22 de junho de 2013

Protestos: para Aécio alto comando do PT é oportunista

Protestos: segundo o senador Aécio Neves o PT age com “claro intuito de diluir cobranças feitas ao governo federal”.


Protestos:  PT oportunista


Protestos: PT provoca manifestantes

Protestos: manifestantes não aceitam provocação do PT e queimam bandeiras do partido.

Fonte: Correio Braziliense

Oposição vê oportunismo

Parlamentares alegam que Dilma não apresentou propostas concretas e PSDB acusa o PT de tentar se apropriar de movimento apartidário


presidente do PSDB nacional, senador Aécio Neves (MG), criticou o PT ontem por tentar tomar a frente dos protestos que acontecem em todo o país e, ao mesmo tempo, cumprimentou os “brasileiros que vêm se manifestando de forma democrática e pacífica, escrevendo uma importante página da história do país”. O partido, segundo ele, age com “claro intuito de diluir cobranças feitas ao governo federal”.

De acordo com o tucano, “é inevitável também constatar o oportunismo do alto comando do PT, que tenta se apropriar de um movimento independente, ao determinar que militantes do partido se misturem aos manifestantes com o claro intuito de diluir as cobranças feitas ao governo federal”. Na quinta-feira, o presidente do PTRui Falcão, conclamou militantes do partido, por meio do microblog Twitter, para uma passeata liderada pelo Movimento Passe Livre (MPL), na Avenida Paulista, em São Paulo. Falcão havia convocado petistas para as manifestações em comemoração à redução nos preços das passagens de ônibus, mas recuou e retirou a hashtag #ondavermelha do seu perfil na rede social.

“Trata-se de decisão irresponsável, que desrespeita o sentido apartidário dos protestos, colocando em risco, inclusive, a segurança de seus próprios militantes, alguns deles hostilizados ontem (quinta-feira) em várias partes do país”, analisou Aécio. O senador afirmou ser “importante que nós, agentes políticos, tenhamos humildade para reconhecer e compreender a dimensão da insatisfação existente hoje no Brasil”.

Na avaliação do parlamentar, “há um evidente e justo clamor que une a sociedade por mudanças estruturais na gestão do setor público, e é inevitável ver, na raiz dessa insatisfação, uma aguda crítica à corrupção e à impunidade que persistem na base do sistema político”.

Repercussão
Logo depois do pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional e rádio e tevê na noite de ontem, parlamentares da oposição criticaram o teor do discurso. A avaliação foi a de que Dilma não tem ideia de como reagir às ondas de protestos no país.

“Foi uma sucessão de obviedades vagas e inconsequentes. Ao mencionar o diálogo com os Poderes, ela poderia ter dito que vai pedir que votem os royalties do petróleo para educação e também que retomem uma matéria que ela vetou, a destinação de 10% dos recursos da União para a saúde. E, em relação ao Judiciário, poderia ter feito um apelo para que aqueles condenados pelo julgamento já ocorrido do mensalão cumpram suas penas. Aí, sim, teria dito o que a população quer ouvir. Um gesto anticorrupção e outro em favor da saúde. Não o fez. Ela agiu por marqueteiro. Só faltou aparecer o João Santana ali atrás dela”, afirmou o senador José Agripino (RN)presidente do DEM.

O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), seguiu a mesma linha. “Ela mostra alguma mudança de atitude ao dizer que quer receber os manifestantes, governadores, prefeitos e presidentes de Poderes. O discurso foi bom, mas resta saber se haverá providências. O combate aos atos violentos também está nessa agenda. Tem que usar a inteligência para pegar esses grupos organizados e prender esses delinquentes.”

senador Rodrigo Rollemberg (DF), líder do PSB no Senado, por sua vez, cobrou “mais ação”. “Para todos nós, políticos, está claro que a população quer mais ação e menos palavras. Não só do Executivo, mas também do Legislativo e do Judiciário.”

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