10 de outubro de 2013

Nova York: Aécio defende legado do PSDB em palestra

Aécio: investidores dizem que palestra foi positiva sobre o país, principalmente se houver uma mudança na agenda.


Aécio Neves: diagnóstico do Brasil


Fonte: Valor Econômico 

Aécio descarta candidatura ao governo de Minas


senador Aécio Nevespresidente nacional do PSDB e potencial candidato à Presidência pelo partido, descartou ontem qualquer possibilidade de concorrer no próximo ano ao governo de Minas Gerais, onde foi governador de 2003 a 2010.

A falta de um nome que pareça politicamente viável no Estado e a permanência de José Serra no PSDB levaram alguns analistas a acreditar que Aécio poderia abrir mão de uma eventual candidatura à Presidência em 2014 para garantir o Estado, segundo maior colégio eleitoral do país. No entanto, o presidente do PSDB disse que “no tempo certo” o partido terá o nome do “melhor candidato” para Minas. “A minha etapa em Minas já foi cumprida”, disse.

Aécio fez ontem uma palestra para investidores em Nova York, mesma cidade em que a presidente Dilma Rousseff, há cerca de duas semanas, visitou empresários e investidores para passar uma mensagem de tranquilidade sobre o ambiente de negócios do Brasil.

O discurso de Aécio foi bastante diferente. Ele acredita que a “herança bendita” deixada por Fernando Henrique Cardoso “foi embora”. Apesar de não se colocar como candidato à PresidênciaAécio disse que falaria, em portas fechadas a uma plateia de quase 600 investidores, sobre as dificuldades por que passa o Brasil e também sobre como o PSDB, o maior partido de oposição, tem uma agenda nova para o país, inclusiva ao setor privado.

De acordo com investidores que participaram da palestra e preferiram não se identificar, a mensagem do senador foi crítica ao atual governo, mas positiva sobre o país, principalmente se houver uma mudança na agenda, de forma a ser menos intervencionista na economia do que o atual governo de Dilma.

Em entrevista à imprensa antes da palestra, promovida pelo banco BTG PactualAécio disse que faria um diagnóstico claro sobre a situação atual do país.

Ele criticou a não realização de reformas e disse ter havido uma aposta por parte do governo de que o crescimento econômico seria sustentado apenas com base no consumo. E a “intervenção absurda permanente” e cada vez maior do governo em setores da economia, que criou insegurança e, consequentemente, levou ao afastamento dos investidores privados.

“A agenda do PSDB, ao contrário, é a agenda da estabilidade, do crescimento, da responsabilidade fiscal, sem maquiagem de números, como vem fazendo o PT. É essa agenda que vai nos permitir chegar no segundo turno e, espero eu, vencer as eleições“, disse.

Aécio afirmou ainda que em encontros com empresários em Nova York, tem sido recebido em um ambiente de “pouco crédito em relação ao Brasil e ao que faz o atual governo”.

Durante a palestra, ele teria dito, segundo um investidor, que a aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no PSB, seria positiva pois ampliaria as chances de Dilma não vencer as eleições do ano que vem.

Apesar de considerar a aliança entre Marina e Campos “surpreendente” em um primeiro momento, Aécio acredita que isso trará vigor à oposição. “Estamos falando de dois nomes que vieram das costelas do PT, ambos foram ministros do governo Lula, e hoje atuam no campo oposicionista”.

“Acho que a presença tanto de Eduardo como de Marina no campo oposicionista deve ser saudada por nós como algo que prenuncia o fim desse ciclo de governo do PT“, disse a jornalistas.

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