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4 de agosto de 2014

Candidatura do PSDB começa bem em SP

Fonte: Jogo do Poder


Entrevista do candidato à Presidência da República pela coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Sobre a agenda em São Paulo

Estamos, hoje, começando a caminhar pelo estado de São Paulo e, no meu caso, também pelo Brasil. E, é o que eu disse: nada melhor do que poder fazer uma campanha em boa companhia, estar aqui ao lado do governador Geraldo Alckmin, ao lado do futuro senador José Serra, do nosso aliado e companheiro [vereador] Milton Leite. É, na verdade, perceber de forma muito clara a importância das parcerias.

O que pude ver aqui é que quando se tem vontade política e competência para realizar as coisas, como esse Programa Mananciais, que obviamente precisará ter continuidade e terá continuidade, os resultados vêm para aqueles que mais precisam da ação do Estado. Então, essa será fundamentalmente a razão não apenas da minha eleição, ou da reeleição de Geraldo Alckmin, da eleição de Serra e dos nossos deputados, mas é a compreensão de que apenas o fortalecimento da Federação, com municípios e estados cada vez mais articulados, em condições de enfrentar as dificuldades, como essa que viemos aqui em toda a região do Jardim Ângela, mas também em outras regiões do país, é que vamos possibilitar as pessoas viverem com maior dignidade e, sobretudo, com maior esperança em relação ao seu futuro.

Quero dizer do meu orgulho, da minha honra, de poder estar aqui aprendendo a cada dia e vendo a cada momento exemplos do extraordinário resultado da gestão do governador Geraldo Alckmin. Alckmin é a síntese daquilo que o Brasil precisa: seriedade e competência, em uma só pessoa. E, sobretudo, muita coragem pra fazer com que as coisas avancem. Estamos começando com o pé direito.

Vamos fazer muitas outras caminhadas pelo Brasil e pelo estado de São Paulo. Mas reitero aquilo que disse: São Paulo terá um papel decisivo nessa eleição. São Paulo já disse sim, ou vem dizendo sim, à administração de Geraldo Alckmin. E acredito que, no momento certo, dirá também sim às mudanças que o Brasil precisa.

Sobre resultados de pesquisas de intenção de voto

Essa pesquisa consolida uma tendência que já era manifestada em outras pesquisas e que já assistimos em outras pesquisas, que é de que haverá segundo turno. E, no segundo turno, prevalecerá, na minha avaliação, um sentimento de mudança. Há hoje no Brasil um cansaço em relação à má condução da economia, que tem nos levado a um processo de estagflação, com inflação alta e crescimento extremamente baixo. O abandono de obras fundamentais e estruturantes, em todo o Brasil, e muitas delas com sobrepreço, em uma marca infelizmente perversa desse governo, que preferiu o aparelhamento da máquina pública ao investimento na meritocracia e nos nossos indicadores sociais.

O que percebemos é que a educação no Brasil, comparativamente a outros países da região, não vou nem muito longe da nossa região, é de péssima qualidade. Na saúde pública, a omissão do governo federal é crescente, cada vez mais os municípios têm que investir em saúde porque o governo federal investe a cada ano menos. E, na segurança pública, o que tenho dito, a omissão chega a ser criminosa. Os recursos aprovados pra segurança pública, grande parte deles têm sido, anualmente, contingenciados pela falta de visão do governo de que segurança também é uma prioridade.

Não fosse o esforço de São Paulo, do governador Geraldo Alckmin e da sua equipe, certamente, nós teríamos problemas ainda muito mais graves no campo da segurança pública. Vamos construir no Brasil uma política nacional de segurança. Solidária com os estados, com planejamento, investindo em inteligência e proibindo, impedindo que recursos de segurança pública sejam contingenciados. E, além disso, vamos liderar uma profunda e rápida reforma no código penal e no código de processo penal para inibirmos esse sentimento de impunidade que hoje está espalhado por todo país.

Estamos começando com o pé direito, estou extremamente feliz com esse início, principalmente, com essa extraordinária companhia do governador Geraldo Alckmin.

2 de julho de 2014

Fonte: Valor Econômico


Para Aécio, chapa paulista casa com campanha presidencial

Com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) como candidato a vice-presidente em sua chapa e a definição do ex-governador José Serra como concorrente ao Senado, Aécio Neves considera completo o “casamento” entre a sua campanha presidencial e a do governador Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição em São Paulo.

O acordo dos tucanos em São Paulo foi feito com a perspectiva de que Serra será eleito senador, por seu potencial de voto, e seria nomeado ministro em eventual governo Aécio. Isso dará oportunidade para que seu primeiro suplente, o deputado José Aníbal – que pleiteava a vaga – o substitua no mandato.
Para Aécio, a construção política feita com Alckmin e Serra proporciona a “melhor largada” para sua campanha no Estado, maior colégio eleitoral do país e onde a estratégia eleitoral é considerada por Aécio “um capítulo especialíssimo” em sua campanha. Ele quer “ter a cara” nos mais de 600 municípios do Estado.

No Estado em que pretende montar uma campanha “quase exclusiva”, a estratégia do tucano será tentar convencer o eleitor paulista de que o governo Alckmin tem de continuar porque é “sério, eficiente e correto” e “fará muito mais a partir de 2015, pois contará com a parceria do governo federal, que falta a ele na gestão do PT“. Integrantes da equipe de campanha dizem que o “mote” da campanha em São Paulo será “Aécio, Aloysio, Alckmin e Serra para o bem de São Paulo”.

Os tucanos já contam com a polarização de Alckmin com o candidato do PMDB ao governo, Paulo Skaf, que deverá se transformar no representante de Dilma e sua base, diante do fraco desempenho do petista Alexandre Padilha.

Apesar da dedicação especial a São Paulo, é pelo Nordeste que o presidenciável do PSDB pretende iniciar formalmente sua campanha, no início de agosto. Ele planeja cumprir um “périplo” pelos nove Estados da região, durante dois dias, onde apresentará um planejamento para o Nordeste, com projetos do seu governo para solucionar gargalos de infraestrutura e obras que pretende executar, com a definição de prazos de conclusão.

Sem revelar quais serão as novas prioridades de uma eventual gestão tucana para o Nordeste, interlocutores de Aécio dizem que constará do planejamento a conclusão de grandes obras inacabadas naquela região, como a Transposição do Rio São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, obra de 1,7 mil km lançada em 2006 para ser o principal escoador da produção da região.

Segundo diz o senador mineiro, não há maior desperdício de recursos públicos do que deixar uma obra inacabada. Aécio pretende divulgar as ações desenvolvidas por ele em seus dois mandatos como governador de Minas Gerais na região norte do Estado, como o projeto de irrigação Jaíba e obras de saneamento.

Numa ofensiva para combater a pecha dos tucanos de serem contrários ao Programa Bolsa Família, Aécio quer que o “exército de aliados” de sua candidatura divulguem que ele é autor de um projeto de lei que o inclui na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), tornando-o uma política de Estado – e não de governo.

Ele costuma dizer que será a oportunidade para mostrar os programas desenvolvidos por sua gestão em Minas para reduzir as desigualdades entre os municípios do Estado, que possui áreas de muitos contrastes.

O presidenciável tucano tem dito que o PT deu o tom de sua campanha, ao lançar uma propaganda com o objetivo de tentar difundir na população o medo da perda dos benefícios conquistados, caso o PSDB vença as eleições presidenciais. A orientação dele para os aliados é não aceitar provocação e fazer uma campanha propositiva, sem falar em medo e rancor. A depender da orientação de Aécio, a internet não será utilizada para “guerrear”.

Os detalhes da campanha começaram a ser discutidos com Aloysio Nunes e com o coordenador nacional da campanha, senador José Agripino (RN), nos últimos dois dias, em Brasília. Até sexta-feira, suas diretrizes de governo deverão ser apresentadas à Justiça Eleitoral e na segunda-feira passará o dia em reunião com sua equipe de campanha, para discutir principalmente estratégia de comunicação. Aécio vai se licenciar do mandato de senador no primeiro dia após o recesso parlamentar. Seu suplente é Elmiro Nascimento, do DEM. Já seu parceiro de chapa, Aloysio Nunes, pretende se manter no Senado durante a campanha.

Preocupado com o discurso que apresentará sobre a economia do país, Aécio pretende fazer, nos próximos dias, uma análise detalhada da situação, para ele “muito grave e que vem se deteriorando muito rapidamente”. Pretende construir uma argumentação para denunciar medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff consideradas irresponsáveis pelo PSDB.

9 de abril de 2013

Aécio defende Pacto Federativo em São Paulo

Aécio: senador voltou a falar do Pacto Federativo em encontros de prefeitos no  57º Congresso Paulista de Municípios realizado em São Paulo.




Aécio Neves: Pacto Federativo

Fonte: Jogo do Poder 
 “As mazelas que vivemos hoje no Brasil em absolutamente todas as áreas, seja na saúde, na educação, na segurança pública e em outras, existem exatamente em razão da fragilização da Federação”, diz Aécio no encontro de prefeitos em São Paulo.

 Aécio defende municípios em encontro com prefeitos São Paulo


Aécio defende municípios em São Paulo

Aécio defende municípios em São Paulo

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) esteve em Santos, nesta quinta-feira (4/04), onde falou sobre a Federação brasileira durante o 57º Congresso Paulista de Municípios. O senador participou do evento atendendo a convite do governador Geraldo Alckmin .

Também estavam presentes o presidente da Associação Paulista de Municípios, Celso Giglio, que organizou o evento, o prefeito de Santos, Paulo Barbosa, e o presidente do PSDB-SP, deputado estadual Pedro Tobias.

Aécio Neves foi a Santos acompanhado dos deputados federais Duarte Nogueira, Vanderlei Macris e Bruno Araújo. Na chegada ao Congresso, o senador e o governador foram recebidos com euforia pelo público, prefeitos, vereadores e secretários municipais.

Veja abaixo os principais trechos do discurso do senador Aécio Neves:

Federação

Aécio Neves - “A razão maior de muitas mazelas que vivemos hoje no Brasil em absolutamente todas as áreas, seja na saúde, na educação, na segurança pública e em tantas outras, existem exatamente em razão da fragilização da Federação, algo que ocorre ciclicamente desde a proclamação da República” 

“A tese do municipalismo é a tese da responsabilidade. É a tese daqueles que querem viver em uma Federação, e não em um Estado unitário. Rui Barbosa dizia que era o Império caíra não por ser Império, mas por não ser federalista, não ter uma visão ampla e universal do que é o Brasil. Quanto mais descentralizado, mais bem gasto é o recurso, pois ele é fiscalizado mais de perto pela população. Quando mais centralizado, maior é o desperdício, para não dizer que maiores também são os desvios”.

“Não há nada mais urgente hoje no Brasil que refundarmos a Federação. Hoje, recaem sobre as costas, sobre as responsabilidades municipais, encargos cada vez mais vultuosos e expressivos, enquanto não há garantia sequer de que os municípios receberão as receitas previamente programas, seja em razão da queda da participação, a partir das desonerações, de IPI e Imposto de renda, seja por inúmeros outros fatores”.

Contribuições x impostos compartilhados

Aécio Neves - “Quando cheguei à Constituinte, ao lado do governador Geraldo Alckmin, as contribuições, que são impostos arrecadados exclusivamente pelo governo central, sem que sejam divisíveis com estados e municípios, representavam não mais que 20% de tudo que se arrecadava com IPI e Imposto de Renda, os impostos que compõem a cesta a ser compartilhada com estados e municípios. Passaram-se os anos, as contribuições foram crescendo. Em razão de inúmeras desonerações e outros fatores conjunturais, IPI e Imposto de Renda foram perdendo proporcionalmente peso na arrecadação. Hoje o que se arrecada com contribuições e Imposto de Renda mais ou menos se equivale”.

“Existe proposta de minha autoria tramitando já há dois anos no Senado que não impede o governo federal de fazer determinadas isenções para setores da economia que julgue adequadas. Mas não pode continuar fazendo essas bondades setoriais com o chapéu dos municípios e dos estados. Isso virou regra no atual governo e não apenas uma exceção”.

Pacto Federativo no Congresso Nacional

Aécio Neves - “Vivemos quase em um Estado unitário. E registro como senador da República, todas as iniciativas no Congresso Nacional que têm buscado recuperar receitas, recursos diretos aos municípios e aos estados, não têm encontrado em boa parte do Congresso e por parte do governo federal a acolhida que precisaríamos ter”.

“Há poucas semanas, o próprio governador Alckmin esteve em Brasília fazendo a mesma proposta que o PSDB e outros atores da política brasileira vêm fazendo. Todas as questões que tenham a ver com a Federação, renegociação de dívida dos estados, discussão sobre royalties, novas regras de tributação de ICMS, a Lei Kandir, a legislação de comércio eletrônico, as novas regras do FPE, deveriam estar sendo discutidas de forma coordenada pelo governo federal, para que eventuais perdas pudessem ter compensação”.

Miséria

Aécio Neves - “Não acho que um país sério possa achar razoável que se possa acabar com a miséria por decreto. Um país com tantas carências de saneamento, de educação de qualidade, de saúde básica, não pode se dar a esse luxo”.

 Saúde

Aécio Neves - “É difícil encontrar um município, sabem os prefeitos, que invista menos que 20%, 25% de, suas receitas em saúde, porque a omissão do governo é grave. Há 10 anos, o governo federal participava com 46% de tudo que se investia em saúde pública no Brasil. Hoje, o governo federal participa com 36% apenas. E essa conta ficou para municípios e estados. Já que os municípios participam constitucionalmente com 15% de seus recursos em saúde, os estados com 12%, que a União participasse com 10%. Não conseguimos ter êxito.”

Saneamento

Aécio Neves - “Em saneamento, em 2012, mais uma vez as empresas de saneamento do Brasil inteiro somadas gastaram mais em pagamento de impostos do que em obras de saneamento. E hoje mais de 50% da população brasileira vive sem saneamento adequado. Nada mais razoável do que fazer o que foi prometido na campanha eleitoral: desonerar as empresas de saneamento do PIS/Cofins para que elas possam diretamente definir suas prioridades e fazer os investimentos que, obviamente, ocorrem nos municípios”.

“Mas a lógica do governo tem sido não irrigar diretamente estados e municípios e, na outra ponta, oferecer convênios ou parcerias, muitas delas difíceis de se concretizar. O governo prefere o caminho da dependência permanente”.

Segurança Pública

Aécio Neves - “Segurança pública é tema que não é mais exclusividade das grandes cidades, porque hoje se alastra com a questão da droga, em especial do crack, por todos os municípios brasileiros. São Paulo tem, a partir da ação do governador Geraldo Alckmin, uma política exemplar nessa direção”.

 “Ouço muita propaganda sobre a participação do governo federal nessas questões. Talvez eu surpreenda ao dizer que, no ano passado, 87% de tudo que se gastou em segurança pública no Brasil, vieram de municípios ou estados. O governo federal não executou sequer 24% do orçamento aprovado – não digo de um recurso ilusório, que não existia. No orçamento aprovado pelo Congresso no exercício de 2012, foi de 24% a execução na área de segurança”.

“Apresentamos proposta que garante a transferência de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo de Segurança mensalmente por estados da federação por critérios republicanos, como população comparada aos índices de criminalidade. Para que o governador possa saber com que parcela de recursos da União ele conta e possa fazer as transferências para os municípios”.

3 de abril de 2013

Aécio: FHC promove encontro com empresários de olho em 2014

Aécio: Fernando Henrique disse que agora depende do senador “estruturar” partido para enfrentar eleição presidencial de 2014.




Aécio: Eleições 2014


Fonte: Folha de S.Paulo

Tucanos já buscam recursos para Aécio



Ex-presidente Fernando Henrique leva senador mineiro e dirigentes do partido para reuniões com empresários


Objetivo é montar logo estrutura para bancar viagens, contratar equipe de propaganda e pesquisas de opinião



O PSDB vai intensificar contatos que já vem realizando com empresários para captar recursos e montar uma estrutura de apoio à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência.

O objetivo é contratar equipes de propaganda e pesquisas de opinião, além de bancar as viagens que Aécio deve fazer nos próximos meses.

Os contatos com empresários têm sido feitos principalmente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tem levado Aécio e outros dirigentes do partido para algumas dessas conversas.

Aécio passou o último fim de semana em São Paulo com esse objetivo. Ele participou de um evento partidário na segunda-feira e aproveitou os dias anteriores para encontrar empresários da construção civil. Ele e FHC também já fizeram contatos no setor financeiro e na indústria.

Os tucanos tratam o assunto com discrição. Dizem não querer divulgar as reuniões para não passar a impressão de que estão competindo com o governador Eduardo Campos (PSB-PE), outro potencial candidato que tem feito contatos no meio empresarial.

Eles destacam também que o partido quer evitar expor a retaliações do governo empresários que manifestem a intenção de apoiar o PSDB.

Aécio Neves tem feito visitas regulares a São Paulo e ao Rio de Janeiro. Além de empresários, o senador tem procurado economistas e consultores do mercado financeiro.

De acordo com um tucano que tem participado dessas conversas, a movimentação no PSDB precisou ser antecipada porque os petistas já estão em campanha e, por estarem no poder, têm mais facilidade para obter recursos.

Além disso, diz ele, o governo tem condições de pôr a serviço da presidente Dilma Rousseff a máquina de propaganda oficial, com impacto positivo para sua imagem.

Na segunda-feira, Aécio ganhou o apoio do governador Geraldo Alckmin e de outros líderes do PSDB de São Paulo para assumir o comando da legenda na convenção que renovará sua direção nacional, marcada para maio.

Principal cabo eleitoral do senador no PSDB, Fernando Henrique disse a colegas de partido que o evento de segunda-feira “sacramentou” a candidatura de Aécio a presidente da sigla, etapa considerada crucial para organizar sua campanha à Presidência.

O ex-presidente disse aos tucanos que, agora, depende de Aécio “estruturar” o partido para enfrentar a eleição presidencial do próximo ano.

Principal obstáculo à hegemonia do mineiro no partido, o ex-governador José Serra está fora do Brasil. Ele retorna de viagem no próximo sábado, quando deverá agendar nova rodada de conversas com Aécio. FHC disse a aliados não ver mais “obstáculos” ao mineiro.

28 de fevereiro de 2012

Merval: ‘o candidato natural do PSDB a presidente da República em 2014 passa a ser o senador Aécio Neves’, comentou


Aécio oposição, Aécio 2014
Disputa pela Prefeitura de São Paulo deixa PSDB mais forte e abre as portas para Aécio Neves em 2014
Fonte: Merval Pereira – O Globo

Novo fôlego

A confirmação da candidatura do ex-governador José Serra àPrefeitura de São Paulo refaz a disputa paulistana, dando ao PSDBuma perspectiva de vitória que antes não tinha. O apoio do PSD à candidatura de Fernando Haddad poderia levar à vitória do candidato petista no primeiro turno.
O governo federal trabalhando politicamente junto com a prefeitura seria um apoio muito forte, ainda mais que o PSDB não tinha um candidato viável politicamente.
Os quatro pré-candidatos têm uma repercussão muito limitada regionalmente e não têm peso nacional para se contrapor ao trabalho da presidente Dilma e de Lula.
Serra, ao contrário, mesmo tendo sido derrotado em 2010 por Dilma para a Presidência, ganhou dela no estado e na cidade de São Paulo.
Revertida essa jogada política de Lula, agora a candidatura tucana tem a possibilidade de montar um grande arco de alianças que lhe dará tempo de televisão suficiente durante a campanha eleitoral para que Serra tente reduzir seu nível de rejeição – que se deve muito ao temor de que use a prefeitura mais uma vez como trampolim para cargos mais altos, como presidente da República em 2014.
Por isso, todos os seus correligionários, a começar pelo prefeito Gilberto Kassab, estão anunciando que ele desistiu de seus planos de concorrer pela terceira vez à Presidência.
Abrindo caminho para a candidatura de Aécio Neves pelo PSDB, Serra dará garantias ao eleitorado paulistano de que continuará até o fim de seu mandato se for eleito prefeito.
E continuará podendo sonhar com a Presidência da República em 2018, quando não haverá nem Dilma nem Lula para representar o PT, caso Aécio não seja vitorioso em 2014.
Não há muitas dúvidas sobre a vitória de Serra nas prévias do próximo domingo, mas ela terá que ser uma vitória maiúscula para dar uma partida forte na candidatura, e tudo indica que será.
O adiamento por uma semana, que está sendo tentado pelo governador Geraldo Alckmin, tem o objetivo de dar mais tempo para as costuras políticas necessárias a essa vitória.
Não há qualquer outro pré-candidato que restou na disputa que tenha a capacidade de unir o partido com a expectativa de vitória que Serra traz com sua presença na disputa.
O fato de o ex-governador aparecer nas pesquisas de opinião em primeiro lugar, embora com alto índice de rejeição, dá um novo ânimo ao PSDB paulista e, ao contrário, já coloca dúvidas nas hostes petistas.
O líder regional do PT Jilmar Tatto, do grupo da senadora Marta Suplicy, já aventou a possibilidade de trocar de candidato diante da realidade política que mudou.
Fernando Haddad tem pouca visibilidade para o eleitor e aparece com cerca de 4% de preferência nas primeiras pesquisas.
Isso é sinal de que pode crescer muito, mas também de que terá de se esforçar muito mais do que, por exemplo, a ex-prefeita Marta Suplicy, que pretendia se candidatar e tem um recall também alto para iniciar a disputa.
A presença de Serra, além de instalar novamente a dúvida no front adversário, mobiliza os partidos para a formação de um amplo leque de alianças partidárias, tão heterogêneo quanto qualquer aliança que se forme no país atualmente: PSD, DEM, PTB, PPS, PDT e até mesmo o PSB são partidos que podem compor essa aliança eleitoral, dando tempo de televisão suficiente para que a candidatura de Serra tenha uma boa base inicial.
Uma coisa é certa: a partir do momento em que Serra anunciar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, o candidato natural do PSDB a presidente da República em 2014 passa a ser o senador Aécio Neves.
A disputa mais provável em 2014 será entre a reeleição de Dilma e o candidato do PSDB, pois tudo indica que Lula não terá ânimo pessoal para enfrentar uma nova campanha depois do tratamento a que está sendo submetido para curar o câncer na laringe.
Ele será o grande eleitor, o grande apoio do PT, mas dificilmente será o candidato, ainda mais que a presidente Dilma está se revelando uma candidata bastante viável até o momento.
É provável que essa popularidade que ela ganhou no primeiro ano de governo, apesar de todos os pesares, seja reduzida com o decorrer do mandato, pois o desgaste é inerente à função, e a perspectiva da situação econômica do país não parece ser das melhores, sobretudo devido à crise internacional.
As previsões são de um crescimento médio nos próximos anos em torno de 3%, o que não é o suficiente para manter esse sentimento de bem-estar que o crescimento de 2010 provocou.
Ao anunciar a candidatura, Serra deve anunciar também que não disputará a indicação para candidato do PSDB à Presidência em 2014.
Pode até não declarar explicitamente seu apoio ao senador Aécio Neves, como muitos tucanos gostariam que fizesse, mas terá que deixar claro que se dedicará à Prefeitura de São Paulo nos quatro anos de um eventual mandato.
A derrota quase certa que se avizinhava para os tucanos seria um golpe de mestre do ex-presidente Lula, que montaria assim um esquema político na capital que pudesse alavancar uma candidatura petista forte contra a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin em 2014 – o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, está sendo preparado para tal missão -, retirando dos tucanos a base política mais importante.
A entrada de Serra na disputa traz para o PSDB a perspectiva de vitória e, mais que isso, a possibilidade de vir a ter em 2014 uma candidatura à Presidência que conte efetivamente com o apoio dos dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas, coisa que até hoje não aconteceu de fato.