Aécio e Dilma adotam discurso conciliador
A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT) e o senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), fizeram discursos conciliadores e pregaram a relação política propositiva, na premiação promovida pela revista Isto É. Dilma foi escolhida a brasileira do ano e Aécio, o brasileiro do ano na política. “A partir de 1º de janeiro, sou a presidenta de todos os brasileiros. Isso significa um momento de congraçamento e de unidade”, afirmou Dilma, ao receber seu prêmio. “Olharei para todos sem nenhum distinção em relação a sua procedência política, visão de mundo, crença religiosa ou seu time de futebol”, concluiu com humor e afirmando ser torcedora do Internacional, de Porto Alegre.
Na chegada ao evento, Aécio afirmou que “o Brasil não foi descoberto em 2003″, para citar avanços de governos anteriores, como o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, ao receber o prêmio buscou a conciliação, sendo bastante aplaudido ao dizer que, em política, “é preciso construir pontes, não dinamitá-las”.
No momento mais engraçado da noite, o apresentador de TV Marcelo Tas, que foi premiado como brasileiro do ano na televisão, se referiu diretamente a Aécio dizendo que pretende governar o país, “mas só em 2038″ e que, portanto, os potenciais candidatos ali presentes não tinham com que se preocupar. Nesse momento, o telão do salão mostrou Aécio, para gargalhadas da plateia.
O discurso mais aguardado da noite foi o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), premiado como o brasileiro da década. Último a falar, Lula reavivou, de maneira velada, a tese da “herança maldita” que teria recebido do antecessor Fernando Henrique Cardoso (PSDB): “Ouvindo a Dilma falando eu fiquei pensando: ‘Poxa, eu podia ter herdado o país que ela vai herdar depois do governo Lula’”.
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