O governador Aécio Neves participou, nesta segunda-feira (22), da inauguração do Museu das Minas e do Metal EBX, mais um espaço a integrar o Circuito Cultural Praça da Liberdade. Implantado em parceria com a EBX Investimentos, o museu está instalado no antigo prédio da Secretaria de Educação, uma das mais ricas edificações do início da construção de Belo Horizonte. Quando concluído, o Circuito Cultural se tornará o maior complexo de arte e cultura do país, com museus, teatro, planetário e espaços interativos que ocupam os prédios que antes abrigavam as secretarias de Estado na Praça da Liberdade.
“Hoje, portanto, é mais um compromisso assumido, mais um passo do nosso Circuito da Liberdade, no qual no começo, infelizmente, muitos não acreditavam e muitos colocaram obstáculos. Mas hoje essa praça é absolutamente de todos pela sua grandiosidade, pelo que ela representa”, disse Aécio Neves, que esteve acompanhado do diretor-presidente da EBX, Eike Batista, do ex-ministro Eliezer Batista e do príncipe Dom João de Orleans e Bragança, representando a família real portuguesa.
Além do Museu das Minas e do Metal EBX e do Espaço TIM UFMG do Conhecimento, inaugurado nesse domingo (21), o Circuito Cultural Praça da Liberdade é formado ainda pelo Memorial Minas Gerais Vale, o Centro de Arte Popular Cemig e o Centro Cultural Banco do Brasil. Ainda fazem parte do circuito, o Museu Mineiro, Arquivo Público Mineiro e a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, revitalizados nos últimos anos e já abertos à visitação pública.
Gratidão a Minas
Em seu pronunciamento, o diretor-presidente da EBX, Eike Batista, disse que a parceria de sua empresa com o Governo do Estado na construção do Museu das Minas e Metais é uma forma de demonstrar toda a sua gratidão por Minas Gerais, seu estado natal.
“Fizemos uma Parceria Público-Privada com o Governo de Minas e nasceu esse lindo museu. Devemos muito à visão do governador Aécio Neves, que fez dessa praça um espaço de eventos públicos. Sou mineiro e me orgulho muito disso. Esse museu é uma maneira de retribuir ao Estado de Minas Gerais tudo que ele me deu. E é uma forma de retribuir pela educação. Educação é a base em que me formei. É o que sou hoje”, disse.
Dedicado à história do processo de desenvolvimento econômico, social e cultural de Minas, o museu abriga importante acervo sobre mineração e metalurgia, documentando duas das principais atividades econômicas de Minas.
Além de colocar a mineração e a metalurgia em perspectiva histórica, o novo museu desvenda o papel do metal na vida humana, ilustrando sua diversidade, características, processos produtivos e sua inserção no imaginário coletivo.
Depois de passar por um minucioso processo de restauração, o prédio ocupado pelo museu foi readequado com projeto arquitetônico de Paulo Mendes da Rocha e projeto museográfico do designer e museógrafo Marcello Dantas.
“Aqui estamos contando a história de onde viemos, que nos permitiu chegar até aqui. É algo interativo. Eu não vi todas as salas ainda, mas é algo que vai surpreender a muitos. Aqui está a concepção mais moderna de museu que existe no mundo. O Marcelo, o próprio arquiteto Paulo Mendes da Rocha, andaram pelo mundo, visitaram os museus nesse campo de minas e metalurgia, de minerais, os mais avançados, os mais modernos e nós temos aqui o mais moderno deles”, afirmou Aécio Neves.
O museu utiliza da tecnologia de ponta para mostrar o universo das rochas, os processos de transformação dos minérios e a importância do metal na vida humana e no desenvolvimento da industrialização. É composto de 18 salas de exposição e cerca de 50 atrações em 3D e 2D. Em ambientes virtuais com imagens cenográficas e efeitos holográficos, os visitantes podem interagir com os espaços criados para permitir intensa vivência pelo mundo dos minérios e metais.
Museu das Minas
Logo no início do Museu das Minas, chama atenção a sala “Chão de Estrelas”, uma espécie de planetário invertido, com lunetas e telescópios apontados para o chão. Abaixo do piso, o visitante descobre, sob seus pés, minérios, minerais e gemas que podem ter todos os detalhes observados através dos equipamentos.
A sala “Inventário Mineral” apresenta o rico acervo do Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães com amostras acomodadas em gavetas. Ao abri-las, o visitante descobre em vídeos e textos explicativos informações e curiosidades sobre cada uma das peças. Na “Sala Miragem”, amostras de destaque do acervo flutuam graças a um jogo de espelhos côncavos. Os objetos estão ao alcance das mãos, mas os visitantes não conseguem tocá-los.
A “Sala Meio Ambiente” mostra a partir de uma mina próxima a Belo Horizonte, o ciclo de vida da exploração mineral e os seus impactos. Também apresenta na atração “Livro das Leis”, os direitos e os deveres da mineração.
Museu do Metal
No Museu do Metal, o visitante pode conhecer a história dos elementos químicos na sala “Tabela Periódica”. De forma lúdica, tubos metálicos emitem sons ao serem tocados e projetam no chão o símbolo químico correspondente. Na sala das “Janelas para o Mundo”, um corredor de imagens ilustra o emprego dos metais e sua evolução no cotidiano.
A sala “Ligas e Compostos” mostra como a combinação dos metais e suas respectivas porcentagens criam ligas com características diferentes e coerentes com o uso do metal na vida humana e na indústria.
Uma das grandes atrações do museu está na sala “Língua Afiada”, onde uma grande escultura em metal semelhante a uma língua imponente enfatiza algumas das principais qualidades do metal: maleabilidade e brilho.
Na estação “Adorno do Corpo”, há uma coleção de jóias representativas de diversos períodos, dos antigos egípcios, passando pelos incas, maias, astecas, até o piercing. Graças a um jogo de espelhos, o público experimenta virtualmente as jóias mais preciosas de todas as culturas. A curadoria educativa do museu é da psicóloga Adriana Teixeira da Costa. O programa educativo é uma ferramenta de desenvolvimento de conteúdo para os educadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário