10 de fevereiro de 2011

Governo vai barganhar com Congresso e Aécio diz que esse é um péssimo presságio – Lula fez farra com despesas públicas


Bloqueio pode afetar votação do mínimo, dizem líderes
Fonte: Folha de S.Paulo
Líderes da base governista e da oposição avaliam que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento pode atrapalhar o governo na votação do salário mínimo no Congresso.
Deputados reclamam principalmente do bloqueio previsto de R$ 18 bilhões, de um total de R$ 21 bilhões, das emendas apresentadas.
O congelamento das emendas não foi anunciado oficialmente ontem pelo governo, mas é tido como certo pelos principais líderes.
“Vamos ter que trabalhar para ver como os investimentos vão chegar aos municípios. É claro que afeta no mínimo, pois o Parlamento fica insatisfeito”, disse o líder do PR, Lincoln Portela (MG).
Ao mesmo tempo da coletiva do ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre os cortes, Jovair Arantes (GO), líder do PTB, se reuniu com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
“Fará um estrago grande na bancada. Queremos achar com o líder uma forma para reverter isso”, disse Arantes.
No Senado, a oposição disse que o governo usará o corte para barganhar apoio no Congresso. “Fica uma ameaça de que os cortes podem ser maiores, se houver dissidências”, disse o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ser esse “um péssimo presságio sobre o governo”.
A decisão de represar mais de 80% das emendas foi de Dilma numa reunião tensa na noite de anteontem com ministros e Vaccarezza.
Dilma ainda não definiu se irá liberar o aumento no Fundo Partidário aprovado no final de 2010. Caso seja liberado, o fundo representará um gasto extra de R$ 100 milhões. (MARIA CLARA CABRAL, GABRIELA GUERREIRO e ANA FLOR)

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