8 de julho de 2013

Aécio propõe reduzir ministérios e critica gestão do PT

Aécio: Precisamos de uma agenda nova para o Brasil e isso depende de pessoas de coragem. Eu posso dizer, eu tenho coragem”, afirmou


Aécio: crítica à gestão deficiente do PT


Reforma política: Aécio Neves

Aécio: Precisamos de uma agenda nova para o Brasil e isso depende de pessoas de coragem. Eu posso dizer, eu tenho coragem”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico

Aécio diz que cortaria ministérios pela metade


senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ontem que “cortaria pela metade o número de ministérios e dos mais de 25 mil cargos públicos comissionados” do governo se estivesse no lugar da presidente da República Dilma Rousseff. O tucano participou em São Paulo de uma palestra do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso. Depois, no mesmo prédio, Aécio falou a empresários do agronegócio.

“A população na rua está dizendo que as coisas não vão bem. Precisamos de uma agenda nova para o Brasil e isso depende de pessoas de coragem. Eu posso dizer, eu tenho coragem”, afirmou Aécio aos empresários, em tom de pré-candidatura presidencial, durante a reunião fechada.

Aécio considerou temerosa a atitude da presidente de enviar ao Congresso mensagem com as linhas gerais de um plebiscito para a reforma política. “Existe hoje no Congresso uma base suficientemente ampla, governista, capaz de votar em um espaço de tempo curto parte dessas reformas. E nós não teríamos objeção a isso”.

O senador disse que qualquer insinuação de “volta Lula”, em referência à possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar a eleição de 2014, é proveniente do próprio PT e atestaria o fracasso da atual gestão.

“O instituto da reeleição é quase compulsório. A não candidatura da presidente seria, no mínimo, a falência de um governo, um atestado de incapacidade de enfrentar os problemas”, opinou.

Aécio fez cobranças à presidente: “Existe um conjunto de ações que o governo poderia tomar até do ponto de vista simbólico. Quem sabe a presidente da República vir a público dizer que espera que o STF conclua rapidamente o processo do mensalão e aqueles, eventualmente condenados, seja punidos. É por isso que clamou a população”, provocou.

O tucano reconheceu, no entanto, que o recado dado pela população é na verdade para a classe política como um todo. “Não foi um sinal apenas a um partido. Mas aquele que está no poder central, que arrecada hoje e que mantém cerca de 70% de tudo do que é arrecadado hoje sobre seu controle, obviamente, sobre ele há uma cobrança maior.”

Na esteira da fala de Dilma, que afirmou que seu governo era “padrão Felipão”, em alusão ao técnico da Seleção Brasileira de futebol, Luis Felipe Scolari, Aécio rebateu: “Se o Felipão tivesse um governo padrão PT, não poderia escalar 11 [em campo], ia escalar 39 jogadores [número de ministérios atualmente]“.

Minas Gerais, que é governada pelo PSDB desde 2003, tem 23 secretarias de Estado. Seis delas criadas pelo atual governador Antonio Anastasia, eleito em 2010. Ele sucedeu Aécio, que foi eleito em 2002 e reeleito em 2006.

No início do mandato, Anastasia criou as secretarias de Trabalho e Emprego e da Casa Civil e Relações Institucionais. Criou também três secretarias extraordinárias: da Copa do Mundo, de Gestão Metropolitana e de Regularização Fundiária. Em julho do ano passado, uma nova pasta: a Secretaria de Estado Extraordinária para Coordenação de Investimentos.

Ontem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse ao Valor que acredita que os eleitores não terão condições de decidir por meio de um plebiscito pontos de uma reforma política, como quer o governo.

“Questão da reforma é fundamental”, disse ele. A dificuldade, na sua avaliação, é exigir que as pessoas tenham uma opinião sobre tantos e complexos temas de uma reforma. Um deles, por exemplo, o financiamento de campanha.

“Eu não tenho opinião formada sobre financiamento público e privado de campanha. Para essas coisas, não adianta fazer plebiscito”, afirmou.

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