24 de agosto de 2011

Gestão dos governos Aécio e Anastasia garantem à Cemig lucro de R$ 1 bilhão no semestre – resultado é reflexo de ganhos com a aquisição de empresas


emig tem lucro de R$ 1 bi no semestre

Fonte: Paula Takahashi – Estado de Minas
Resultado é reflexo de ganhos com a aquisição de empresas
A melhoria operacional associada ao investimento em novos negócios e à ampliação do volume de ativos explica o resultado financeiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) no segundo trimestre deste ano. No período, a receita líquida da estatal mineira cresceu 11% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, somando R$ 3,8 bilhões, enquanto o lucro líquido atingiu R$ 523 milhões. Com o resultado, a concessionária fechou o semestre com lucro líquido consolidado de R$ 1,049 bilhão.
“Conseguimos produzir mais com menos custos, o que representa melhoria operacional. Além disso, o nosso programa de investimento resultou em novos ativos que passaram a render aquilo que esperávamos”, pondera o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla.
Entre os ativos citados pelo executivo estão o da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), adquiridos em 2009. “Ela contribuiu e vai continuar contribuindo para a geração de caixa”, prevê. Com a conclusão do processo de aquisição de ativos da Abengoa, empresa espanhola que investiu pesado em linhas de transmissão no país, a expectativa é de que o fluxo de caixa da Taesa aumente em R$ 200 milhões. A aquisição deve ser finalizada até outubro.
“Com a negociação, a Taesa chegará a quase 10 mil quilômetros de linha de transmissão, colocando aCemig na terceira colocação entre as maiores operadoras de ativos de transmissão do país”, calcula Rolla. A estatal também marcou sua entrada no mercado de energia renovável juntamente com a Light, que ampliou sua capacidade instalada com a aquisição, por R$ 360 milhões, de 26,2% da Renova.
Distribuição Com foco de investimentos na distribuição, a Cemig pretende destinar R$ 1,3 bilhão em 2011 e R$ 953 milhões em 2012 para a Cemig Distribuição. ”Queremos aumentar a eficiência e melhorar a prestação de serviço para a população”, afirma Rolla. No total, os investimentos da concessionária somarão R$ 2,3 bilhões este ano, dos quais R$ 405 milhões serão destinados a novas aquisições.
Apesar de reconhecer a necessidade de buscar mais capacidade de geração, a estatal não revela as manobras de mercado em avaliação. Entre as opções está a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, empreendimento no qual o executivo não descarta a possibilidade de participação da estatal mineira no projeto. “Não podemos excluir ninguém. As negociações vão depender das oportunidades que aparecerem”, se limitou a afirmar o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig.
Quanto à polêmica sobre a renovação dos contratos de concessão das usinas hidrelétricas a vencer a partir de 2014, o que supostamente poderia reduzir os custos de distribuição, Rolla vê na alternativa uma ilusão. “Não acho que baixaria o preço, mas vai sim comprometeria a qualidade dos ativos no futuro. É ilusão achar que ao fazer uma licitação o preço vai ser reduzido. O justo seria prorrogar essas concessões”, avalia. Para ele, o preço de geração está vinculado à oferta de energia no mercado. “É isso que o órgão regulador deveria estar incentivando, o aumento da oferta, com a construção de novas fontes”, pondera.

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