21 de agosto de 2011

Aécio critica ‘aparelhamento da máquina pública’ e diz que faxina de Dilma é ‘slogan de campanha’


Aécio: faxina de Dilma é ‘slogan de campanha’

Fonte: Thiago Herdy – O Globo
Senador faz críticas ainda ao aparelhamento da máquina pública, durante ato do PSDB mineiro
BELO HORIZONTE. O senador Aécio Neves (PSDB) classificou como “slogan de campanha” a faxina ética realizada pelo governo Dilma Rousseff (PT), que já resultou na queda de quatro ministros e auxiliares. Durante ato de criação do braço sindical do PSDB mineiro, o ex-governador de Minas criticou também o que chamou de “aparelhamento da máquina pública” pelo PT e a formação de feudos partidários, em sua opinião verdadeiros responsáveis por distorções que levam à corrupção.
- O governo acorda todos os dias, deve abrir os jornais quase que como filando uma carta de baralho para saber quem é o próximo denunciado, para, a partir daí, agir. Se ninguém denunciou naquela semana, está muito bom. Para um governo com oito meses apenas de duração, já está muito envelhecido – criticou Aécio, que defendeu medidas pró-ativas de combate à corrupção, como a ação de auditorias e da Controladoria Geral da União.
O senador ironizou a aproximação entre Dilma e o tucano Fernando Henrique Cardoso, semana passada, durante lançamento do programa Brasil sem Miséria, em São Paulo:
- Acho que a presidente está incomodada com alguns dos seus aliados, talvez tenha buscado estar um pouco mais próxima dos tucanos.
Para Aécio, Dilma estaria seguindo o exemplo de Lula ao desperdiçar o capital político do primeiro ano de governo e não realizar reformas necessárias ao país, apesar de contar com uma ampla base de apoio e um bom momento da economia.
- Um governo que com oito meses está até agora premido pela agenda ética é um governo que não tem iniciativa, onde estão as grandes reformas? O governo hoje se satisfaz em dizer que está afastando A ou afastando B, como se isso fosse um grande programa de governo, o que não é, o Brasil precisa de muito mais – disse, em referência às reformas política, tributária e previdenciária, entre outras iniciativas, onde estão as grandes reformas? O governo hoje se satisfaz em dizer que está afastando A ou afastando B, como se isso fosse um grande programa de governo, o que não é, o Brasil precisa de muito mais – disse, em referência às reformas política, tributária e previdenciária, entre outras.
O PSDB filiou 93 sindicalistas ao diretório mineiro e anunciou que até o fim do ano terá um núcleo sindical nacional.
- Esta é a demonstração de que, por maior que tenha sido o esforço do governo federal, não conseguiu aparelhar todo o aparelho sindical. Parcela dele, sim. Mas aqui estamos vendo com muita clareza que o movimento sindical busca outros parceiros, outros intérpretes para seus sentimentos, suas angústias e seus projetos – disse Aécio.

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