na soma do prazo de dois anos.

O líder do PT no SenadoHumberto Costa (PE), apresentou voto separado em contrário à proposta do presidenciável Aécio Neves, mas foi derrotado. O PT votou com Humberto Costa, como o senador Paulo Paim (PT-RS). Na mesma posição, a senadora Vanessa Grazziotim (PCdoB-AM) disse que muitos estavam incomodados com as famílias conseguirem melhorar sua situação de renda.

O texto diz que “a elegibilidade das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família deve ser obrigatoriamente revista a cada período de dois anos”.

Além disso, na redação dada pela senadora Lúcia Vânia, a proposta garante o benefício por seis meses: “O beneficiário que, por motivo de elevação da renda per capita familiar, decorrente de atividade profissional ou econômica, vier a perder a elegibilidade na revisão prevista no § 18, terá garantida a concessão dos benefícios por, no mínimo, seis meses”.

Justificativa

senador Aécio Neves alegou que a proposta é para garantir que os beneficiários do Bolsa Família sejam estimulados a aderir à economia formal. Hoje, muitos não aceitam empregos formais pelo temor de perder o benefício. Aécio comemorou a aprovação de seu projeto:

- Nós aprimoramos o Bolsa Família, estamos estimulando a formalidade. O cidadão que encontrava emprego que vá além do teto para receber o Bolsa Família poderá receber também por seis meses o Bolsa Família para que seja estimulado para a formalidade. O incrível, o inaceitável, é que o PT não quer nenhum avanço em um programa tão importante como esse porque prefere ter um programa para chamar de seu.

Ele também aproveitou para criticar o PT por, em sua ótica, tentar fazer do Bolsa Família um instrumento eleitoral.

- O discurso do PT de defesa dos pobres é incoerente com a sua prática, porque hoje votou contra os beneficiários do Bolsa Família apenas para utilizar esse programa como instrumento na campanha eleitoral. Felizmente, tivemos a sensatez do Senado e muitos beneficiários estarão estimulados para ir para a formalidade. Vamos à CDH e lá esperamos repetir esse placar.

A senadora tucana disse que a proposta de Aécio quer “assegurar às famílias tranquilidade quanto ao período em que poderão contar com o benefício”. Ela lembrou que Portaria nº 617, de 2010, prevê o desligamento da família que, durante o período de dois anos, mantenha uma variação de renda de meio salário mínimo.

- O projeto não mexe em nada no Bolsa Família. É uma garantia de seis meses quando ele sair da informalidade. E vamos acabar com essa âncora da informalidade – disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), alegando que muitos trabalhadores não aceitam assinar a carteira de trabalho para não perder o benefício.

- Muito se falou aqui que está se votando na proximidade do pleito eleitoral – reclamou a senadora Vanessa Grazziotim.

Na votação, até mesmo integrantes da base, como Moarildo Cavalcanti (PTB-RR) votaram a favor do projeto. Foram favoráveis: Rodrigo Rollenberg (PSB-DF), Ana Amélia (PP-RS), Paulo Davim (PV-RN), Petecão (PSD-AC), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Humberto Lucena (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Jayme Campos (DEM-MT), Mozarildo e Eduardo Amorim (PSC-SE). Foram contrários: Paulo Paim (PT-RS), Angela Portela (PT-RR), Humberto Costa (PT-PE), Ana Rita (PT-ES), João Durval (PDT-BA), Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), Vital do Rêgo (PMDB-PB), João Alberto (PMDB-MA) e Armando Monteiro Neto (PTB-PE).

Eleições: Aécio defende aliança paulista com PSB

Defesa se dá em meio a gestos do pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, de romper acordos com o PSDB em importantes colégios eleitorais.


Eleições 2014: alianças


Fonte: PSDB

Aécio defende aliança paulista entre PSDB e PSB


Presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) defendeu ontem uma aliança entre seu partido e o PSB em  São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Para Aécio, o acordo entre as duas legendas no Estado é “natural” e tem apoio do comando nacional do PSDB.

A defesa se dá em meio a gestos do presidente nacional do PSB e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos, de romper acordos com o PSDB em importantes colégios eleitorais. Em Minas Gerais, Estado de Aécio, o PSB deve lançar candidato próprio, contrariando pacto de não agressão com os tucanos.

Aécio reuniu-se ontem com o governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), na sede do governo paulista, e o orientou a manter as negociações com o PSB.

“Quaisquer que sejam as alianças que o governador Alckmin conduzir, terá o nosso absoluto apoio. Ele tem feito essas conversas, até porque são naturais, com o PSB e outras forças políticas”, disse Aécio. “Já disse meses atrás que considero natural o PSB continuar onde estava. E onde o PSB sempre esteve em São Paulo? Ao lado do governador Alckmin“, afirmou, referindo-se à sigla que integra a base aliada de Alckmin.

Em São Paulo, o PSB está dividido em relação ao apoio a Alckmin. O presidente estadual da legenda, deputado Márcio França, é o principal defensor da aliança. França, que já foi secretário de Turismo da atual gestão estadual, é cotado para ser vice de Alckmin. A negociação no Estado esbarra na ex-senadora e pré-candidata a vice na chapa de Campos,Marina Silva, que é contrária ao apoio e defende o lançamento de um nome do partido no Estado. Para a ex-senadora, seria contraditório defender a renovação na política no campo federal e estar no mesmo palanque que o PSDB, que está há cinco gestões consecutivas em São Paulo.

Ao mesmo tempo em que negocia com o PSBAlckmin tenta também atrair o PSD, que poderia ser vice em sua chapa. Depois da reunião com Aécio, o governador conversou com o presidente nacional do PSDGilberto Kassab. Os dois reuniram-se antes de evento no Palácio dos Bandeirantes.

Na sede do governo paulista, Aécio disse que planeja anunciar na próxima semana o apoio de partidos nanicos à sua pré-candidatura. O PMN deve ser a primeira dessas legendas a selar o acordo. O tucano negocia com PTN, PTC, PSL, PTdoB e PEN, que devem render 20 segundos no tempo de televisão.

pré-candidato presidencial disse ter conversado ontem com a presidente nacional do PMN, Telma Ribeiro. Apesar de comemorar o apoio dos partidos nanicos, Aécio é um dos principais defensores no Congresso da cláusula de barreira, que acabaria com as legendas com pouca representatividade no Legislativo.

Aécio desconversou ao ser questionado sobre a reunião com Alckmin em pleno expediente do governador, na sede do governo paulista, para tratar de eleições, e afirmou ter discutido temas nacionais, como segurança pública e dívida dos Estados.

O tucano disse que o encontro com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, marcado para as 15h, foi distinto da reunião que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram em Brasília, no Palácio do Alvorada, em março. Na ocasião, Aécio criticou o uso da sede do governo federal para o encontro e recorreu à Justiça Eleitoral. “Eu passei na hora do almoço. Essa talvez seja a principal diferença”, disse, em entrevista concedida depois da reunião, por volta das 16h30. “Não estamos falando de uma reunião eleitoral, com marqueteiro, sobre estratégia de campanha. É a visita do presidente do partido do governador ao governador”, afirmou. “Não se pode fazer do palácio do governo um cenário de debates eleitorais. A visita do presidente do partido é absolutamente natural”.

27 de maio de 2014

Aécio comenta declarações do ex-jogador Ronaldo

Aécio: “brasileiros estão cansados de tanta incompetência, de tantos compromissos assumidos que não são cumpridos.”


Aécio Neves: eleições 2014


Fonte: PSDB

Entrevista do presidente do PSDB, senador Aécio Neves

São Paulo – SP - 26-05-14

Assuntos: eleições 2014; Ronaldo; eleições em SP.

Trechos da entrevista:

Sobre as declarações do ex-jogador Ronaldo.

Acho que os brasileiros estão cansados de tanta incompetência, de tantos compromissos assumidos que não são cumpridos. Isso vem sendo potencializado, acho que em todas as áreas. Me sinto como brasileiro envergonhado dos indicadores sociais do Brasil, do baixo crescimento da economia, do conjunto de obras inacabado, com sobrepreços, abandonadas pelo Brasil inteiro. O que o Ronaldo fez foi na verdade externar um sentimento, com sinceridade, dele, pessoal, não é um político, fez isso de forma muito clara, como cidadão. Acho que ele não fala sentido. Acho que é um sentimento que vamos encontrar sem muita dificuldade em cada região do país e em todas as camadas sociais.

Que papel ele vai ter na campanha?

Nunca conversamos cobre isso. O Ronaldo, na verdade, me apoiou lá atrás, quando fui candidato ao Governo de Minas. Manifestou apoio à minha candidatura. Acompanhou, até porque passou um período em Minas Gerais, os resultados do nosso governo. Ele próprio tem muitas informações em relação ao governo, quando estiverem com ele poderão aferir isso. Em relação à educação, em relação ao que nos trouxe a ter a melhor educação fundamental do Brasil, em relação à qualidade da saúde, e acho que esta é a razão principal dessa sua manifestação. Agradeço, de público, essa manifestação, outras certamente virão, e infelizmente quaisquer pessoas públicas que se manifestam em relação ao nosso nome ou a algum nome da oposição são imediatamente patrulhadas, patrulhadas pela base do governo. Foi um gesto de coragem e um gesto de cidadania, ele expressou o seu sentimento. Recebo isso de forma muito positiva. Não conversamos ainda sobre como ele participará, mas seu apoio será sempre muito bem-vindo.

Sobre encontro com o governador Geraldo Alckmin.

Tenho conversado permanentemente com o governador Alckmin, tivemos juntos na semana passada, fazendo uma análise de Brasil. Temos preocupações comuns em relação a questões como segurança pública, a qualidade da saúde, conversamos um pouco sobre uma agenda para o Brasil. É um aliado, talvez, dentre tantos aliados importantes, o aliado mais emblemático que tenho nessa caminhada. As suas manifestações permanentes de apoio são para mim extremamente estimulantes.

Conversamos sobre eleições também, atualizando esses entendimentos finais. Estamos vivendo agora, nessas próximas três semanas, o momento definitivo das alianças. Por isso é natural que, em toda parte, recolhamos ansiedades e expectativas. O que vejo é um governador extremamente sereno, seguro da qualidade do governo que faz em São Paulo e percebo, até através de pesquisas que nós mesmos temos feito em São Paulo, uma consolidação do seu nome. Geraldo Alckmin será novamente governador de São Paulo e faremos uma campanha muito próxima, até porque a nossa vitória no plano nacional será extremamente positiva para o seu governo em São Paulo.

Sobre o candidato a vice na chapa em SP.

Fizemos avaliação dos nomes, não há porque não dizer isso, ele também me falou do quadro local, mas são questões que serão conduzidas com muita cautela. Geraldo é o mais mineiro dos paulistas. Ele leva isso até com muito mais serenidade e equilíbrio do que qualquer um de nós. Então vejo ele muito tranquilo, muito sereno. Falamos das opções que todos temos, obviamente, não vamos entrar em detalhes, porque foi uma conversa privada. Privada porque não temos o interesse ainda, hoje, de externar os avanços que estão acontecendo em vários campos. O que disse é que a decisão que ele tomar em São Paulo é a nossa decisão. Ele tem que ter absoluta liberdade, e o partido tem dado a ele essa liberdade, para construir a aliança que seja mais confortável à sua caminhada. Porque o fortalecimento do Geraldo é o que nos interessa. Com Geraldo Alckmin fortalecido em São Paulo, o PSDB está fortalecido no Brasil inteiro.

Como vai ser a campanha na Copa?

É uma experiência nova para todos nós.

O sr. disse que as alianças têm que sair em até três semanas.

Digo três semanas porque é o período das convenções. Começam as convenções e o fechamento, mesmo aquelas convenções que vão ocorrer no final do mês, os fechamentos vão estar ocorrendo nessas próximas três semanas. Pretendo fazer algumas viagens, tenho alguns convites para visitar alguns estados durante a Copa, mas a atenção das pessoas certamente não vai estar, prioritariamente, nas eleições. Mas no momento seguinte à final da Copa, portanto, a partir do inicio da segunda quinzena de julho, aí sim, acho que em uma velocidade muito grande a atenção das pessoas volta à questão eleitoral.

O que posso dizer, no plano nacional, é que as nossas alianças, as alianças que construímos nos principais estados brasileiros foram sempre as principais, as prioridades que estabelecemos lá atrás. Eu não teria nenhum estado onde eu dissesse, olha, fracassou a nossa tentativa. Ao contrário. As nossas alianças hoje são mais sólidas no conjunto dos estados brasileiros do que as alianças do próprio PT, a começar pelos principais estados brasileiros. Então, nesse período de construção de alianças acho que avançamos muito bem, estamos de forma sólida e isso, lá na frente, vai ser importante. Mas, mais do que isso, é o nosso discurso, que não se alterará.

O nosso discurso será sempre muito focado na boa qualidade da gestão pública, em um novo alinhamento com o mundo desenvolvido, no avanço dos nossos indicadores sociais com a qualificação do gasto público. Essa é a nossa agenda. Queremos nos apresentar cada vez mais como aqueles que têm as melhores condições de vencer as eleições e iniciar um novo tempo no Brasil.

Alianças regionais: Aécio fecha com PP e Solidariedade no sul

Palácio Farroupilha (RS) foi palco da união entre PSDB, PP e Solidariedade, a casa  reuniu 2 mil pessoas.


“O simbolismo desta aliança traz o sentimento que busco. Não é nossa opção apresentar um modelo alternativo para o Brasil, é nossa obrigação. Estamos prontos para vencer no Rio Grande e iniciar um novo tempo no Brasil – declara o candidato à Presidência”.


Fonte: PSDB

“Tenho orgulho de estar ao lado de Ana Amélia”, diz Aécio Neves em Porto Alegre

O presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), participou, neste sábado (24/05), em Porto Alegre, do lançamento da pré-candidatura da senadora Ana Amélia (PP) ao governo do Rio Grande do Sul. O evento, que selou a aliança entre o PSDB, o PP e o Solidariedade, reuniu cerca de 2 mil pessoas no Palácio Farroupilha, sede do Poder Legislativo do Estado.

Em seu discurso, Aécio destacou a competência e a trajetória política da senadora gaúcha. “Ana Amélia é a grande novidade da política. Estar ao lado de Ana Amélia é estar ao lado da honradez e da competência. Ela será uma inspiração permanente para nós. Me orgulharei muito de fazer essa caminhada ao lado dela”, ressaltou Aécio Neves.

O lançamento da pré-candidatura de Ana Amélia reuniu diversas lideranças políticas. Participaram do evento o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, o presidente nacional do Partido SolidariedadePaulinho da Força, o presidente estadual do PSDBAdilson Troca, o presidente do PP no Rio Grande do Sul, Celso Bernardi, o presidente doSolidariedade no Rio Grande do Sul, Claudio Janta, e o deputado federal Nelson Marchezan, entre outras lideranças.

A aliança com o PP e o Solidariedade no Rio Grande do Sul foi apontada por Aécio como mais uma vitória da oposição na construção de um projeto alternativo para o Brasil.

“O simbolismo desta aliança traz o sentimento que busco. Não é nossa opção apresentar um modelo alternativo para o Brasil, é nossa obrigação. Estamos prontos para vencer no Rio Grande e iniciar um novo tempo no Brasil. Chegou a hora da mudança, da eficiência e do resgate da ética na vida pública”, destacou.

Aécio Neves também falou sobre a importância da aliança no estado para o restante do País.

“Os olhos do Brasil inteiro estão voltados para o solo gaúcho. O que se faz nesta terra ecoa por outras partes desse enorme Brasil. Fizemos alianças sólidas na maioria do País. Em cada uma delas, vejo um sentimento crescente de mudança”, disse Aécio.

Esperança

 A senadora Ana Amélia agradeceu a confiança dos partidos aliados e ressaltou a unidade em torno dos interesses dos gaúchos.

“Esta é uma aliança de convergências e não de conveniência. Aécio vai inspirar a boa governança no Rio Grande. A história dele todo mundo conhece. Por isso temos muito orgulho dessa aliança”, disse Ana Amélia.

26 de maio de 2014

Prefeitura de Guarulhos foi usada em ataques contra Aécio

Guerrilha digital do PT: Justiça informa que equipamentos e funcionários da Prefeitura foram utilizados contra o senador Aécio.


Guerrilha digital do PT: calúnia e difamação


Fonte: Folha de S.Paulo

Prefeitura petista é apontada como fonte de ofensas a Aécio na internet


Servidores e equipamentos foram usados para alimentar páginas contra tucano em redes sociais


Justiça de SP autorizou quebra de sigilo de clientes de 27 empresas processadas pelo pré-candidato à Presidência


@JogoSujodoPT

@JogoSujodoPT

Arte Folha

Dados repassados à Justiça de São Paulo mostram que equipamentos e funcionários da Prefeitura de Guarulhos, comandada há 14 anos pelo PT, foram usados para criar páginas com ofensas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) em redes sociais.

Nome dos tucanos para o Planalto, Aécio é hoje o principal rival da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa.

As informações chegaram ao Judiciário depois que o senador abriu um processo contra 27 empresas que prestam serviços relacionados à internet e conseguiu uma decisão que as obrigou a quebrar o sigilo contratual de clientes.

A intenção do tucano era descobrir quem estava por trás de páginas com o nome “Aécio Boladasso“. Criados em novembro passado no Twitter e no Facebook, os perfis falsos a princípio se mostravam favoráveis ao senador –uma versão tucana da “Dilma Bolada”, que faz publicidade da presidente nas redes.

Logo, no entanto, passaram a criticar Aécio e relacioná-lo a hábitos como o consumo de álcool. Ainda em novembro, o tucano acionou o principal escritório de direito digital do país –27 advogados estão cadastrados para seguir sua cruzada judicial.

Primeiro, Aécio processou o Facebook e o Twitter. O juiz Nilson Wilfred Ivanhoe Pinheiro obrigou as duas empresas a repassar dados cadastrais e IPs (número que identifica o computador usado para o acesso) dos criadores dos perfis falsos.

A equipe de advogados, então, fez uma pesquisa particular e identificou e-mails e telefones celulares que tinham sido usados para fazer postagens e criar as páginas.

Com essas informações, pediram que mais 25 companhias fossem incluídas na ação e entregassem dados de pessoas ligadas ao caso.

Com nova decisão favorável do juiz, empresas como UOL, do Grupo Folha, Microsoft, TIM e Telefônica entregaram CPF, CNPJ, nome e endereço dos clientes listados.

Folha acessou o processo na Justiça e fez cruzamentos com os dados fornecidos, chegando à localização dos imóveis e às profissões de alguns dos citados no caso.

Só a partir da sede da Secretaria de Comunicação Social de Guarulhos as páginas contra Aécio foram manipuladas 81 vezes em 20 dias. Há ainda entre os criadores do perfil uma funcionária da prefeitura, Nataly Diniz, que usou o celular para administrar as páginas.

A pasta confirmou que Nataly é servidora, mas não informou em que setor ela atua. A assessoria de imprensa disse que a funcionária não falaria sobre o caso, mas que sua conduta seria apurada (leia mais ao lado).

Na Secretaria de Comunicação, os acessos aos perfis de Aécio ocorreram a partir de um IP vinculado a uma agência de propaganda, a PG Comunicação.

As páginas contra Aécio também foram administradas por pessoas de outros dois Estados. A Folha conseguiu contato com duas delas. Lucas Nunes Pereira, de Juiz de Fora (MG), diz não saber por que aparece na ação. “O que postei era a favor de Aécio.”

A segunda, de Petrópolis (RJ), não quis se manifestar. Procurada, a advogada Juliana Abrusio, sócia do escritório que representa Aécio, disse que o tucano é vítima de uma “ação orquestrada em vários Estados”.

Aécio destaca apoio ao projeto nacional do PSDB

Eleições 2014: em Niterói, Aécio anunciou o apoio local do PMDB, do PP, do PSD, do Solidariedade e do PPS ao projeto nacional do PSDB.


Eleições 2014: alianças regionais do PSDB


Fonte: PSDB
Aécio Neves ressalta força das alianças regionais do PSDB

presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), destacou nesta sexta-feira (23/05), em Niterói (RJ), a força das alianças regionais que o partido vem fazendo para as eleições deste anoAécio anunciou o apoio local do PMDB, do PP, do PSD, do Solidariedade e do PPS ao projeto nacional do PSDB antes de encontro com empresários da cidade.

“Estamos consolidando um conjunto de alianças extraordinárias Brasil afora. Eu diria que 90% dos nossos planos ‘A’ foram consolidados, como na Bahia e no Rio Grande do Sul. Vamos largar a campanha após a Copa do Mundo muito bem. Nossos palanques são mais sólidos que o conjunto dos palanques que o PT tem hoje para disputar as eleições”, afirmou Aécio Neves em entrevista coletiva.

O encontro foi organizado pelo deputado estadual Comte Bittencourt (PPS). O tucano chegou à cidade de catamarã no início da noite. Acompanharam Aécio o presidente do PSDB no Rio de Janeiro, deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha, o ex-deputado Marcio Fortes e o economista Adriano Pires.

Durante a entrevista, Aécio Neves anunciou que o apoio dos cinco partidos do Rio de Janeiro ao projeto nacional do PSDB será formalizado em um evento suprapartidário no dia 5 de junho. O encontro vai reunir centenas de lideranças políticas, entre deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

O senador ressaltou que o apoio local dos diretórios fluminenses do PMDBPPPSDSolidariedade e PPS será fundamental para o projeto nacional do PSDB.

“Esse apoio representa grande parte dos parlamentares, a grande maioria dos prefeitos do estado do Rio, e ex-prefeitos. A coisa vai tomando uma consistência com muita naturalidade e é isso que me agrada. As coisas naturais na política são aquelas que acabam dando certo, afinal”, disse Aécio Neves.

UPPs

A reunião em Niterói foi o segundo compromisso de Aécio no estado em menos de 24 horas. Na noite de quinta-feira (22), o tucano participou de evento organizado pelo deputado estadual Pedro Fernandes e pela vereadora Rosa Fernandes, do Partido Solidariedade, na zona norte da capital fluminense.

Ao falar com a imprensa, o tucano defendeu uma nova etapa de desenvolvimento social para as comunidades cariocas beneficiadas pelas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Para Aécio, o projeto precisa ser consolidado com serviços públicos de qualidade.

“Defendemos o fortalecimento das UPPs. Foi um grande ganho para a comunidade carioca e gostaria de ver coisas parecidas em outras partes do Brasil. Vamos falar de forma muito clara que no nosso governo vai haver apoio e solidariedade e estratégia para consolidar as UPPs na sua segunda etapa, que é levar também desenvolvimento social e serviços públicos de qualidade, como saúde e educação. Quero no futuro ser parceiro para que esse modelo possa ser ampliado e consolidado”, afirmou Aécio Neves.

O extermínio da pobreza, artigo Aécio Neves

“Todos os brasileiros devem ter o direito de deixar de ser pobres. A pobreza não pode ser uma condição intransponível”, defendeu Aécio.


Gestão Social


Fonte: Folha de S.Paulo

O fim da miséria


AÉCIO NEVES

Não existe um único brasileiro que não queira o fim da miséria no país.

Este é um desafio que precisa ser enfrentado com responsabilidade e requer que o compromisso com a propaganda não supere o compromisso com a transformação da dura realidade vivida por milhões de pessoas no país.

Para que a miséria de fato seja vencida é preciso garantir proteção integral à família contra desproteções econômicas, sociais e comunitárias que desagregam o núcleo mais importante da sociedade.

Ao contrário do que entende o governo federal, a miséria não pode ser identificada apenas pela ausência de renda. O PSDB defende duas visões e compromissos para enfrentar esta questão:

a) No campo da renda, além da manutenção atual do Bolsa Família, buscamos o que foi pactuado nos Objetivos do Milênio no ano 2000 e que, apesar de anunciado pelo governo federal em 2011, não vem sendo cumprido: que nenhum brasileiro tenha renda inferior a 1,25 dólar/dia.

b) Adotar o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que mede a pobreza a partir das privações de saúdeeducaçãomoradia e qualidade de vida. O IPM leva em conta um conjunto de ausências que vão muito além da ausência de renda.

Minas Gerais foi a primeira unidade subnacional (Estado) do mundo a pactuar com o Pnud, em 2011, o uso do IPM para identificar as famílias e as comunidades em situação de extrema pobreza.

Precisamos mapear os territórios brasileiros e o risco social das famílias. Temos que trabalhar com inteligência e com metas para que possamos afirmar que uma área não tenha mais analfabetos e moradias inseguras, que todas as crianças e adolescentes estão estudando e que todas as famílias são acompanhadas por equipes sociais. Isso, sim, significaria o fim da miséria.

Precisamos construir o caminho para uma verdadeira transparência cidadã em que todos os brasileiros inscritos no Cadastro Único sejam informados anualmente de seus direitos sociais ainda não conquistados. Um sistema direto de informação, com gestão social de um conselho formado por usuários, trabalhadores sociais, gestores e Ministério Público. As famílias precisam conhecer os direitos que não estão vivenciando. Que a criança tem direito a uma vaga na escola, que o adulto pode voltar a estudar e que a moradia em que vivem não está segura.

Todos os brasileiros devem ter o direito de deixar de ser pobres. A pobreza não pode ser uma herança, não pode ser uma condição intransponível.

A superação real da miséria se dará quando de fato as famílias tiverem plena educação, pleno trabalho e autonomia em relação à dependência estatal.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Segurança: Aécio reafirma omissão do Governo do PT

“É lamentável ver um ministro de Estado utilizando o cargo público para falar como militante partidário. Com isso, ele não só diminui o cargo que ocupa”, comentou Aécio.


Segurança Pública


Fonte: Jogo do Poder

Declaração do senador Aécio Neves sobre afirmativas feitas pelo ministro José Eduardo Cardozo


“Disse e repito que o governo federal é omisso no enfrentamento dos desafios da segurança pública no país.

Além dessa constatação, faço outra: é lamentável ver um ministro de Estado utilizando o cargo público para falar como militante partidário. Com isso, ele não só diminui o cargo que ocupa, mas confirma que o PT definitivamente não separa a esfera pública da partidária.

As grosserias do ministro, por maiores que sejam, são insuficientes para esconder a realidade do abandono da segurança pública pelo governo federal e revelam a ausência de argumentos de um governo que se especializou em transferir responsabilidades.

É triste vermos quão desinformado o ministro da Justiça encontra-se, não apenas sobre meu trabalho como senador, mas sobre o do meu partido no Congresso Nacional.

Se melhor informado, ou munido do mínimo de boa fé que o cargo exige, saberia do esforço do PSDB, que discutiu e apresentou, através da atuação do nosso líder, senador Aloysio Nunes, único parlamentar do PSDB indicado como membro da Comissão Especial de Reforma do Código Penal e que representou todos os demais senadores, quase 50 emendas tratando de temas como: prescriçãoprogressão de regime, causas de aumento e redução de penas, penas alternativas, crimes contra a vida, a honra, a administração pública, de corrupçãodrogassistema penitenciário, entre vários outros.

Saberia que tramita, desde 2011, sem apoio da base governista, projeto de lei de minha autoria que proíbe contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário.

É uma pena que o ministro não tenha aproveitado a oportunidade para explicar por que o governo federal participa com apenas 13% dos gastos em segurança pública em todo país. Poderia ter explicado, por exemplo, a pífia execução orçamentária da área e dos fundos de segurança e penitenciário durante seu período como ministro. O Fundo Penitenciário pagou apenas 11% dos recursos nos últimos três anos, apesar da grave crise no setor.

Pena também que o ministro não tenha usado a oportunidade para esclarecer se é verdadeira a denúncia que circula de que, por decisão sua, a Polícia Federal agora é obrigada a avisar previamente ao ministro cada vez que ocorre uma investigação que envolva uma pessoa pública.

O tempo das bravatas acabou. A velha tática de atacar para não ter que explicar já é percebida por todo o país. Por isso, cada vez mais brasileiros exigem mudanças no país.”

Aécio Neves

23 de maio de 2014

Aécio busca proximidade com PMDB no Rio

Pré-candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves elogiou as UPPs, principal vitrine do governo do Estado desde 2007.


Eleições 2014


Fonte: Folha de S.Paulo

Aécio elogia UPPs em busca de apoio do PMDB do Rio


Pré-candidato do PSDB disse que, se eleito, levará programa a outros Estados

Em campanha pelo apoio do PMDB do Rio, o pré-candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, elogiou nesta quinta (22) as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), principal vitrine do governo do Estado desde 2007.

Ele prometeu, se eleito, oferecer mais apoio federal ao programa e levar para outros Estados o seu modelo de policiamento em favelas.

“No nosso governo vai haver, sim, apoio e solidariedade. Estratégia para consolidarmos as UPPs em sua segunda fase, que é levar também a essas comunidades o desenvolvimento social“, disse na zona norte do Rio.

As UPPs foram criadas na gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que renunciou em abril para concorrer ao Senado. Seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), assumiu o governo e tentará a reeleição em outubro.

Os peemedebistas prometem manter a aliança com Dilma Rousseff (PT), mas o presidente estadual do partido, Jorge Picciani, já declarou apoio a Aécio e lançou a chapa “Aezão“, combinando votos em Aécio e Pezão.

O tucano cortejou os peemedebistas durante festa de aniversário de dois políticos do subúrbio do Rio: a vereadora Rosa Fernandes e o deputado estadual Pedro Fernandes, ambos do SDD.

Aécio teve uma passagem relâmpago pela festa: em 25 minutos felicitou os aniversariantes, posou para mais de 30 fotos e subiu ao palco da casa de shows na zona norte.

Intenções de voto: Aécio cresce 7% entre mais pobres, aponta Ibope

Pré-candidato do PSDB, Aécio teve melhor performance dele entre os eleitores mais pobres — com renda entre um e dois salários mínimos.


Eleições 2014


Fonte: O Globo

Dilma sobe entre os mais ricos, e Aécio melhora junto aos pobres


Para especialistas, nova classe média teme riscos; tucano atrai desiludidos

A reação da presidente Dilma Rousseff registrada pela pesquisa Ibope foi alavancada principalmente pelas intenções de voto de um eleitorado que está longe de ser o tradicional do PT. Foi no grupo dos eleitores mais ricos — o que na metologia usada pelo Ibope inclui majoritariamente a classe média brasileira — que Dilma teve seu maior crescimento no último mês. Em sentido oposto seguiu o pré-candidato do PSDBAécio Neves. A melhor performance dele, em comparação ao levantamento de abril, deu-se junto aos eleitores que estão entre os mais pobres — aqueles com renda entre um e dois salários mínimos. Eduardo Campos (PSB) registrou o mesmo ritmo de crescimento nos dois grupos.

Leia também:

Ibope: Aécio é o que mais cresce em pesquisa

O aumento de intenções de voto de Dilma entre os mais ricos e de Aécio entre os mais pobres já havia aparecido na sondagem do Datafolha no início do mês. A pesquisa Ibope vem confirmar essa tendência que, para especialistas ouvidos pelo GLOBO, é curiosa e precisa ser acompanhada de perto nos próximos levantamentos para ter suas causas entendidas.

Segundo o IbopeDilma cresceu 12 pontos percentuais entre os eleitores com renda acima de cinco salários mínimos, passando de 26% em abril para 38% em maio. Com a escalada, ela superou Aécio. No mês passado, os dois estavam empatados nesse segmento. O tucano oscilou um ponto para baixo e tem hoje a simpatia de 25% dos eleitores.

O maior crescimento de Aécio, de sete pontos, aconteceu entre os entrevistados mais pobres, historicamente ligados ao PT. Ele saltou de 10% das intenções de voto para 17%.

Algumas hipóteses foram levantadas para o fenômeno. Para a professora de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos (UfscarMaria do Socorro Sousa Braga, a melhora de Dilma entre os que ganham mais pode ter relação com a nova classe média.

— Esse é o conjunto do eleitorado mais preocupado com a ameaça de retrocesso. Esse é o eleitor mais suscetível ao discurso do medo que o PT levou a TV nos últimos dias — afirmou.

Programa de TV funcionou

Para o professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em marketing político Paulo José Cunha, o avanço de Dilma pode ser explicado também pelo perfil conservador desse eleitorado.

— É um eleitor que até quer mudanças, mas não quer correr riscos.

Já o crescimento de Aécio entre os mais pobres, para Cunha, indica que o tucano “estaria conseguindo conquistar, com o discurso sobre corrupção, os decepcionados com o governo, embora beneficiários de programas sociais”.

Apesar dessas movimentações, Dilma continua tendo no eleitorado mais pobre seu maior capital eleitoral, com apoio de mais de 40% dos entrevistados, enquanto Aécio tem maior adesão entre os mais ricos.

Cientista Político, Rubens Figueiredo atribuiu o crescimento geral de Dilma na pesquisa ao programa exibido pelo PT na semana passada.

— Não fosse a propaganda do PT, que foi impactante, Dilma teria dificuldades para se recuperar.

Aécio: Brasil precisa viver um novo momento

Aécio diz que sentimento de mudança começa a chegar em toda as classes. Segundo o senador, o eleitor quer que Brasil viva novo momento.


Eleições 2014


Fonte: Jogo do Poder

Entrevista do presidente do PSDB, senador Aécio Neves


Assuntos: pesquisa Ibope; manifestações da copa, alianças no Rio

Sobre crescimento em faixas diferenciadas de renda na pesquisa Ibope

A minha percepção é que esse sentimento de mudança que existe hoje no Brasil é crescente, e ele começa a chegar a todas as classes sociais, a todas as regiões do país. Não é algo apenas de um segmento da sociedade brasileira. A razão do nosso crescimento, e o que é mais importante, é um crescimento que se cristaliza em todas as classes sociais, é a demonstração de que o sentimento de mudança é crescente. E esse é o dado mais relevante.

Mais do que o grande aumento de intenção de votos em torno do nosso nome, é esse sentimento consolidado de que o Brasil precisa viver um novo momento. E isso não é na parcela de cima da pirâmide, como alguns gostam de dizer, ele permeia já todas as camadas da sociedade. E esse é o fator, a meu ver, mais relevante e que as próximas pesquisas devem confirmar.

Estou muito feliz, acho que é uma demonstração de que a nossa proposta, a nossa exposição tem, de alguma forma, inspirado setores da sociedade. Vamos continuar trabalhando.

Sobre mudanças e segundo turno apontado na pesquisa Ibope

As mudanças profundas, aquelas que esperamos, vão vir no momento do debate, no momento do confronto de ideias, no momento que mostrarmos um governo que fracassou na condução da economia, fracassou na gestão do Estado, fracassou na condução das políticas sociais. Essas são as marcas, a meu ver, mais claras desse governo. A pesquisa é muito positiva para o conjunto das oposições, aponta de forma sólida para a realização de um segundo turno e espero poder estar lá.

Greves e manifestações preocupam, tendem a ser agravar até a Copa?

É uma preocupação de todos nós. Sempre disse que as manifestações reivindicatóriasmanifestações de segmentos da sociedade, devem ser respeitadas. Inclusive, nossas forças de segurança devem estar preparadas para isso. As manifestações, desde que como expressão de vontade pacífica da sociedade, são absolutamente legítimas e temos que aprender a conviver com isso na democracia. O que temos que diferenciar, e aí, que em defesa da própria sociedade, agir, é quando começa a haver crimes a partir dessas manifestações. Depredação de patrimônio, atentados contra a vida e até mesmo dificuldade no ir e vir das pessoas, que deve ser também garantido.

O esforço das autoridades é, de um lado, garantir e respeitar manifestações pacíficas, mas, também, por outro lado, impedir que elas se transformem em atentados, em movimentos violentos, porque a maior vítima da violência nas manifestações são os próximos manifestantes, que têm causas legítimas e justas a defender. Essas são principais vítimas.

Sobre a possibilidade de paralisação de categorias na Copa

Vamos aguardar o que vai acontecer. O que vejo é que inúmeras demandas que foram apresentadas em junho do ano passado, nenhuma delas foi atendida pelo governo. Seja na melhoria da qualidade do transporte, seja na melhoria da saúde, seja na inibição da corrupção, ao contrário, estamos vendo aí na Petrobras e tantos outros causando indignação à sociedade brasileira. O governo respondeu muito pouco. Mas espero que as manifestações que eventualmente venham a ocorrer ocorram dentro da ordem, ocorram de forma pacífica. Essas têm de ser respeitadas e os governantes, não apenas a presidente da República, todos eles, em todos os níveis, têm de conviver com elas.

Sobre alianças no Rio de Janeiro

Acho que a política é uma arte de administrar o tempo. As coisas estão caminhando naturalmente. As manifestações que tenho recebido espontâneas de apoio no Rio, políticas, de partidos como aqui do Solidariedade, do Pedro Fernandes, partidos como o próprio PMDB, partidos que estão hoje na base de sustentação do governo, como o PSD, o PP do senador Dornelles, isso me estimula muito.

Devemos ter, inclusive, no início de junho, um grande momento, um grande movimento de junção dessas forças que nos apoiam, independentemente da candidatura a governador. Isso me dá uma base muito sólida no Rio. E minha identidade com o Rio, até a minha familiaridade com os problemas do Rio, isso tudo vai facilitar no momento em que tivermos espaço para defendermos aquilo que acreditamos.

Plano de Governo: UPPs

Defendemos o fortalecimento das parcerias, por exemplo, com as UPPs, que acho que foi um grande ganho para a comunidade carioca, e gostaria de coisas parecidas em outras partes do Brasil. Talvez seja a primeira vez que esteja falando sobre isso, mas vamos falar de forma muito clara que no nosso governo vai haver, sim, apoio, solidariedade e estratégia para consolidarmos as UPPs na sua segunda etapa, que é levar também a essa comunidades desenvolvimento social. Levar, a essas comunidades, serviços públicos de qualidade. Essa é a segunda etapa que vai consolidar as UPPs. E quero poder, no futuro, ser um parceiro, qualquer que seja o governador do Rio, qualquer que seja o governador de outras metrópoles que tenham populações nessas regiões, para que esse modelo possa ser ampliado e consolidado. A segunda etapa, a meu ver, é essa. Serviços públicos de boa qualidade e avanços sociais como educaçãosaúde.

O governo federal poderia ser um parceiro nas UPPS?

Acho que pode ser um parceiro ainda mais vigoroso na consolidação das UPPs, que é um avanço inquestionável.

Aécio: projeto incentiva o investimento na educação de empregados

Projeto de lei 697, que tramita há três anos, prevê a educação no Imposto de Renda a empresas e pessoas físicas


Aécio: incentivo à educação


Aprovado projeto de lei de Aécio Neves que cria educação no IR de empresa ou empregador que investir na educação de funcionários


Fonte: PSDB

Proposta poderá beneficiar empregado doméstico

Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta terça-feira (20/05), proposta do senador Aécio Neves que incentiva o investimento na educação de empregados.

O projeto de lei 697, que tramita há três anos, prevê a educação no Imposto de Renda devido pelas empresas e pessoas físicas dos valores gastos na educação de seus funcionários.

A proposta estabelece que o valor gasto com o fornecimento de ensino aos empregados, em qualquer área do conhecimento ou em qualquer nível de escolaridade, pode ser descontado do Imposto de Renda, seja mensalidade, matrícula ou fornecimento de material de estudo, seguindo a mesma regra hoje vigente para educação de dependentes.

Benefício estendido a quem custear educação de empregados

A proposta do senador Aécio Neves já havia sido aprovada na Comissão de Assuntos Sociais. Durante o debate sobre o projeto, o benefício da educação no IR foi estendido à pessoa física que comprovar gastos com a educação de empregados. Assim, despesas com educação de trabalhadores domésticos também serão contemplados.

22 de maio de 2014

Saúde: Aécio defende piso salarial

Aécio Neves votou pela aprovação do piso salarial nacional para os agentes comunitários de saúde, com jornada de 40 horas semanais.


Aécio Neves: saúde


Fonte: PSDB

“Poucos projetos têm o alcance social desse”, diz Aécio sobre piso salarial aprovado para agentes de saúde


Proposta foi aprovada pelo Senado nesta quarta

senador Aécio Neves defendeu e votou pela aprovação, na noite desta quarta-feira (21/05), do piso salarial nacional para os agentes comunitários de saúde, com jornada de 40 horas semanais, aprovado por unanimidade pelo Senado. O PLS 270, de 2006, fixa o piso em R$ 1.014 e já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto segue agora para sanção presidencial.

“Poucos projetos têm o alcance social desse, que permite o estabelecimento de um piso salarial profissional para os agentes comunitários de saúde. A todos aqueles que se envolveram, que participaram dessa discussão, mas em especial aos agentes comunitários de saúde e aos seus representantes, uma saudação e um cumprimento. Foi a mobilização de vocês, a luta de vocês e a seriedade no trabalho que vocês desenvolvem por todo Brasil que permitiu que essa questão fosse tratada como tem sido tratada nessa Casa. Parabéns aos agentes comunitários de saúde. Essa é apenas uma etapa”, disse.

Aécio Neves destacou o crescimento no efetivo dos agentes comunitários de saúde, fundamentais para a saúde pública dos brasileiros, sobretudo no interior, durante o governo do PSDBAécio Neves também lembrou a ampliação do Programa Saúde da Família, do qual os agentes fazem parte hoje.

Em 1994, o Brasil tinha apenas 328 equipes do PSF, número que saltou para 16.567 em 2002, crescimento de impressionantes 4.978%. Dos 29 mil agentes comunitários de saúde existentes em 1994, o número cresceu para 173 mil em 2002. Um aumento em torno 500% apenas naquele período. Infelizmente, esse crescimento não ocorreu no período subsequente. Nesse período mais recente, o número de agentes comunitários em municípios atendidos cresceu apenas 35% em agentes e apenas 6% dos municípios.

Faço esse registro histórico para dizer que essa construção feita faz justiça – não ainda toda ela – a profissionais que vêm, ao longo de suas vidas, salvando vidas por todas as partes, sobretudo das regiões mais pobres do país”, disse Aécio Neves.

Aécio tem maior crescimento, diz Ibope

Segundo o Ibope aumentam as chances de segundo turno e começa a diminuir o número de votos nulos e brancos. Dilma tem a maior rejeição


Eleições 2014: Dilma se recupera após propaganda, mas adversários sobem mais,mostra a pesquisa


Fonte: O Estado de São Paulo


Presidente sobe de 37% para 40%, mas Aécio e Campos têm maior crescimento, e diferença da petista para rivais cai para 4 pontos


A sequência de programas partidários na TV despertou mais eleitores para a eleição presidencial e derrubou a parcela de votos brancos e nulos, que estava no patamar mais alto da história recente. Última a aparecer na propaganda, Dilma Rousseff (PT) melhorou de 37% para 40% sua taxa de intenção de votos entre abril e maio, segundo pesquisa Ibopedivulgada nesta quinta-feira, 22. Seus adversários diretos, porém, cresceram maiso que eleva as chances de segundo turno.

No cenário com a lista dos oito pré-candidatos que já manifestaram intenção de concorrer, Aécio Neves (PSDB) subiu de 14% para 20% e Eduardo Campos (PSB), de 6% para 11%. A vantagem que Dilma tinha sobre a soma dos adversários diminuiu de 13 pontos porcentuais para apenas 4. Para se reeleger já no primeiro turno, ela precisará da maioria absoluta dos votos válidos (metade mais um) em outubro.

A pesquisa mais recente do Ibope foi feita entre os dias 15 e 19 de maio. No dia 13, o PT começou a exibir na televisão uma polêmica peça de propaganda com o mote “O Brasil não quer voltar atrás”, na qual exaltou o risco da “volta dos fantasmas do passado”, entre eles o do desemprego. Na noite do dia 15, o partido teve 10 minutos em rede no horário nobre, no qual levou esse vídeo de novo ao ar, além de discursos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A pesquisa atual do Ibope também capta os efeitos do programa de 10 minutos do PSDB, exibido no dia 17 de abril. O levantamento anterior do instituto havia sido encerrado no dia 14, três dias antes de os tucanos ocuparem o horário nobre para promover Aécio. Já o PSB de Campos foi à TV no fim de março.

Com essa invasão da propaganda partidária nos meios de comunicação, a soma de quem pretendia votar em branco, anular ou não sabia responder despencou entre as pesquisas Ibope de abril e maio. Foi de 37% para 24% e voltou ao patamar histórico esperado para esta época da campanha eleitoral.

Foi na faixa do eleitorado com renda superior a 5 salários mínimos que Dilma se recuperou mais. Nesse grupo, a presidente foi de 26% a 38% das intenções de voto, enquanto Aécio oscilou um ponto para baixo, de 26% para 25%. Nas demais faixas de renda, Dilma tem pior desempenho entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos. Apenas 35% desses eleitores pretendem votar na presidente. Seu melhor desempenho é entre os mais pobres: 56% dos eleitores que ganham até 1 salário mínimo por mês declaram voto na petista.

No corte por regiões, Dilma vai pior no Sudeste, seguindo a tradição dos candidatos petistas desde 2006. Ela tem hoje 33% das intenções de voto na região, contra 24% de Aécio e 8% de Campos. É no Nordeste que Dilma e Campos se saem melhor, com 51% e 15%, respectivamente. Aécio tem 11% entre os nordestinos.

Dilma ampliou sua taxa de intenção de votos no último mês, mas não conseguiu reduzir a parcela do eleitorado que não admite votar nela de jeito nenhum  –  o porcentual ficou estável, em 33%. Já a situação de seus adversários melhorou: a rejeição a Aécio caiu de 25% para 20%, e a Campos, de 21% para 13%.

A pesquisa ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%  –  ou seja, há 95% de probabilidade de os números retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi custeado pelo próprio Ibope e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-00120/2014. / COLABORARAM RODRIGO BURGARELLI E DIEGO RABATONE

Segurança pública: Aécio critica Governo Dilma por ineficiência

Aécio Neves: em entrevista ao Poder e Política , da Folha e do “UOL”, o pré-candidato do PSDB defendeu posições modernas de gestão


Senador defendeu repasses mensais de verbas de segurança para os Estados


Fonte: Folha de S.Paulo

ENTREVISTA – AÉCIO NEVES

Governo federal é omisso na área de segurança pública


PRÉ-CANDIDATO DO PSDB AO PLANALTO DEFENDE REFORÇAR O PAPEL DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA NA POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO AO CRIME NO PAÍS

FERNANDO RODRIGUES

Pré-candidato a presidente pelo PSDB, o senador Aécio Neves tem calibrado seu discurso para um tom cada vez mais duro na área de segurança pública. É uma tentativa de se apresentar de maneira diferente em relação a seus adversários diretos na corrida pelo Planalto.

Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do “UOL”, Aécio disse que, se eleito, pretende reduzir o número de ministérios dos atuais 39 para 21 ou 22. Deseja também redefinir a função de algumas pastas. Fala em renomear o Ministério da Justiça com o complemento “e da Segurança Pública“, enfatizando a necessidade de combater o crime em todo o país.

É uma resposta do tucano a uma das principais preocupações dos eleitores, captadas por várias pesquisas de opinião. Ao adotar essa narrativa, tenta também surfar num momento de intensas manifestações de rua, muitas com atos de violência.

O senador quer que os repasses de recursos federais para uso em segurança sejam mensais e compulsórios para os Estados, “que poderão planejar os seus investimentos”. O tucano diz que nos oito anos em que governou Minas Gerais (2003-2010) ficou esperando recursos para construir penitenciárias. “Sabe quando vieram? Nunca”.

“Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública“, acusa.

Aécio, 54 anos, também é a favor da redução da maioridade penal para adolescentes de 16 a 18 anos que cometem crimes graves ou são reincidentes. “Não podemos fazer como o governo do PT: virar as costas”. Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) são contra essa medida.

O tucano acha necessário trazer a inflação anual para o centro da meta, que é de 4,5%. Esse objetivo seria atingido gradualmente, até 2018.

Afirma ser contra uma lei para formalizar a independência do Banco Central. Promete submeter diretores de agências reguladoras ao escrutínio de um órgão externo.

Se eleito, repete, manterá o Bolsa Família e a política de conceder reajustes acima da inflação para o salário mínimo. Não elabora, entretanto, a respeito de como resolver a vinculação do mínimo aos benefícios da Previdência.

Sobre José Serra ser seu candidato a vice-presidente, responde ser “uma possibilidade”.

Sobre drogas ilícitas, é contra a descriminalização. Relata ter fumado maconha no passado. “Quando tinha 18 anos, experimentei maconha e ficou por aí. E não recomendo que ninguém faça”.

A seguir, trechos da entrevista:

Folha/UOL – Se eleito, qual será a meta de inflação?
Aécio Neves - 4,5%. A presidente da República sempre tratou com indiferença o centro da meta. Focou no teto da meta.

Explique melhor. O centro da meta, ao longo de quatro anos, continuará sendo 4,5%?
Continua sendo 4,5% ao longo de quatro anos. É claro que, no horizonte de dois mandatos, é razoável imaginar que possamos ter uma inflação de país desenvolvido, em torno de 2,5%, 3%.
O centro da meta é o primeiro grande objetivo. [Depois], diminuição da banda, que hoje é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Acho possível reduzirmos isso para 1,5 ponto percentual -até chegar no final do mandato, para 1 ponto percentual de variável.
Esse é o objetivo final de um projeto de governo? Não. Mas o objetivo realista, hoje, é nos próximos dois, no máximo três anos, termos a inflação alcançando o centro da meta.

E reduzir a banda de flutuação de dois pontos percentuais para até um ponto?
Para até um ponto.

E qual deve ser a trajetória da taxa de juros ao longo dos próximos quatro anos?
Sempre declinante. A diminuição da taxa de juros é consequência, em grande parte, do ambiente adequado que você cria no Brasil para atração de investimentos, para a competitividade da nossa economia. Quero ter gradualmente a taxa de juros caminhando em sentido declinante.
Quando nós falamos de mercado, nós temos que vencer essa época dos juros favorecidos, dos juros seletivos para setores da economia. Resumindo, no futuro próximo, teremos juros do BNDES para o conjunto da economia

Mas se o sr. quer a inflação declinante, a taxa de juros teria de se manter no nível atual, ou até mais alto, para forçar a queda dos preços…
Aposto na criação de um ambiente adequado para a retomada do crescimento em bases sólidas. No momento em que melhorarmos a oferta, tivermos uma recuperação do parque industrial brasileiro, tudo isso contribui para que haja menos pressão inflacionária que nós estamos vivendo hoje.

O sr. considera exequível um cenário no qual inflação e taxas de juros sejam declinantes?
No médio prazo, sim.
Nós precisamos sinalizar. Inflação é, sobretudo, sinalização. Acho possível sinalizar de forma clara ao mercado. Primeiro lugar: guerra ao custo Brasil. Essa é uma obsessão de um próximo governo nosso. Passa pelo início de um processo imediato de simplificação do sistema tributário, um grande choque de infraestrutura no Brasil, sem preconceitos com o setor privado. Ao contrário, vamos atrair o setor privado para participar conosco, seja em concessões, seja em parcerias público-privadas, onde esse investimento seja necessário para garantir o aumento da competitividade de quem empreende no Brasil. Isso acontecendo, acho que criamos um ambiente favorável, inclusive para o declínio da taxa inflacionária.

O Banco Central deve ter a sua independência de atuação ampliada? Se sim, como?
Deverá ter a independência formal garantida.

Em lei?
No primeiro momento, não acho necessário. Uma resolução presidencial determinará que o Banco Central tem a missão de controlar a moeda, de controle da inflação

…Mas isso já tem…
…E de manter saudável o nosso sistema financeiro. Essas são as missões do Banco Central.
Um governo com o perfil do nosso governo, que não é um governo intervencionista como o atual, é suficiente para garantir essa autonomia. Não me fecho a uma discussão, lá adiante, de uma eventual autonomia em lei. Não acho que isso seja necessário, porque é a autoridade presidencial que vai garantir que essa autonomia seja exercida permanentemente.

Se eleito, quais reformas seriam prioritárias no seu governo?
A primeira delas é a reforma política. É a base para qualquer outra.
Ou nós recuperamos a capacidade de negociação com partidos políticos, com forças que tenham expressão na sociedade, ou nós vamos estar cada vez mais distantes das reformas constitucionais.

Cite dois ou três itens pontuais da reforma política que considera essenciais.
Vou falar três. A introdução da cláusula de desempenho. É algo complexo, polêmico, mas acho necessário. Você pode criar um partido político, ele pode ter seu funcionamento civil, mas para ter acesso ao Fundo Partidário, para ter acesso ao tempo de televisão, tem que, no prazo que vai se estabelecer, [atingir um] percentual mínimo de votos.

Qual deve ser o desempenho exigido?
Quando nós aprovamos lá atrás [na década de 1990; mas o STF derrubou a regra] eram 5% dos votos para deputado federal no país e 3% em pelo menos nove unidades da Federação. Acho que esse ponto pode ser calibrado para baixo.

Quanto, mais ou menos?
Poderia ser alguma coisa em torno de 3% no geral e 2% em pelo menos nove Estados.

Nesse cálculo, ficariam de seis a sete partidos no Congresso?
De seis a sete, no máximo. Algo absolutamente razoável em um país como o Brasil.

E os outros pontos da reforma política?
O segundo é o voto distrital misto com lista partidária. Metade do Parlamento eleito por distritos, nos quais você cria uma relação direta do representado com o representante. Poderá cobrar dele conhecimento sobre a realidade local, econômica, de infraestrutura, de educação. Aproxima o Parlamento da realidade das várias regiões brasileiras. A outra metade das vagas seria preenchida pelas listas partidárias. Isso fortalece os partidos políticos e permite que nomes que não tenham base territorial, base geográfica, mas cuja presença no parlamento seja importante, representantes do segmento da cultura, economistas qualificados, grandes juristas, possam estar no debate parlamentar criando um bom equilíbrio.

Esse é o segundo ponto. E o terceiro?
Cinco anos de mandato para todos os cargos, sem reeleição.

E coincidência de mandatos?
Coincidência de mandatos para todos os cargos. Um ano de eleição e quatro anos para trabalharmos pelo Brasil.

O sr. imagina ser possível aprovar esses três pontos de uma vez? Ou tem de ser um de cada vez?
Não acho que as maiorias sejam as mesmas para aprovar cada um desses temas, mas acho que é possível.
Acredito que um Congresso recém-eleito, sintonizado com o sentimento da sociedade, tende a caminhar na direção daquilo que foi aprovado pelos eleitores.

Essas suas três propostas para reforma política, se aprovadas, terão efeito ao longo de tempo. Como o sr. trabalhará durante os primeiros anos do seu eventual mandato, se eleito, para aprovar reformas econômicas? O Congresso ainda estará igual…
Acredito muito nas medidas tomadas no início de governo. Se eu tive êxito no meu governo em Minas Gerais, se saí do governo de Minas com alta aprovação, não é pelo que eu fiz nos primeiros seis meses. É pelo que fiz nos primeiros dias de governo.
Acabarei com metade desses ministérios que aí estão. Criarei uma secretaria extraordinária para simplificação do sistema tributário.
Essa comissão terá prazo de no máximo 60 dias para apresentar ao Congresso Nacional um projeto de simplificação do sistema tributário atacando fundamentalmente os impostos indiretos. Hoje, o conjunto das empresas brasileiras gasta mais de R$ 20 bilhões anualmente apenas para a máquina pagadora, para operacionalizar a máquina de pagamento. É isso que vai nos permitir, a médio prazo, um espaço fiscal para caminharmos na direção da diminuição da carga horizontalmente.

O sr. não chama de reforma tributária e fiscal. Chama de simplificação. Por quê?
Porque a reforma tributária será feita em dois momentos. O primeiro, realista, é a simplificação do sistema tributário.

Tem um exemplo prático?
Hoje tem um emaranhado de impostos indiretos que se sobrepõem. Tem brigas de ICMS, questão ainda grave.

Para alterar ICMS é preciso acordo de todos os Estados. É difícil…
Por isso que não foi feita até aqui.

Então, como faz?
Em um primeiro momento, a simplificação do sistema tributário torna mais fácil o pagamento de impostos. Nós temos o sistema mais complexo hoje, acho, do mundo.

O sr. mencionou que diminuiria à metade o número dos atuais 39 ministérios. Como e quando faria isso?
Na largada.

Mas serão 20 ministérios?
Existe um estudo da Universidade Cornell em mais de 120 países que indica que os governos que apresentam melhores resultados são aqueles que têm entre 21 a 23 ministérios. Isso serve como parâmetro. Alguma coisa por aí. Não preciso fixar hoje. Serão 21, 22. Alguma coisa por aí.
Vamos transformar o Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Em primeiro lugar, com a proibição do contingenciamento dos fundos setoriais. Nós vamos fazer com que os recursos dos fundos penitenciários, do Fundo Nacional de Segurança, tenham o mesmo tratamento, por exemplo, que os recursos da educação. Eles terão de ser transferidos por duodécimos [compulsoriamente] para os Estados, que assim poderão planejar os seus investimentos. Nós vamos construir uma política nacional de segurança pública, que não existe hoje.

Como será essa política nacional de segurança pública?
87% de tudo que se gasta em segurança pública no Brasil hoje vêm dos Estados e municípios. Apenas 13% da União. A União, que tem responsabilidade de cuidar das nossas fronteiras, de coibir o tráfico de drogas e o tráfico de armas, é, hoje, quem menos gasta.
No conjunto dessa nossa proposta estará uma profunda e ágil reforma do Código Penal para diminuir a sensação de impunidade, que hoje existe na sociedade brasileira, e do Código de Processo Penal. Hoje, para ser preso no Brasil tem que fazer um esforço enorme se não for pobre. A verdade é essa. Quem tem um advogado tem possibilidades de chicanas que impedem que efetivamente cumpra sua pena.
governo do PT não tem permitido o avanço de proposta de reforma do Código Penal e nem do Código de Processo Penal.

É a favor da redução da maioridade penal?
Eu apoiarei a proposta do senador Aloysio Nunes [Ferreira, do PSDB de SP] que permite, se solicitado pelo Ministério Público ligado à criança e ao adolescente, ao juiz decretar, em casos gravíssimos, ou em reincidências de casos graves de jovens de mais de 16 anos, que possam responder pelo atual Código Penal. São os casos dos Champinhas da vida, do jovem de 16 anos que matou a namorada e expôs as fotos da na internet, como se fosse um grande feito.
É um conjunto de medidas que nós pretendemos tomar. E a solidariedade do governo federal no enfrentamento dessa questão.

Como funcionaria esse Ministério da Justiça e da Segurança Pública?
Falta ao Ministério da Justiça uma função clara e definitiva que é a de coordenar. Uma política nacional de segurança pública.
Fui governador de Minas Gerais. Sei quanto isso faz falta ao Brasil. Todas as ações para as quais buscava solidariedade no governo federal, buscava na Senad [Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas], em uma secretaria, geralmente com alguém que não tinha capacidade de decisão.
Há um projeto que apresentei em 2011 no Senado Federal. O PT ainda não deixou votar, impedindo o contingenciamento desses recursos. No período da presidente Dilma, do FupenFundo Penitenciário, sabe quanto que foi executado? 11%. Esse não é um governo que prioriza a questão da segurança pública. É um jogo de transferir responsabilidade para os Estados.

Na prática, o Ministério da Justiça vai trocar de nome. Vai virar Ministério da Justiça e Segurança Pública?
Segurança pública porque vai assumir responsabilidade de coordenar uma política de segurança pública. Vai coordenar esse grupo de trabalho que já existe no Congresso Nacional.

Mas segurança pública não é responsabilidade das cidades e dos Estados? Como o governo federal poderá atuar, uma vez que isso é atribuição direta dos Estados?
Você está dando voz para o que diz o PT. É o que o PT diz sempre: “Isso não é problema nosso”. E nós estamos aí com essa epidemia do crack matando gente todos os dias, esfacelando famílias, a criminalidade crescendo.
Claro que num país como o Brasil essa visão é equivocada. O que condicionalmente é dos Estados? Financiamento, planejamento. Governei Minas por oito anos. Fiquei oito anos esperando recursos do Fundo Nacional de Segurança e fundo penitenciário para construir penitenciárias. Sabe quando vieram? Nunca. Por quê? Porque o governo federal virava as costas. Achava que não era com ele.
Nós vamos sentar com os Estados. Nós sabemos que as realidades são diferentes em cada uma das regiões, mas de forma republicana e nos dispondo a fazer parceria.

O sr. está dizendo que falta protagonismo do governo federal?
Falta a liderança que o governo federal tem a responsabilidade de exercer.
Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública. Nós queremos um ambiente novo onde haja capacidade de o governador saber a cada mês com quanto vai contar do governo federal a partir de determinada estratégia montada. Ele vai definir se ele vai investir em inteligência, em armamento, em aumento de contingente, em viaturas, em outras parcerias com os municípios. Não existe hoje. Esse recurso de segurança fica até o final do ano contingenciado. Os amigos do rei vão lá, ou da rainha, soltam alguma coisa e o resto vai para o superávitSegurança pública será tratada como prioridade um de um governo que quer transformar o Brasil. E é o que o nosso governo quer fazer e vai fazer.

Alguns especialistas argumentam que reduzir a maioridade penal, como o sr. defende, é uma ideia regressiva. Não resolve. Como o sr. responde?
Estou falando de algo extremamente sério. Estou falando de 2%, dos crimes violentos, reincidentes cometidos por adolescentes de 16 a 18 anos de idade. Isso vem crescendo ao longo do tempo. Deixar como está? Não acho adequado. Não estou acabando com a maioridade penal. Ela existe e continuará existindo para 98% dos casos. Mas existem casos extremamente graves que precisam ser enfrentados com a gravidade devida.
Tenho um projeto que triplica a pena para quando jovens de 16 a 18 anos são utilizados para o cometimento de crimes. Quando uma quadrilha leva um jovem a praticar o crime, o menor sempre assume o crime mais grave porque é coagido a fazer isso. Os outros pegam a pena menor. [Com o meu projeto], qualquer quadrilha na qual estiver um jovem, o maior de idade terá a sua pena agravada, dependendo do caso, em até três vezes. Nós temos que reagir ao que está acontecendo hoje. Não podemos simplesmente fazer como o governo do PT vem fazendo, virar as costas do ponto de vista do financiamento, não se dispor a arbitrar essas questões.

A atual política para o salário mínimo, com reajustes acima da inflação, é a ideal e deve ser mantida?
O ganho real do salário mínimo será mantido. Essa é a política. Para impedir que fosse mais um vez utilizada de forma eleitoreira, o líder do meu partido na Câmara Federal, Antônio Imbassahy [PSDB-BA], assinou uma proposta que prorroga até 2019 essa política.

O reajuste do salário mínimo tem vínculo com outros reajustes que ocorrem na economia, sobretudo no caso da Previdência. Como resolver isso?
É um desafio. Temos hoje uma caixa preta na Previdência. No começo do ano, o ministro da Previdência disse que o déficit da Previdência era de R$ 50 bilhões. O ministro da Fazenda chamou a atenção e disse que era de R$ 40 [bilhões]. Demitiram o funcionário que tinha apontado esse outro número. Não dá para entrar em detalhes. Não há nada mais inconfiável no Brasil do que dados desse governo.

Mas hoje existe a vinculação do reajuste do salário mínimo com os benefícios da Previdência. Deve ser mantida essa vinculação?
Não está no nosso norte, não está na nossa bússola, mexer nisso.

Mas é sustentável?
Espero que sim. Não vou aqui avançar em detalhes de políticas que nós vamos tomar sem conhecer efetivamente os números do governo. Seria uma irresponsabilidade da minha parte. Até porque o rombo pode ser até maior do que se imagina.
O grande desafio é conhecermos efetivamente qual é o déficit real da Previdência.

Sobre reduzir ministérios, algumas pastas têm a simpatia de grupos de grupos específicos na sociedade: Secretaria da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, das Mulheres. Esses são os mais prováveis para serem cortados?
O que é importante é que tenhamos políticas públicas para inúmeros setores da sociedade que se sintam contemplados -e não necessariamente o status ministerial dado a alguém.
Os ministérios hoje não servem à população brasileira. O ministério não serve as pessoas ligadas à pesca, a pessoas que se preocupam com infraestrutura, a pessoas vinculadas a causas das minorias. Servem a pessoas individualmente. Os ministérios hoje servem para que o governo construa uma base política, ganhar alguns segundos de televisão para tentar vencer as eleições.
Se vencer as eleições, inverterei essa lógica. Os ministérios terão metas para serem alcançadas. Fiz isso em Minas. Em Minas, 100% dos servidores têm meta para serem alcançadas.

A convenção do PSDB está marcada para o dia 14 de junho, quando o sr. deve ser indicado candidato a presidente. O candidato a vice-presidente será escolhido até essa data?
Poderia ser até o dia 30 de junho, mas pretendo definir até o dia 14. O que me deixa feliz é ter o PSDB completamente unido nessa caminhada.
Temos muitos nomes que estão sendo apontados. Extremamente qualificados. Se eu citar um eu vou excluir outro. Tem cinco ou seis nomes recorrentemente citados e que poderiam honrar qualquer governo e qualquer trajetória eleitoral. Essa não será uma decisão individual do candidato. É uma decisão desse conjunto de forças que está no nosso entorno e será feito sem traumas. Acredito muito nas coisas naturais da política. São as que dão resultado.

O ex-governador de São Paulo José Serra foi citado como um possível candidato a vice-presidente. No domingo (18/5), ele publicou uma nota dizendo que não postula esse cargo. Existe ainda a possibilidade de José Serra vir a ser o seu candidato a vice-presidente?
Você me dá oportunidade de registrar aqui mais um gesto de grandeza de José SerraJosé Serra é um dos mais preparados e qualificados homens públicos do Brasil. Quem não gostaria de ter Serra no seu palanque? Quem não gostaria de ter Serra na formulação de um programa de governo e mesmo na execução desse programa de governo? Eu quero muito tê-lo. Tenho certeza que ele estará. Essa questão [de Serra ser o candidato a vice-presidente] não surgiu por uma motivação ou por uma iniciativa dele. O nome dele acabou sendo colocado, recebi isso com muita honra, pela imprensa. Ele fez um gesto publicamente em Cotia [SP], na última sexta-feira [16/5], quando estivemos juntos em um grande evento partidário: “Contem comigo, estou aí Aécio para estar ao seu lado para encerrarmos esse ciclo e mudarmos o Brasil, qualquer que seja a posição”. Ele disse isso com absoluta clareza e eu recebo esse gesto como um gesto de grandeza política de um grande homem público.

Mas o sr. acha que ele poderia ser o seu candidato a vice-presidente?
É uma possibilidade colocada. Nunca conversei com ele sobre essa possibilidade. Ele acena com a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara ou no Senado. Onde ele estiver, seja vice, seja na Câmara ou no Senado, para a tristeza dos nossos adversários, ele estará ao nosso lado. Estaremos juntos para ganhar a eleição e para governar, porque não vejo um futuro governo nosso sem a presença importante e decisiva de José Serra.

O sr. ligou para Serra depois que ele publicou a nota no domingo (18/5) a respeito desse tema?
Até meus telefonemas privados você quer saber [risos]? Converso muito mais com o Serra do que você imagina.

Mas ligou?
Nossa relação tem um ponto de convergência: o interesse público, o interesse do país. Isso é muito mais relevante do que qualquer visão diferente.
No tucanato reina a tranquilidade e a paz absoluta.

Mas falou com ele depois de domingo?
Tenho falado sempre com ele.

Nesta semana, em Minas Gerais, o sr. esteve junto com o ex-governador, ex-senador e ex-deputado Eduardo Azeredo, réu no chamado mensalão mineiro ligado ao PSDB. Isso o incomoda?
De forma alguma. Conheço Eduardo há muitos anos. O Eduardo é um homem de bem. Está tendo a oportunidade de se defender. Não vamos ocupar aqui o papel da Justiça. Vamos deixar que ele se defenda.
Temos que ter o respeito de deixar o Eduardo se defender na Justiça. Só que eu não agirei como agiram ou agem as lideranças do PT. Se alguém amanhã for condenado pela Justiça, se cometer alguma ilicitude -não estou dizendo que ele cometeu-, ele não será transformado em herói nacional pelo meu partido. Pelo contrário, cumprirá eventualmente a pena se for condenado. Mas há hoje no entorno do Eduardo uma enorme expectativa pela sua absolvição.

Ele deve participar ativamente da sua campanha?
Da forma que ele quiser.

Ele é bem-vindo?
Olha, ele é. Ele é um homem de bem. A forma de participar o Pimenta [da Veiga] que vai dar, pois é candidato a governador em Minas Gerais.

Em Minas Gerais havia um pré-acordo entre o sr. e o seu adversário do PSB na disputa pelo Planalto, Eduardo Campos. O PSB poderia apoiar o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais. Há indicações de que isso não vai ocorrer. Por que isso aconteceu? Isso significa uma mudança de relacionamento entre o sr. e Eduardo Campos?
Da minha parte, não. Tenho visto algumas notícias, mas para mim vale o entendimento que nós fizemos dessa aliança do PSB com o PSDB em Minas Gerais. É uma coisa natural. O que não seria natural é uma ruptura a partir de um interesse eleitoral. Aí não sei como seria recebido pela sociedade.

Alguns colegas seus têm dito que há um certo sinal de traição do PSB, em Minas Gerais. O sr. vê assim?
Não vi nenhuma movimentação concreta da direção do partido ainda. Terem postulantes discutindo o quadro local é muito natural. As últimas conversas que tive com Eduardo, o sentimento que eu colhi dele. Até me disse isso o ex-governador Anastasia, há poucos dias que estive com ele em Belo Horizonte, que esse era o caminho natural. Até porque uma ruptura penalizaria fundamentalmente o próprio partido [PSB] que teria dificuldades de eleger parlamentares. Da minha parte, não mudou nada.

Estou me dispondo a conduzir algumas forças políticas para enfrentar o governo que está aí porque acredito que isso é bom para o Brasil. Vou fazer isso no limite das minhas forças, com todo o meu vigor. Não vou me distrair ao longo do caminho. Não vou cair na armadilha do PT de querer dividir as oposições. Esse é um esforço permanente que faz o governo.
O que me faz estar andando pelo Brasil, reunindo as figuras mais talentosas, as cabeças mais qualificadas, é podermos construir um projeto alternativo a esse que está aí. E os meus compromissos eu vou honrá-los todos.

Quais programas sociais, caso o sr. seja eleito, seriam mantidos?
Apresentei há algum tempo um projeto que transforma o Bolsa Família em programa de Estado. O Bolsa Família é a unificação do Bolsa Escola e do Bolsa Alimentação que vieram do PSDB. Hoje, o governo do PT prefere que ele seja um programa coordenado por uma secretaria, dentro de um ministério, para poder a toda véspera de eleição praticar o terrorismo usual de que o programa vai ser extinto.
Fiquei sabendo no final de semana que um senador da República, da base governista, fez uma declaração: “Olha, o candidato fulano de tal -no caso, eu- vai acabar com o Bolsa Família“. Coisa mais primária da política pequena, da política dos grotões, da política atrasada que o Brasil não merece mais viver. Mas é o retrato de que essa é uma estratégia de campanha deles. O Bolsa Família será continuado, será aprimorado. Até porque para nós ele é um ponto de partida. Para o PT, é só um ponto de chegada. Essa é a diferença que temos de visão.

O programa Mais Médicos será mantido?
programa Mais Médicos é um programa circunstancial, temporal. O Mais Médicos continuará, mas nós não faremos a discriminação que hoje o governo federal faz em relação aos médicos cubanos. Na nossa avaliação, eles têm os mesmos direitos e têm que ter a mesma remuneração dos médicos de outras partes do mundo.
Nós temos que enfrentar a questão da saúde de forma mais orgânica, de forma mais ampla. Nesses três últimos anos o governo do PT permitiu que 13 mil leitos hospitalares fossem extintos. O que defendo é mais saúde. Defendemos progressivamente o aumento da participação do governo federal no financiamento da saúde.

Quanto o governo deve investir do Orçamento em Saúde?
A nossa proposta é que possa chegar a 10%.

Do Orçamento?
Do Orçamento.

Não é muito engessar 10% do Orçamento com um item apenas?
Não, desde que o dinheiro seja aplicado com eficiência.

Mas com eficiência não dá para dar conta com o dinheiro atual?
Não. Nós temos que nos preocupar em criar mais vagas nas escolas de medicina espalhadas pelo Brasil. Elas vieram diminuindo ao longo desses anos. O governo do PT não percebeu. Acho importante que nós discutamos uma carreira para os médicos, uma carreira federal. Estamos com um grupo extremamente qualificado de pessoas discutindo a segunda etapa do programa Mais MédicosMais Médicos não é a solução para o problema da saúde brasileira.

Se eleito, como o sr. pretende nomear os diretores das agências reguladoras?
Meritocracia, e ponto. Em Minas Gerais eu fiz isso.

Nenhum deputado ou senador poderá indicar diretor de agência?
Não vai passar nem perto. Nem ministro nem diretor de nada. Essa não é a lógica que funciona. Nós temos que inverter isso de forma definitiva. Essa lógica perversa de os espaços públicos serem feudos de grupos partidários, de grupos dentro dos próprios partidos.

Ou de grupos econômicos também?
Também, o que é mais grave. Ou tão grave. Criei uma regra muito positiva. Para ocupar um cargo na área financeira ou administrativa, na administração direta do Estado [em Minas Gerais], você tem que passar por uma certificação feita por um órgão externo ao Estado. No nosso caso, a Universidade Federal de Minas Gerais. Todos os nomes indicados para as agências terão que passar por essa qualificação. Por essa avaliação, para estarem disponíveis.

O sr. é a favor ou contra a manter as atuais regras e a legislação a respeito da prática do aborto?
As regras atuais. Já respondi isso mais de uma vez.

Se o Congresso flexibilizar as regras atuais e dar à mulher o direito de decidir, o sr, se eleito, seria contra?
Essa é uma decisão do Congresso Nacional. Na minha concepção, já respondi isso mais de uma vez, as regras atuais são adequadas e suprem as nossas necessidades no momento.

O que o sr. acha de casais gays terem o direito de adotar e educar uma criança?
Tudo que envolver afeto e condições adequadas e, obviamente, assistentes sociais, profissionais do setor que vão fazer essa avaliação, eu não me oporia.
Defendo uma facilitação do processo de adoção no Brasil, inclusive no que diz respeito ao poder pátrio, que é o que engessa, impede que as crianças sejam colocadas mais cedo para adoção.

Casais homoafetivos poderiam então adotar?
Se houver, por parte dos profissionais da área, avaliação de que há condições adequadas desses casais criarem a criança, talvez ela fique ali melhor do que nos abrigos e nos albergues.

O Supremo já decidiu, por maioria, mas ainda não terminou de julgar, que financiamento de empresas a políticos deve ser banido. O sr. tem posição sobre isso?
Acho que o fim do financiamento privado teria que ter uma relação com o fortalecimento dos partidos. Era importante que nós avançássemos pelo menos na lista partidária, ou pelo menos uma parcela dos parlamentares eleitos pela lista partidária.
Temos que tomar cuidado para a contrapartida disso não ser o recrudescimento do caixa 2. Eu acho que essa discussão tem que caminhar de forma conjunta.

O Uruguai legalizou a produção e o consumo de maconha. O Brasil deve olhar essa experiência e eventualmente segui-la?
Deve olhar essa experiência, como outras, em outras partes do mundo, mas não acredito que segui-la.

Por quê?
Não gostaria de ver o Brasil como cobaia de uma experiência que não se sabe qual é o resultado. Já me manifestei sobre essa questão mais de uma vez. Não acho que essa seja uma agenda para o Brasil. Não sou a favor da descriminalização.

A população carcerária no Brasil é de mais de meio milhão [de pessoas]. Um quarto desses presos está na cadeia por conta de algum tráfico de drogas. Pequenas quantidades, às vezes. É bom esse modelo?
Claro que não é bom. Por isso estou propondo uma inflexão profunda na reforma do Código Penal, do Código de Processo Penal, onde nós possamos dar vigor, agravar as penas dos traficantes. É esses que nós temos que buscar. E compreender que esse tipo de pequeno delito pode ter punições paliativas, trabalhos comunitários.

O sr. tem 54 anos. Em outra época da vida já consumiu algum tipo de droga considerada ilícita no Brasil?
Já respondi isso mais de uma vez. Quando tinha 18 anos experimentei maconha e ficou por aí. E não recomendo que ninguém faça.

Acesse a transcrição completa da entrevista – Parte 1
Acesse a transcrição completa da entrevista – Parte 2

A seguir, os vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):

1) Principais trechos da entrevista com Aécio Neves (9:54)

2) Meta de inflação será 4,5% até 2018 (1:41)

3) Trajetória da taxa de juros será declinante (1:27)

4) Lei é desnecessária agora para BC independente (0:52)

5) Aumento real para salário mínimo será mantido (1:36)

6) Desvincular mínimo da Previdência não está na nossa bússola (0:46)

7) Primeira reforma terá de ser a política (2:46)

8) Deve haver só 21 a 22 ministérios (2:06)

9) Aécio quer Ministério da Segurança Pública (3:16)

10) Infratores de 16 a 18 anos devem cumprir pena como adultos (0:58)

11) Quem não gostaria de ter Serra em seu governo? Eu gostaria (2:15)

12) Eduardo Azeredo participará como quiser da campanha (1:28)

13) Rompimento com o PSB em Minas não seria natural (1:49)

14) Não troco a companhia do FHC por ninguém hoje em dia (2:09)

15) Fim do dinheiro privado fortalece caixa 2 (1:27)

16) PT faz terrorismo, mas Bolsa Família será mantido no meu governo (1:21)

17) Médico cubano vai receber como os demais (2:15)

18) Agência reguladora terá ‘diretor certificado’ (1:36)

19) Lei do aborto será mantida, sem ampliação (0:27)

20) Casal gay pode adotar criança com parecer técnico (1:47)

21) Sou contra descriminalizar maconha (1:04)

22) Usei maconha aos 18 anos e não recomendo a ninguém (0:13)

23) Quem é Aécio Neves? (1:19)

24) Íntegra da entrevista com Aécio Neves (64 min.)