O governador Antonio Anastasia recebeu, nesta quinta-feira (6), no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, participantes do I Simpósio Sul-Americano de Políticas sobre Drogas: Crack e Cenários Urbanos, realizado entre 6 e 8 de maio no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em Belo Horizonte. Durante a reunião, o governador destacou a importância da parceria entre o poder público e sociedade civil organizada na política de combate às drogas.
“O senso comum e a nossa responsabilidade nos demonstram de modo muito cabal que estamos diante, talvez, do maior problema da sociedade desse século. Acho que precisamos ter uma parceria efetiva, porque não será Governo sozinho, nem o federal, nem os estados, nem os municípios, que vão conseguir resolver e superar esse drama. Nosso objetivo é sempre aprender, de maneira recíproca, com todas as instituições que participam e compartilham esse nosso esforço”, afirmou.
Anastasia ressaltou a política desenvolvida pelo Governo Aécio Neves, desde 2003, para o enfrentamento do problema das drogas. Minas foi o primeiro Estado brasileiro a reconhecer a necessidade e urgência em adotar uma postura de enfrentamento e ao mesmo tempo de atenção nas questões relacionadas ao uso e abuso de álcool e outras drogas. É o primeiro Estado a ter uma estrutura orgânica e uma política pública específica para esse tema.
Em 2003, o Estado criou a Subsecretaria de Políticas Antidrogas, atualmente vinculada à Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (Seej), com o objetivo de estruturar, coordenar as atividades de prevenção, recuperação e reinserção social dos dependentes químicos. A política antidrogas do Governo de Minas tem sido reconhecida por organismos internacionais.
Cooperação internacional
Representante das Nações Unidas para assuntos sobre drogas e crime no Brasil e Cone Sul, Bo Mathiassen, ressaltou as ações desenvolvidas em Minas. Ele acredita que a cooperação internacional é fundamental para combater efetivamente o crime organizado. Para Bo Mathiassen, o Simpósio Sul-americano de Políticas sobre Drogas contribuirá para estimular a criação de soluções mais efetivas.
“Minas está liderando um processo de articulação e solução para o problema das drogas, não só no Estado, mas também no país e na região, porque temos que lembrar de uma coisa: as drogas não é apenas um problema no Brasil, é um problema na região. A cocaína e o crack que se consomem aqui saem de países vizinhos. Por isso, é preciso buscar também soluções junto aos países produtores da cocaína”, disse.
O subsecretário de Políticas Antidrogas, Cloves Benevides, ressaltou que o simpósio realizado pelo Governo de Minas, contribuirá para o alinhamento das políticas estaduais de combate às drogas.
“As ações de Minas estão muito bem estruturadas, estão no caminho que julgamos corretas. Hoje, realizamos um simpósio, convidamos outros estados, vários especialistas e vamos discutir a possibilidade do realinhamento das políticas de drogas em um contexto do cenário nacional. Todos, de maneira concreta, dizem que o Brasil tem que repensar suas políticas de drogas e uma estruturação dessas políticas parte do diálogo entre essas pessoas, que, na comunidade científica, ou na ação da gestão, conseguem visualizar aqueles que podem ser os bons caminhos para as políticas públicas”, explicou.
Participaram do encontro com o governador o representante das Nações Unidas sobre Drogas e crime para o Brasil e Cone Sul, Bo Mathiassen; Carlos Oviedo Albernaz, da Unicri – Nações Unidas Interregional Crime and Justice Research Institute; os secretários de Estado de Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Gazzola, de Esportes e da Juventude, Alberto Rodrigues e de Relações Institucionais, Maria Coelli Simões Pires.
Combate às drogas
Minas Gerais vem desenvolvendo, ao longo dos últimos sete anos, diversos programas voltados ao combate às drogas, acolhimento aos usuários e à conscientização. O Centro de Acolhimento SOS Drogas é um exemplo e tem como um dos principais objetivos a orientação gratuita a educadores, familiares e usuários de álcool e outras drogas e, quando necessário, o encaminhamento para tratamento em instituições especializadas ou grupos de mútua ajuda.
O Governo de Minas disponibiliza aos dependentes de álcool, tabaco e outras substâncias uma Rede de Atenção composta grupos de ajuda, de acolhimento, de tratamento psicológico, psiquiátricos, entre outros. Há também a Rede Complementar de Suporte Social na Atenção ao Dependente Químico, desenvolvida pelas Secretarias de Estado de Saúde, de Defesa Social, Desenvolvimento Social e Subsecretaria de Políticas Antidrogas para estabelecer rede de cooperação com entidades e grupos da sociedade civil que desenvolvam projetos nas áreas de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários de dependentes de álcool e outras drogas.
Além destes programas, existem também ações comunitárias preventivas, de tratamento e reinserção social e o programa de controle de homicídios entre jovens – o Fica Vivo!. O Governo de Minas, também em parceria com aPolícia Militar, desenvolve o Juventude e Polícia, que tem contribuído na redução dos conflitos e melhoria do ambiente social em comunidades e o Programa de Resistências às Drogas e à Violência (Proerd), que atende de crianças, adolescentes e pais em escolas públicas e particulares.
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