8 de novembro de 2012

2014: oposição defende eficiência na gestão pública

2014: oposição defende eficiência na gestão pública. Foco é na nova classe média e mostrar a importância da ética na política.


2014: oposição


 2014: oposição defende eficiência na gestão pública

2014: oposição defende eficiência na gestão pública. Foco é na nova classe média e mostrar a importância da ética na política.



Fonte: O Globo


De olho em 2014, oposição parte para seduzir aliados do governo


Partidos querem transformar capitais conquistadas agora em vitrines


BRASÍLIA – Concluída a eleição municipal, em que ganhou novos espaços nas regiões Norte e Nordeste, a oposição começa a se movimentar para a disputa de 2014, com uma ofensiva sobre o campo governista. O projeto de PSDB, DEM e PPS para tentar disputar a Presidência da República passa por partidos da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff. Os oposicionistas vão investir na aproximação com aliados nacionais do PT, não só com o PSB do governador Eduardo Campos (PE), mas também com setores de PR, PTB, PDT e PP, e até com o PMDB, aliado preferencial do Palácio do Planalto.


O primeiro passo, porém, para os tucanos, é construir discurso que encontre ressonância na sociedade e pôr em prática a propalada renovação do PSDB, como pregou no pós-eleição o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O caminho traçado é focar na nova classe média, defender a eficiência na gestão pública e martelar a importância de valores como ética, para fazer contraponto ao mensalão petista.


Paralelo a isso, os partidos de oposição pretendem transformar capitais conquistadas nestas eleições, como Salvador, Manaus e Vitória, em vitrines de seu modo de governar.


- PSDB, DEM e PPS só não têm chance folgada de êxito. Temos que compor com outros segmentos. A relação dos partidos da base com o governo não está boa. A do PSB está fraturada, o PMDB teve embates nesta eleição, e a situação de PR, PP e PTB não é confortável – afirmou o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).


Para ele, a discussão sobre quem será cabeça de chapa tem que ficar para um segundo momento. Diz que, se a conversa começar por aí, não avança. E aposta ainda que as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, apesar de acordo já firmado entre PT e PMDB, têm potencial para gerar mais atritos na base aliada.


O sinal amarelo já acendeu no PT. O partido está preocupado e monitora com atenção os movimentos principalmente de Eduardo Campos e seu namoro com a oposição. Esse assunto foi tema de reunião do presidente nacional do PT, Rui Falcão, com a bancada petista no Senado, no último dia 30.


Pré-candidato do PSDB à Presidência e cauteloso como sempre, o senador Aécio Neves (MG) afirma que a ampliação do leque de alianças seria consequência de uma candidatura competitiva, e não seu ponto de partida, e que isso seria uma agenda para 2014. Para ele, a prioridade é construir um discurso que tenha eco no eleitorado.


- Há espaço para o PSDB falar para a classe média emergente – afirmou o tucano mineiro.


Para Aécio, o futuro da oposição é “alvissareiro”. Ele comemora o resultado das eleições municipais e afirma que a conquista pela oposição de capitais no Norte e no Nordeste foi estratégica:


- Tínhamos sido dizimados no Norte e Nordeste e agora renascemos onde mais precisávamos.


Ao traçar cenários para 2014, os três partidos apostam em uma nova crise econômica, mais forte, e na incapacidade, segundo eles, de o governo federal lidar com ela. Nesse cenário, Dilma disputaria a reeleição mais fraca.


- Um dado fundamental para discutir 2014 é que até lá vamos ter uma crise econômica mais forte ainda e um governo incompetente para enfrentar esses desafios – disse o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP).


Enquanto não chega a hora das prévias de 2014, a oposição pretende se empenhar em viabilizar seus projetos administrativos nas capitais conquistadas nestas eleições.


- Salvador pode se tornar vitrine de nossas ideias. Dilma, por exemplo, demonizava as privatizações, concessões e agora está aí, fazendo. Salvador tem um trânsito caótico por falta de investimentos. Temos dinheiro? Não. A saída é fazer privatizações e concessões – afirmou Agripino.


2014: oposição - Link da matéria: http://oglobo.globo.com/pais/de-olho-em-2014-oposicao-parte-para-seduzir-aliados-do-governo-6625343

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