20 de abril de 2010

Militantes do PSDB em encontro realizado em Belo Horizonte: “Minas unida é coisa certa: Anastasia, Aécio, Serra”


Em Minas, Serra se compromete a tocar obras recomendadas por Aécio

Pré-candidato tucano à Presidência fez questão de dizer que, se for eleito, cuidará da ampliação do metrô de BH e do aeroporto em Confins
O que era para ser um ato simbólico se transformou num gesto concreto do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de compromisso com reivindicações históricas de Minas na área de infraestrutura. Antes mesmo de receber das mãos do ex-governador Aécio Neves (PSDB) o documento Agenda de Minas – relação de obras e políticas federais reclamadas pelo Estado -, Serra fez questão de se comprometer, caso eleito, com demandas como a ampliação do metrô de Belo Horizonte e do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que já opera no limite de sua capacidade.

Logo no primeiro compromisso na capital, durante entrevista à rádio Itatiaia, o tucano classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como “uma lista de obras” e aproveitou para introduzir o assunto. Citou também a recuperação do Anel Rodoviário de BH – de responsabilidade do governo federal – e a duplicação da BR 381, no sentido Belo Horizonte-Vitória, até Governador Valadares.

“Tudo isso tem de ser feito. Se está no PAC, não está no PAC, foi anotado ou não foi anotado, o fato é que não se avançou para Minas se desenvolver mais. Minas tem a vocação, olha, vou falar aqui com todo o realismo, de ser o estado mais desenvolvido do Brasil”, disse. “Vamos ser realistas, a maior parte não foi feita. As obras a gente tem que definir, tocar e fazer acontecer.”

Com críticas ao que considera os investimentos insuficientes do governo federal, principalmente na área de logística e nas rodovias, Serra repetiu o compromisso no encontro com empresários na sede da federação das indústrias (Fiemg), onde classificou os gargalos no como “custo Minas”. Para os industriais, o pré-candidato tucano também destacou a necessidade de se agregar valor às exportações de commodities, principalmente o minério de ferro.

Em sintonia com uma reivindicação antiga de Aécio, cobrou a revisão das alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), espécie de royalties que as mineradoras pagam aos municípios, Estado e União pelo direito de explorar as riquezas minerais. Para Serra, Minas recebe uma “ninharia” de royalties pela exploração mineral em suas terras.

Bússola. Ao entregar o documento elaborado pelos PSDB-MG, que enumera projetos e obras consideradas prioritárias no Estado para que constem da plataforma de governo do presidenciável, Aécio disse que ele deveria servir como uma “bússola”. Serra pediu que o ex-governador de Minas fizesse dedicatória no livreto. “Vou estudar esse documento azul e mais ainda: nos outros Estados eu vou dizer, porque vocês não fazem uma coisa igual a Minas”, ressaltou.

Coro. O PSDB de Minas contabilizou a presença de pelo menos 200 prefeitos mineiros no encontro com lideranças políticas, ponto alto da visita de Serra, a Belo Horizonte. Foi recepcionado de forma calorosa. Ao entrar no teatro do Sesiminas, acompanhado de Aécio e do candidato tucano ao governo do Estado, o atual governador Antonio Anastasia, teve seu nome gritado pelo público, que lotou o teatro.

“Olê, olá, Serra, Serra”, cantou em coro parte da plateia. Militantes do PSDB, entoaram depois militantes vestidos com camisas do PPS. Com capacidade para 646 lugares, o auditório recebeu cerca de mil pessoas, segundo os organizadores. No lado de fora do teatro, pelo menos seis carros com placas oficiais de prefeituras do interior de Minas estavam estacionados. Militantes com bandeiras chegaram ao local em ônibus fretados.


Nenhum comentário: