26 de novembro de 2008

Aécio amplia defesa da mulher em Minas

O governador Aécio Neves e a ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, assinaram, nesta quarta-feira, no Palácio da Liberdade, acordo de cooperação técnica para implantação em Minas Gerais do Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência Contra as Mulheres.

O pacto vai ampliar e consolidar ações de conscientização e mobilização que o Governo do Estado desenvolve em defesa dos direitos da mulher.

O objetivo é reduzir os índices de violência a partir de uma mudança cultural e social que dissemine a importância de atitudes igualitárias entre homens e mulheres.

- Temos responsabilidade pública, temos compromisso de ajudar a transformar o mundo, com ações que levem à mudança de conceitos, valores e princípios. Acredito que o acordo de cooperação que estamos assinando tem essa força - afirmou o governador, em seu pronunciamento.

O acordo estabelece um regime de colaboração entre União, estados e municípios na execução de ações de enfrentamento à violência contra a mulher.

Inicialmente, o governo federal repassará a Minas R$ 3,6 milhões de um total previsto de R$ 54 milhões. O recurso será destinado à implantação de centros de referência, prevenção à violência e capacitação de profissionais de rede de atendimento beneficiando 31 municípios-pólos mineiros.
Aécio Neves reafirmou que o Governo de Minas atua por meio de programas e ações para o incentivo e fortalecimento da presença da mulher nos diversos segmentos sociais, além de iniciativas pioneiras de mobilização da sociedade em favor das vítimas de discriminação e agressões, como a campanha 'Proteja'. Lançada em maio passado, em parceria com os veículos de comunicação de Minas, a campanha incentiva a população a denunciar casos de violência doméstica e prostituição infantil.

Em todo o Estado existem 61 delegacias especializadas no atendimento à mulher. Criada em 1985, a Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher de Belo Horizonte tornou-se referência nacional atendendo diariamente 30 casos de vítimas agredidas.

A equipe policial é formada por delegados, escrivães, agentes, assistentes sociais, psicólogas e médicos legistas. Desde a vigência da Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar, 12.873 casos foram registrados e encaminhados à Justiça em Minas.

19 de novembro de 2008

Investimentos em Minas garantido

O governador Aécio Neves anunciou, que obteve garantias das empresas Vallourec/ Manesmann e Eurocopter de que seus novos investimentos de US$ 2 bilhões, anunciados para Minas Gerais, serão mantidos mesmo com a crise econômica mundial.

O anúncio foi feito em reuniões com o presidente do Conselho Administrativo do Grupo Vallourec, Jean-Paul Parayre, e com Louis Gallois, chairman da holding EADS, controladora da Eurocopter e da Helibras.

Aécio Neves também acertou com a direção mundial da Fiat que o centro de engenharia do grupo será transferido para sua planta em Minas Gerais.
- Tivemos uma reunião extremamente importante com a direção da Vallourec/Manesmann, que está prevendo um investimento siderúrgico extremamente importante em torno de R$ 4 bilhões na região de Jeceaba e obtivemos aqui a garantia de que, mesmo com a crise, não haverá adiamento desses investimentos.

O cronograma continua mantido e em meados de 2010 a siderúrgica já deve estar produzindo os primeiros tubos sem costura dessa unidade. Portanto, algo extremamente positivo e que sinaliza para outros investimentos que essa é também uma época de oportunidades - disse Aécio Neves, em entrevista.
A Vallourec é parceira da japonesa Sumitomo Metals na construção da usina siderúrgica em Jeceaba, na região Central do Estado, para a produção de tubos sem costura.

O investimento previsto de US$ 1,6 bilhão também representa a abertura de 4 mil novas vagas de trabalho no Estado durante a sua implantação. A previsão é de uma produção de 1 milhão de toneladas em 2010, quando a planta estará operando com plena capacidade.
O governador também comemorou a decisão da holding EADS, controladora da Eurocopter e da Helibras, em manter os investimentos previstos para a sua planta de Minas Gerais.

A Helibras está investindo US$ 350 milhões para expandir a sua fábrica em Itajubá, no Sul de Minas.

O aporte transformará a região no Pólo Aeronáutico Brasileiro de Helicópteros de Grande Porte.
O novo pólo aeronáutico brasileiro envolverá também fornecedores de peças e equipamentos instalados em outros estados brasileiros.
- Tivemos ontem um jantar com Louis Gallois, presidente da EADS, controladora da Airbus Eurocopter. Também vamos manter os investimentos previstos na unidade da Helibras, em Itajubá, que se transformará no segundo principal pólo aeronáutico, do Brasil.

Além da Embraer, em São José dos Campos, teremos agora um pólo industrial extremamente importante para a fabricação de helicópteros de médio e pequeno porte para o mercado brasileiro, mas também para todo mercado da América Latina - afirmou Aécio Neves.
A Helibras é a única fabricante de helicópteros da América Latina, que monta e vende aeronaves da linha francesa Eurocopter no Brasil, empregando 250 funcionários.

As vendas da empresa cresceram 55% em 2007, sobre o ano anterior, alcançando faturamento de US$ 92 milhões, com a entrega de 25 helicópteros.

A carteira de encomendas é de 48 unidades, o que preenche toda a produção deste ano.

8 de novembro de 2008

Estou muito bem

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem que está ´muito bem´ no PSDB ao comentar o convite para se filiar ao PMDB para disputar a Presidência em 2010. 

´Quero dizer que estou muito bem, aonde estou, no PSDB.´

Aécio admitiu, no entanto, que hoje ninguém governa o Brasil sem a participação do PMDB. 

´Eu tenho uma relação com o PMDB histórica, tradicional, e acho que ninguém hoje governa o Brasil sem a participação do PMDB. Vejo isso muito mais como uma homenagem a mim do que algo que possa ser realmente concretizado. Estou muito bem aonde estou e acho que devemos trabalhar todos para termos também uma parceria mais próxima com o PSDB.´

Segundo reportagem publicada ontem pela Folha, o convite aconteceu em conversa do governador com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

Apesar da recusa, aliados de Aécio dizem que, se ele for atropelado pelo governador José Serra (SP) na disputa tucana, poderá examinar a possibilidade de se filiar ao PMDB numa janela para troca de partidos que vem sendo costurada no Congresso.

A avaliação dos peemedebistas é que, caso Aécio entre no partido, a legenda teria discurso para sustentar uma candidatura presidencial em 2010. 

Hoje o PMDB tem seis ministérios no governo federal e a maioria do seus líderes afirma que a tendência é compor com o candidato do presidente Lula.

6 de novembro de 2008

Não existe presidente Midas


De Gabriela Guerreiro:


Apontado como pré-candidato do PSDB à Presidência em 2010, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), criticou nesta quarta-feira o governo federal e disse acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguirá eleger seu sucessor. 


Aécio disse que, se o PSDB tiver "juízo", terá capacidade de vencer a corrida pelo Palácio do Planalto.


"Nossas chances são enormes se tivermos juízo, desprendimento e capacidade para aglutinar as forças que estão sobre o Lula mas não estão no guarda-chuva do PT", afirmou governador, durante reunião da bancada do PSDB na Câmara.


Aécio disse que vai ser difícil o governo reeditar em torno do PT em 2010 a ampla base aliada que hoje apóia Lula. "Uma coisa é o presidente da República, outra é o PT", disse.


Segundo o governador, os tucanos precisam ter como foco na campanha à Presidência propostas diferentes do modelo adotado no governo petista.


"Mas do que definir um candidato, é preciso que o PSDB apresente o que tem de diferente do que está aí. O PSDB tem que destacar a qualidade de uma administração de peso", afirmou.


Ao classificar o governo de "perdulário", Aécio disse que Lula não terá o dom de eleger isoladamente o seu sucessor. 


"O presidente da República não terá o dom, solitariamente, de urgir alguém na cadeira presidencial. 


Não existe presidente que se diz midas", afirmou.

3 de novembro de 2008

O fator Minas

O governador Aécio Neves (PSDB), tem razão quando fala que a sucessão presidencial de 2010 passará por Minas Gerais. 

O Estado tem o segundo maior colégio eleitoral do país. 

Uma articulação presidencial para ter chance de êxito precisa levar isso em conta.

Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva, um pernambucano que fez carreira política em São Paulo, foi buscar seu vice em Minas. 

José Alencar já era um grande empresário, o que ajudou a combater resistências ao PT.

11 de setembro de 2008

Ricardo Kotsho entrevista Aécio Neves

RK: Quando, na sua opinião, deve começar a campanha presidencial para 2010? Logo após as eleições municipais ou ainda é cedo para a definição das candidaturas?

Aécio: Na verdade, para muita gente já começou. Mas, quanto aos partidos, eu entendo que, a partir do final do ano que vem, do final do ano de 2009, os partidos estarão definindo internamente as suas alianças e os seus respectivos candidatos para que amanheçam todos em 2010 já com os nomes colocados.

RK: No caso de seu nome ser indicado pelo partido, qual deve ser a principal proposta/bandeira/projeto para a campanha?

Aécio: Não me coloco como candidato à presidência da República. Eu digo sempre que no Brasil não faltam candidatos, falta um projeto de país. O que eu pretendo é que o PSDB, e as forças que estiverem ao nosso lado, apresentem para o Brasil propostas novas e que possam demonstrar com clareza que é melhor a alternância do poder do que a manutenção do que aí está. Propostas como a refundação da Federação com equilíbrio maior entre estados e municípios, a introdução da questão da gestão pública como instrumento de diminuição das diferenças sociais e, sobretudo, a construção de um clima, de um ambiente político, que permita o enfrentamento das reformas que o atual governo não fez, a começar pela reforma política, passando pela previdenciária e pela tributária. Essas deveriam ser as principais bandeiras de um governo que se pressupõe moderno e com os olhos no futuro.

RK: Qual a prioridade do Brasil pós-Lula?

Aécio: Uma aproximação maior das principais forças políticas que hoje protagonizam o antagonismo na política brasileira. Nós estamos caminhando, nós temos vivido ao longo das últimas quatro eleições – duas vencidas por Fernando Henrique e duas por Lula – o radicalismo crescente na política brasileira, em que aquela força política que vence as eleições encontra na oposição o ferrenho posicionamento daquelas que foram derrotadas, o que, na prática, tem inviabilizado os principais avanços que o Brasil precisa viver. Acho que pensando não nesse ou naquele partido, mas no pós Lula, o que tenho chamado de pós Lula, acho que o ideal era uma convergência, senão entre partidos, em torno de propostas, em torno de projetos para o país, em especial, esses que citei.