22 de outubro de 2013

Aécio é a personalidade mais admirada por internautas

Aécio: presidente do PSDB é o mais votado entre os nomes que lideram ranking dos 60 mais poderosos do País, à frente de Lula, Campos e Dilma.


Eleições 2014


Aécio é a personalidade mais admirada por internautas

Fonte: Portal IG 

Maioria dos internautas do iG escolhe Aécio Neves como poderoso mais admirado


A maioria dos internautas do iG escolheu Aécio Neves como o mais admirado entre os nomes do topo do ranking dos 60 mais poderosos do País . Em enquete realizada entre quinta (17) e sexta-feira (18), com a pergunta “Estes são os seis primeiros do ranking: quem você mais admira?”, o presidente do PSDB foi o 1º colocado, com 17.801 votos. No ranking do iG , ele é o 5º mais poderoso.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  , 2º colocado no ranking do iG , apareceu em 2º lugar na enquete (8.321 votos). Quarto colocado na lista de poderosos, o presidente do PSBEduardo Campos  foi o 3º mais votado pelos internautas (2.620 votos).

A presidente Dilma Rousseff , apontada como a mais poderosa do País no ranking do iG , ficou na quarta colocação na enquete (2.228 votos).

Roberto Irineu Marinho , presidente das Organizações Globo, 3º do ranking do iG , ficou em 5º (340 votos) e o vice-presidente da República,  Michel Temer , ocupa a mesma colocação no ranking e na enquete: 6º lugar (247 votos).

A enquete proposta pelo iG usa a ferramenta Realtime, que promove uma interação completa e em tempo real entre todos os usuários do portal.

Metodologia

O ranking do iG foi elaborado a partir de quatro indicadores: as zonas de poder econômico, político, midiático e social. Somados, esses índices radiografam quem são, o que fazem e como fazem os principais artífices da política e da economia brasileira. Com eles, o internauta estará melhor informado sobre a capacidade de influência de grandes personagens da República. O ranking tem a presença de políticos, autoridades de governo e do Judiciário, empresários e economistas.

Nomes que, com sua tomada de decisão, suas declarações e atitudes públicas e privadas, geram notícia, despertam admiração, crítica, aplauso ou desprezo. Eles ganharam perfis elaborados, publicados a cada dia desde o início da série. O iG publicou um perfil por dia, de segunda a sexta, até chegar ao número 1. Os textos produzidos levam a marca de excelência do iG : bem informados, inventivos, criativos, instigantes.


Provável candidato à Presidência da República em 2014, Aécio vocaliza uma considerável parcela do eleitorado brasileiro que tem urticária ao ouvir palavras como Lula, Dilma e PT


Fonte: Potal iG

Aécio: Em enquete, presidente do PSDB é o mais votado entre os nomes que lideram o ranking dos 60 mais poderosos do País

Aécio Neves.  Foto: Leandro-Moraes / UOL

Você quer conversar com Aécio Neves? Ele quer. Ao menos é o que diz no novo reclame comercial do PSDB, o primeiro movimento um pouco mais formal do partido com o objetivo de apresentar ao eleitorado nacional seu provável candidato à Presidência da República. O filmete segue a escola tucana de comunicação. Aécio – com seu indefectível rosto bronzeado e claros sinais de um photoshop cirúrgico – fala sem dizer, exibe-se sem se mostrar, convida sem receber. Não obstante as críticas cada vez mais recorrentes e desabridas à presidente Dilma Rousseff, a um ano do escrutínio Aécio segue dando a impressão de que especula com sua candidatura. Talvez ele seja realmente daqueles que esperam o resultado do jogo para, só então, entrar em campo; talvez tudo não passe de um truque de ilusionismo, um número muito bem ensaiado de prestidigitação política. Não importa: a ordem dos fatores não altera o produto. O estilo de Aécio Neves não lhe tira um centímetro de poder.

Aos 53 anos de idade, o Aécio de 2013 rumo a 2014 parece finalmente estar pronto para transformar as palavras do Príncipe tucano em peças para arqueólogos ou escafandristas. É hora de levar o mais carioca dos mineiros a sério. Neste momento, portanto, talvez o seu grande desafio seja convencer o mundo de que é candidato. Que tal começar pelo próprio eleitor? “Eu sou Aécio NevesVamos conversar?”, propõe ele no fim de cada uma das suas inserções na TV. Nos comerciais de 30 segundos, o senador tucano aparece muito bem maquiado e penteado, e com novo visual. As câmeras agradecem. O tucano ficou tinindo para os debates televisivos, ainda que cirurgia alguma no mundo seja capaz de lhe dar os olhos azuis de Eduardo Campos.Aécio chega à TV soletrando seus primeiros slogans de campanha: “Quem muda o Brasil não é o político, mas o cidadão”; “É possível melhorar o transporte coletivo”; “A inflação não está controlada”. Os dois primeiros emergem claramente da receita de protestos iniciados em junho nas ruas do país. Já a terceira frase revela que, por ora, os marqueteiros tucanos tentam provocar chamas esfregando um graveto contra uma espuma. Será que um ponto percentual a mais ou menos para longe do centro da meta de inflação comove o eleitor? Bem, um ano é tempo suficiente para os cientistas do PSDB descobrirem a resposta.

Candidatura já pisa nas ruas 

Recentemente, Aécio fez um périplo por três estados do Nordeste. Esteve em Mauriti (CE) para gravar imagens nos canteiros de obras da transposição do Rio São Francisco. O projeto é uma das prioridades do governo Dilma e deveria ter sido concluído no fim do ano passado. Em outra cidade cearense, Juazeiro do Norte, ao lado do ex-senador Tasso Jereissati, fez críticas à presidente pelo atraso nas obras. “É muita propaganda e pouca ação. Vamos levar essa e outras denúncias ao Congresso Nacional”, afirmou.

Mas, como bem pontuou FHC, o desmedido gosto pelos prazeres da vida tatuou no senador uma imagem próxima à de um garoto. Até a oficialização do seu segundo casamento (com a modelo Letícia Weber), realizado numa cerimônia discreta no Rio, sempre houve o consenso entre os seus amigos da alta sociedade e do meio empresarial que o senador não namora mulher feia. A relação com Letícia, no entanto, já dura cinco anos: ela tem 34 anos e as iniciais de A e N tatuadas atrás da orelha direita – dizem que José Serra grafou o mesmo monograma, mas o vodoo estaria guardado em local desconhecido. Letícia nasceu em Panambi, no Rio Grande do Sul, estudou em colégios evangélicos e se mudou com a família para Florianópolis ainda moça. Apresenta-se como modelo da agência Ford de Santa Catarina. Pouco mais se sabe sobre ela, que, orientada ou não, não gosta de falar com a imprensa. Mas, ao frequentar as casas noturnas mais caras de São Paulo, Rio e Floripa, sai sempre em jornais e revistas. Ao lado do namorado.

Um teto mineiro a poucas quadras da praia 

Mineiro de Belo Horizonte, Aécio Neves sempre teve alma carioca. O endereço carioca de Aécio fica na Avenida Vieira Souto, 250 metros quadrados dos mais valorizados do mundo. O imóvel passou recentemente por uma reforma, ganhando nova decoração, com destaque para uma obra de Vik Muniz retratando a Praia de Ipanema em cor chocolate. Bobice: a real fica bem em frente, com atrações que Vik Muniz nenhum no mundo é capaz de reproduzir. Alguns réveillons na casa de Luciano Huck em Angra dos Reis selaram amizades: os empresários do ramo de entretenimento Alvaro Garnero, Luiz Calainho, Alexandre Accioly, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno estão entre as mais próximas.

Também no Rio mora a ex-mulher de Aécio, Andréa Falcão, com a única filha do casal, Gabriela. Eles foram casados por oito anos, estão separados há 14, e aparentemente têm um bom relacionamento.

A “dolce vita” quase sempre cobra seu preço, alto e quando menos se espera: em abril de 2011, Aécio se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma carteira de habilitação vencida em uma blitz da Lei Seca, no Rio. Um episódio menor na vida de um cidadão comum, mas que causou polêmica por se tratar de um político com pretensão de se tornar presidente do Brasil.

Convém, no entanto, deixar muito claro: enxergar Aécio Neves apenas pelas lentes dos paparazzi e curiosos no calçadão é grave equívoco. Ele construiu uma sólida trajetória política. Aprendeu como poucos os meandros da articulação de bastidor, da aglutinação entre os diferentes, da composição inimaginável aos olhos comuns mas certeiros entre os sábios da política mineira. Que outro destino poderia estar reservado ao neto de Tristão de Cunha e de Tancredo Neves, de quem foi secretário particular no governo de Minas Gerais e na campanha à Presidência?

Choque de gestão

Economista formado pela PUC-MG, Aécio começou na política no PMDB, partido de Tancredo, e depois se transferiu para o PSDB. Foi deputado federal por quatro mandatos, de 1987 a 2002. Em 2002, foi eleito, em primeiro turno, para o governo de Minas Gerais, com 58% dos votos válidos – a maior votação da história do Estado até então. Em 2006, reelegeu-se, goleando os adversários: 77,03% dos votos válidos.

No Palácio Tiradentes, implantou o programa Choque de Gestão, com o objetivo de “reduzir o tamanho do Estado para investir mais no cidadão”. Em 2004, ao anunciar o programa, determinou a extinção de cargos, enxugou o tamanho do Estado e cortou o próprio salário. Até anunciar o “déficit zero nas contas públicas” de Minas. Com essa plataforma, sua popularidade virou arrasa-quarteirão entre os mineiros – que pouco se importaram de ver o governador estar com tanta frequência em solo carioca.

Ao assumir, em 2010, uma cadeira no Senado Federal, com 7.565.377 votos, o tucano era o maior nome da oposição ao PT. Em seu discurso de posse, comprometeu-se a atuar como agente fiscalizador do governo federal, “em defesa do pacto federativo e no exercício da oposição pautada pela coragem, responsabilidade e ética”. No popular, é mais direto, ao lamentar uma falta de projeto para o país: “É um governo que responde estritamente às emergências, institucionalizando o regime do improviso”. No dia 18 de maio de 2013, Aécio Neves foi eleito presidente nacional do PSDB, em substituição ao deputado federal Sérgio Guerra, o que fortaleceu ainda mais seu nome para a candidatura à Presidência pelo partido.

Quando sacramentar sua indicação como candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, o senador levará sobre os ombros toda a ansiedade de uma gente que não deseja ficar 16 anos confinada na arquibancada – e torcendo para o juiz não levantar a placa com mais quatro de acréscimo. Aécio vocaliza uma considerável parcela do eleitorado brasileiro que tem urticária ao ouvir palavras como LulaDilma,PTpetista e petismo. Também costuma animar plateias cansadas de três mandatos sucessivos do grupo acima. Inspira ainda aqueles saudosos dos dois mandatos mais liberais de Fernando Henrique Cardoso e suas reformas pró-mercado. Convence, por fim, aqueles que consideram os anos petistas como exemplo de desorganização das contas públicas, ampliação excessiva do tamanho do Estado, penetração indevida do governo na vida do cidadão e das empresas e carência de reformas estruturantes capazes de fazer o País atingir altitudes mais elevadas.

Trata-se de uma agenda liberal que, se Aécio e o PSDB souberem defender, pode abocanhar uma fatia relevante da população que vai às urnas – resta saber se, com a dupla Eduardo Campos-Marina Silva também enfrentando a presidente Dilma Rousseff, será um discurso forte o suficiente para levá-lo ao segundo turno.

Antes disso, porém, todos a Ipanema.

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