2 de maio de 2014

Agronegócio: Aécio diz que será candidato do setor

“Da porteira para dentro não há ninguém mais preparado que o brasileiro. Nossos problemas começam da porteira pra fora”, comentou Aécio.


Agronegócio em pauta


Fonte: O Globo

Aécio diz que é ‘o candidato do agronegócio’


Em feira do setor em Ribeirão Preto, pré-candidato do PSDB critica falta de logística e excesso de carga tributária que prejudicam o setor

O senador e pré-candidato do PSDB à Presidência da República Aécio Neves disse nesta quarta-feira que a partir de agora ele será “o candidato do agronegócio”. Aécio participa da Agrishow, a maior feira do setor da América Latina, na cidade de Ribeirão Preto.

Durante sua participação no evento, o pré-candidato fez questão de defender o setor agrícola e criticar problemas que atrapalham o seu desenvolvimento, como a falta de logística e excesso de carga tributária.

- Da porteira para dentro não há ninguém mais preparado, mais qualificado e mais produtivo que o brasileiro. Os nossos problemas começam da porteira pra fora, na ausência de logística, de rodovias, de ferrovias, de hidrovias, de portos – declarou, frisando que a partir de agora seria o candidato preferido do setor.

Aécio, no entanto, não quis prometer projetos para flexibilizar o trabalho agrícola, como fez anteriormente para o setor de turismo. Mas prometeu discutir um projeto com o setor.

- Vamos discutir com o setor. Eu estou aqui pronto para ouvir as demandas do setor. Nós vamos construir juntos um projeto que não será feito num gabinete fechado. Vai ser feito em conversas com quem produz, com quem investe no setor. Com quem está lutando para que este setor da indústria brasileira possa continuar crescendo – declarou, ao lado de lideranças do agronegócio.

Aécio também criticou o que chamou de desmonte, pelo governo atual, do setor produtivo.

- Nós temos um setor (do agronegócio) que gera renda, que gera emprego, que gera divisas para o Brasil, mas temos muito o que fazer. Nós temos que estimular setores que foram desmontados pelo atual governo.
senador disse ainda que, se eleito, pretende reduzir pela metade os 39 ministérios do governo federal. E acrescentou que criará uma secretaria especial com prazo de trabalho de seis meses para avaliar a situação tributária.

- Temos que resgatar a capacidade de gestão do governo federal. No nosso governo nós vamos cortar pela metade o número de ministérios e vamos criar uma secretaria especial, com prazo de validade de seis meses, para apresentar um projeto de simplificação do sistema tributário, que é o primeiro passo para nós abrirmos espaço fiscal e avançarmos na direção da diminuição da carga tributária – disse.

O senador não sinalizou quais serão os ministérios cortados, mas disse que a partir de agosto não nomeará, mas sinalizará quem são as pessoas que irão compor seu governo.

- O que vamos apresentar é um projeto de gestão. Em Minas Gerais fizemos corte de secretarias e cargos comissionados. Não se justifica o governo federal ter 39 ministérios e mais de 25 mil cargos de livre nomeação.

Sobre as pesquisas que apontam a queda de intenção de votos da presidente Dilma Rousseff, ele disse que é preciso avaliar com serenidade nesse momento.

- Mas um dado que me parece relevante nesse instante, um dado consistente que os analistas, os cientistas políticos e os cidadãos em geral devem estar atentos é um dado que aparece absolutamente em todas as pesquisas já há algum tempo, que é o desejo profundo de mudança dos brasileiros. Cerca de 70% ou mais da população queremmudanças profundas no Brasil.

Sobre o movimento “volta, Lula”, em substituição à candidatura da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que não escolhe adversários.

- É indiferente quem seja o candidato governista. Nós estamos nos apresentando e apresentando uma proposta de confronto com o atual modelo do governo do Brasil. Do aparelhamento, da visão ideológica atrasada em relação ao mundo.

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