Aécio Neves: “quero derrotar o modelo que não vem fazendo bem ao Brasil e iniciar um novo ciclo de meritocracia”, afirmou sob aplausos.
Aécio Neves em encontro com empresários
Fonte: O Globo
Aécio diz que não se importa se o candidato do PT for Lula ou Dilma
A empresários, pré-candidato tucano diz que, se eleito, vai cortar pela metade o número de ministérios
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, adotou um discurso para tentar convencer os seus colegas de partido de que uma eventual volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é uma ameaça. Em palestra nesta segunda-feira para empresários em São Paulo, o tucano disse que não se importa com o adversário na eleição.
- Para mim, não me importa se o ex-presidente Lula, se é a presidente Dilma, o que eu quero é derrotar o modelo que não vem fazendo bem ao Brasil e iniciarmos um novo ciclo de meritocracia no país – afirmou, sob aplausos dos presentes ao encontro do Lide, grupo liderado pelo empresário João Dória Jr.
Aécio acrescentou que os petistas tem afirmado, sem constrangimento, a possibilidade de Lula voltar por causa do “momento de turbulência” do país. A fala serve como um espécie de vacina para evitar o pessimismo tanto de seus eleitores como de correligionários caso troca de Dilma por Lula se concretize.
- Nossa disputa não é pessoal. É contra essa modelo que está aí. Eu não temo essa eleição qualquer que seja o nosso adversário – declarou.
O senador tucano garantiu que se eleito reduzirá pela metade os atuais 39 ministérios.
- Num futuro governo do PSDB, acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma secretaria que, em seis meses, apresente uma proposta num primeiro momento de simplificação do sistema tributário e, no médio prazo, consiga a redução da carga tributária - disse o senador, que anunciou ainda que começará a escalar os integrantes de seu eventual governo a partir de julho.
Aécio também falou em melhorar a concessão dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzir a carga tributária e investir em Parcerias Público Privadas (PPP). Também afirmou que irá aprimorar o Bolsa Família com a concessão, por exemplo, de bônus a beneficiários que fizerem curso de qualificação profissional.
Mais tarde, ao responder a perguntas da plateia, Aécio falou também que iria acabar “com boa parte desses cargos em comissão”.
O senador defendeu regras mais claras para o acesso a empréstimos do BNDES.
- Eu gosto muito dos juros do BNDES, mas eu quero que haja juro do BNDES para todos e não apenas para meia dúzia de escolhidos – disse, sendo aplaudido com entusiasmo pelos empresários.
Ao falar da crise da Petrobras, disse que, se eleito, passará o “país a limpo”.
Assim como fez o seu provável adversário do PSB, Eduardo Campos, na semana passada, Aécio também manifestou preocupação de que seja feito “terrorismo” com a possibilidade de fim do Bolsa Família se o vencedor da eleição não for um petista. Apesar de ter prometido manter o programa, o tucano afirmou que fará ajustes, como a concessão de bônus para alunos que consigam notas superiores à média e a pais que entrarem em um programa de requalificação profissional.
- A grande diferença é que para nós o Bolsa Família é um ponto de partida. Para o PT, é um ponto de chegada.
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