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31 de maio de 2013

Aécio Neves: senador ataca inflação e mostra Choque de Gestão

Aécio na TV apresentou ações de fomento ao empreendedorismo criado em Minas como porta de saída para beneficiários dos programas sociais.


Aécio: choque de gestão em Minas


“É preciso trabalhar para a superação real da pobreza, criando condições para que as pessoas possam trabalhar e crescer na vida. Não acho que a herança que um pai de família pode deixar pro seu filho é o cartão do Bolsa Família.”

Aécio Neves critica a inflação em programa de TV

Aécio Neves critica a inflação em programa de TV

Fonte: O Estado de S.Paulo

Aécio usa inflação e gestão em Minas para criticar Dilma

PSDB usou seu programa de TV que foi ao ar ontem à noite para apresentar ao eleitor de fora de Minas Gerais as realizações do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à frente do governo do Estado e para tentar desgastar o governo de presidente Dilma Rousseff (PT) com a inflação.

Além disso, os tucanos apostaram no tema do fomento ao empreendedorismo como um contraponto aos programas de transferência de renda do governo petista, que tem neles seus “carros-chefe”, como o Bolsa Família e o Brasil Carinhoso.

Atacado por petistas por não ter usado palavras como “povo” e “pessoas” em seu discurso crítico aos dez anos do PT no poder, feito na tribuna do Senado em fevereiro, o presidente nacional do PSDB apareceu no programa visitando a população do interior de Minas e também em uma roda de conversa com um grupo de eleitores.
Veja o vídeo em: Aécio mostra a nova cara do PSDB para o Brasil

Aécio também aparece dentro de uma van em movimento, no qual percorre seu Estado. De saída, em São João del-Rei fala do avô, Tancredo Neves, e diz ter sido um “espectador privilegiado” da luta pela democracia por ter estado ao lado dele e de Ulysses Guimarães. Em traje informal, o mineiro usa jeans e camisa para fora da calça.

Em deferência ao PSDB paulista, em parte resistente à candidatura de Aécio, o programa mostrou trechos dos discursos do ex-governador José Serra, do atual governador, Geraldo Alckmin, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na convenção do partido, há duas semanas.

Tomate. Na conversa com eleitores, o assunto foi a inflação. Uma mulher pergunta se os salários diminuíram ou se o custo de vida aumentou. Uma segunda reclama que o salário “não chega até a metade do mês, não dá nem para pagar as contas”. Uma terceira sustenta, em referência ao fruto que encarnou a alta dos preços, que “a sensação é de abuso, porque o tomate chegou a R$ 10 o quilo”.

Dizendo-se estar “muito preocupado” e tratar-se de “uma questão muito grave”, porque penaliza mais os pobres, o senador afirma que “a inflação deve ser tratada com tolerância zero”. “É preciso que o governo dê o exemplo.”

“Um governo que gasta mais do que arrecada é o governo que vai estar ao final estimulando a inflação”, diz Aécio aos eleitores. O tucano ainda recupera o Plano Real – “o mais exitoso plano de controle da inflação” – para defender a tese de que “tudo o que veio depois, veio com a estabilidade”. “A gente não teria os investimentos que o Brasil teve se não tivesse estabilidade. Não ia ter os programas de transferência de renda.”

Ele ainda critica a duração desses programas. “É preciso trabalhar para a superação real da pobreza, criando condições para que as pessoas possam trabalhar e crescer na vida. Não acho que a herança que um pai de família pode deixar pro seu filho é o cartão do Bolsa Família.”

O programa mostra uma artesã e um produtor rural mineiros que sustentam ter se desenvolvido profissionalmente a partir de ações de Aécio como governador – a primeira, porque o governo estimulou um circuito de artes; o segundo, porque fez estradas para escoar a produção.

O mineiro também voltou a defender o setor privado, tema abandonado pelos tucanos desde a eleição presidencial de 2002. Segundo Aécio, esse setor “é essencial” e não pode “ser tratado como inimigo”.

3 de abril de 2013

Aécio: FHC promove encontro com empresários de olho em 2014

Aécio: Fernando Henrique disse que agora depende do senador “estruturar” partido para enfrentar eleição presidencial de 2014.




Aécio: Eleições 2014


Fonte: Folha de S.Paulo

Tucanos já buscam recursos para Aécio



Ex-presidente Fernando Henrique leva senador mineiro e dirigentes do partido para reuniões com empresários


Objetivo é montar logo estrutura para bancar viagens, contratar equipe de propaganda e pesquisas de opinião



O PSDB vai intensificar contatos que já vem realizando com empresários para captar recursos e montar uma estrutura de apoio à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência.

O objetivo é contratar equipes de propaganda e pesquisas de opinião, além de bancar as viagens que Aécio deve fazer nos próximos meses.

Os contatos com empresários têm sido feitos principalmente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tem levado Aécio e outros dirigentes do partido para algumas dessas conversas.

Aécio passou o último fim de semana em São Paulo com esse objetivo. Ele participou de um evento partidário na segunda-feira e aproveitou os dias anteriores para encontrar empresários da construção civil. Ele e FHC também já fizeram contatos no setor financeiro e na indústria.

Os tucanos tratam o assunto com discrição. Dizem não querer divulgar as reuniões para não passar a impressão de que estão competindo com o governador Eduardo Campos (PSB-PE), outro potencial candidato que tem feito contatos no meio empresarial.

Eles destacam também que o partido quer evitar expor a retaliações do governo empresários que manifestem a intenção de apoiar o PSDB.

Aécio Neves tem feito visitas regulares a São Paulo e ao Rio de Janeiro. Além de empresários, o senador tem procurado economistas e consultores do mercado financeiro.

De acordo com um tucano que tem participado dessas conversas, a movimentação no PSDB precisou ser antecipada porque os petistas já estão em campanha e, por estarem no poder, têm mais facilidade para obter recursos.

Além disso, diz ele, o governo tem condições de pôr a serviço da presidente Dilma Rousseff a máquina de propaganda oficial, com impacto positivo para sua imagem.

Na segunda-feira, Aécio ganhou o apoio do governador Geraldo Alckmin e de outros líderes do PSDB de São Paulo para assumir o comando da legenda na convenção que renovará sua direção nacional, marcada para maio.

Principal cabo eleitoral do senador no PSDB, Fernando Henrique disse a colegas de partido que o evento de segunda-feira “sacramentou” a candidatura de Aécio a presidente da sigla, etapa considerada crucial para organizar sua campanha à Presidência.

O ex-presidente disse aos tucanos que, agora, depende de Aécio “estruturar” o partido para enfrentar a eleição presidencial do próximo ano.

Principal obstáculo à hegemonia do mineiro no partido, o ex-governador José Serra está fora do Brasil. Ele retorna de viagem no próximo sábado, quando deverá agendar nova rodada de conversas com Aécio. FHC disse a aliados não ver mais “obstáculos” ao mineiro.

5 de dezembro de 2012

Aécio presidente: PSDB-MG faz encontro e prefeitos confirmam apoio ao senador

Aécio presidente: Para o deputado e presidente do PSDB-MG, Marcus Pestana, 9,9 entre 10 tucanos “olham para 2014 e veem o retrato de Aécio”.


Aécio presidente


 Aécio presidente: prefeitos mineiros reforçam apoio

Fonte: Estado de Minas


Mineiros engrossam o coro para candidatura de Aécio a presidente da República


Lançado na véspera por caciques tucanos como o nome do partido à Presidência, Aécio tem candidatura defendida pela cúpula da legenda no estado durante encontro de prefeitos eleitos



Um dia depois de ter o nome lançado pelos caciques tucanos em Brasília como candidato a presidente em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu o apoio dos correligionários mineiros. Nessa terça-feira, em Belo Horizonte, durante encontro dos prefeitos e vice-prefeitos eleitos pelo PSDB em Minas Geraiscom os líderes do partido a tônica foi de defesa do nome do ex-governador, que não participou do evento.

Para o governador Antonio Anastasia (PSDB) existe há muito tempo a vontade dele e dos demais membros do partido de ver Aécio candidato a presidente. “Já havia esse movimento em 2010, e o próprio Aécio naquele momento achou por bem não indicar seu nome e apoiar José Serra. Agora, me parece que há uma grande inclinação consolidada a favor do senador. Mas dependerá da sua vontade, da sua disposição, que acho que existe, em ser o candidato do PSDB a presidente da República em 2014”, afirmou Anastasia.

O governador ministrou uma curta palestra aos prefeitos eleitos. Os tucanos conquistaram 143 prefeituras e compuseram chapa com 115 vice-prefeitos. Além dos prefeitos e vices, participaram do encontro representantes das bancadas estaduais e federais do PSDB. O deputado federal Carlos Masconi (PSDB) disse que a principal bandeira do partido é: “Lutar pela candidatura do nosso grande líder Aécio à Presidência”.

Outro representante tucano na Câmara, Domingos Sávio, subiu o tom: “É a hora do Aécio. É a hora de Minas mostrar o que fez de sério”. O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Dinis Pinheiro, também foi enfático ao falar o nome do senador. “Esperança de um novo tempo com um homem que dará dias melhores ao nosso povo. Esse homem se chama Aécio Neves”, afirmou Pinheiro.

Enquanto o nome de Aécio é dado como certo pelos tucanos mineiros em 2014, Anastasia prefere não falar de seu futuro, com a possibilidade de concorrer a uma vaga no Senado. “As eleições em Minas Gerais vão depender de composições para os cargos majoritários, incluindo as alianças para que senador Aécio seja o candidato a presidente”, entende o governador.O presidente estadual doPSDB, deputado federal Marcus Pestana, garante que a oposição terá candidato. “É da democracia a alternância de poder”, afirma. Para o deputado, 9,9 entre 10 tucanos “olham para 2014 e veem o retrato de Aécio”. O que é preciso administrar é o tempo do lançamento da candidatura.


Pestana cita frases do avô de Aécio, o ex-presidente Tancredo Neves. “É preciso deixar a onda bater várias vezes antes de apurar o que tem na espuma”, destaca o deputado. Outra expressão usada por Tancredo e repetida por Pestana é: “Candidato não pode ficar muito tempo exposto no sereno”.

PRÓXIMOS PASSOS Apesar de pregar cautela, Pestana disse que o PSDB já precisa pensar em organizar a ação de comunicação, com a contratação de um marqueteiro e de um instituto de pesquisa para traçar os passos de Aécio Neves no caminho dacandidatura à Presidência. Outra ideia defendida por Pestana e que foi lançada pelo ex-governador do Ceará, Tasso Jeiressati, é de que Aécio se torne presidente nacional do partido, substituindo o deputado federal pernambucano Sérgio Guerra, que deixa a legenda em maio do próximo ano.


Para Pestana, a possibilidade do Aécio se tornar presidente da legenda está colocada e será observada no tempo certo, ou seja, até abril, pouco antes da convenção partidária que definirá o novo presidente da legenda. Um dos objetivos dos partidários dessa tese é destacar Aécio na propaganda televisiva a que o PSDB tem direito. No primeiro semestre o partido terá direito a 40 inserções de 30 segundos e mais um programa de 10 minutos.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende no partido uma discussão para definir qual será a visão de futuro para o país. Outra estratégia da bancada mineira para fortalecer o projeto da candidatura de Aécio foi abrir mão da liderança da bancada na Câmara dos Deputados. “A liderança da bancada caberia a Minas Gerais e os deputados Domingos Sávio e Paulo Abi-Ackel abriram mão. Provavelmente, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) será o futuro líder”, antecipa Pestana sobre a votação que ocorrerá na semana que vem.


RECLAMAÇÕES Os prefeitos reclamaram muito da distribuição de recursos da União. A principal queixa é em relação ao veto da presidente Dilma Rousseff, que limitou a distribuição dos royalties do petróleo e tirou a oportunidade de os municípios mineiros arrecadarem até R$ 500 milhões a mais por ano. O prefeito de Lambari, Sérgio Teixeira (PSDB), reclama que a cidade no Sul de Minas tem uma carência grande na saúde e precisa construir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) orçada em R$ 1,2 milhão.


Em Itamarandiba o prefeito eleito, Erildo Gomes (PSDB), já contava com o dinheiro para reformar o mercado municipal e pavimentar algumas ruas. A cidade no Vale do Jequitinhonha é considerada a capital brasileira do eucalipto.



Aécio: presidente: Link da matéria: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/12/05/interna_politica,334495/mineiros-engrossam-o-coro-para-candidatura-de-aecio-a-presidente-da-republica.shtml

4 de dezembro de 2012

2014: Aécio presidente

2014: Aécio presidente – “Na minha opinião pessoal e de 99% do PSDB, Aécio é o verdadeiro candidato do partido”, disse Guerra.


2014: Aécio presidente


Fonte: Folha de S.Paulo


Tucanos defendem que Aécio antecipe candidatura ao Planalto


Aliados de Serra, porém, pedem mais discussão sobre o tema


Sérgio Lima/Folhapress

 2014: PSDB quer Aécio presidente

Aécio Neves e FHC durante seminário promovido pela Executiva Nacional do PSDB



DE BRASÍLIA
Integrantes da cúpula do PSDB defenderam ontem o nome do senador Aécio Neves (MG) para a disputa presidencial de 2014.

A citação do nome do senador foi feita em encontro do partido, comandado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo presidente nacional da sigla, deputado Sérgio Guerra(PE).

O primeiro passo para a consolidação interna do nome de Aécio será a ocupação da presidência do PSDB em maio, quando ocorrem eleições internas para o posto. O ingresso de Aécio no comando da legenda foi adiantada pela Folha em novembro.

A estratégia do partido é usar 40 propagandas semestrais da legenda na TV para expor a imagem do senador.

“Na minha opinião pessoal e de 99% do PSDB, Aécio é o verdadeiro candidato do partido”, disse Guerra.

Integrantes da cúpula do PSDB já defendem o nome de Guerra para assumir o comando do Instituto Teotônio Vilela, hoje ocupado pelo ex-senador Tasso Jereissati.

A fala de Guerra ocorreu no mesmo dia em que FHC, em entrevista à Folha, pediu para que Aécio “assumisse” a candidatura à Presidência.

Ontem, entre Aécio e Guerra, FHC pediu um posicionamento do mineiro. Aécio se esquivou: “Olha, não conheço na história de nenhum país civilizado uma pessoa que se autoproclama líder”.

FHC o interrompeu e disse: “Eu que estou te proclamando”. Sorrindo, Aécio então complementou: “Cumprirei meu papel como sempre cumpri, sem açodamento”.

Aliados de José Serra defendem mais discussões para o lançamento do candidato. Serra não participou do encontro ontem.

8 de novembro de 2012

2014: oposição defende eficiência na gestão pública

2014: oposição defende eficiência na gestão pública. Foco é na nova classe média e mostrar a importância da ética na política.


2014: oposição


 2014: oposição defende eficiência na gestão pública

2014: oposição defende eficiência na gestão pública. Foco é na nova classe média e mostrar a importância da ética na política.



Fonte: O Globo


De olho em 2014, oposição parte para seduzir aliados do governo


Partidos querem transformar capitais conquistadas agora em vitrines


BRASÍLIA – Concluída a eleição municipal, em que ganhou novos espaços nas regiões Norte e Nordeste, a oposição começa a se movimentar para a disputa de 2014, com uma ofensiva sobre o campo governista. O projeto de PSDB, DEM e PPS para tentar disputar a Presidência da República passa por partidos da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff. Os oposicionistas vão investir na aproximação com aliados nacionais do PT, não só com o PSB do governador Eduardo Campos (PE), mas também com setores de PR, PTB, PDT e PP, e até com o PMDB, aliado preferencial do Palácio do Planalto.


O primeiro passo, porém, para os tucanos, é construir discurso que encontre ressonância na sociedade e pôr em prática a propalada renovação do PSDB, como pregou no pós-eleição o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O caminho traçado é focar na nova classe média, defender a eficiência na gestão pública e martelar a importância de valores como ética, para fazer contraponto ao mensalão petista.


Paralelo a isso, os partidos de oposição pretendem transformar capitais conquistadas nestas eleições, como Salvador, Manaus e Vitória, em vitrines de seu modo de governar.


- PSDB, DEM e PPS só não têm chance folgada de êxito. Temos que compor com outros segmentos. A relação dos partidos da base com o governo não está boa. A do PSB está fraturada, o PMDB teve embates nesta eleição, e a situação de PR, PP e PTB não é confortável – afirmou o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).


Para ele, a discussão sobre quem será cabeça de chapa tem que ficar para um segundo momento. Diz que, se a conversa começar por aí, não avança. E aposta ainda que as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, apesar de acordo já firmado entre PT e PMDB, têm potencial para gerar mais atritos na base aliada.


O sinal amarelo já acendeu no PT. O partido está preocupado e monitora com atenção os movimentos principalmente de Eduardo Campos e seu namoro com a oposição. Esse assunto foi tema de reunião do presidente nacional do PT, Rui Falcão, com a bancada petista no Senado, no último dia 30.


Pré-candidato do PSDB à Presidência e cauteloso como sempre, o senador Aécio Neves (MG) afirma que a ampliação do leque de alianças seria consequência de uma candidatura competitiva, e não seu ponto de partida, e que isso seria uma agenda para 2014. Para ele, a prioridade é construir um discurso que tenha eco no eleitorado.


- Há espaço para o PSDB falar para a classe média emergente – afirmou o tucano mineiro.


Para Aécio, o futuro da oposição é “alvissareiro”. Ele comemora o resultado das eleições municipais e afirma que a conquista pela oposição de capitais no Norte e no Nordeste foi estratégica:


- Tínhamos sido dizimados no Norte e Nordeste e agora renascemos onde mais precisávamos.


Ao traçar cenários para 2014, os três partidos apostam em uma nova crise econômica, mais forte, e na incapacidade, segundo eles, de o governo federal lidar com ela. Nesse cenário, Dilma disputaria a reeleição mais fraca.


- Um dado fundamental para discutir 2014 é que até lá vamos ter uma crise econômica mais forte ainda e um governo incompetente para enfrentar esses desafios – disse o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP).


Enquanto não chega a hora das prévias de 2014, a oposição pretende se empenhar em viabilizar seus projetos administrativos nas capitais conquistadas nestas eleições.


- Salvador pode se tornar vitrine de nossas ideias. Dilma, por exemplo, demonizava as privatizações, concessões e agora está aí, fazendo. Salvador tem um trânsito caótico por falta de investimentos. Temos dinheiro? Não. A saída é fazer privatizações e concessões – afirmou Agripino.


2014: oposição - Link da matéria: http://oglobo.globo.com/pais/de-olho-em-2014-oposicao-parte-para-seduzir-aliados-do-governo-6625343

9 de abril de 2012

Aécio Neves: senador líder da oposição já é visto como um dos principais nomes do PSDB para eleição presidencial de 2014.


Fonte: Veja.com
Foto/Thais Arbex
Aécio Neves: senador líder da oposição
Aécio Neves: “Defendo que o candidato do PSDB a presidente seja referendado por uma prévia nacional” (José Cruz/Agência Senado)
“Nós temos que emoldurar o discurso local com propostas nacionais do PSDB para que as pessoas tenham a percepção de que o PSDB disputa uma eleição municipal, mas tem a perspectiva de um projeto nacional para o futuro”
Apontado como “candidato óbvio” do PSDB à Presidência da República pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves media forças com José Serra até o último dia 25. Mas bastou o ex-governador vencer as prévias do PSDB para a prefeitura de São Paulo para Aécio dar seu grito de liberdade. E assumir, assim, sem constrangimento, tampouco cerimônia ou adversários internos, o papel de presidenciável e líder da oposição.
Na prática, porém, Aécio já havia vestido os trajes de protagonista há algum tempo. Em meados do ano passado, foi escalado pela cúpula tucana para percorrer o Brasil com o objetivo de resgatar a militância e dar um novo gás ao partido. Aécio deu início ao giro pelo país no segundo semestre do ano passado e já esteve em mais de quinze estados, entre eles Paraná, Bahia, Ceará, Goiás. A mais recente visita foi a Rio Branco, no Acre.
Na pauta oficial, a discussão sobre os problemas brasileiros. Nos bastidores, porém, a preocupação dos tucanos com dois pontos específicos: a estruturação dos palanques e a ampliação das alianças, não só com os partidos de oposição, mas também – e principalmente – com os da base do governo Dilma; e a formação de um novo discurso nacional do PSDB, que unifique a legenda para chegar em 2014 como uma alternativa viável à gestão do PT. Temas como saúde e segurança pública são tidos como prioritários para os tucanos.
Em entrevista ao site de VEJA, o senador fala sobre o seu papel nas eleições municipais deste ano, da importância de o PSDB reestruturar sua base em todo país e formar um novo discurso. Mas prefere manter o discurso oficial, de que ainda não é o momento de discutir 2014. Leia abaixo a entrevista:
Qual será o seu papel nas eleições deste ano? Obviamente será o papel que o partido determinar. E não será diferente do papel dos outros líderes partidários. Acredito que nosso papel é manter a chama acesa de que o PSDB tem um projeto nacional, que o PSDB considera que este modelo que está ai se exauriu, perdeu a capacidade de iniciativa. E nós vamos começar, paulatinamente, a nos contrapor à posição do governo na saúde, para mostrar o que o PSDB faria, a omissão do governo na questão da segurança, para mostrar como o PSDB agiria. E também na questão da infraestrutura, da ausência de planejamento, no engodo que é esse PAC [O Programa de Aceleração do Crescimento, vitrine do governo federal]. E não serão apenas críticas feitas pelo Aécio. Serão feitas pelas principais lideranças do partido.
O senhor começou a percorrer o país no segundo semestre do ano passado. É o início da agenda de presidenciável? Eu, na verdade, continuo fazendo o que faço desde o ano passado, desde o início do meu mandato, que é me colocar à disposição dos companheiros do partido para ajudar na reorganização do partido nos estados. Não apenas eu, como outras lideranças do partido, também devem desempenhar este papel. E eu continuarei fazendo isso. Onde o partido achar que a minha presença, levando suas ideias nacionais, os contrapontos que devemos fazer em relação ao governo que está ai, eu, sem prejuízo para o meu mandato, vou estar à disposição dos companheiros. Sempre com a lógica da reorganização partidária e das eleições municipais. Tirando a tônica de 2014 porque ainda não é momento dessa definição na minha avaliação.
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, diz que, além de um pedido da direção nacional, o senhor está atendendo a uma demanda das lideranças estaduais. Tenho convite para participar de eventos do partido em praticamente todos os estados brasileiros, mas não tenho condições de ir a todos. Por isso, discuto com a direção onde é mais estratégica a minha presença. São nesses lugares que vou estar. E nós, as lideranças principais do partido, vamos estar à disposição principalmente nas eleições municipais. Nesta semana, inclusive, conversei com o presidente Fernando Henrique, que também se disporá a viajar por algumas capitais do Brasil. O próprio Sérgio Guerra [presidente nacional do PSDB] também fará isso. Nós temos que emoldurar o discurso local com propostas nacionais do PSDB para que as pessoas tenham a percepção de que o PSDB tem um projeto nacional, que disputa uma eleição municipal, mas tem a perspectiva de um projeto nacional para o futuro. E é a perspectiva de poder que move a política.
E qual é o foco dessas agendas? Sempre procuro mesclar uma atividade na sociedade, em organizações suprapartidárias, com eventos da militância, onde se fala com mais liberdade das propostas do partido. Mas normalmente essas visitas têm esse equilíbrio e normalmente elas são demandadas ou por companheiros do PSDB, ou por aliados do PSDB, como aconteceu na Bahia, no Rio Grande do Norte, onde estive em eventos promovidos em conjunto pela governador Rosalba Ciarlini e por lideranças do PSDB. E eu tenho buscado falar para alguns segmentos da sociedade e focando muito em gestão, falando muito das nossas experiências exitosas em Minas. Acredito que gestão pública eficiente tem que estar na liderança da nossa agenda, tem que ter um papel de destaque no nosso discurso.
A confirmação da pré-candidatura do ex-governador José Serra a prefeito de São Paulo deu mais liberdade para começar a percorrer o Brasil e ser apontado como presidenciável? Não porque não estou fazendo como candidato. Eu já fazia esse movimento. É só ver o número de cidades e estados que visitei antes da confirmação da pré-candidatura do Serra e comparar com o que eu fiz depois. É um processo natural. Venho fazendo isso como militante partidário. O que aumentou foi a demanda por minha presença em vários locais. Mas é importante registrar que a candidatura do Serra em São Paulo foi um gesto partidário, foi um de solidariedade dele para com o partido e assim tem sido compreendido por nós porque, querendo ou não, a candidatura em São Paulo tem, sim, um espaço de discussão nacional. A candidatura do Serra une o partido, a questão das prévias legitima essa candidatura e o PSDB larga para essas campanhas municipais em até melhores condições que o nosso principal adversário, que é o PT.
As prévias podem ser adotadas de vez pelo partido? Se dependesse de mim, já teriam sido adotadas lá trás. Eu defendo que o candidato do PSDB a presidente, independentemente do número de candidatos, seja referendado por uma prévia nacional.

9 de fevereiro de 2012

Aécio Neves: “O PT saiu do armário”, disse o senador durante debate com o PT sobre a privatização dos aeroportos


Aécio oposição 
Fonte:  Daniel Marenco – Folhapress  

Privatização foi desmistificada, diz FHC

Ex-presidente afirma que concessão dos aeroportos é prova de amadurecimento político-econômico do país
Aécio diz que PT copia tucanos; para governo, dinheiro será para investimentos, e não para abater dívida
O ex-presidente FHC, que afirma acreditar no fim dos ‘fantasmas’ da privatização
DE SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, realizadas nesta semana, são uma mostra do amadurecimento político-econômico do país.
Para FHC, os leilões dos aeroportos servirão para “desmistificar” a privatização e acabar com gestos políticos de condenação ao processo. “Como se fosse o demônio que privatiza”, afirmou.
“A privatização não é uma questão ideológica. É uma questão que depende das circunstâncias, de como você aumenta sua capacidade de gerenciar, aumenta sua oferta de serviço, melhora a eficiência e aumenta também a quantidade disponível de recursos. É uma questão de responsabilidade”, disse FHC ao site Observador Político.
“Quando a privatização é bem-feita, todo mundo ganha. Esses fantasmas estão desaparecendo porque o Brasil está mais maduro.”
No depoimento, o ex-presidente voltou a defender as privatizações anteriores, inclusive as realizadas em suas duas gestões (1995-2002).
“As siderúrgicas começaram a ser privatizadas no governo [José] Sarney. Depois teve a Embraer e a [Companhia] Siderúrgica Nacional no governo Itamar [Franco]. No meu caso, as telefônicas e a Vale”, afirmou.
FUNDOS DE PENSÃO
FHC também defendeu a participação do governo e dos fundos de pensão estatais.
“Os fundos de pensão são para isso, para investir, não tem nada de negativo nisso. O importante é ser transparente, que haja uma agência reguladora”, disse, fazendo um alerta contra a formação de monopólio. “Tem que manter a competição.”
Outro líder tucano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) acusou o PT de copiar as iniciativas econômicas da gestão FHC. “Há um software pirata em execução no Brasil. Porque o original é nosso. Quem concebeu essa construção macroeconômica de câmbio flutuante e superavit primário foi o PSDB”, disse Aécio, em nota enviada por sua assessoria de imprensa.
O senador considera que houve “demora excessiva” na concessão dos aeroportos.
DIFERENÇA
Em resposta, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse ontem que o dinheiro dos leilões (R$ 24,5 bilhões) será usado para investimentos em infraestrutura, o que não ocorreu nos anos FHC.
“[Os recursos] Não serão contingenciados e utilizados para abater dívida. Isso faz com que a nossa concessão seja diferente”, afirmou.

Aécio Neves: “O PT saiu do armário”, disse o senador durante debate com o PT sobre a privatização dos aeroportos


Fonte: Cristiane Agostine, Raquel Ulhôa e João Villaverde – Valor Econômico

Privatização leva a duelo verbal entre tucanos e petistas

Alvo das críticas do PT por promover privatizações em sua gestão (1995-2002), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a presidente Dilma Rousseff desmistificou “o demônio do privatismo” ao conceder à iniciativa privada três dos principais aeroportos do país, Guarulhos, Brasília e Viracopos, por R$ 24,5 bilhões.
FHC reiterou que a privatização não é uma questão ideológica. “É uma questão que depende das circunstâncias”, declarou, em um vídeo divulgado ontem pelo site do tucano, o “Observador Político”.
Fernando Henrique, presidente de honra do PSDB, não citou diretamente as críticas feitas pelo PT à privatização realizada durante seu governo e nas campanhas presidenciais de 2006 e 2010. No entanto, rebateu os ataques que ouviu durante a privatização da Vale. “Não há risco de desnacionalização”, afirmou FHC. “São fantasmas que estão desaparecendo porque o Brasil está mais maduro”, declarou.
O ex-presidente lembrou dos ataques que recebeu. “Quantas críticas eu ouvi porque o BNDES participava das privatizações… Agora continua participando e tem que participar para financiar”, disse. “Outras críticas eram sobre o dinheiro dos fundos de pensão. Mas os fundos de pensão são para isso, são para investir, e agora que a taxa de juros está caindo tem que investir mais. Não tem nada de negativo nisso”, comentou FHC. “Espero que agora os aeroportos comecem a funcionar e que dê tempo até a Copa [de 2014]“, ironizou.
Depois da manifestação de líderes do PSDB nos últimos dias, comparando o leilão dos aeroportos às privatizações conduzidas pelos tucanos nos anos 1990, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu em defesa do governo Dilma Rousseff. “Nosso modelo de concessão é diferente da política de Fernando Henrique Cardoso, que tinha na lei de concessão e privatização a obrigação de usar o recurso para pagar dívida”, afirmou.
“Trata-se de uma diferença fundamental entre a nossa forma [de concessão], que não vai para o superávit primário. É claro que os recursos entrarão no caixa do governo, mas serão direcionados para o fundo do setor, que vai utilizar os recursos [obtidos com o leilão] para investimentos nos aeroportos regionais, de forma a criar uma grande rede de aeroportos regionais”, disse o ministro, em referência ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
Em resposta às provocações dos tucanos, o ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente nacional do PT, José Dirceu defendeu a privatização e disse que o PSDB “está com ciúmes”. Assim como Mantega, Dirceu tentou diferenciar a ação do governo Dilma das privatizações feitas por FHC.
Segundo o ex-ministro, o leilão dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília não significa a “retomada do processo de privatização” do governo tucano. “Com essas concessões, apenas repete-se o bom desempenho dos governos dos presidentes Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] e Dilma Rousseff no setor de rodovias – concedidas mediante exigências completamente diferentes das estabelecidas nesta área pelo tucanato”, afirmou Dirceu em artigo publicado nesta quarta-feira no site do petista. “E vêm aí as concessões dos portos e as revisões dos contratos das ferrovias, onde nunca o poder público investiu tanto”, registrou.
Para Dirceu, os tucanos estão “inquietos, desarvorados”. “Tanto alarde feito pelo PSDB comprova apenas uma coisa: os tucanos passaram recibo, estão com ciúmes!”
Entre afagos e alfinetadas, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Lindbergh Farias (PT-RJ) protagonizaram ontem um debate público que expôs a dificuldade do PT em justificar a concessão dos aeroportos pelo governo Dilma Rousseff – após o partido atacar tão duramente as privatizações da gestão FHC – e a disposição do PSDB em explorar eleitoralmente essa aparente “incoerência”.
Durante a gravação de entrevista dos dois para um programa de televisão, fora do plenário do Senado, Lindbergh equivocou-se e, num “escorregão”, usou a palavra “privatização” no lugar de “concessão”, alimentando as provocações.
“A privatização dos aeroportos foi a privatização mais bem sucedida no Brasil”, disse Lindbergh, ao lado de Aécio. “Olha aí, assumiu. O PT saiu do armário”, comentou o tucano. Constrangido, Lindbergh tentou retomar as rédeas da conversa. “Aécio tem tudo para ser presidente um dia, mas nesse caso, está equivocado”. O mineiro devolveu o elogio, dizendo que Lindbergh seria governador um dia e poderiam até estar juntos. “Se não tivessem amarras, ele teria muito mais prazer em andar comigo do que com muitos aliados dele”.
Brincadeiras à parte, o debate mostrou que o assunto é indigesto aos petistas. Em ano eleitoral, o PT tem que explicar às bases a aparente mudança de comportamento do governo. “Estamos preocupados em organizar nossa tropa lá embaixo. Temos que unificar o discurso e alguns argumentos”, afirmou Lindbergh.
O principal argumento que os petistas têm usado na defesa da concessão dos aeroportos é dizer o modelo é diferente da privatização realizada na gestão FHC, como na Vale e nas empresas de telecomunicações.
Para Aécio, trata-se de questão de semântica. “Há uma aproximação do PT de teses que historicamente combatia e que sempre defendemos. Com uma nova realidade e um viés diferente, claro. Mas é uma aproximação. Acho que o PT vai ter uma dificuldade enorme de ir para a campanha municipal e dizer que se colocará contrariamente a qualquer proposta privatizante.” Aécio admitiu que o PSDB, por sua vez, abdicou durante dez anos de defender seu legado. “E estamos pagando um preço caro.”
São três os argumentos do PT para defender a medida adotada pelo governo. Primeiro, tentar mostrar que a concessão da administração dos serviços de aeroportos por alguns anos é diferente de privatização, onde há venda de bens públicos, de ativos, “entrega de patrimônio, como houve na Vale e nas teles”.
O segundo argumento é que aeroporto não é área estratégica. E o terceiro é o modelo: enquanto FHC privatizou para pagar juros da dívida, Dilma está concedendo para alavancar os investimentos.

25 de janeiro de 2012

Eleições 2014: Aécio Neves agradece citação de Fernando Henrique e diz que ex-presidente tem perfil agregador


Eleições 2014, The Economist, Aécio oposição
Fonte: Christiane Samarco – Estado de S.Paulo

Aécio agradece a FH, e Serra discorda do ‘amigo’

Senador, apontado pelo ex-presidente como nome ‘óbvio’ para 2014, se diz honrado, enquanto Serra diverge ‘sem polemizar’ 
Após ter sido citado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o “candidato óbvio” do PSDB à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves (MG) divulgou nota ontem em que agradece pelos elogios e valoriza o próprio perfil “agregador”. ”Temos que trabalhar agora pelo fortalecimento partidário e para ampliar o alcance do nosso discurso”, afirmou. Já José Serra, que não desistiu da disputa ao Planalto, preferiu evitar a polêmica com o ex-presidente: “São opiniões dele. Não estou de acordo com algumas delas, mas não vou polemizar com um amigo”.
Na mesma entrevista, publicacada na seção Americas view do site da revista britânica The Economist, FHC criticou “erros enormes” da campanha de Serra a presidente em 2010 e disse que o ex-governador paulista poderá abrir caminhos para novas lideranças daqui pra frente. Para FHC, Serra “não formou alianças e ficou isolado mesmo internamente” durante a campanha.
O g0vernador Geraldo Alckmin optou pela neutralidade diante da polêmica. “Temos grandes nomes no PSDB preparados para essa responsabilidade. É um tema a ser amadurecido. Mas está longe ainda”, afirmou ontem.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), admitiu ontem, “com muita serenidade”, que fora de São Paulo, onde, segundo ele, Serra é o presidenciável natural, “há uma preferência neste momento por um nome novo, em função das derrotas de 2006 e 2010″. E concluiu: “Esse nome novo é o do Aécio.” Duarte Nogueira observou apenas que a política é dinâmica e amanhã o cenário pode mudar.
Mas na avaliação do presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, o futuro já tem nome na percepção hegemônica do partido: “Nove entre dez tucanos que olham para 2014 hoje veem a cara doAécio”. Ele entende que FHC apenas “jogou luzes sobre o cenário futuro com um diagnóstico preciso dos erros do passado” e tem autoridade política e intelectual para fazê-lo.
Aécio fez questão de destacar que o momento para definir o “melhor nome, entre os vários de que dispõe o partido” será depois das disputas municipais de outubro deste ano. “No momento certo, independentemente de quem será o nome, o PSDB estará em condições de apresentar um projeto ao País que faça o contraponto ao modelo de governança representado hoje pelo PT”, disse na nota de oito linhas.
Paulistas. Vice de Serra no governo de São Paulo, Alberto Goldman contestou FHC, afirmando que “o importante na escolha do próximo presidente não é só a capacidade de fazer alianças, mas de enfrentar os grandes problemas que o País ainda tem e de dar ao desenvolvimento um ritmo compatível com o potencial do Brasil”. / COLABORARAM LUCAS DE ABREU MAIA e FELIPE FRAZÃO

Aécio Neves agradece Fernando Henrique e diz que PSDB precisa trabalhar para fortalecer os diversos segmentos do partido


Aécio oposição, eleição 2014
Fonte: Silvia Amorim e Thiago Herdy – O Globo

Serra discorda da opinião de FH sobre Aécio

Ex-presidente declarou que o senador mineiro é o candidato natural do PSDB à Presidência; tucanos se dividem
SÃO PAULO e BELO HORIZONTE. O ex-governador de São Paulo, José Serra, disse ontem discordar das opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista à revista britânica “The Economist”, mas que, por se tratar de um amigo, não comentaria as declarações. O trecho de maior repercussão foi aquele em que Fernando Henrique apontou o senador Aécio Neves (MG) como o “candidato óbvio” do PSDB para a eleição presidencial de 2014. Ele também falou em “erros enormes” na campanha de Serra em 2010 e disse que o mineiro tem hoje mais chances de vitória em 2014 do que Serra.
- São opiniões dele (FH). Não estou de acordo com algumas delas, mas não vou polemizar com um amigo – afirmou o ex-governador Serra, sem dar detalhes sobre os pontos em que discorda do ex-presidente.

À revista, FH disse ainda que Aécio tem mais condições de fazer alianças políticas.
- Aécio é de uma cultura brasileira mais tradicional, mais disposta a estabelecer alianças. Ele tem apoio em Minas Gerais. São Paulo não é assim, é sempre dividido, é muito grande.
O senador Aécio Neves agradeceu ontem ao ex-presidente Fernando Henrique pela referência a seu nome como “candidato natural” do PSDB à Presidência em 2014. Em viagem particular, o senador divulgou uma declaração por meio de sua assessoria, em que afirma considerar o período após as eleições municipais como o momento certo para a definição de um nome, “entre os vários de que dispõe”.
- Agradeço a referência do presidente Fernando Henrique. Temos que trabalhar agora pelo fortalecimento partidário e de suas estruturas, a juventude, as mulheres, os sindicatos, além do esforço para ampliar o alcance do nosso discurso – disse Aécio, sem citar o seu principal adversário na luta interna dentro do partido pela indicação nacional, o ex-governador José Serra.
As declarações de Fernando Henrique provocaram reações diferentes no partido. O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), em viagem a Miami, endossou as afirmações:
- Aécio tem muito apoio no partido. Isso é a verdade .
Mas ele ponderou que essa discussão deve ser feita somente após as eleições municipais:
- Agora é hora de o partido se preparar para enfrentar a próxima eleição.
Já aliados de Serra contestaram Fernando Henrique. Alguns classificaram as declarações como “fora de hora”.
- É muito difícil discordar do Fernando Henrique, mas não é bem isso. Aécio é um possível candidato forte, mas não é o único, nem natural – disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Para ele, manifestações como as de FH neste momento mais atrapalham do que ajudam.
- Acho que manter a isonomia nesse processo é fundamental para a construção da unidade do partido – disse.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, preferiu não entrar na polêmica. Ele disse que o partido tem grandes nomes, mas que o tema precisa ser “amadurecido”.
O fato é que as declarações de FH pautaram conversas no PSDB nos últimos dois dias. Alguns tucanos viram nas palavras do ex-presidente uma espécie de apoio para que Aécio intensifique suas articulações políticas para 2014.
Ala do PSDB ligada a Aécio defende que o partido comece a trabalhar, mesmo que sutilmente, o nome domineiro já nas eleições municipais. Em São Paulo, tucanos interpretaram as palavras do ex-presidente como um alerta a Serra.
- Acho que ele está tentando mostrar ao Serra que o candidato natural é o Aécio e que, se ele quer brigar por 2014, tem que se recolocar no cenário político desde já, aceitando ser candidato a prefeito em São Paulo – disse um tucano.
A cúpula do PSDB em São Paulo ainda não descarta o nome de Serra para disputar a prefeitura.