Aécio Neves: ‘PT acha correto botar um país a serviço de um partido’
Em reunião de governadores do PSDB, senador ataca governo Dilma
BELO HORIZONTE. O tom de morde e assopra em relação ao governo federal dominou o encontro dos oito governadores do PSDB neste sábado, em Belo Horizonte. Enquanto os governadores evitaram bater de frente com o governo da presidente Dilma Rousseff, coube ao senador Aécio Neves dirigir as palavras mais duras à atual gestão do Palácio do Planalto.
- O PT acha que o correto é colocar um país a serviço de um partido. A notícia de que a presidenta Dilma criará mais um ministério para acomodar um dirigente partidário que não foi eleito, que não teve votos para estar no Senado, é um escárnio para a população brasileira. As micro e pequenas empresas precisam de apoio, não de mais uma estrutura burocrática – disse Aécio, em referência à possibilidade de Antonio Valadares (PSB-SE) assumir o cargo de ministro. A escolha abriria espaço no Senado para José Eduardo Dutra, presidente do PT e primeiro suplente.
O tucano reclamou, ainda, do risco de volta da inflação, da “ineficiência da máquina pública federal” e do “aumento desenfreado dos gastos”.
Presidente do partido adota tom mais ameno O presidente do partido, Sérgio Guerra, acusou o governo de atuar com um “rolo compressor” no Congresso, mas acabou adotando um tom mais ameno na hora de avaliar o governo Dilma, dizendo que os petistas subscreveram ideias tucanas no que diz respeito à política externa e à profissionalização da administração.
Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, dissese disposto a fazer oposição “de forma coerente, sem mudar ao sabor do vento”.
Os governadores aprovaram moção de apoio à criação de um conselho político para assessorar e orientar a direção executiva do PSDB. Além dos governadores, fariam parte do grupo o senador Aécio Neves, o ex-governador José Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um representante da Câmara dos Deputados e outro do Instituto Teotônio Vilela. O conselho ajudaria a diminuir o impasse que envolve tucanos, paulistas e mineiros, os quais estão de olho nas articulações que podem se refletir na escolha do candidato do partido nas eleições de 2014.
Além de Alckmin, participaram da reunião Antonio Anastasia(Minas), Marconi Perillo (Goiás), Anchieta Júnior (Roraima), Beto Richa (Paraná), Simão Jatene (Pará), Siqueira Campos (Tocantins) e Teotônio Vilela Filho (Alagoas).
Fonte: Thiago Herdy – O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário