31 de janeiro de 2011

Tucano tem Renata Vilhena, Danilo de Castro e Aécio como grandes conselheiros


Existe uma espécie de consenso de que os políticos adoram holofotes e fazem reuniões demoradas, vagas e ineficientes, do ponto de vista prático. Mas, para quem se acostumou com o estereótipo do político tradicional, o governador Antonio Anastasia (PSDB) significa exatamente a antítese desse comportamento. Discreto, o titular do Palácio Tiradentes faz de tudo para tornar sua rotina mais “eficiente” – palavra que ele gosta bastante de utilizar.
Os secretários e assessores mais próximos são unânimes ao dizerem que Anastasia é metódico, extremamente organizado e tem uma verdadeira obsessão pela pontualidade. Costuma se irritar quando é obrigado a conviver com atrasos, sejam dele mesmo – o que é incomum – ou de quem o visita na Cidade Administrativa. Se dependesse unicamente dele, nenhum evento oficial sofreria atrasos.
O governador é sempre um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair. Costuma trabalhar até 13 horas por dia. Na hora das refeições, ele tem o hábito de comer em seu próprio gabinete para ganhar tempo. Vez ou outra, segundo contam seus interlocutores, vai a um dos restaurantes da Cidade Administrativa. O tucano gosta de comida simples, e seu prato predileto é lombo assado com farofa.
EXIGÊNCIAS.No trato com os subordinados, Anastasia costuma ser firme na cobrança de metas, mas não “estoura”. A educação é uma de suas características mais marcantes. Secretários de Estado, por exemplo, precisam ter informações “na ponta da língua” em reuniões de definição e cobrança de metas. Anastasia não tem paciência com explicações vagas e prolixas.
Apesar das exigências, ele costuma ser sempre bem-humorado. “O governador tem um humor muito apurado e costuma brincar com a gente em reuniões, amenizando a dureza do dia a dia”, conta Renata Vilhena, secretária de Planejamento e Gestão, que tem total confiança de Anastasia.
Na hora de tomar decisões políticas, o tucano conta com pelo menos três grandes conselheiros: o ex-governador Aécio Neves, seu padrinho político e hoje amigo particular, o secretário de Governo, Danilo de Castro, e Renata Vilhena.
Uma curiosidade é que o governador, que lecionou direito administrativo na UFMG por muitos anos, é, ainda hoje, chamado de professor por seus assessores. O próprio Antonio Anastasia já confidenciou que gosta de ser chamado assim.
Desde cedo, segundo contam amigos, Anastasia demonstrava vocação para a administração pública. O vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP), destaca sua “competência administrativa”. “Se faltava-lhe o referendo das urnas, esse ocorreu de maneira consagradora”, afirma Pinto Coelho.
Vida pessoal

Tucano não deixou de rever os amigos

Os amigos mais próximos do governador Antonio Anastasia afirmam que o sucesso político das últimas eleições não subiu à sua cabeça. Eles destacam que sua simplicidade permanece e que, mesmo com a rotina agitada de governador, ele encontra tempo para rever amigos de faculdade.
“Quando o nosso grupo do curso de direito se reúne, ele deixa de ser o governador Anastasia para ser o Antonio que a gente conheceu muitos anos atrás”, conta a advogada Célia Pimenta, que foi colega deAnastasia na universidade. Ela explica que o grupo de amigos da UFMG se reúne, ainda hoje, de duas a três vezes por ano e que, raramente, Anastasia deixa de comparecer.
Célia também destaca a obsessão por pontualidade do governador. Ainda jovens, os dois e um grupo de mais quatro amigos resolveram montar um escritório de advocacia. Com pouco dinheiro no bolso, eles compraram apenas três mesas para seis pessoas. Quem chegava primeiro ficava sempre com as mesas.Anastasia sempre estava na melhor posição do escritório porque chegava às 7h. (RF)
A “mineiridade” é sempre uma expressão que está no repertório de Antonio Anastasia. Ele faz questão de cultivar as tradições e é muito apegado à família. Os amigos próximos dizem que ele, mesmo com a agenda cheia, não consegue passar um longo tempo sem visitar a mãe, dona Ilka.
Em seu gabinete na Cidade Administrativa, Anastasia tem diversas imagens de santos ? algumas que ele ganhou de presente ?, reforçando o tradicionalismo e a religiosidade mineiros. Outro traço do governador é a fala carregada de sotaque. Não é raro ouvi-lo soltando um “uai”. (RF)

Fonte: Rodrigo Freitas

28 de janeiro de 2011

Narcio Rodrigues diz que a fila precisa andar dentro do PSDB e trabalha para fortalecer Aécio Neves dentro partido



A exemplo de Fernando Henrique, presidente estadual do PSDB, Narcio Rodrigues, critica ex-governador paulista
Um dos principais aliados do senador eleito Aécio Neves, o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado e presidente do PSDB mineiro, Narcio Rodrigues, parafraseou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para jogar ainda mais combustível na fogueira em que se transformou a disputa pelo comando nacional do PSDB.
Nesta quinta-feira (27), durante visita à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Narcio provocou o ex-governador de São Paulo José Serra ao dizer que a “fila andou”.
O tucano paulista tenta manter seu poder no PSDB ao reivindicar o lugar do senador Sérgio Guerra (PE) na presidência do partido.
Ao lado de interlocutores do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aliados de Aécio Neves costuram uma operação para fechar as portas do comando do PSDB para Serra. Derrotado na corrida presidencial, o tucano paulista manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência.
Alckmistas e aecistas teriam liderado abaixo-assinado pela recondução de Sérgio Guerra à presidência do partido, na eleição marcada para maio. Admitindo não ter consultado Serra sobre o assunto, Sérgio Guerra nega ter participado da elaboração do documento idealizado por senadores do PSDB. “É um documento dos deputados”, desconversou.
A operação foi posta em prática na quarta-feira pela manhã, durante reunião da bancada do PSDB para a eleição de Duarte Nogueira (SP) para a liderança do partido na Câmara, quando mais adesões à ideia foram obtidas.
Narcio Rodrigues não confirmou participação na estratégia, mas lembrou que o PSDB foi derrotado em três eleições e considerou que se a legenda quiser retornar à Presidência da República em 2014, as chances concretas são com Aécio Neves.
“Sem dúvida, o candidato a presidente da República nas eleições de 2014 é o senador (eleito) Aécio Neves. O presidente Fernando Henrique Cardoso já falou a frase mais verdadeira deste período pós-eleições: ‘a fila andou’. O Serra já teve suas oportunidades”, ponderou o secretário.
O tucano mineiro defendeu que o momento necessita de uma presença nova para fazer frente à situação de poder no país. E, segundo Narcio Rodrigues, Aécio representa este quadro que pode “reanimar a militância” do PSDB e daqueles que esperam mudanças.
“O momento é de uma presença nova, de quadros políticos novos. O PSDB tem em Aécio uma figura que representa renovação política, de perfil maduro e experiente administrador público. É um homem de capacidade de conciliação que pode construir uma aliança não só para as eleições, mas também para governar o país no futuro”, afirmou.
Depois de um período afastado das conversas, José Serra voltou a manifestar disposição de participar das reuniões da cúpula tucana, o que vem sendo encarado como sinal de que pretende interferir nos rumos do partido.
“Vaidades precisam ser deixadas de lado
De acordo com Narcio Rodrigues, apesar de as eleições de 2014 estar distante, é preciso deixar as “vaidades de lado” para que o nome do PSDB seja concretizado.
“Entendo que se o PSDB quiser ser vitorioso nas próximas eleições, não poderá deixar de considerar a candidatura de Aécio como a possibilidade real que o partido tem, concreta, de voltar à Presidência da República”, declarou o tucano mineiro.
Rodrigues acredita que a elaboração do abaixo-assinado favorável à recondução de Sérgio Guerra à presidência do PSDB se deu em função do processo eleitoral de 2010 quando, segundo ele, a candidatura do senador mineiro sequer foi analisada.
“Não aceitaremos que nos tratem como nas eleições passadas, onde não analisaram a possibilidade da candidatura do senador Aécio Neves”, observou Narcio Rodrigues. “O PSDB precisa aprender a discutir internamente seus problemas, aprender a buscar caminhos e democratizar suas decisões. Temos que fazer das nossas derrotas um grande aprendizado e não tenho dúvidas de que a renovação, com a presença do Aécio no Congresso Nacional nos próximos anos, vai servir para que se faça uma grande dissertação em torno do nome dele”, ressaltou o líder tucano, defendendo o que chamou de “a hora do fim ao continuísmo” vivenciado pela cúpula do PSDB.

Fonte: Gisselle Niza – Hoje em Dia

Aécio Neves conquista mais espaço e amplia apoio dentro do PSDB, bancada também conta com paulistas



Aécio ganha espaços no PSDB

Aos poucos, o grupo do PSDB ligado ao senador eleito Aécio Neves vai conseguindo se impor dentro do partido e aglutinando forças ao seu redor. Os tucanos mineiros já consideram como “praticamente assegurada” a reeleição do presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE). Anteontem, numa reunião, 53 dos 55 deputados federais do partido, que estavam presentes, assinaram um manifesto de apoio a Guerra.
Na prática, os parlamentares reduzem o poder de fogo do candidato tucano derrotado à Presidência José Serra, que teria a intenção de comandar o PSDB, e aumentam o de Aécio, que quer se candidatar à Presidência, em 2014. Ao mesmo tempo que se mobiliza em busca da reeleição de Sérgio Guerra, o grupo tucano já tratou de se mover no Senado. Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM), que foram derrotados nas últimas eleições, iriam, respectivamente, para o comando do Instituto Teotônio Vilela (ITV) e para a diretoria de relações internacionais do partido.
Ambos são aliados de Aécio e poderiam ser fundamentais nos planos do mineiro de chegar ao Palácio do Planalto. “São indicações que se fortalecem a todo momento dentro do partido”, afirma um tucano, que pediu para não ter o nome divulgado.
Para contribuir com a possível candidatura de Aécio à Presidência da República em 2014, os tucanos de Minas Gerais vêm ainda uma outra possibilidade: ceder a secretaria geral do partido, atualmente ocupada pelo deputado federal Rodrigo de Castro. O posto é estratégico no organograma do partido, mas os mineiros sabem que precisarão se aliar com tucanos de alta plumagem de outros Estados para dar a força necessária aos planos de uma candidatura aecista.
O próprio Rodrigo de Castro, um dos aliados mais próximos ao senador eleito, já teria admitido a hipótese de deixar a secretaria geral do partido, caso isso seja necessário, em nome de uma composição nacional dentro do PSDB. O parlamentar, entretanto, ainda costuraria algum espaço dentro da executiva nacional do partido.
TÁTICA. Caso Serra resolva espernear e reclamar publicamente de estar sendo minado dentro do PSDB, os tucanos de Minas já têm um argumento na ponta da língua: “Serra nunca disse publicamente que seria candidato a presidente do PSDB. Não é possível que ele esteja repetindo o que fez, quando definiu que seria candidato à Presidência da República, anunciando somente na última hora. Seria novamente uma tática suicida”, ironiza um tucano paulista, aliado de Aécio.
Nos próximos dias, o PSDB de Minas Gerais deve se reunir para traçar uma “tática de guerra”. Os tucanos do Estado querem demonstrar, com isso, poder de organização e decisão para tocarem as estratégias da corrida presidencial. Na tropa de choque, estão Rodrigo de Castro, o secretário de Governo de Minas Gerais, Danilo de Castro, o governador Antonio Anastasia e o presidente do PSDB no Estado, Nárcio Rodrigues.
Clima quente
Alckmin tenta conter ânimos
Os tucanos de Minas Gerais garantem que os deputados federais paulistas que votaram a favor da manutenção do senador Sérgio Guerra no comando nacional do PSDB o fizeram com a concordância do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Por sua vez, ele também já estaria a favor de uma eventual candidatura do senador eleito Aécio Neves à Presidência, em 2014.
Diante do clima azedo no tucanato paulista, Alckmin, entretanto, resolveu voltar atrás e disse que apoiará Serra, caso ele queira presidir o PSDB. Mas, para integrantes do partido em Minas, Alckmin apenas tentou “apagar o incêndio” causado pela revoada de tucanos paulistas para o lado de Aécio.
Na avaliação de interlocutores do senador eleito, uma grande parte da legenda assimilou que o PSDB precisa se renovar. “Neste momento, estamos unidos em torno da necessidade de renovação do partido e o homem que pode conduzir este processo é o presidente Sérgio Guerra”, disse um deputado mineiro.
Guerra disse, na reunião que consolidou seu nome como candidato à reeleição, que todo mundo está pensando nessa “agenda de mudar o partido, de fazê-lo forte em todo lugar, renová-lo”. O dirigente tucano citou os Estados do Rio de Janeiro, Amazonas e Pernambuco, além do Distrito Federal, como os locais que mais precisam de mudança estratégica. O Nordeste é outra região que preocupa bastante os tucanos. (Rodrigo Freitas com agências)
Ressentimento
Serristas criticam antecipação de discussões sobre sucessão
A defesa da reeleição do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, feita pela maioria dos deputados federais do partido, deixou os serristas ressentidos. A maioria das críticas foi voltada para o que eles consideram como a antecipação do processo de sucessão no partido.
O deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP) criticou duramente a reunião em que foi feito o manifesto a favor de Guerra. Ele considera que há uma “antecipação estapafúrdia e indevida” da sucessão. Ele não estava na reunião em que o manifesto foi assinado e criticou os companheiros de partido que participaram da iniciativa.
“Eu não estava nessa reunião. Essa discussão sobre a sucessão não é o assunto para agora. Há uma tremenda falta de maturidade política por parte de quem produziu esse manifesto desnecessário. Também acho que nosso presidente (Guerra) não precisava se prestar a isso”, disparou Madeira.
No entanto, ao ser questionado se o manifesto teria partido do senador eleito Aécio Neves, o deputado paulista foi mais diplomático. “Não acho que isso tenha partido dele, até porque o Aécio não compactua com rasteiras. Mas não me estranharia se isso tiver partido de gente ligada a ele”, disse o parlamentar tucano.
Madeira defende que o PSDB “não passe o carro à frente dos bois”. Ele quer que o partido discuta, inicialmente, a sucessão no comando dos diretórios estaduais, para, somente então, definir os rumos do comando nacional da legenda.
O deputado disse também que a “afobação” dos tucanos em torno de uma eventual reeleição de Sérgio Guerra para o comando nacional tucano “pode custar caro ao partido”. (RF)
A encrenca
Dois lados.Rachado desde antes das eleições de 2010, o PSDB se vê diante dos grupos do senador eleitoAécio Neves e do candidato derrotado à Presidência José Serra. As duas alas querem o comando do partido.
Aécio. O lado aecista deseja ver a reeleição do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Ostucanos mineiros estariam amparados, inclusive, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardosos e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Serra. Já a outra ala tucana ainda acredita que José Serra possa presidir o partido. Seria uma tentativa de ele se manter em evidência e ainda pensar em mais uma candidatura presidencial no ano de 2014.

25 de janeiro de 2011

Política: Por 2014, Aécio recruta tropa de choque


Senador eleito convoca aliados em Minas para ajudá-lo a tomar controle do PSDB e viabilizar candidatura à Presidência


Front conta com reforço de tucanos de outros Estados incomodados com hegemonia de SP no partido e governistas
O senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) tem um estilo conciliador e raramente propenso ao embate, mas já tem à disposição uma tropa de choque que trabalhará para ajudá-lo na missão de tomar o controle do PSDB e viabilizar seu nome para 2014.


O exército começa com um núcleo mineiro, que tem como expoente o presidente do PSDB estadual, Narcio Rodrigues, secretário de Ciência e Tecnologia de Minas.


Com um histórico de rusgas com a ala paulista do partido, Rodrigues ocupa o papel de franco atirador.
Passadas as eleições, quando atacava quem pedisse maior apoio de Aécio para eleger José Serra (PSDB) presidente, Rodrigues agora chama a rixa entre Minas e São Paulo de “passageira”.


Mas deixa claro que Aécio “é um líder que está à altura de disputar a Presidência”.


Mais diplomático é o deputado federal Rodrigo de Castro (MG), homem de Aécio na Executiva Nacional do PSDB, onde é secretário-geral.


Ele faz a ponte com a cúpula tucana e diz que as mudanças do PSDB devem ser feitas com a “experiência” de Serra e do ex-presidente FHC.


Pouco afeito a holofotes, o governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB) terá o papel de ser a vitrine do projeto Aécio até 2014.


Para o ex-governador, é importante que seu sucessor no governo siga a cartilha de administração enxuta.
Na retaguarda do exército, estão duas figuras dos governos Aécio que permanecem com Anastasia: o secretário de Governo, Danilo de Castro, que articula politicamente a base aecista local, e a irmã de Aécio,Andrea, que cuida da assistência social.


A eleição ao Senado e a reeleição de seu pupilo em Minas fizeram Aécio ser considerado o vencedor tucano do pleito de 2010. Isso incomodou o PSDB de São Paulo, que teme perder influência.


Nesta semana, Serra retomou ataques ao PT, numa tentativa de assumir o comando do partido.


ALÉM DAS FRONTEIRAS


O front de Aécio se expande entre tucanos de outros Estados, principalmente onde há mais ressentimento com a chamada hegemonia paulista no PSDB.


Podem ajudar os governadores Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA) e Teotonio Vilela Filho (AL).
Até o governador paranaense, Beto Richa, historicamente mais próximo de SP, disse achar “natural” a ascensão de Aécio.


O senador eleito angaria apoios ainda entre governistas, como líderes do PP, PSB e PDT, cruciais para futura ampliação de uma chapa de oposição.


Fonte: Rodrigo Vizeu – Folha de S. Paulo

19 de janeiro de 2011

Aécio defende união pelo país


O senador Aécio Neves (PSDB) defendeu ontem a união de parlamentares da base governista e da oposição na construção de uma agenda positiva para o país, incluindo grandes temas como a divisão dos tributos arrecadados. Conforme o tucano, que chegou a ser apontado como um dos possíveis líderes oposicionistas no Congresso, podem ocorrer muitas alianças entre os dois lados. “Vocês vão nesse futuro Congresso se deparar em muitos momentos com alianças de partidos que estão na oposição, como o PSDB, o DEM e o PPS, com setores da base do governo em torno de temas que são importantes para o país”, afirmou.


Um dos assuntos convergentes, segundo ele, é a garantia do valor real do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Questões como essa vão encontrar um campo fértil para negociação com setores da base do governo”, disse.
Na discussão do aumento do salário mínimo, que chega ao Senado, Aécio adotou postura moderada. Segundo o tucano, toda proposta de orçamento permite margem para negociação, mas é preciso aguardar estudos técnicos do PSDB e a posição do governo para decidir até quanto se pode chegar. ”Não cabe agora a mim dizer se é possível chegar em R$ 580 ou não, mas é preciso que o governo tenha justificativas claras, técnicas e orçamentárias e diga até onde pode ir, para que possamos contra-argumentar”, disse. Até então, o valor proposto pelo governo é de R$ 545. Na campanha à Presidência, o PSDB falou em um mínimo de R$ 600.



Fonte: Estado de Minas

14 de janeiro de 2011

Dilma adotará ‘choque de gestão’ implementado por Aécio Neves em Minas, consultor mineiro auxiliará programa

Choque de gestão


O anúncio de que a presidente Dilma Rousseff vai implantar em seu governo programa de melhorias administrativas semelhante aos já adotados, desde os anos 80 do século passado, por países pioneiros como a Austrália e a Nova Zelândia é uma novidade, tanto do ponto de vista puramente administrativo quanto do político.
O chamado “choque de gestão”, que era uma bandeira do PSDB, tido como importante diferencial em relação às administrações petistas, passa a ser parte integrante do novo governo, inclusive com previsões de privatizações de aeroportos e obras de infraestrutura.
Tratamento do dinheiro público com base em boa gestão, previsão orçamentária e acompanhamento de metas e desempenho são algumas das medidas adotadas pelos países desenvolvidos para tornar o Estado mais eficiente.
Um sistema integrado de informações gerenciais facilita a implantação de relatórios gerenciais e de sistemas contábil e de gestão financeira.
Desta forma, o Estado pode acompanhar o desempenho de todas as suas unidades, descobrindo as lucrativas, quais precisam ser reformadas, quais podem ser privatizadas.
Pesquisa do Banco Mundial em parceria com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais desenvolvidos, mostra que a maioria deles inclui dados de desempenho não financeiro em seus orçamentos, sendo que alguns possuem até mesmo mecanismos formais para premiar os funcionários públicos, com a combinação entre desempenho, metas atingidas e bônus salarial.
Um sistema semelhante já está sendo utilizado em setores como a educação em São Paulo, que prevê a premiação de professores de acordo com as metas obtidas.
A criação de metas e a cobrança de resultados são a base do programa. Os responsáveis seriam cobrados a dar explicações pelas metas não atingidas.
Para atingir esses objetivos, alguns governos priorizam o controle contábil, com o estabelecimento de metas formais, orçamentos baseados no desempenho e uma auditoria nos resultados.
Outros, com uma abordagem mais econômica, introduzem a competição para melhorar a eficiência do Estado.
Na América do Sul, o único país que se utiliza desses métodos é o Chile, que desde 2003 vem desenvolvendo um programa de profissionalização do serviço público e, não por acaso, é o único país da região a fazer parte da OCDE.
Entre os planos da presidente Dilma, que devem ser anunciados hoje na primeira reunião ministerial, está a ideia de que, mesmo a indicação sendo política, os titulares das pastas terão de se comprometer com resultados.
Seria cobrada maior responsabilidade dos burocratas, com uma separação entre o político (por exemplo, o ministro de Estado) e o executivo (o secretário-geral, o executivo do ministério).
Desta forma, pode-se estabelecer relação contratual entre os ministros e seus executivos, com a implantação de sistemas de medição de resultados.
A decisão de que as nomeações para as agências reguladoras terão que ser técnicas resgata o papel dos órgãos, criados justamente para exercer uma função mediadora entre o cidadão-consumidor e as empresas de serviços públicos, muitas privatizadas.
A garantia de que o projeto tem objetivos amplos é a pre$ça do empresário Jorge Gerdau na coordenação de um Conselho de Gestão e Competitividade, ligado diretamente à Presidência da República.
O sonho da presidente era ter Gerdau como seu ministro do Desenvolvimento, mas ele, que é presidente do conselho do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), do consultor mineiro Vicente Falconi, uma das principais consultorias sobre moderna gestão empresarial, preferiu tentar ajudar a implantar no governo essa nova maneira de gestão pública.
A eficiência de cada setor governamental será medida pelo estabelecimento de metas a serem cumpridas, como se cada ministério assinasse com a Presidência da República um “contrato de gestão”.
Diante da situação das contas públicas, a ênfase do primeiro momento será dada à redução dos custos, dentro da máxima “fazer mais com menos” cunhada pela ministra do Planejamento Miriam Belchior.
A ideia é administrar um país como uma empresa privada, com a burocracia, a ineficiência e a falta de controle das finanças públicas substituídas pela busca de resultado, a gestão eficiente e o controle rigoroso das despesas.
O Conselho de Gestão e Competitividade será a versão brasileira dos organismos governamentais que controlam a eficácia dos órgãos do governo na Nova Zelândia e na Austrália, ao contrário de outros países, onde o controle é feito por empresa privada de consultoria.
Na Nova Zelândia, a Audit New Zealand é a instituição governamental que fiscaliza e promove a eficiência dos órgãos estatais do país.
O auditor-geral tem a função de validar os resultados alcançados pelas entidades públicas, e compará-los com os compromissos assumidos no início do ano.
As metas para o exercício definem os recursos no Orçamento. Na Austrália, o Australian Audit Office é responsável pela eficiência do setor público.
Lá, por exemplo, a saúde pública tem cerca de 56 indicadores, incluindo tempo de espera do atendimento e o índice de retorno por complicações causadas pelo primeiro atendimento.
A rede Sarah, a mais importante rede de hospitais especializados em aparelho locomotor e pesquisas neurológicas do país, e uma das melhores do mundo, é um exemplo bem-sucedido que temos no país de contrato de gestão com o governo federal, através do Ministério da Saúde.
A nossa Lei de Responsabilidade Fiscal, nos seus princípios maiores, foi inspirada na Nova Zelândia.
Como, no caso atual, o primeiro escalão já foi montado dentro de velhas premissas — que privilegiam o lado político e a composição da base aliada —, somente com o aprofundamento do processo de choque de gestão será possível avançar.
O acompanhamento das ações do Conselho de Gestão e Competitividade informará se a mudança de estilo de gestão está mesmo acontecendo, ou se apenas foi mais uma boa ideia que se perdeu na burocracia e no fisiologismo da máquina pública brasileira.

Fonte: Artigo de Merval Pereira – O Globo

13 de janeiro de 2011

Anastasia se vê como vitrine de Aécio para 2014 Governador de Minas diz que é uma responsabilidade “muito grande” suceder tucano


O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), 49, afirmou que é “muito grande” a responsabilidade de ser a vitrine do eventual projeto presidencial de seu antecessor e padrinho político, o senador eleito Aécio Neves (PSDB).

Anastasia disse ontem em entrevista à Folha que vai trabalhar “à exaustão” para manter o governo mineiro bem avaliado. Sobre a disputa entre tucanos paulistas e mineiros, disse que o PSDB “não tem dono”.

De olho na verba federal no Estado, Anastasia disse que espera ter uma relação “amistosa” com a presidente Dilma Rousseff, com quem disse ter semelhanças.


Vitrine de Aécio
A responsabilidade é muito grande. O [ex-]governador Aécio terminou o mandato com aprovação olímpica. [...] Vou trabalhar à exaustão para que as coisas continuem melhorando e o governo continue bem avaliado.

Refundação do PSDB
Precisamos desmistificar algumas coisas. A palavra privatização é uma delas. É preciso demonstrar aos brasileiros que esse processo de parcerias com o setor privado é responsável por milhões de empregos e pelo desenvolvimento do Brasil. [...] Muitas vezes esse discurso não chega ao cidadão mais simples. Então precisamos modificar o discurso, fazer uma ação mais assertiva no Nordeste.
Rixa MG X SP
Um partido que se pretende nacional não pode ter dono. Do contrário, ele não é um partido nacional, não reflete anseios nacionais.

Aécio e 2014
Ele terá um papel de grande liderança [no PSDB]. A definição de um candidato três anos antes da eleição é um tanto precoce. As circunstâncias mudam com rapidez. [...] Eu defendo Aécio como eleitor mineiro. Ele tem todas as condições de ser candidato, de ser eleito e de ser um grande presidente.

Relação com Dilma
Pretendo ter uma relação muito amistosa, federativa, republicana. Será um tratamento de respeito, até porque ela é de Minas e naturalmente esperamos que ela vai ter por seu Estado sempre uma consideração especial.
Semelhança com Dilma
É uma questão objetiva. Existem trajetórias que são parecidas. É claro que o tipo de conhecimento, de experiência na administração pública, eu acho que é muito semelhante. E essa identidade não nos denigre, ao contrário, ela até nos enobrece.

É claro que nós temos, talvez por formação, pelo tipo de vida que tivemos, alguns princípios e valores que não são os mesmos.



Fonte: Folha de S.Paulo

Entrevista com Antonio Anastasia: Governador de Minas critica ”luta intestina” em seu partido e diz que seu Estado sonha ver Aécio na Presidência


Sucessor no governo de Minas e fiel escudeiro do senador eleito Aécio Neves (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB) engrossa o coro do aliado pela necessidade de refundação da legenda tucana. Ele critica a “luta intestina” na principal sigla de oposição, argumentando que o PSDB é um partido nacional e “não tem dono”.

Qual a sua posição e expectativa sobre o governo da presidente Dilma Rousseff?
Acredito que ela tem condições de fazer um bom governo. Teremos com ela um relacionamento administrativo sereno, tranquilo, harmonioso, de muito respeito. Tenho certeza de que ela terá o mesmo com seu Estado, que é Minas Gerais. O fato de sermos governadores de oposição – e somos dez – certamente não vai trazer nenhuma diferença nesse relacionamento.

Como viu a decisão do ex-presidente Lula de negar a extradição de Cesare Battisti para a Itália? Sendo uma decisão que tem um cunho jurídico, pode ser revista pelo Supremo Tribunal Federal, que na estrutura dos poderes no Brasil sempre é quem dá a palavra final em caso de conflitos.

Como o sr. vê a concessão de passaportes diplomáticos para parentes de políticos, inclusive filhos do ex-presidente?

Sou legalista por natureza. Acho que devemos observar a legislação, que tem critérios da concessão do passaporte.

No que o seu governo será diferente do governo Aécio?

O objetivo nosso é continuar avançando, com os mesmos princípios, os mesmos valores. Mas sabemos que temos que reinventar sempre, criar novidades sempre, avançar sempre, com o foco maior que é a geração de empregos e grande empenho nosso pela diminuição das desigualdades regionais e da agregação de valor aos produtos mineiros. Para conseguir alcançar nesses três itens sabemos que não é só o governo e não é só um mandato, isso depende de um grande processo.

Como o sr. acha que pode, no governo de Minas, ajudar o projeto político do senador Aécio Neves? É possível imprimir uma marca social à administração tucana?

Nos últimos oito anos conseguimos avanços expressivos. Somos o primeiro no Ideb, do ensino básico, conseguimos redução de indicadores de mortalidade infantil muito bons e em saneamento somos o terceiro do Brasil. Então avançamos bem no sentido amplo de qualidade de vida. Mas em razão da injusta distribuição tributária, os Estados não têm recursos suficientes para universalizar grandes programas.Talvez falte aos nossos governos do PSDB – sei em São Paulo que o governador Alckmin e o governador Serra fizeram grandes projetos sociais – alardear um pouco mais isso em vez de ficar só na questão da gestão.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sempre falou em fila no PSDB para justificar a defesa pela candidatura presidencial de José Serra. Por essa lógica, em 2014 chegou a vez do Aécio?

Todos nós mineiros temos essa natural ansiedade, anseio e vontade. Isso ninguém esconde, de ver um mineiro, Aécio, pelas suas qualidades, pelo carisma e até pela grande dedicação e devoção que os mineiros têm com ele, presidente da República. Acho que será um excepcional presidente. Agora, lamentavelmente, não sou eu que escolho quem é candidato. São as várias circunstâncias que ainda vão demorar a chegar. De fato, o PSDB é um partido importante, que perdeu as últimas três eleições presidenciais e, ainda que tenha uma bancada importante, que tenha oito governadores, acho que o senador Aécio tem todas as condições se as circunstâncias permitirem.

O atual ministro Gilberto Carvalho provocou a oposição ao afirmar que em caso de dificuldades da gestão Dilma o governo tem um “Pelé na reserva” – numa referência ao ex-presidente. Como fica o projeto de poder do PSDB com essa sombra do mito Lula?

A gente não sabe o que vai acontecer daqui a quatro anos, quem serão os candidatos. Nós aqui em Minasgostaríamos que o candidato fosse o Aécio e ele sendo o candidato, ninguém escolhe adversário. A pessoa tem de estar preparada para a disputa e querer ganhar e lutar muito por isso.

O sr. concorda que o PSDB precisa de uma refundação?

Foi um termo polêmico, não é? É uma questão semântica, as pessoas ficam se prendendo a palavras, o que é uma bobagem. Acho que todo o partido, sem exceção, precisa de um permanente processo de oxigenação, de reinvenção e de rediscussão. O PSDB é um partido já de mais de 20 anos. Três derrotas presidenciais, ele tem de debater. Por que é que perdeu? Não é nenhum demérito. Acho que a ideia da refundação, que o senador Aécio levantou e é correta, está dentro desse debate permanente interno. O que nós temos de fazer? Onde vamos melhorar? Isso é que é necessário.
O sr. defende algum nome para a presidência do partido? Faz restrição ao ex-governador José Serra?

Acho que ainda não chegou a hora disso, até porque vai demorar alguns meses e naturalmente as especulações agora estão mais centradas nas mesas em Brasília. A presença do senador Aécio em Brasília, no caso do nosso grupo político, vai favorecer muito. Ele é o líder do nosso grupo político, grande em Minas Gerais e com muitos outros parlamentares e políticos de outros estados também.

A rivalidade entre tucanos de São Paulo e Minas pode ser superada?

O PSDB é um partido nacional, não tem dono, não é de A, de B, de C ou de D. É um partido com milhares de filiados e com milhões de eleitores. E o partido tem de ser nacional. Não é Minas, não é São Paulo, não é o Rio Grande, Ceará ou Goiás. Apesar de chamar partido, ele tem de ser uma unidade programática, uma unidade de princípios, de ação, de propósitos e de objetivos. Se houver uma luta intestina muito forte, com essas rivalidades que não vão a parte alguma, claro que vai isso gerar problema. Mas há uma tendência agora de uma unidade muito forte, exatamente desse movimento de recriação e de fortalecimento do partido para nós reconquistarmos a Presidência. Não uma conquista em si do poder pelo poder, mas para implementar as ideias e os programas do PSDB.


Fonte: O Estado de S.Paulo

12 de janeiro de 2011

Antonio Anastasia poderá dar palavra final na disputa pela 1ª secretaria na Assembleia de Minas


Bancada de apoio ao Palácio da Liberdade já tem nome para assumir a primeira secretaria da Assembleia Legislativa, cargo mais cobiçado da Casa, mas batalha promete ser difícil

A base aliada do governador Antonio Anastasia (PSDB) poderá dar a palavra final na disputa pela primeira secretaria na Assembleia de Minas. O preferido entre a bancada governista, maioria na Casa, é o deputado Dilzon Melo (PTB). Para ter como certo seu lugar ao sol, o companheiro de partido, Arlen Santiago, e os deputados José Henrique (PMDB) e Inácio Franco (PV) têm de abrir mão do cargo. Nos bastidores, a informação é de que existe uma pressão para que as legendas e Arlen Santiago desistam da vaga. Para os peemedebistas, estaria sendo oferecida a vice-presidência, enquanto para o PV, a segunda vice.
Depois da presidência, a primeira secretaria é o cargo mais cobiçado no Legislativo, já que cuida das finanças da Casa. Convencer a concorrência de renunciar ao cargo, entretanto, pode não ser assim tão simples. Os deputados eleitos do PMDB se reuniram na semana passada e saíram decididos de que não vão abrir mão da primeira secretaria, alegando ser um direito da legenda. O líder da bancada, Vanderlei Miranda, disse ontem que o nome indicado pelo partido é forte, já que José Henrique está alinhado com o Palácio da Liberdade. “Não justificaria ele ser contemplado com menos”, afirmou.
Arlen Santiago usa do mesmo argumento para defender que não estaria sendo pressionado para deixar a disputa. Ele diz que ficaria muito decepcionado se essa proposta fosse feita. “Se eu recebesse a proposta de dividir o cargo com o Dilzon, cada um ficaria durante dois anos, tudo bem. Mas, se eu receber a proposta de deixar a vaga, será uma grande decepção”, afirmou.
Arlen disse ainda acreditar que Dilzon vai desistir da batalha, no entanto, seu companheiro já avisou que não abre mão da disputa. O deputado Inácio Franco também afirmou que está no páreo na disputa. ” Tudo vai depender da composição”, disse.
Além deles, o deputado Gustavo Corrêa (DEM) já manifestou desejo em disputar o cargo. Disse que sua candidatura vai depender do aval do senador Aécio Neves (PSDB) e do governador Anastasia. “Se eles acharem que eu deva concorrer à vaga, vou concorrer. Mas, se acharem que no momento outra pessoa deva assumir a primeira secretaria, vou apoiar o candidato deles”, afirmou.
Uma fonte que não quis ser identificada revelou que já existe uma tendência natural que dá como certa a nova composição da mesa diretora. O tucano Dinis Pinheiro já está certo na presidência. O deputado José Henrique deverá ficar com a primeira vice-presidência, Inácio Franco com a segunda e o PT, representado por Almir Paraca, ficaria com a terceira vice-presidência. A primeira secretaria ficaria com Dilzon Melo, a segunda secretaria com um nome do PDT e a terceira secretaria poderá ser ocupada por Jayro Lessa (DEM).
“A negociação ainda não é oficial. Mas existe uma tendência natural para que esses nomes integrem a Mesa, com os respectivos cargos. Na verdade, os partidos lançam nomes para disputar a primeira secretaria para fazer pressão. Mas, depois, conversas vão acontecendo e tudo vai fluindo naturalmente”, afirmou a fonte.

Fonte: Alice Maciel - Estado de Minas

10 de janeiro de 2011

FHC defende a tese de que Aécio Neves é o nome do PSDB para 2014



FHC adere à tese da fila e defende opção Aécio-2014




Fernando Henrique Cardoso declara-se, em privado, convencido em relação à escolha do nome que deve representar o PSDB na sucessão presidencial de 2014.
Longe dos refletores, FHC revela-se um adepto da tese segundo a qual a fila do PSDB andou. A vez agora, diz o ex-presidente, é do senador Aécio Neves.
Na última campanha, FHC trabalhou por José Serra, contra Aécio. Hoje, move-se pelo ex-governador mineiro.
Serra já tentou duas vezes (2002 e 2010), recorda FHC. Geraldo Alckmin teve sua chance em 2006, ele acrescenta.
Acha que não há justificativas plausíveis para sonegar a Aécio a oportunidade de apresentar-se como o presidenciável da legenda na próxima disputa.
Além da lógica da fila, invoca o desempenho eleitoral de Aécio. Elegeu-se senador e acomodou um sucessor, Antonio Anastasia, na cadeira de governador de Minas.
Em diálogo recente com um ex-ministro de seu governo, FHC soou peremptório quanto à preferência por Aécio.
Dias atrás, o interlocutor transmitiu o teor da conversa ao próprio Aécio. Desnecessário. Ele já farejara a simpatia.
Aécio tem conversado amiúde com FHC. Para que a unidade de pontos de vista seja plena, terão de ajustar a afinação das violas em pelo menos dois pontos.
Ambos se batem pela reorganização do PSDB. Mas FHC torce o nariz para o vocábulo “refundação”, cunhado por Aécio. Considera-o demasiado amplo.
FHC defende que o nome do próximo presidenciável tucano vá à vitrine já em 2012. Aécio não está convencido da conveniência da antecipação.
De resto, será necessário combinar com os russos –que, no caso do PSDB, são os próprios tucanos.
O partido, como se sabe, é uma agremiação de amigos 100% feita de inimigos. O axioma revela-se incontornável a cada eleição.

Fonte: Leandro Moraes/UOL – Publicado no Blog do Josias de Souza

8 de janeiro de 2011

Aécio Neves está entre os mais influentes para 2011, segundo IstoÉ



Os 100 mais influentes 2011 – Inovadores

Das ideias e atitudes dessas personalidades vão sair muitas das medidas que irão transformar a sociedade

Aécio Neves Senador da República


Aécio Neves está disposto a levar oxigênio ao Congresso em 2011. Nem esperou a posse para traçar estratégias e atuar no sentido de firmar-se como um dos expoentes da oposição ao governo Dilma Rousseff. “Será uma oposição forte, mas pensando sempre no Brasil”, vem repetindo ele. Senador eleito com 7,6 milhões de votos, somou ao próprio desempenho nas urnas as vitórias de Itamar Franco, também para o Senado, e de Antonio Anastasia, para o governo de Minas Gerais. Aécio deve consolidar sua posição de liderança, a começar pela proposta de ”refundação” do PSDB, que o coloca em campo oposto ao do ex-governador paulista José Serra. Para ele, 2011 é etapa vital rumo às eleições presidenciais de 2014.

6 de janeiro de 2011

Modelo de Gestão adotado por Aécio Neves é referência nacional para eficiência na administração pública, revela artigo


Fazer mais com menos

Experiência inovadora do governo Minas Gerais pode ser um exemplo a ser avaliado e adaptado às condições específicas de cada esfera administrativa

A economia brasileira está em expansão acelerada graças ao consumo doméstico, quer das famílias, quer do governo. Aumento do emprego, manutenção do poder aquisitivo dos salários e expansão do crédito são fatores essências para a alta do consumo das famílias. A grande transformação no padrão de demanda interna foi a ascensão na última década de cerca de 45 milhões de pessoas ao mercado consumidor – conquista a ser preservada nos anos vindouros.
Nos últimos anos, a expansão dos gastos públicos foi mais expressiva ainda. O governo ampliou sua atuação: criou, por exemplo, mais universidades públicas federais; não deu continuidade a programas de concessões na área de infraestrutura, como de rodovias, de aeroportos e de portos; aumentou o número de servidores públicos; concedeu reajustes acima da média do setor privado na remuneração de várias categorias profissionais; e expandiu a dívida pública bruta para capitalizar o BNDES. Aumentos reais do salário mínimo ampliaram o déficit da Previdência Social.
Do aquecimento da demanda resultou inflação acentuadamente acima da meta – 5,7% ante 4,5% – com projeção de tendência crescente nos primeiros meses de 2011. Assim, neste ano o principal desafio da política macroeconômica será o controle da inflação. A política fiscal pode ter papel relevante nessa tarefa. Visando a resultados de curto prazo, a contribuição do lado fiscal já é conhecida: cortes e contingenciamento do orçamento. Mas, para buscar o equilíbrio de médio e de longo prazos e oferecer maior flexibilidade à ação do Banco Central, é preciso revisitar a política fiscal.
De um lado, é fundamental rever o escopo das políticas públicas. É insustentável o crescimento do governo. Por exemplo, a pavimentação de um quilômetro de estrada gera uma despesa corrente permanente em sua manutenção. É hora de perguntar: o que deve o governo fazer e o que pode ser feito ou em parceira ou pela iniciativa privada? Concentrar a aplicação dos recursos públicos em bens públicos e coordenar as ações das três esferas de governo para se evitar duplicidade ou, muitas vezes, concorrência por programas que, eventualmente, possam gerar dividendos eleitorais, seria um bom começo. De outro lado, vale a pena concentrar esforços na melhoria da gestão, no como fazer. Gestão pública mais eficiente, com planejamento bem definido, metas estabelecidas e cobrança de resultados é o caminho a garantir o equilíbrio entre eficiência na alocação dos recursos e eficácia na ação do governo.
A experiência inovadora do governo Minas Gerais pode ser um exemplo a ser avaliado e adaptado às condições específicas de cada esfera administrativa. Procurar investir mais e gastar menos com essa máquina. Escolher claramente o que fazer, ampliar a parceria com o setor privado e definir metas a serem cumpridas é o princípio. Com o planejamento, seguir uma estratégia gerencial que absorva e adapte ao setor público práticas já consagradas de gestão do setor privado, como cobrança e recompensa pelos resultados, meritocracia na escolha de gerentes e gestores e estímulos ao empenho dos servidores.Ademais, instituir programas de qualificação e requalificação dos servidores para a sua realocação visando a melhor eficiência e qualidade do trabalho.
Outra frente de mudança é a modernização nos processos de compras buscando ampliar a concorrência entre fornecedores e a transparência dos processos licitatórios. Deve-se também avançar na redução de custos e desperdícios. Essa é uma tarefa permanente e até hoje pouco efetiva. Requer rever processos visando a otimizar horas de trabalho e alocação de pessoas. É possível, com ousadia e bom senso, fazer mais com menos gastos, ajustando as despesas públicas ao limite da receita para garantir o crescimento econômico e a inclusão de tantos brasileiros ao mundo encantado do consumo. Política fiscal objetivando a geração de superávits primários e o aumento persistente dos investimentos públicos abre caminho para crescimento sustentável com baixa inflação.

Fonte: Artigo de Paulo Paiva - O Estado de S.Paulo