16 de fevereiro de 2011

Aécio Neves discute novo valor do salário mínimo e aproxima centrais sindicais do PSDB e de trabalhadores


Aécio negocia para atrair centrais

Fonte: Adriana Vasconcelos - O Globo
PSDB apoia salário de R$ 560 e se reaproxima do movimento sindical
Numa ação articulada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), as bancadas tucanas da Câmara e do Senado decidiram ontem apoiar a proposta das centrais sindicais, que reivindicam um salário mínimo de R$ 560, caso o partido não consiga aprovar o valor de R$ 600 defendido durante a campanha passada por seu candidato à Presidência, José Serra. Para Aécio, mais do que um plano B, essa aliança com as centrais poderá garantir uma reaproximação estratégica da oposição com o movimento sindical, aproveitando o primeiro embate público dele com o governo da petista Dilma Rousseff.
- Vamos defender o mínimo de R$ 600 até quando for possível. O que me preocupa é não termos um plano B. A base do governo é muito sólida. O mais provável é que vença a proposta do governo. Mas a chance da proposta das centrais sindicais prosperar é com o apoio da oposição – observou Aécio, após reunir em seu gabinete ontem representantes de quatro centrais sindicais e os principais líderes da oposição do Senado e da Câmara.
Na avaliação de Aécio, a aliança com as centrais sindicais poderá ajudar a oposição, hoje em minoria tanto na Câmara quanto no Senado, a pressionar o governo a abrir negociação não só como está acontecendo agora em relação ao salário mínimo, mas em relação a outros temas, como por exemplo o reajuste da tabela do Imposto de Renda:
- Na verdade, o PSDB tem de buscar, sempre que possível, o entendimento com movimentos da sociedade e sindicais. Tudo isso deve fazer parte da reorganização do partido. Independentemente do resultado objetivo da votação do salário mínimo, esse encontro reabre a nossa interlocução com as centrais sindicais.
Aécio conseguiu levar para o encontro com as centrais sindicais o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), e outros colegas de bancada como Flexa Ribeiro (PA), Lúcia Vânia (GO), Mario Couto (PA) e Cícero Lucena (PB), além do líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), e do líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
A expectativa dos tucanos é que o DEM, PPS, PV e até mesmo o PDT possam, num primeiro momento, apoiar a proposta do PSDB em favor de um mínimo de R$ 600, antes de se unirem em torno do valor defendido pelas centrais sindicais, de R$ 560.

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