13 de janeiro de 2012

Aécio Neves cobra agilidade do governo federal


Senador critica lentidão na liberação de recursos
para municípios e o baixo investimento federal na prevenção de calamidades


O senador Aécio Neves (PSDB/MG) cobrou agilidade do governo federal na liberação de recursos para municípios mineiros afetados pelas chuvas. O senador criticou a demora no repasse nos recursos emergenciais prometidos pelo governo e destacou que a burocracia do Executivo federal aumenta os problemas vividos pela população nesses municípios.

“Esse drama vem aumentando, e estamos em Minas Gerais percebendo isso, em razão da enorme burocracia do governo federal, seja no reconhecimento do estado de calamidade e de emergência das cidades atingidas, seja para a própria liberação dos recursos prometidos e que ainda não chegaram a essas cidades. Essa burocracia excessiva vem causando ainda maiores transtornos, aumentando ainda mais o drama das populações atingidas. É fundamental que haja uma articulação mais efetiva de todos os níveis de governo, não apenas no momento das tragédias, mas durante todo o ano”, observou o senador.

Até esta quinta-feira (12/01), 153 municípios mineiros haviam decretado situação de emergência. No entanto, o governo federal reconheceu a situação de emergência de apenas 51. Ter o estado emergencial reconhecido pelo governo federal é o primeiro passo para que municípios possam receber recursos para a recuperação de danos.

Ações de prevenção

Aécio Neves também criticou o valor destinado pelo governo federal a prevenção de catástrofes no país nos últimos dez anos: R$ 750 milhões, valores cerca de seis vezes menores que os gastos realizados no socorro de vítimas. Maiores investimentos em ações de prevenção são fundamentais para evitar a ocorrência de tragédias com perdas de vida. Em Minas, são 15 mortos em razão das enchentes e deslizamentos de terra este ano. No Rio de Janeiro, outro estado muito afetado, já são 22 mortos.

“Nos últimos dez anos, entre 2000 e 2010, o governo federal investiu em prevenção de catástrofes em todo o país, apenas R$ 750 milhões, menos de R$ 1 bilhão em dez anos, um valor irrisório pela dimensão das tragédias que o Brasil viveu nesse período. E, ao mesmo tempo, investiu cerca de R$ 6 bilhões em socorro às vítimas dessas tragédias, o que mostra um descompasso, uma absoluta falta de coordenação e de planejamento”, disse o senador.

Aécio Neves destacou que os investimentos do Governo de Minas nos últimos anos evitaram prejuízos ainda maiores em conseqüências das chuvas no Estado. O número de Coordenadorias Municipais de Defesa Civil no Estado dobrou para 696. O senador ressaltou a qualidade dos trabalhos das unidades municipais de Defesa Civil no Estado.

“É preciso reconhecer o esforço do governador Antonio Anastasia vem fazendo, um esforço que se iniciou lá atrás, ainda no nosso governo, com a consolidação da Cedec de Minas Gerais, que é reconhecida pelo governo federal como a mais bem estruturada de todo o país. Esta ação do Governo do Estado tem buscado minimizar o impacto desta tragédia”, disse Aécio.

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