Mostrando postagens com marcador aeroportos de Minas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador aeroportos de Minas. Mostrar todas as postagens

12 de julho de 2010

Aécio triplicou o número de Aeroportos em Minas Gerais!


Programa estadual pretende estimular a aviação regional dentro do estado


por Ana Paula Machado

Em 2011, 92% dos municípios mineiros estarão distantes até 100 quilômetros de um aeroporto. Essa é a meta do programa do Estado de Minas Gerais, Proaero, que desde 2006 promove melhorias e ações para atração de empresas do setor aeronáutico para o estado. Segundo o consultor e coordenador de atendimento para o exportador do Exportaminas, Paulo Márcio Silva Campos, 58% das cidades mineiras se enquadram no novo perfil traçado para o estado.

“Ao todo, Minas Gerais terá 160 aeroportos com operações diurnas e noturnas no próximo ano. Hoje, muitos terminais ainda tem infraestrutura inadequada para receber voos durante a noite. Não há equipamentos para operação por instrumentos, somente visual. Com as melhorias, essa situação será revertida”, diz Campos.De 2006 a 2009, foram investidos no programa R$ 206,5 milhões em melhorias dos aeroportos. “Além de recursos do orçamento do estado, tivemos uma doação da USTDA, que é a agência de comércio e desenvolvimento dos Estados Unidos, para viabilizar todo o programa”, afirmou o coordenador. Para o próximo biênio, Campos ressaltou que os recursos ainda estão em definição. O estado de Minas Gerais aguarda as regras de investimento privado em aeroportos.

“Estamos esperando o novo marco regulatório do setor aeronáutico brasileiro.” Além de melhorias nos aeroportos, o Proaero, também tem por objetivo estimular os vôos regionais no estado. “Como aumento de operações em aeroportos menores, as companhias aéreas poderão realizar rotas para essas cidades. Isso vai democratizar ainda mais a aviação em Minas”, afirma.

A Gol Linhas Aéreas informou que aumentou a oferta de voos diários entre Belo Horizonte (via Confins) e Uberlândia. Hoje, a companhia opera duas frequências entre os destinos. “Por razões estratégicas, não podemos informar quais os novos voos, mas Minas é um mercado muito importante para a Gol”,diz o vice-presidente executivo, Leonardo Pereira.

7 de maio de 2010

Veja: Gestão de Aécio Neves ajudou a impulsionar a aviação regional em Minas com a reforma de 23 aeroportos

Nas asas do progresso do interior do Brasil

A aviação regional nacional retoma o fôlego, embalada pelo vigor do agronegócio e pelo desenvolvimento das cidades médias
A Air Minas decolou há três anos, na esteira da reforma dos aeroportos feita pelo ex-governador Aécio Neves.

A aviação regional levou trinta anos para atravessar a zona de turbulência na qual entrou depois que o governo parou de subsidiá-la. Em meados desta década, o setor emitiu os primeiros sinais de que poderia voltar à rota. Em 2009, enfim, decolou.
A receita das companhias aéreas que atuam no interior do país aumentou 12% no ano passado. A participação desse segmento no mercado geral de aviação triplicou: foi de 2% para 6%. Consultorias como a americana Bain & Company projetam que esse patamar de crescimento deve manter-se estável pelos próximos vinte anos, no mínimo.
Se a previsão se confirmar, em 2030, um em cada cinco passageiros brasileiros viajará em empresas regionais, proporção semelhante à dos Estados Unidos. Um dos motivos de otimismo é o fato de o segmento, agora, expandir-se sem ajuda oficial. Sua propulsão é o agronegócio, uma das cadeias produtivas mais bem-sucedidas e promissoras da economia nacional.
As viagens dos empresários do campo, de seus funcionários e fornecedores tornaram as frotas regionais lucrativas. O movimento foi acompanhado da reforma das pistas dos pequenos aeroportos. Em alguns municípios ricos, a modernização foi bancada pelas prefeituras, que preferiram usar os próprios recursos a ter de esperar por verbas da estatal Infraero. Hoje, 140 deles são atendidos por voos regulares.
A demanda em alta e a renovação dos aeroportos atraíram investidores. Em quatro anos, o número de companhias que se dedicam à aviação regional cresceu 30%. Atualmente, são doze. As novas empresas injetaram concorrência na área, operando com aviões mais novos, confortáveis e com menor custo de manutenção.
A gaúcha NHT foi a pioneira da nova fase. Criada em 2006, ela conecta treze cidades da Região Sul. No ano passado, ela ganhou uma rival, a paranaense Sol Linhas Aéreas, cujos cinco aviões ligam Curitiba a Cascavel, Foz do Iguaçu e Maringá. É na Amazônia, porém, que a aviação regional atende mais localidades. São 49 no total.
Fundada em Roraima, a Meta começou como uma empresa de garimpo. Hoje, liga Boa Vista a Belém e outros sete destinos e exibe a melhor taxa de ocupação entre todas as companhias aéreas brasileiras: 87%. Apareceram oportunidades de negócio até no bem servido Sudeste. Fundada em 2007, a Air Minas voa de Belo Horizonte para quatro municípios do interior do estado e para São Paulo.


Aécio reforma aereoportos de Minas
No ano passado, a empresa transportou mais de 20.000 passageiros. Exemplos como o da Air Minas estimularam o ex-governador mineiro Aécio Neves a reformar aeroportos de 23 cidades e o da Pampulha, na capital, que passou a distribuir os voos intraestaduais. Resultado: em sete anos, o número de cidades mineiras servidas por voos regulares triplicou.
No próximo mês, será a vez de o Nordeste ter a sua própria empresa de aviação regional. A pernambucana Noar investiu 40 milhões de reais na compra de dois turboélices da fábrica checa Aircraft Industries, iguais aos que compõem a frota da NHT e da Sol. Com capacidade para dezenove passageiros e dois tripulantes, o modelo é apropriado para curtas distâncias. Como não é pressurizado, voa a baixa altitude e gasta pouco com combustível e manutenção. Por isso, tornou-se o preferido das pequenas empresas aéreas da América do Sul.
A Noar encomendou mais dois desses aviões, além dos que começarão a voar no próximo mês, e planeja receber outra remessa idêntica em 2011. Com seis aeronaves, quer transportar 70.000 pessoas por ano a partir do Recife. Ligará com voos regulares a capital ao interior pernambucano, à cearense Sobral e à potiguar Mossoró.
“A demanda dessas cidades ainda é desprezada pelas grandes companhias, e aí está nossa oportunidade”, diz o dono da empresa, Vicente Rodrigues. Se a Noar chegar à velocidade de cruzeiro, poderá almejar uma taxa de retorno semelhante à das companhias mais lucrativas: em torno de 15% ao ano. Na aviação regional, tamanho não é documento.


Fonte: Leonardo Coutinho – Revista Veja