Mostrando postagens com marcador governo Fernando Henrique. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo Fernando Henrique. Mostrar todas as postagens

31 de maio de 2013

Política: coluna de Aécio Neves na Folha

Aécio: “é preciso ter atitudes para que política não perca, aos olhos da população, a legitimidade como instrumento transformador”.




Aécio Neves: presidente do PSDB


Fonte:  Folha de S.Paulo

Artigo – Aécio Neves


Aécio Neves

Aécio Neves novo presidente do PSDB

Política?


Começo a semana diferente, com a responsabilidade de dirigir o maior partido de oposição do Brasil.

Ninguém desconhece as enormes dificuldades da representação política no país. Embalado pela profusão de cerca de três dezenas de legendas e pela lógica do modelo de governança de coalizão, o quadro partidário é anêmico: sofre de forte descrédito, movido por denúncias graves de apropriação e manejo indevido de recursos e um sem-número de outras incongruências.

Faltam nitidez programática e posicionamento. No lugar das ideias, prevalece a sobrevivência eleitoral, à reboque de alianças contraditórias. Algumas inexplicáveis.

O aliciamento político, a partilha de cargos e os interesses em extensas áreas da administração pública enfraqueceram o debate nacional e tornaram o exercício do contraditório cada vez mais raro, quase uma excentricidade. Para impedi-lo, lança-se mão do expediente de tentar transmudar cobranças legítimas, críticas e questionamentos em antipatriotismo, como se governo e país fossem um só.

A política de alianças e a composição de uma base congressual extensa e heterogênea, como a atual, só se justificam quando se constituem em ferramenta política para fazer mudanças estruturais necessárias, enfrentar corporativismos ou garantir viabilidade de reformas. É o preço que se paga para fazer o que precisa ser feito, o que, muitas vezes, requer medidas impopulares, que deveriam superar a conveniência da hora ou das urnas futuras.

O descrédito com a atividade política se amplia mais com o descompasso existente no país entre promessa e compromisso. O que, em política, deveria ser sinônimo, na prática são termos que não guardam nenhuma relação entre si.

Recordo, uma vez mais, apenas um dentre inúmeros exemplos, a promessa não cumprida da presidente da República na campanha de 2010 de desonerar as empresas de saneamento como forma de acelerar os investimentos na área.

Temos governos que não se sentem obrigados a cumprir o que pactuaram com a população nas urnas e uma população que, já amortecida por sucessivas frustrações, parece achar isso natural, a ponto de abrir mão de justas cobranças.

E, com isso, reveste de triste verdade a famosa frase de Apparício Torelly, o Barão de Itararé, adaptada à política: de onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada

Nesse ambiente de descrédito, onde todos perdem, os partidos precisam retomar a responsabilidade que lhes cabe na representação da sociedade.

Para nós, do PSDB, uma das principais tarefas nesse campo tem sido buscar formas de impedir que a política perca, aos olhos da população, a sua legitimidade como instrumento transformador da realidade.


AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

21 de maio de 2013

2014: Aécio promete novo tempo na política

Aécio: “Onde estiver o PSDB, estejam absolutamente seguros, estará a defesa intransigente da ética, da liberdade e da democracia", comentou o senador.


Aécio Neves: eleições 2014


Aécio Neves assume PSDB prometendo um novo tempo na política brasileira 

 “Ética e política devem ser como irmãs siamesas e jamais se separarem”. Foi relembrando um ensinamento de Aécio Cunha, seu pai e ex-deputado por Minas Gerais, que Aécio Neves resumiu o significado do PSDB para a política nacional.

Em seu discurso de posse como novo presidente nacional do partido, ele deu mostras de que irá liderar um movimento pela retomada da confiança da população na política, algo que vem se perdendo com os dez anos de escândalos protagonizados pelo PT e pelo governo federal.

Aécio Neves encheu de otimismo o público presente à convenção de seu partido, no último sábado (18/05) em Brasília, pois foi coerente e firme. De um lado, fez o que sempre disse que faria: exaltou o legado do PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mostrou respeito à geração mais antiga do partido.

“O que quero dizer a vocês, com a responsabilidade de presidente, a partir desse instante, do maior partido de oposição do Brasil, é uma palavra de honra e de orgulho. Orgulho da nossa trajetória, dos nossos companheiros, mas em especial, orgulho da nossa história”, disse em seu discurso, ao lado de FHC e de José Serra.

Por outro lado, Aécio Neves fez um discurso ousado e olhando para o futuro. Mostrou que será intransigente nas cobranças ao governo federal. Não deixará de apontar os desserviços do PT ao Brasil, com seu governo recheado de escândalos e agressões à democracia brasileira.

“Onde estiver o PSDB, estejam absolutamente seguros, estará a defesa intransigente da ética, da liberdade e da democracia. Os nossos adversários, e aqui isso já foi dito, vêm atentando contra a democracia, querendo colocar um garrote no Supremo Tribunal Federal, inibir as ações do Ministério Público, cercear a imprensa, inibir a livre movimentação das forças políticas. Mas sabem por que fazem isso? Porque temem, porque nos temem, porque sabem que no confronto, no olho no olho, nós poderemos dizer que temos coerência”, exaltou.

A eleição do novo presidente nacional do PSDB trouxe gás novo ao partido. O otimismo também é unânime. Tanto os velhos tucanos quanto a nova geração que forma a oposição no Brasil se sentiram representados no discurso de Aécio Neves.