Aécio e Anastasia vão às ruas
Otimismo. Senador e governador dizem não crer nas pesquisas e acham que Serra chega à Presidência
Lideranças mineiras fazem carreata para incentivar eleitores da Grande BH
O senador eleito Aécio Neves e o governador reeleito Antonio Anastasia participaram ontem de uma grande mobilização na região metropolitana de Belo Horizonte em apoio ao candidato José Serra (PSDB). Ao lado dos deputados federais Eduardo Azeredo e Dinis Pinheiro, e do deputado estadual Toninho Pinheiro, ressaltaram a importância da vitória de Serra para Minas.
De acordo com Aécio, o eleitor não deve votar seguindo as pesquisas, pois as mesmas mostraram erros anteriores. “Se fosse para ir no resultado das pesquisas, a candidata do PT estaria eleita no primeiro turno. Tenho observado pelos locais que passo que grande parte da população apoia Serra. As pesquisas nessas eleições erraram muito, acho que até os institutos de pesquisa fora do calor eleitoral devem algumas explicações aos brasileiros. Então, é hora de preocuparmos mais com nosso trabalho, com a apresentação das nossas propostas, do que com análise de institutos de pesquisa”, avalia o senador eleito.
Ainda segundo o tucano, a vitória do PSDB é fundamental para Minas Gerais. “Temos uma grande oportunidade para o Brasil e para Minas Gerais de ter o José Serra presidente da República. O Serra tem compromissos claros com o governador Anastasia e haverá uma sintonia entre ambos”, explica.
O senador acredita ainda que o eleitor esteja votando de forma madura e analisando os candidatos pela sua capacidade e não somente pelo partido que representa. “Acho que era importante encerrar esse ciclo e iniciarmos um outro, onde os governos sejam constituídos pela meritocracia, pela qualidade dos gestores, pelo conhecimento de cada uma das áreas de governo e não apenas pela filiação partidária”, opina.
O governador Antonio Anastasia também está otimista com relação ao resultado das eleições e reafirma a necessidade de apoio federal para o fortalecimento de Minas Gerais. “Vencemos a eleição do governo do Estado com grande aprovação e, além de agradecer a confiança dos mineiros, quero pedir para que os eleitores votem em José Serra. Tenho certeza de que essa é a decisão certa e a que mais favorecerá não só Minas Gerais, mas todo o país”, disse.
Na reta final da campanha, Aécio e Anastasia têm intensificado as ações de apoio a Serra. Os dois estarão hoje em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e Montes Claros, no Norte de Minas, em carreatas de apoio ao candidato tucano.
Maratona
Minas. O candidato tucano à Presidência, José Serra vem hoje a Minas e visita Montes Claros, no Norte do Estado, e Uberlândia, no Triãngulo. Volta a Minas, no dia 30, para encerrar a campanha nacional.
Minas. O candidato tucano à Presidência, José Serra vem hoje a Minas e visita Montes Claros, no Norte do Estado, e Uberlândia, no Triãngulo. Volta a Minas, no dia 30, para encerrar a campanha nacional.
Internacional
“Financial” prefere tucano
São Paulo. Depois da revista “The Economist”, ontem foi a vez de o “Financial Times” declarar em editorial que o presidenciável do PSDB, José Serra, “é a melhor opção para o Brasil”. As duas publicações britânicas mostram apoio à alternância no poder, após oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ver poucas diferenças entre o tucano e a petista Dilma Rousseff, o FT argumenta a favor de uma interrupção da “relação com o poder”. Em artigo da última edição, a “The Economist” também diz que, depois de dois mandatos do PT, “o Brasil poderia se beneficiar de uma mudança”.
“Financial” prefere tucano
São Paulo. Depois da revista “The Economist”, ontem foi a vez de o “Financial Times” declarar em editorial que o presidenciável do PSDB, José Serra, “é a melhor opção para o Brasil”. As duas publicações britânicas mostram apoio à alternância no poder, após oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ver poucas diferenças entre o tucano e a petista Dilma Rousseff, o FT argumenta a favor de uma interrupção da “relação com o poder”. Em artigo da última edição, a “The Economist” também diz que, depois de dois mandatos do PT, “o Brasil poderia se beneficiar de uma mudança”.
As duas publicações britânicas fazem avaliação similar dos candidatos. Ambas acreditam que Dilma e Serra guardam semelhanças pelo fato de serem social-democratas com pouco charme. “Os dois têm sido comparados a Gordon Brown, só que sem carisma”, escreve o FT, referindo-se ao ex-primeiro-ministro britânico. A Economist e o FT dizem que Serra agiria rápido para conter os gastos públicos, o que permitiria a redução das taxas de juros .
Candidato diz que PT pressionou SBT
Debate. O candidato José Serra (PSDB), criticou a rival Dilma Rousseff (PT) por não ter comparecido ao debate que seria realizado pelo SBT Nordeste.
Debate. O candidato José Serra (PSDB), criticou a rival Dilma Rousseff (PT) por não ter comparecido ao debate que seria realizado pelo SBT Nordeste.
Pressão. Serra acusou a campanha petista de ter pressionado a emissora SBT para não fazer uma entrevista exclusiva com o tucano.
Críticas
“O nosso eleitor está com medo do PT, ele está escondido e oprimido. Afinal, não se pode votar contra o PT, né?”
Nárcio Rodrigues
Presidente do PSDB-MG
“O nosso eleitor está com medo do PT, ele está escondido e oprimido. Afinal, não se pode votar contra o PT, né?”
Nárcio Rodrigues
Presidente do PSDB-MG
“Os institutos devem algumas explicações aos brasileiros”.
“Se dependesse do Datafolha, não teríamos vencido a eleição em Minas Gerais”.
Aécio Neves, Senador eleito
Aécio Neves, Senador eleito
Serra
“Lula passou dos limites”
RECIFE. O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, criticou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição e disse que neste segundo turno ele “passou dos limites”. Reiterou que Lula deixou de governar e “ficou todo jogado para eleger Dilma”, como se fosse uma questão de poder pessoal. Destacou que ninguém consegue governar de fora e que se a petista for eleita, “vai ficar tudo na mão dela”. “Não há no mundo nem na história do Brasil um exemplo desse tipo que tenha funcionado, um presidente largar o governo para eleger o sucessor e ficar governando na sombra”.
“Lula passou dos limites”
RECIFE. O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, criticou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição e disse que neste segundo turno ele “passou dos limites”. Reiterou que Lula deixou de governar e “ficou todo jogado para eleger Dilma”, como se fosse uma questão de poder pessoal. Destacou que ninguém consegue governar de fora e que se a petista for eleita, “vai ficar tudo na mão dela”. “Não há no mundo nem na história do Brasil um exemplo desse tipo que tenha funcionado, um presidente largar o governo para eleger o sucessor e ficar governando na sombra”.
O tucano voltou a acusar o PT de fazer uma campanha baseada em mentiras contra ele e afirmou que Lula não diz a verdade ao afirmar que Serra não dará continuidade ao que o presidente fez no governo federal. Para Serra, a fala do presidente tem “motivos puramente eleitorais”, dentro “dessa cisma que tem que ganhar de qualquer maneira”. “Ele sabe que vou continuar”, disse. O tucano afirmou não serem promessas de campanha, mas “anúncio”, o aumento do mínimo para R$ 600 e o 13º salário do Bolsa Família.
Institutos
Números. José Serra também falou de pesquisas ontem. Disse que acredita em empate técnico e criticou a atuação dos institutos. “Pesquisa é furada e isso no futuro vai ter de ser examinado”.
Números. José Serra também falou de pesquisas ontem. Disse que acredita em empate técnico e criticou a atuação dos institutos. “Pesquisa é furada e isso no futuro vai ter de ser examinado”.
Fonte: O Tempo – Letícia Murta
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