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27 de agosto de 2014

Debate Band: Aécio apresenta propostas concretas para mudar o Brasil

Candidato anuncia Armínio Fraga como ministro da Fazenda para garantir previsibilidade e segurança na condução da política econômica.


Eleições 2014


Fonte: Jogo do Poder 


DEBATE BAND



Aécio é o único a apresentar propostas concretas para mudar o Brasil


Candidato anuncia ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Fazenda para garantir previsibilidade e segurança na condução da política econômica do novo governo


O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda BrasilAécio Neves, foi o único a apresentar propostas concretas para realizar as mudanças desejadas pela população brasileira durante debate na Rede Bandeirantes, que reuniu sete candidatos ao Palácio do Planalto, na noite desta terça-feira (26/08). Ao se dirigir aos eleitores durante as considerações finais, Aécio anunciou que o ministro da Fazenda de seu governo será o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, numa demonstração clara de que garantirá previsibilidade e segurança na condução da política econômica.


Em aproximadamente três horas de debate, Aécio detalhou suas propostas para áreas de segurança pública, mercado de trabalho, jovens carentes, reforma política, energia e mobilidade urbana. Além disso, mostrou que é o candidato com propostas mais firmes para fortalecer a saúde, a educação e o emprego. Aécio também reiterou que vai adotar uma política econômica para enfrentar a inflação em alta e o baixo crescimento do país.


“O Brasil não comporta novas aventuras, improvisos. Ofereço o caminho da segurança, da responsabilidade fiscal. Se eleito presidente da República, se merecer a sua confiança, [quero] dizer de forma clara aquilo que pretendo fazer: nomearei como ministro da Fazenda um dos economistas mais respeitados do mundo, o ex-presidente do Banco Central, um dos formuladores do tripé macroeconômico, Armínio Fraga”, anunciou Aécio.


Críticas


O candidato criticou a maneira como a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, conduziu o Brasil nos últimos quatro anos e alertou para incoerências e contradições da candidata do PSBMarina Silva.


Ao ser questionado sobre o que fará em segurança públicaAécio voltou a defender que é preciso adotar uma política nacional para combater a criminalidade, unificar as ações das polícias civil e militar, reformar os códigos penal e processual penal e não bloquear o repasse de recursos para a área, além de realizar parcerias com os Estados.


“É preciso uma articulação definitiva do poder central com os Estados. Todos sabemos que o tráfico de drogas e o tráfico de armas não são responsabilidade dos Estados. É responsabilidade da União. E as nossas fronteiras infelizmente não vêm tendo a segurança e os investimentos prometidos há quatro anos. Uma Política Nacional de Segurança Públicacoordenada pelo governo federal é essencial para diminuirmos a insegurança no Brasil”, afirmou .


Exemplos


Aécio afirmou que fará no Brasil o que já realizou durante seus dois mandatos à frente do governo de Minas Gerais. A taxa de homicídios, entre 2003 e 2010 no Estado, teve redução de 18%. Em 2010, chegou a 14,7 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, uma das mais baixas do país. Já a taxa de homicídios do Brasil ficou 1,8% maior nesse mesmo período. Com Aécio Neves no governo, Minas foi o Estado que mais investiu em segurança no Brasil: foram 13,4% dos gastos totais do Estado.


Ao ser questionado pela candidata do PT, a atual presidente, Dilma Rousseff, sobre qual sua política para o mercado de trabalho, Aécio criticou o governo petista dizendo que a atual administração não tem proposta para melhorar o futuro dos brasileiros, tampouco capacidade de gerar emprego e confiança dos investidores. “Estamos preparados para fazer o Brasil voltar a crescer e gerar empregos cada vez de melhor qualidade”, disse.


Eficiência


Além de propor ações para retomar a geração sustentável e crescente de emprego, Aécio prometeu conter a disparada da inflação, lembrando que o poder de compra da população nas feiras livres, por exemplo, foi corroído nos últimos seis meses.


Para demonstrar a maior capacidade de administrar o Brasil, o candidato aproveitou para lembrar suas experiências como governador de Minas Gerais, estado que se tornou referência internacional ao implantar a avaliação de desempenho de 100% dos servidores públicos.


“Quando assumi o Governo de Minas, reduzi 1/3 das secretarias e enxuguei os cargos comissionados. Elegemos a educação como prioridade. Chegamos ao final do mandato como a melhor educação do Brasil”, afirmou Aécio. “Falta no Brasil eficiência na gestão pública, que foi entregue a um punhado de partidos”, acrescentou.


Como exemplo na área educacional, Aécio reiterou o compromisso de levar para todo o Brasil o programa Poupança Jovem, alternativa para estudantes que precisam de financiamento para manter seus estudos. “Não é uma política de assistencialismo. Dá alternativa ao jovem, que pode ter como concorrente o tráfico e o crime”, afirmou.


Reforma política e fortalecimento da Petrobras


Aécio defendeu ainda uma reforma política com adoção do voto distrital misto e fim da reeleição, com mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos. Ele reforçou, no entanto, que essa não é posição consensual dentro do PSDB.


O candidato também sublinhou o compromisso de fortalecer a Petrobras e lançou um desafio à presidente ao perguntar se ela se desculparia junto ao povo brasileiro pela gestão irresponsável na estatal. “É realmente uma leviandade a forma que a Petrobras vem sendo administrada. É a Polícia Federal que diz que há uma organização criminosa lá. Um colega seu de diretoria está preso hoje. As denúncias que aí estão são extremamente graves e a senhora não pode se esquivar de respondê-las”, afirmou.


Aécio Neves fez uma defesa em favor da democracia representativa e do fortalecimento das instituições brasileiras. “A democracia pressupõe instituições sólidas. Participação popular é essencial, mas a formatação que busca trazer o PT é algo que já de início avilta o poder soberano que é eleito pela sociedade brasileira”, afirmou Aécio Neves.

3 de julho de 2014

Controle de gastos será uma das medidas de governo de Aécio

Fonte: O Globo


Aécio defende controle de gastos em seu programa de governo

Metas de Economia são divididas em 15 temas; arrecadação prevista é de até R$ 200 milhões

O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), se reúne nesta quinta-feira no Rio de Janeiro com sua equipe de marketing e de programa de governo para divulgar as diretrizes do programa que será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro da chapa. Junto com as diretrizes, será apresentado um teto de gastos de até R$ 200 milhões nos primeiro e (eventual) segundo turnos da campanha. É um valor ligeiramente superior aos R$ 180 milhões apresentados como meta pelo também tucano José Serra em sua campanha à Presidência quatro anos atrás.

Sistematizado pelo ex-governador mineiro Antônio Anastasia, o documento com as diretrizes do programa de governo de Aécio terá 50 páginas divididas em oito capítulos temáticos. O capítulo da Economia terá cerca de 15 temas com medidas mais específicas, lastreadas por uma diretriz central que é a retomada dos pilares macroeconômicos — meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário — e controle de gastos. Essas propostas foram elaboradas pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, junto com outros economistas.

Os oito capítulos temáticos se dividem entre economia, cultura, políticas sociais, segurança pública, políticas para juventude, educação, saúde, meio ambiente e sustentabilidade. Aécio disse que as diretrizes não apresentarão muitos detalhes dos programas que serão implementados. Mas já adiantou que pretende manter e aprimorar programas sociais bem sucedidos da gestão petista como o Bolsa Família, Pronatec e Prouni. Ele também vai abrir o portal do PSDB para receber propostas da sociedade.

REDISCUSSÃO DA MAIORIDADE PENAL
 
Aécio pretende enfrentar temas como corte de ministérios, enxugamento da máquina pública e até mesmo a rediscussão da maioridade penal. Com forte apelo popular diante da escalada da violência, mas com resistência principalmente no PT, Anastasia costura uma proposta intermediária sobre maioridade penal, que permite a um juiz, diante da gravidade do crime e em casos de reincidência, adotar penas mais rígidas aos menores de 18 anos. Embora a proposta atenda ao clamor da sociedade pelo fim da impunidade a crimes hediondos praticados por menores, não agrada parte do Congresso e especialistas.

O eixo do programa é a construção de um novo pacto federativo que sustente uma orientação firme de Aécio para as políticas sociais e de combate à pobreza. O programa dará grande relevância ao Bolsa Família, mas integrado com outros critérios de combate a pobreza envolvendo políticas de saúde, educação, segurança e habitação, seguindo diagnósticos e o mapa de carências e renda da Pnud. Aécio, se eleito, quer aproveitar o período de lua de mel com o Congresso para aprovar, já nos primeiros cinco meses, a reforma tributária para buscar um reequilíbrio de contas entre União, estados e municípios.
— Hoje há uma situação caótica. Os empresários estão insatisfeitos, os contribuintes estão insatisfeitos e os governos e até União também — diz.

14 de novembro de 2011

Aécio Neves critica gestão do PT e diz que falta ao Governo “energia política capaz de conduzir as reformas estruturais” necessárias ao país

Governança, gestão pública, gestão sem eficiência, planejamento público

Fonte: Artigo de Aécio Neves – Folha de S.Paulo

Pensar é preciso

Só os fanáticos não têm dúvidas. Esta frase, se não é de Nelson Rodrigues, poderia ser. E, na política, só os covardes, acrescento, não têm convicções. Mas, entre a dúvida e a convicção, entre a tibieza e o sectarismo, descortina-se um amplo espaço para que floresçam a reflexão, a busca do conhecimento e o exercício da inventividade.

Relembro esse filósofo do cotidiano que foi Nelson Rodrigues, cético de carteirinha, não para me resignar ao imobilismo crônico que parece caracterizar a atual governança do país, mas, pelo contrário, para reagir à miudeza de um varejo político aprisionado na acomodação e voltado para o imediatismo. Ao grau zero de criatividade do continuísmo, cabe à oposição contrapor a responsabilidade cívica de pensar, ousar, debater, divergir e convergir.

Realizamos, há uma semana, no Rio, o seminário “A Nova Agenda: Desafios e Oportunidades”, promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, sob a coordenação dos economistas Elena Landau e Edmar Bacha.

O ITV é uma entidade partidária ligada ao PSDB. O seminário não o era. Quem teve a oportunidade de assisti-lo, de percorrer o repertório de propostas e ideias apresentadas por Pérsio Arida, Gustavo Franco, Armínio Fraga e Simon Schwartzman, entre muitos outros, compreendeu claramente que o ali proposto extrapola uma mera agenda de alternativa de poder.

Foi encerrado com brilhantismo por um Fernando Henrique renovado e provocativo, que não nos deixou esquecer que a oposição precisa vocalizar -”Ou fala ou morre”, sentenciou com razão.

Afinal, há nove anos o Brasil é coadjuvante do seu próprio crescimento. Surfamos na onda da prosperidade mundial enquanto deu. Agora aguardamos, em perplexidade entorpecida, que a tormenta internacional se dissipe.

Ao governo, absorvido pelo cotidiano gerenciamento da governabilidade, falta o combustível da energia política capaz de conduzir as reformas estruturais – na economia, na administração pública, na educação, na infraestrutura- que fariam o Brasil mudar de patamar como nação.

Ouvimos formulações de alto alcance estratégico e outras de simplicidade desconcertante. Por exemplo, de como modernizar toda a malha ferroviária em operação no país com o dinheiro que está reservado para o inacreditável trem-bala; de como aumentar a remuneração da caderneta de poupança e do FGTS, impactando positivamente a poupança interna do país.

Refletiu-se sobre novos caminhos para superação da baixa qualidade da educação e saúde oferecidas nas redes públicas. Muitas ideias surgiram. Outras certamente virão. Que elas possam inspirar o novo e necessário debate que o Brasil e os brasileiros merecem.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna