30 de novembro de 2010

O Choque de Gestão de Aécio Neves faz COPASA participar do Indice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa


Com seis estreantes, ISE passa a ter 38 empresas

Com o intuito de deixar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) mais atraente para o investidor, a BM&FBovespa decidiu alterar o período de vigência da carteira teórica para o ano fechado. A medida, conta o coordenador de índices de ações da bolsa, Rogério Marques, atende uma demanda dos próprios gestores de fundos, que terão mais tempo para ajustar seus investimentos que espelham o ISE. A iniciativa também deve facilitar a criação de novos produtos, como o ETF da sustentabilidade.

Com a mudança, a próxima carteira, anunciada ontem, vai vigorar do dia 3 de janeiro de 2011 a 29 de dezembro. Até então, o ISE entrava em vigor no primeiro dia útil de dezembro e ia até o último dia útil de novembro do ano seguinte.

O ISE também ganhou diversificação de empresas e setores. O fato de o índice ser composto por um número relativamente pequeno de companhias é apontado como um dos entraves para o sucesso entre os grande investidores, aponta estudo do International Finance Corporation (IFC), que avaliou os cinco anos do índice e será apresentado hoje no seminário internacional “Índices de Sustentabilidade, Análise e Perspectivas”, na sede da bolsa, em São Paulo.

A nova carteira será composta por 38 empresas – seis a mais -, que somam um valor de mercado de R$ 1,17 trilhão. Isso equivale a 46,1% do valor de mercado de todas as companhias com ações negociadas na bolsa e representa um aumento de 60% em relação à carteira anterior. São seis as companhias estreantes: Vale, Santander, BicBanco, Anhanguera, Copasa e Ultrapar. Na contramão, deixam o índice a Dasa e aUsiminas.

Em termos de setores, o número subiu de 16 para 18 na nova carteira. Ingressam no índice pela primeira vez os setores de mineração, serviços educacionais e o de holdings diversificadas, segundo a bolsa. Marques conta que foi colocado um limite de concentração setorial de 15%.
“É uma carteira que mostra estabilidade. Só duas empresas não permaneceram”, disse Sonia Favaretto, diretora de sustentabilidade da bolsa e presidente do conselho responsável pelo ISE. Os compromissos de confidencialidade assumidos com as empresas impedem a bolsa de justificar a saída da Usiminas e da Dasa, mas Sonia lembrou que um participante pode deixar o índice por dois motivos: não responder ao questionário usado como base na elaboração da carteira ou não alcançar a pontuação necessária.
Neste ano, questões relacionadas a iniciativas das empresas no campo das mudanças climáticas foram inseridas no questionário do ISE, enviado a 182 empresas com as 200 ações mais líquidas. No entanto, apenas 53 delas responderam ao questionário, incluindo dez no processo pela primeira vez.

Segundo o estudo do IFC, com a experiência adquirida, os requisitos para a adesão ao ISE foram dificultados e menos empresas têm se candidatado. O percentual de companhias que aceitam o convite para integrar o índice caiu de 52% em 2005 para 38% em 2009, enquanto o número de empresas convidadas se manteve relativamente constante ao redor de 130. Em 2010, esse número aumentou significativamente para 182, mas a taxa de resposta caiu para 29%.

“Em número absoluto, as empresas que aceitaram o convite aumentaram”, ressalta a coordenadora do Programa de Sustentabilidade Empresarial da FGV, Roberta Simonetti. O ISE também vem mostrando mais fôlego. Em cinco anos, o desempenho está abaixo da Ibovespa, mas nos últimos 12 meses o ISE sobe 10,93%, ante 2,13% do principal índice da bolsa.

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