30 de junho de 2010

Não à MENTIRA! Choque de Gestão


Choque de Gestão

A campanha eleitoral vem se aproximando e, com ela, estão de volta velhas estratégias políticas cuja primeira vítima é a verdade. Como mentira não pode ficar sem resposta, veja aqui os fatos sobre o Choque de Gestão que se contrapõem às críticas descabidas de Hélio Costa

A mentira

No dia 10/05, em reunião na sede do seu partido, o senador Hélio Costa resolveu atacar a gestão de Aécio Neves e Antonio Anastasia. Depois de elencar números sobre arrecadação e dívida pública, soltou a seguinte frase: “Aí, sim, você mostra os números maquiados do ‘choque de gestão’”.

A verdade

O sucesso do Choque de Gestão é confirmado pelo Tesouro Nacional, que acompanha as contas dos Estados e é entidade perfeitamente abalizada para emitir um parecer correto sobre a questão. E não para por aí. O Choque de Gestão é aprovado e elogiado por autoridades mundiais em economia, que o consideram um modelo a ser seguido por governos de todos os níveis. Veja o que eles dizem:

Vinod Thomas (Diretor do Banco Mundial, novembro de 2004)

“Quero enfatizar que ir de um déficit de R$ 2,4 bilhões para uma situação de equilíbrio de contas é um dos melhores resultados já conseguidos por um Estado ou mesmo um país em todo o mundo. Mas o ajuste mineiro vai além. É que um ajuste fiscal, por si só, não é suficiente para melhorar a qualidade de vida da população. Em Minas Gerais, no entanto, ele veio acompanhado por investimentos que vão melhorar a qualidade de vida, pois foram priorizados a infraestrutura, a cultura e o meio ambiente. Além disso, o Estado ainda conseguiu acrescentar um ano a mais na grade curricular do ensino básico. Trata-se de um ajuste com crescimento. Pelo seu enfoque social, este é um bom exemplo de ajuste para outros países e Estados. Por isso, estamos apoiando o governo de Minas, com o qual o Banco Mundial se relaciona desde 1952. Já retomamos as negociações, que estão bem avançadas, para um empréstimo de US$ 170 milhões. Esse empréstimo, dentro do programa parceria para o desenvolvimento, apoia todos os aspectos que mencionei e vai permitir a consolidação dos avanços conseguidos.”

John Briscoe (Diretor do Banco Mundial, trecho extraído de artigo publicado na Gazeta Mercantil, em 26/08/2008)

“Minas Gerais é hoje uma referência no país por trazer para o centro do debate político o tema da gestão pública associada à qualidade fiscal, à inovação na administração pública e ao uso de instrumentos de monitoramento e avaliação de impacto. No entanto, há seis anos, o cenário era adverso. Em 2002, Minas Gerais era um dos sete Estados brasileiros que não havia respeitado os indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e possuía uma dívida consolidada e um gasto com pessoal que consumiam, respectivamente, 275% e 66% da receita corrente líquida do Estado. Eleito naquele ano, o governador Aécio Neves firmou o propósito de colocar o Estado de volta no caminho do crescimento e da sustentabilidade por meio do plano mineiro de desenvolvimento integrado, ou simplesmente programa Choque de Gestão.”

“Chamado a participar da primeira geração do Choque de Gestão, o Banco Mundial atendeu ao pedido do governo mineiro com um empréstimo para políticas de desenvolvimento de US$ 170 milhões, que visava apoiar a estabilidade fiscal, a reforma do setor público e o aprimoramento do setor privado. Iniciava-se aí uma parceria resoluta entre Minas Gerais e o Banco Mundial. Os resultados da primeira fase de reformas foram cruciais para levar adiante a economia mineira, atraindo investimentos privados, melhorando a qualidade dos serviços públicos prestados à população e criando um ambiente político estável, que resultou na reeleição de Aécio Neves.”

“Melhorar a qualidade dos gastos públicos é um dos principais desafios da política de desenvolvimento do Brasil. A experiência de Minas de como lidar com os fundamentos e entraves do setor público soma-se ao muito que vem sendo feito pelo governo federal em termos do fortalecimento do enquadramento fiscal e macroeconômico nacional. São importantes exemplos práticos para esforços similares em outros Estados e mesmo países, independentemente de matizes partidários e ideológicos.”

Francisco Gaetani (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, extraído do livro “O Choque de Gestão em Minas Gerais”, Editora UFMG, 2006)

“Quando o Choque de Gestão foi anunciado pelo governador no início de seu mandato, não foram poucos aqueles que reconheceram a força da retórica, mas que duvidavam da efetiva transformação da temática em prioridade de governo. Afinal de contas, gestão não se transforma apenas com choques, mas com ação contínua, com senso de propósito e com alto grau de coordenação e seletividade. Sabia-se também que, em função da situação das finanças públicas estaduais, o governo teria pela frente uma gigantesca tarefa saneadora.”

“Transcorridos menos de quatro anos de governo, o cenário mineiro de 2006 é promissor como há muito tempo não se via. Liderado por uma equipe jovem, talentosa e capaz de articular significativa experiência executiva, sólida formação acadêmica e grande sensibilidade política, o governo estadual apresenta resultados expressivos em quase todas as áreas de atuação.”

“O Choque de Gestão em Minas Gerais é um vibrante registro do processo de reformas em curso e revela o esforço do governo apoiado por lideranças políticas, dirigentes governamentais, quadros do Estado, consultores e lideranças empreendedoras – que não é objeto de atenção da mídia, e representa importante contribuição para a contínua modernização do setor público, de modo que tenhamos cada vez mais um Estado melhor, capaz de servir à sociedade de forma mais eficiente, efetiva e transparente.”


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Ex servidor da antiga Febem escreve sobre o Plug Minas, criado no Governo Aécio Neves

O sonho do Plug Minas
Todos os que escolhem a medicina sonham em curar as dores e doenças do mundo. Acho até essencial para o sucesso na profissão, mas há nisso certa ingenuidade. Aprendi ao visitar a Febem pela primeira vez.

Como médico, estava feliz por ser parte do processo que deveria transformar crianças e jovens abandonados em brasileiros saudáveis, autores de sua própria história. Depois de minha primeira visita, chorei sentado no carro. Percebi que era preciso curar dores e doenças não apenas dos jovens, mas de dirigentes, autoridades, famílias, políticos, legisladores e da sociedade… Era preciso fazer tudo porque faltava o básico; tinha que ser pai, mãe, irmão e amigo antes de ser médico. Os diretores e funcionários envolvidos no trabalho sabiam disso e faziam o que podiam.

Nos anos que me dediquei à Febem levantamos fundos, fazendo aquilo que a classe política não fazia porque não queria se envolver. Tínhamos que assumir os problemas e resolvê-los porque tudo fica diferente quando não são “menores”, mas crianças e jovens abandonados e com um futuro que dependia do nosso envolvimento. Assim, fazíamos rifas, jantares, leilões, almoços e tentávamos aliviar as dores e doenças causadas pelo abandono da família e da sociedade.

Por tudo isso fiquei emocionado ao conhecer uma iniciativa que prova que Minas está mais saudável, mais atenta e mais preocupada com a sua juventude. O espaço antes ocupado pela Febem, no bairro Horto, em Belo Horizonte, foi transformado em um centro de formação onde os jovens estudantes entram em contato com diversas linguagens artísticas e educacionais.

O Centro de Formação e Experimentação Digital (Plug Minas) representa muito do que na Febem considerávamos um bom caminho: uma resposta moderna do governo às questões da juventude como um todo e não apenas ao jovem abandonado. Vejo o Plug Minas como um processo de cura em que a sociedade e os dirigentes aceitam a responsabilidade de contribuir para diminuir as dores e doenças do mundo. Nesse sentido, o Plug Minas mostra uma visão acertada de que o remédio não é a separação, mas a integração, oferecendo aos jovens as mais modernas ferramentas digitais de integração e um saudável convívio no centro.

A solução não está no muro, na cela ou no portão trancado, mas na conexão e na participação. Minas entendeu que a cura está na soma e não na subtração. Acredito que todos nós que passamos pela Febem na organização e mesmo os internos sempre soubemos que não podíamos deixar de sonhar. Com a extinção da Febem, tornou-se até mais vital não deixar de sonhar. E ainda bem que Minas continua sonhando.

A iniciativa do Plug Minas mostra como os sonhos se transformam em projeto e como um projeto pode virar realidade. Mostra, sobretudo, como essa realidade pode oferecer caminhos para que os jovens possam sonhar, ter projetos e mudar a própria realidade.


PR de Minas confirma apoio a Antonio Anastasia e Aécio Neves


PR de Minas registra nova ata e se coliga com Anastasia

Depois de longo embate, a bancada federal do PR venceu a direção estadual do PR, comandada por Clésio Andrade. A legenda se coligará na majoritária e na proporcional com Antônio Anastasia (PSDB). Numa solução híbrida do impasse, apesar da coligação majoritária que dará o minuto da legenda de propaganda ao PSDB, a Executiva Nacional liberou os dissidentes para apoiarem Hélio Costa (PMDB).

Clésio Andrade fará o anúncio hoje. O grupo de Valdemar da Costa Neto, majoritário na Executiva Nacional, derrotou o presidente Alfredo Campos e anulou as duas atas que saíram da tumultuada convenção de domingo. Na convenção de domingo, houve fraude – 26 votos em urna contra 22 convencionais – e boletim de ocorrência policial. Uma nova ata foi elaborada por intervenção da Executiva Nacional e será registrada hoje, pela manhã, em um cartório em Brasília.

A reunião foi tensa e as negociações delicadas chegaram à porta do Palácio do Planalto com a participação do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. A bancada federal colocou na mesa a disposição de apoiar Dilma Rousseff (PT), mas deixou claro que se não aderisse ao chapão tucano – PSDB, DEM, PP e PRB – não conseguiria reeleger os sete parlamentares. Em qualquer outra chapa, na avaliação dos federais, o máximo que conseguiriam seriam três cadeiras.

A nova ata será encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A intervenção da Executiva Nacional atendeu à bancada federal, que reiterou a coligação com a chapa majoritária e proporcional de Antônio Anastasia. Assim o PR integrará o chapão já fechado com o PSDB, o DEM, o PP e o PRB. Mas liberará os seus filiados a apoiarem quem quiser no estado.


Fonte: Blog da Berth – Estado de Minas

Aécio e seus 4 mandatos em defesa de Minas Gerais


Aécio Neves representou Minas Gerais no parlamento brasileiro por 16 anos.

Em seus quatro mandatos na Câmara dos Deputados, destacou-se pela sua capacidade de liderança e de articulação política.

Como deputado federal, Aécio sempre defendeu a transparência da atividade parlamentar.

Deputado Federal – Primeiro Mandato – 1986

Aécio se candidatou pela primeira vez a um cargo público em 1986. Durante a campanha, em Minas Gerais, seus comícios atraíam, de forma especial, a juventude, que buscava novas alternativas após o fim da ditadura militar. Em novembro daquele ano, Aécio foi eleito deputado federal pelo PMDB, com 236.019 votos. Foi a maior votação já recebida, até então, no Estado.

Assembléia Nacional Constituinte

Aécio durante sessão da Assembléia Nacional Constituinte, com Ulisses Guimarães, Mário Covas e na assinatura da nova Constituição.

Em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, Aécio participou da instalação da Assembléia Nacional Constituinte. Ele contribuiu ativamente com a formulação da nova Constituição. Ao longo das discussões, Aécio apresentou 46 propostas de emendas, entre as quais se destaca a que instituiu o direito ao voto para os jovens entre 16 e 18 anos.

Aécio apresentou emenda propondo o voto aos 16 anos.Foi também vice-presidente da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher. Integrou a Subcomissão da Nacionalidade, da Soberania e das Relações Internacionais e a Comissão de Sistematização, responsável por avaliar, alterar e apresentar os projetos finais do documento. A nova Constituição Brasileira foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988.

Deputado Federal – Segundo e Terceiro Mandato – 1990 – 1994Em março de 1989, Aécio filiou-se ao PSDB. Reeleito deputado federal em 1990, votou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor. Em 1992, teve sua única derrota nas urnas, na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte.

Aécio é eleito presidente do PSDB mineiro.Em 1994, Aécio foi eleito deputado federal pela terceira vez consecutiva, com mais de 105 mil votos. Atuou como terceiro-secretário da Câmara, seu primeiro cargo na Mesa Diretora e logo foi eleito presidente do PSDB mineiro. Na época, viajou muito por Minas Gerais, revigorando as bases municipais do PSDB no Estado, discutindo projetos e conquistando novos apoios políticos.

Na Câmara dos Deputados, Aécio foi relator de algumas matérias importantes ao longo dos anos, como a que transformou a falsificação de medicamentos em crime hediondo e a que permitiu que o Ministério da Saúde intervisse em clínicas e hospitais, suspeitos de irregularidades, que recebiam recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Líder do PSDBEm 1997, Aécio foi eleito líder do PSDB na Câmara e se destacou pela capacidade de articulação política. Isso fez com que ele fosse reeleito em 1998, 1999 e 2000 – fato inédito na história do partido.

Deputado Federal – Quarto Mandato – 1998 – Presidência da CâmaraNas eleições de 1998, Aécio foi o deputado federal do PSDB mais votado do país. Em fevereiro de 2001, com o apoio fundamental do governador Mário Covas, ele foi eleito presidente da Câmara dos Deputados.

Quando assumiu a presidência da Casa, a imagem da instituição estava deteriorada. A maioria das matérias aprovadas na Câmara era de autoria do Poder Executivo; a imunidade parlamentar possibilitava que indivíduos eleitos utilizassem seus mandatos para acobertar crimes cometidos; a sociedade pouco se envolvia com a discussão sobre projetos que tramitavam no Congresso.

Aécio é eleito presidente da Câmara e tem atuação de destaque à frente da Casa.

Logo no início de seu mandato, Aécio Neves pôs em votação e defendeu a aprovação do projeto que restringia a edição de medidas provisórias pelo Poder Executivo. Antes mesmo da tramitação da proposta, garantiu prioridade para os projetos elaborados pelo Legislativo.

Em seguida, avaliou a situação administrativa da Casa e realizou cortes com despesas supérfulas, suspendeu obras desnecessárias e processos de licitação, solicitou a revisão de contratos e implantou medidas de sustentabilidade – como a implantação de um programa de reciclagem de lixo e a redução de 42% do consumo energético.

Renovando todo o modelo de gestão interna, Aécio Neves criou um sistema pioneiro de pregão eletrônico para compras e contratos da Casa, que agilizou processos e desburocratizou serviços. Com tudo isso, ao fim do primeiro ano do mandato, o presidente da Câmara dos Deputados pode anunciar a devolução, ao Tesouro Nacional, de 51 milhões de reais, que foram economizados do orçamento interno.Pacote Ético acaba com a imunidade parlamentar para crimes comuns.A gestão de Aécio Neves foi também fundamental para revitalizar a imagem da instituição e promover a participação da população no parlamento. Em sua gestão como presidente da Casa, foi concebido e aprovado o “Pacote Ético”, que, entre várias medidas, pôs fim à imunidade parlamentar para crimes comuns e criou o “Conselho de Ética da Câmara” e o “Código de Ética e Decoro Parlamentar”.

A sociedade tornou-se mais participativa na Câmara Federal com a criação da “Ouvidoria Parlamentar”, responsável por encaminhar ao Tribunal de Contas da União, à Polícia Federal ou ao Ministério Público denúncias de irregularidades apontadas pela população. Também foi instaurada a “Comissão Permanente de Legislação Participativa”, para permitir a apresentação de propostas de entidades civis para formulação de projetos que pudessem tramitar na Câmara.

Artigos

Aécio analisa transformações na Câmara dos DeputadosNa presidência da Casa, Aécio Neves também determinou a criação do portal eletrônico da instituição e conduziu a votação de projetos importantíssimos, como a reformulação do Código Civil Brasileiro, proposta que tramitava há muitos anos no Congresso.

Presidente InterinoPor ser o segundo na hierarquia de sucessão presidencial, Aécio assumiu interinamente a Presidência da República em junho de 2001, durante uma viagem do presidente Fernando Henrique Cardoso e seu vice, Marco Maciel.

Como interino, fiel a seu compromisso com Minas Gerais, Aécio incluiu 23 municípios do Vale do Mucuri na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene).

Essa ação foi tomada com a intenção de impulsionar o crescimento de uma das regiões menos desenvolvidas do estado. Na presidência, ele também aprovou a medida que permitia a instalação de indústrias voltadas para a exportação em aeroportos internacionais.O reconhecimentoAécio é eleito o político mais influente do Congresso.O trabalho de Aécio na Presidência da Câmara dos Deputados foi reconhecido pelos seus próprios colegas de Parlamento. Em 2001 e 2002, ele foi eleito o político mais influente do Congresso, de acordo com a pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Depois de 16 anos de intensa atividade parlamentar, Aécio renunciou, em dezembro de 2002, para assumir o governo de Minas Gerais e iniciar uma nova fase em sua história.


29 de junho de 2010

Modelo do choque de gestão implementado por Aécio e Anastasia já é referência para o setor público no Brasil


O espaço para o ajuste

A faixa onde o Estado pode atuar no controle de pessoal é bem mais limitada do que parece.

O choque de gestão mineiro deve continuar a ser aplicado e inspirar experiências similares no restante do país

Desde 1999, os Estados brasileiros vêm sendo forçados a pagar parcelas inéditas do serviço de suas dívidas e a responder, assim, por quinhão relevante do esforço de ajuste fiscal do país. Contudo, aproveitando a desculpa dos impactos da crise de 2008 e a necessidade de injetar demanda na economia, a União reduziu o esforço fiscal global e vem se beneficiando sozinha disso. Dentro da apertada camisa de força a que estão submetidos, estados e municípios continuam a gerar os superávits elevados de sempre. Que “camisa” é essa, e o que têm feito os estados?

Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o gasto com pessoal dos poderes executivos estaduais não pode ultrapassar 46,55% das receitas (“limite prudencial”); novas renegociações de dívidas estão proibidas; e gastos de fim de mandato não podem mais ser transferidos para as novas administrações.

Além disso, os Estados são obrigados a gastar pelo menos 25% de suas receitas em educação e 12% em saúde. Após a última renegociação, o pagamento de serviço de dívida à União é no mínimo de 13% dos ingressos. Considerando todas essas limitações e evitando duplas contagens, sobra pouco dinheiro das receitas convencionais para destinar a investimentos, programas de áreas desprotegidas por receitas “vinculadas” e para o chamado custeio geral.

Em consequência, deu-se uma forte redução dos investimentos estaduais logo em seguida à assinatura dos últimos contratos de renegociação. Reconhecendo um grau mínimo de autonomia federativa, a União deixou, contudo, margem para recuperação dos investimentos por alguns caminhos (ainda que essas rotas tendam a se esgotar). No caso dos três Estados de maior dimensão, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que se encontravam estrangulados financeiramente à época da renegociação, as principais saídas seriam: 1) aumento de receita acima de uma projeção inicial, o que permite, inclusive, maior endividamento, pois reduz a razão dívida/receita projetada originalmente nos contratos de renegociação; e 2) venda de ativos.

É óbvio que os Estados podem sempre obter mais recursos mediante a contenção do gasto de pessoal, mas é compreensível que isso seja difícil de implementar além de certo ponto. Dados os limites previstos na LRF, haverá sempre forte pressão dos sindicatos de servidores, que no Brasil entram em greve sem qualquer restrição, para obter maiores reajustes de salário, desde que os limites não sejam ultrapassados. (Ou seja, há o risco de os limites virarem piso e de, a partir daí, os gastos com pessoal crescerem sempre junto com a receita). Fora do controle do executivo estadual estão os gastos dos “poderes autônomos” – Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, que detêm autonomia financeira e administrativa constitucionais. Também há o problema do excesso de “vinculações” de receita, pois qualquer economia de gasto de pessoal nas áreas vinculadas acaba tendo de se traduzir em outro tipo de gasto da mesma área. Em resumo, a faixa em que o executivo estadual pode atuar no controle de pessoal é bem mais limitada do que pode parecer à primeira vista.

Sem ter participado da experiência recente de ajuste de qualquer desses Estados, vejo com agradável surpresa os expressivos resultados obtidos até o momento, especialmente em Minas Gerais. Entre 2002 e 2008, pelos balanços publicados no site do Tesouro Nacional (que param em 2008), Minas praticamente quintuplicou os investimentos, passando de R$ 775 milhões para R$ 3,740 bilhões, enquanto a inflação aumentava uma vez e meia. Adicionando as inversões financeiras, os gastos com retorno produtivo passaram de R$ 1,422 bilhão para R$ 5,168 bilhões anuais. Resultado chocante, diante das dificuldades acima apontadas. Simultaneamente, Minas realizava ajuste fiscal (aumento do superávit anual antes de pagar dívida) de R$ 3,4 bilhões, ou 10,8% das receitas, muito acima do realizado pelo conjunto dos Estados (6,7%).

Para obter isso, houve um formidável esforço de aumento de arrecadação (aumento nominal de 2,3 vezes), e razoável controle do gasto com pessoal, que subiu 1,8 vez, um pouco acima da inflação e bem abaixo da receita. Registre-se que o desempenho de Minas foi também significativamente superior ao do total estadual no tocante ao desempenho dos investimentos e das receitas, que, na média, apenas dobraram.

O choque de gestão mineiro contém, contudo, outros ingredientes que não se veem em muitos Estados, muito menos na União, e que têm levado à melhoria expressiva do desempenho nas áreas de educação, saúde, saneamento, segurança e transportes, entre outras, conforme pude constatar em estudos sobre o assunto. Segundo declaração de representante do Banco Mundial, “Minas Gerais é hoje uma referência no país por trazer para o centro do debate político o tema da gestão pública associada à qualidade fiscal, à inovação na administração pública e ao uso de instrumentos de monitoramento e avaliação de impacto”.

Seria ótimo que a população mineira tivesse elementos facilmente disponíveis para checar muitos dos resultados setoriais obtidos, em face das providências adotadas desde 2003. Destaco, aqui, alguns que se sobressaíram numa primeira análise. Ao tempo que se tentava o ajuste financeiro acima referido, houve recuo da mortalidade infantil em 17%, entre 2003 e 2008; redução da taxa de crimes violentos em 45,2%, entre 2003 e 2009; redução em 8% do número de acidentes em rodovias estaduais e federais delegadas, entre 2003 e 2008; ligação asfáltica a 100% dos municípios mineiros por rodovias de responsabilidade estadual, a se completar até o final de 2010; maior destinação de recursos a áreas de menor índice de desenvolvimento humano relativamente às demais; aumento de 160% da parcela da população urbana com tratamento adequado de resíduos; instituição de adicional de desempenho funcional dos servidores, calculado com base na avaliação de desempenho individual; e, finalmente, resgate de vários direitos dos servidores, como o pagamento em dia de salários e benefícios, além da criação de novos planos de carreira, entre outras medidas relevantes na área de pessoal.

Como os problemas do setor público brasileiro são gigantescos, e Minas não foge dessa regra, o choque de gestão local precisa continuar a ser aplicado com garra e disposição, e finalmente inspirar a adoção de experiências similares no país.

Raul Velloso é consultor econômico, especializado em análise macroeconômica e finanças públicas e PhD, Master of Philosophy e Master of Arts em economia pela Universidade de Yale.


Fonte: Raul Velloso – artigo publica no Valor Econômico

Candidaturas de Aécio e Anastasia estão mais fortalecidas após convenções da base aliada e ampliam tempo de TV


Vantagem tucana na TV

Eleições

Encerradas as convenções partidárias, horário eleitoral gratuito está praticamente definido em Minas. Aliança de 13 partidos garante ao governador Anastasia maior exposição na telinha

Faltam alguns acertos na escalação dos jogadores, mas, encerradas as convenções partidárias, estão definidos os times que entrarão em campo para a disputa pelo governo de Minas e o tempo de cada um na televisão. De um lado, jogadores que pertencem a um grupo de 13 partidos: PSDB, PPS, PSB, DEM, PRB, PP, PSC, PTdoB, PMN, PSL, PSDC, PDT e PTB. Juntos, eles garantem ao candidato à reeleição, Antonio Anastasia (PSDB), aproximadamente 60% do tempo total da propaganda eleitoral gratuita.

De outro, uma equipe formada por integrantes do PMDB, PT e PCdoB, que oficializarão a aliança amanhã, com a convenção conjunta de petistas e peemedebistas, dando a Hélio Costa 39% do tempo total. O PCdoB decidiu fazer parte do time no sábado. Na disputa aparece ainda o PV, que optou em jogar somente com atletas de seu próprio quadro.

O tempo de televisão do horário gratuito de propaganda eleitoral, que continua no centro das articulações para as coligações majoritárias, é também vedete das eleições. Ao todo, os candidatos a governador terão 36 minutos para a propaganda gratuita, nos dois blocos do horário eleitoral – de 18 minutos cada. Além disso, os concorrentes ao governo terão 6 minutos diários de inserções diárias (spots). A distribuição do tempo obedece à seguinte regra: dois terços segundo o peso das bancadas federais eleitas em 2006 -24 minutos – e um terço igualitariamente entre os candidatos -12 minutos.

Dentro dos 24 minutos distribuídos segundo as cadeiras a deputado federal conquistadas em 2006, o PV, que sai ao governo de Minas sozinho, sem coligação, terá 40 segundos -20 segundos no bloco da tarde e 20 segundos no bloco da noite – às segundas, quartas e sextas-feiras. O PV terá ainda seis segundos em inserções diárias.

A candidatura de Hélio Costa tem, com PMDB, PT e PCdoB, tempo de 9 minutos e 31 segundos nos dois blocos três vezes por semana. Além disso, Hélio Costa terá 1 minuto e 35 segundos de spots. Com o apoio de todos os partidos, Anastasia tem até agora 14 minutos e 28 segundos nos dois blocos três vezes por semana, além de dois minutos e 24 segundos de spots diários. Ainda está em jogo o tempo de um minuto e 11 segundos do PR, cuja decisão da convenção estadual pode ainda ter desdobramentos. Também disputam o cargo de governador: Vanessa Portugal (PSTU) e João Batista (PSOL), sem tempo na TV.


Fonte: Leonardo Augusto e Bertha Maakaroun – Estado de Minas

Destaque no Twitter: Luciano Huck e Aécio Neves comemoram juntos vitória do Brasil contra o Chile


O apresentador de TV Globo Luciano Huck tuittou ontem durante o jogo do Brasil:

” Nossa torcida pé quente!!!! Vamo q vamo Brasil!!! Aécinho bombando em casa!!!



Aécio Neves e o seu site oficial ! Visitem


Visitem o novo site de Aécio Neves

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Sua carreira política

Vale a pena !

27 de junho de 2010

Convenção do PSDB-MG faz chapa com Antonio Anastasia, Aécio Neves e Itamar Franco

A convenção do PSDB de Minas Gerais homologou, neste domingo, dia 27, a chapa encabeçada pelo governador Antonio Anastasia, que disputa a reeleição, o ex-governador Aécio Neves e o ex-presidente Itamar Franco para o Senado. O plenário da Assembléia Legislativa foi totalmente tomado pelos convencionais, ex-governadores, militantes do PSDB e de partidos aliados que consideram esta a melhor chapa para Minas Gerais.

Para o Aécio Neves essa chapa é natural e não foi formada para atender a interesses externos. “Do lado do PSDB estão os que querem o melhor para Minas Gerais, ao lado das propostas baseadas em resultados e que significa o caminho para que Minas continue avançando. Do outro lado está a negação de tudo o que fizemos”, ressaltou. A aliança mantém todos os partidos que apoiam o projeto implantado nos últimos sete anos e meio no estado.

“Esse é o instante da largada para o caminho da vitória, da ética e da competência”, afirmou Aécio, que em entrevista após a convenção falou que a aliança em torno do nome do governador Antonio Anastasia muito significativa. “Temos em torno do nome do governador Antonio Anastasia a mais forte aliança já construída em Minas Gerais, em qualquer tempo, incluindo as minhas duas eleições. É uma constatação de que os partidos em Minas estão percebendo qual é o sentimento da população de Minas, que não quer retrocesso, quer avanço, quer a continuidade dos avanços. E essa aliança é forjada a partir dos interesses de Minas Gerais e não de fora de Minas. É o nome que vai conduzir esta bandeira. Vou ficar de mangas arregaçadas caminhando por toda Minas Gerais impedindo que o retorcesso tome conta do estado”.




Veja, abaixo, mais fotos da convenção do PSDB/MG


25 de junho de 2010

Aécio Neves minimiza vantagem de Dilma


Aécio Neves minimiza vantagem de Dilma em pesquisa eleitoral

Ex-governador afirma que eleição presidencial não está decidida.Ao comentar o tema, porém, tucano preferiu privilegiar pesquisa estadual.

Do G1, em São Paulo

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) minimizou nesta quinta-feira (24) o resultado da pesquisa Ibope encomendada pela CNI que mostrou pela primeira vez a petista Dilma Rousseff à frente do tucano José Serra na corrida presidencial.“A eleição nacional, como aqui [Minas Gerais], não é eleição que esteja decidida”, afirmou Aécio, após reunião em Belo Horizonte em que o PDT mineiro anunciou apoio ao governador Antonio Anastasia (PSDB), ex-vice de Aécio, na sucessão estadual.

No plano nacional, o PDT é aliado do governo Luiz Inácio Lula da Silva e apoia a candidatura de Dilma, que marcou 40% das intenções de voto na pesquisa Ibope, contra 35% de Serra. Em Minas, está com o PSDB desde o início da gestão Aécio e conta com cargos no governo.

“Alguns dos nossos companheiros, como é o caso do PDT e do PSB especificamente, no plano nacional têm compromissos com a candidatura do governo do qual participam, mas nós aqui e os demais aliados vamos atuar no sentido de fortalecer a candidatura do José Serra”, afirmou o ex-governador, que vai disputar o Senado neste ano.

Questionado sobre a pesquisa da corrida presidencial, Aécio preferiu destacar levantamento do Vox Populi sobre a sucessão mineira. Disse estar “muito animado” pelo resultado que mostrou redução de 10 pontos percentuais na vantagem que o ex-ministro Hélio Costa (PMDB) abrira sobre Anastasia. Segundo a pesquisa, Costa tem 41% das intenções de voto, ante 23% do governador.O ex-governador disse ainda ver com “naturalidade” o anúncio do ex-ministro Patrus Ananias (PT) de que será vice na chapa de Hélio Costa. “É natural, os partidos [PT e PMDB] estão coligados, estão colocando seus nomes para a disputa. E vamos para a disputa, com grande confiança de que Minas vai querer continuar avançando e não retroceder”, afirmou.

24 de junho de 2010

Copa 2014. Antonio Anastasia e Marcio Lacerda com a presença de Aécio Neves, mantem parceria para importantes obras da Copa


Copa 2014: Antonio Anastasia e Marcio Lacerda ampliam obras, com presença de Aécio


Ex-governador Aécio Neves ressalta que parceria foi fundamental para obras que irão beneficar a população

O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, comemorou a continuidade da parceria entre o Governo do Estado, Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo Federal, que está permitindo a realização de importantes obras em Belo Horizonte visando a Copa do Mundo de 2014, além da melhoria na qualidade de vida da população da Região Metropolitana. Para Aécio Neves, essa parceria foi construída ao longo dos últimos sete anos e que permanece na administração do governador Antonio Anastasia.

Nesta quarta-feira, dia 23, o Governo do Estado, a prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério das Cidades assinaram a ordem de serviço para o início das obras de construção do viaduto entre as avenidas Antonio Carlos e Abraão Caram, na região da Pampulha, e da expansão do Boulevard Arrudas, entre a Rua Carijós e Avenida Barbacena.

Para o ex-governador Aécio Neves, essa parceria está mudando a cidade. "É preciso ressaltar que com a continuidade dessa parceria, iniciada há alguns anos, permite construir e planejar a nova BH. Estão sendo assinados atos concretos de investimentos que estão mudando a nossa cidade. Esse planejamento permite que Minas possa comemorar algo inédito, com 20 % dos empregos gerados no Brasil em Minas Gerais. Uma contribuição extraordinária", ressalta o ex-governador, que acredita que as prioridades claramente estabelecidas buscando o desenvolvimento do estado são responsáveis por esta mudança.

O governador Antonio Anastasia acredita que a força dessa parceria e o planejamento feito pelo Governo do Estado e pela Prefeitura têm permitido a garantia de mais recursos para a realização de obras com ajuda do Governo Federal. Ele lembra que as intervenções que serão realizadas visando a Copa do Mundo de 2014 ficarão como um legado para a população. "Vamos fazer uma grande infraestrutura, que vai permanecer para dar mais conforto e mobilidade para o morador da Região Metropolitana".

O edital para a realização das obras da terceira etapa de modernização do estádio do Mineirão também já está no site do governo. A expectativa é a de que o estádio fique pronto no final de 2012, a tempo para a Copa das Confederações, em 2013. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, pretende intensificar os esforços, a partir de agora, para garantir recursos no Governo Federal para a ampliação do metrô, também para garantir uma melhor mobilidade entre os vários pontos da cidade.

Apoio do PR

Depois da assinatura das ordens de serviço, o governador Antonio Anastasia, pré-candidato à reeleição, falou para a imprensa que o apoio dos prefeitos do PR, nesta terça-feira, demonstra o reconhecimento do esforço feito pelo governo de Minas ao longo desses anos. "Ontem recebi o apoio de quase 60 prefeitos do PR, fato que demonstra como nós estamos tendo o reconhecimento do trabalho realizado e que a base política sólida realizada nos últimos anos permanece. Vamos continuar conversando e vamos ter a coligação mais forte", afirmou.

Obras

A cerimônia para as assinaturas das ordens de serviços para a construção do viaduto da Avenida Abraão Caram com Avenida Antônio Carlos e a expansão do Boulevard Arrudas aconteceu no salão nobre da prefeitura de Belo Horizonte. Participaram do evento o governador Antonio Anastasia, o prefeito Marcio Lacerda, o ministro das Cidades, Marcio Fortes, e o ex-governador Aécio Neves.

23 de junho de 2010

Aécio lidera disputa pelo Senado


Pesquisa DataTempo/CP2 mostrou, mais uma vez, que Aécio Neves é o favorito para ocupar uma das vagas ao Senado. A segunda opção dos eleitores é Itamar Franco. Segundo a pesquisa, Aécio Neves foi preferido por 62,94% das pessoas, enquanto o segundo candidato recebeu 32,49% das menções.


Fonte: CDL FM

Ações de Aécio junto à agricultura familiar permitiram expansão da atividade em Minas e regulamentação de lei federal


Ações de Aécio junto à agricultura familiar permitiram expansão da atividade em Minas e regulamentação de lei federal falicitará obtenção de recursos de produtores mineiros.

Nova lei de extensão rural facilita acesso a recursosAssistência técnica: Com apoio, produção dos agricultores cresce 9%

Menos burocracia e maior sustentabilidade e agilidade na obtenção de recursos. Esse é principal objetivo da Lei Geral da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) sancionada em janeiro e que está à espera da regulamentação para, em seguida, ser dado o sinal verde para as primeiras chamadas públicas para atendimento aos agricultores.

“O decreto de regulamentação está pronto na Casa Civil. Já avançamos e elaboramos o sistema de informática por onde a lei vai tramitar, começando pelo credenciamento dos produtores da agricultura familiar”, afirma Argileu Martins da Silva, diretor do departamento de assistência técnica e extensão rural do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). A Lei Geral de Assistência Técnica e Extensão Rural, institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar (Pnater) e cria o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater).

“A Lei de Ater reforça os investimentos do governo federal em assistência técnica e extensão rural”, diz Nilton Cosson, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Assistência Técnica Extensão Rural (Asbraer) e secretário de Extensão Agro Florestal e Produção Familiar do Acre. A lei avançou e o orçamento do setor acompanhou a evolução. Em 2003, os recursos disponíveis para o segmento eram de R$ 42 milhões e passaram para R$ 482 milhões no ano passado, um salto de 1.000% no prazo de sete anos, com um total acumulado R$ 1,57 bilhão no período. Para 2010, a proposta de lei orçamentária é de quase quadruplicar. “Podemos afirmar que deverá atingir R$ 1,8 bilhão em todo o Brasil”, diz Martins da Silva. O número de agricultores e assentados da reforma agrária atendidos pela extensão rural também cresceu. “O aumento de família assistida pela Ater passará de 3,04 milhões de famílias assistidas em 2009 para cerca de 3,5 milhões de famílias neste ano”, estima Cosson.

Depois de quase dez anos de luta para aprovação da lei, representantes do setor apostam que ela dará mais impulso a um serviço que anteriormente estava atrelado a convênios, impedindo que os recursos chegassem no momento de necessidade do agricultor. Agora, os repasses serão feitos por edital, para cada situação específica. “O apoio à produção familiar é dinâmico e às vezes os recursos não saem no momento exato. A Lei Geral de Ater tem dois aspectos principais: dá continuidade ao processo e não terá mais interrupção em função de projetos ou convênios”, diz Cosson. O serviço contratado através de edital, segundo ele, irá fortalecer e garantir uma assistência mais forte e mais qualificada aos produtores.

Com a lei, a extensão rural passa a ser reconhecida como “serviço essencial, da mesma forma que a saúde, a educação e a segurança, e os recursos federais vão chegar mais fácil e rapidamente aos agricultores familiares e de forma continuada e articulada com o calendário agrícola, possibilitando mais investimentos no campo”, diz Antonio Lima Bandeira, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

Martins da Silva destaca a importância da assistência técnica na agricultura familiar e aponta o resultado da produtividade de algumas culturas que tiveram acesso, dando como exemplo o programa Mais Alimentos. “Os agricultores que receberam assistência técnica tiveram um aumento de 9% na produção de alimentos na última safra sobre a anterior”, afirma. O leite, por exemplo, teve um ganho de 18,25%, seguido da mandioca com 13,4%, milho 9,3% e o feijão 8,9%. Outras culturas como café, trigo e arroz tiveram aumento de 7,6%, 5,4% e 3,2%, respectivamente. “A assistência técnica é a mola propulsora das demais políticas. Quanto mais acesso a políticas públicas e conhecimento a agricultura familiar receber, maior o índice de crescimento”, garante.

Após o “esfacelamento” da extensão rural, ela foi restabelecida a partir de 2002 com a criação do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) dentro do MDA. “Hoje, em quase todas as unidades da federação houve uma recomposição do sistema de extensão rural. Entidades que não existiam mais estão sendo reconstruídas”, diz Cosson. Pelas suas contas, hoje são mais de 17 mil técnicos profissionais focados na extensão rural. “O serviço de extensão rural está em 5.561 municípios, ou seja, em 95,3% dos municípios com a presença da extensão rural. A meta é atingir 100% até 2011.”

“A aprovação da Lei Geral de Ater deverá trazer avanços importantes para afirmação da política pública de assistência técnica e extensão rural nos Estados, proporcionando às Emateres mais flexibilidade na aplicação dos recursos e investindo-os da forma mais apropriada”, afirma Lima Bandeira que também é professor e doutor em economia rural. Ele garante que vai dar sequência ao projeto atual do ex-governador Aécio Neves para a Ater no Estado e ressalva que, “às vezes, fará um necessário ajuste por questão de estilo. Não temos um projeto novo, mas temos ideias e a inspiração conceitual para reviver posições pessoais, tendo em mente a caminhada já iniciada e que vamos prosseguir”. Sobre os avanços da extensão rural mineira nos últimos anos, o presidente lembra que a empresa se modernizou graças aos investimentos do governo de Minas.

Segundo Cosson, desde 1990 o orçamento para extensão rural e assistência técnica tem sido sustentado pelos Estados, de acordo com suas possibilidade. “Hoje, os Estados estão bancando quase que a totalidade, mas com a lei esse processo deverá sofrer modificações e é possível que retome 50% por parte do governo federal e os Estados arquem com o restante”, comenta.

O aumento médio da safra da agricultura familiar tem sido entre 5% e 10%. “Todo ano temos recorde de safras e o importante não é só o aumento da produtividade, mas incorporar áreas que não estão no processo de extensão”, lembra Cosson. Ele diz ainda que na Amazônia, por exemplo, são 2 milhões de hectares a serem incorporados. “Temos um grande avanço a fazer e isso está sendo feito através do fortalecimento familiar que é responsável por uma média de 80% da produção de alimentos do país. Essa lei privilegia o setor”, resume.


Fonte: Rosangela Capozoli, para o Valor, de São Paulo

Anastasia e Aécio fazem mistério sobre o vice em Minas


O ex-governador de Minas Aécio Neves e seu sucessor Antonio Anastasia mantiveram o mistério em relação à escolha do nome do vice na chapa tucana na disputa pelo governo. Os dois não quiseram especular possíveis nomes e disseram que a decisão será tomada até o dia 27, data da convenção estadual da legenda. "Não estamos com pressa. Na hora certa, o nome será apresentado", disse Anastasia.

Pré-candidato ao Senado, Aécio comentou a possível participação do ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias (PT) na eleição majoritária. Nos últimos dias, o petista já sinalizou que deve aceitar o convite para ser o vice do senador peemedebista Hélio Costa. A provável entrada no páreo de Patrus, ex-prefeito de Belo Horizonte e deputado federal entre os mais votados de Minas, foi a forma encontrada pelo PT para tentar alavancar o nome de Costa entre os militantes do partido.

Para Aécio, a provável presença do petista na chapa do PMDB não vai alterar a estratégia tucana no estado. "É natural e já era esperado. Agora, Minas terá a opção de escolher se quer continuar avançando ou se quer interromper esse processo. Estamos muito confiantes com a vitória ainda no primeiro turno”, afirmou Aécio. O ex-governador de Minas minimizou ainda a adesão do PR à campanha do pré-candidato da coligação PMDB-PT, encabeçada pelo senador peemedebista Hélio Costa.

Aécio Neves afirmou que, independente do posicionamento da cúpula do PR, os parlamentares da bancada federal do partido já fecharam questão em torno da pré-candidatura do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). “Cada partido deve tomar o caminho que achar mais adequado, o que tenho em relação ao PR é manifestação da bancada federal, de detentores de mandato, que estiveram ao nosso lado durante esses sete anos e manifestaram intenção de continuar do nosso lado”, afirmou Aécio.


Fonte: Ezequiel Fagundes - Estado de Minas

Aécio confia na vitória no primeiro turno


Para Aécio, a provável presença do petista na chapa do PMDB não vai alterar a estratégia tucana no estado. "É natural e já era esperado. Agora, Minas terá a opção de escolher se quer continuar avançando ou se quer interromper esse processo. Estamos muito confiantes com a vitória ainda no primeiro turno”, afirmou Aécio. O ex-governador de Minas minimizou ainda a adesão do PR à campanha do pré-candidato da coligação PMDB-PT, encabeçada pelo senador peemedebista Hélio Costa.

Aécio Neves afirmou que, independente do posicionamento da cúpula do PR, os parlamentares da bancada federal do partido já fecharam questão em torno da pré-candidatura do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). “Cada partido deve tomar o caminho que achar mais adequado, o que tenho em relação ao PR é manifestação da bancada federal, de detentores de mandato, que estiveram ao nosso lado durante esses sete anos e manifestaram intenção de continuar do nosso lado”, afirmou Aécio.


Fonte:UAI

Aécio: Minas vai escolher em continuar avançando ou por quem quer parar. Sem dúvidas vamos vencer!


Para Aécio, a provável presença do petista na chapa do PMDB não vai alterar a estratégia tucana no estado. "É natural e já era esperado. Agora, Minas terá a opção de escolher se quer continuar avançando ou se quer interromper esse processo. Estamos muito confiantes com a vitória ainda no primeiro turno”, afirmou Aécio. O ex-governador de Minas minimizou ainda a adesão do PR à campanha do pré-candidato da coligação PMDB-PT, encabeçada pelo senador peemedebista Hélio Costa.

Aécio Neves afirmou que, independente do posicionamento da cúpula do PR, os parlamentares da bancada federal do partido já fecharam questão em torno da pré-candidatura do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). “Cada partido deve tomar o caminho que achar mais adequado, o que tenho em relação ao PR é manifestação da bancada federal, de detentores de mandato, que estiveram ao nosso lado durante esses sete anos e manifestaram intenção de continuar do nosso lado”, afirmou Aécio.

22 de junho de 2010

Serra ao lado de Aécio Neves e Antonio Anastasia diz que pretende criar sistema único de licenciamento ambiental


Candidato endossa sugestão de Anastasia de sistema único de licença ambiental

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, prometeu “não atrapalhar” a agropecuária caso seja eleito em outubro. O tucano fez poucas propostas ao reunir-se ontem na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) com uma plateia predisposta a apoiá-lo. O ponto mais concreto que citou foi a criação de um sistema único de licenciamento ambiental que coordenaria as ações da área nos três níveis de administração para tornar o processo mais ágil. A ideia foi apresentada pelo governador mineiro e candidato à reeleição pelo PSDB, Antonio Anastasia, e endossada por Serra.

O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo. No ano passado, exportou 1,2 milhão de toneladas e gerou receita de US$ 4,1 bilhões. Várias iniciativas que levaram à esta posição, como a cobertura de vacinas contra febre aftosa, dependeram da mobilização dos produtores, que se sentem pouco devedores do governo.

A ação do governo não é cobrada, mas temida. Ao saudar Serra, recebido com o estribilho musical usado na TV para marcar as vitórias de Ayrton Senna na Fórmula 1, o presidente da ABCZ, José Olavo Machado Borges, deixou claro que a principal preocupação do setor é conter a ação dentro do governo e do Congresso de entidades como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ou de propostas que afetam direitos de propriedade, como a redefinição dos limites de reserva legal no Código Florestal, a revisão dos índices de produtividade e o descumprimento de ações de reintegração de posse.

Serra disse que irá criar instrumentos para aumentar a produção agrícola em assentamentos. “O Brasil paga R$ 40 mil para assentar cada família. Tem cabimento depois colocar estas famílias para receber cesta básica?”, indagou. Afirmou que o MST não deve receber recursos públicos e expressou preocupação com a intenção do governo em votar o novo Código Florestal neste ano. “Não seria bom concluir agora, porque não vai ser decidido racionalmente às vésperas do processo eleitoral”, disse, sugerindo mudanças pontuais, como a inclusão de matas ciliares no cálculo da reserva legal.

O comedimento do candidato não incomodou o público. “Ele não avançou nas ações que defende, mas dá para imaginar a sua linha de conduta. Hoje é difícil saber o que o governo federal vai fazer. Lula fez coisas excelentes, sobretudo para o açúcar e o álcool, mas o produtor se sente um pouco perdido no cipoal da legislação”, afirmou o próximo presidente da ABCZ, Eduardo Biagi, que também é usineiro em Nova Serrana (SP).

O encontro não se limitou aos grandes pecuaristas da região, como Jonas Barcellos e Arnaldo Rosa Prata. Também participou o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Carlos Paulino. A Cooxupé é a maior cooperativa do Brasil e responde por 20% da safra brasileira de café. Paulino saudou Serra afirmando esperar ir à sua posse. “Temos muita esperança no próximo governo”, disse. Após o evento com ruralistas, Serra, Anastasia e o ex-governador mineiro e candidato ao Senado Aécio NevesAécio minimizou a desistência do PR de apoiar Anastasia e coligar-se a Hélio Costa (PMDB) para o governo. “O PSDB não entra em leilão.” visitaram uma pastelaria tradicional da cidade.

Aécio deixa claro que PSDB não faz leilão por apoios


O ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) minimizou nesta segunda-feira a decisão do PR em apoiar o senador Hélio Costa (PMDB) para o Palácio da Liberdade. No começo do mês a legenda havia dado apoio à reeleição de Antônio Anastasia (PSDB), mas teve que voltar atrás depois de pressão da direção nacional do PR.

"O PSDB não entra em leilão por apoios. Nos vamos ter o apoio que é fundamental: da população mineira na hora da decisão. E agora estamos conversando com os partidos e isso não altera de forma alguma nossa estratégia", criticou Aécio.

PSDB e PT travam batalha na Justiça Segundo o tucano, que é candidato ao Senado, a reviravolta da aliança com o PR causa estranhamento, uma vez que o PSDB recebeu o apoio dos deputados da legenda, em reunião no Palácio das Mangabeiras.Nesta segunda-feira a executiva estadual do PR divulgou nota oficializando o apoio a Hélio Costa. Na última sexta-feira, o Estado de Minas antecipou a decisão, com entrevista com o presidente da PR, Clésio Andrade, afirmando que o apoio a Anastasia havia deixado vários filiados descontentes.Aécio fez campanha com o candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, nesta segunda-feira na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O governador Antônio Anastasia (PSDB) também participou do encontro. Após o encontro, os tucanos percorreram ruas do Centro da cidade.


Fonte : O Estado de Minas

20 de junho de 2010

Aécio: A aliança mais expressiva será a da população!

PTB-MG oficializa apoio a Antônio Anastasia e a Aécio Neves em convenção estadual

O governador Antonio Anastasia e o ex-governador Aécio Neves participaram nesse sábado (19/06/2010) da convenção do PTB, que oficializou o apoio do partido à chapa do PSDB para as eleições de 2010. Os dois foram recebidos no hall das bandeiras, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, local onde aconteceu a convenção, por deputados do PTB, os presidentes do PP, PPS, PSB, PSDB e DEM.

Para o governador Aécio Neves, essa parceria com o PTB e outras legendas que o acompanham há oito anos é um sinal de que essa caminhada foi feita com dignidade.

“O PTB participa conosco há oito anos do esforço de reconstrução de Minas, na valorização política do nosso estado, na redução das desigualdades sociais. O êxito do nosso governo reconhecido por mais de 90 % da população é o êxito do PTB", afirmou Aécio Neves em entrevista durante a convenção. "O PTB é o legítimo representante dos principais avanços que tivemos no Brasil em defesa dos trabalhadores e é a garantia de que o governo Antonio Anastasia será sempre fiel a este extraordinário legado. Estamos extremamente felizes hoje de ter o PTB ao nosso lado e é muito bom terminar uma ação de governo após oito anos com os mesmos companheiros ao nosso lado, sinal de que foi uma caminhada feita com extrema dignidade”, completou Aécio Neves.

Para o ex-governador, o caminho natural é a de que os partidos da sua base de apoio caminhem com o governador Antonio Anastasia, mas a aliança mais expressiva será a da população.

“O que me tranqüiliza é que nós temos uma obra de governo a apresentar à população. É muito fácil lembrarmos como estava Minas e como está a Minas de hoje. Eu creio que aqueles que caminharam conosco nesses últimos anos terão muito mais tranquilidade na sua campanha de continuar conosco, até porque nesses últimos anos atuaram em defesa do governo, atuaram valorizando as ações do governo, participaram desses investimentos do governo. Então acho que o caminho natural de vários desses partidos que estiveram conosco é estar ao lado do professor Anastasia. Estou convencido de que Anastasia terá uma ampla aliança de partidos em seu entorno, mas terá ainda mais expressiva que é a aliança da população mineira em torno desses avanços”, disse o ex-governador Aécio Neves.

O governador Antonio Anastasia, que também participou da convenção do PTB, afirmou que nesses sete anos e meio de governo o PTB esteve sempre firme ao lado do governo, em todos os momentos. O apoio do partido significa que o PSDB terá condições de apresentar uma chapa vitoriosa: “O partido é muito presente em Minas. Vamos trabalhar para fortalecer o PTB e, é claro, a nossa base”.

Point Barreiro
Antes de participar da convenção do PTB, o governador Antonio Anastasia esteve no Barreiro, onde autorizou o início da segunda etapa das obras do Pólo de Integração do Barreiro, o Point Barreiro. O espaço será usado para a promoção da cidadania e inclusão social. Serão oferecidos aos moradores dos 80 bairros da região uma Escola de Tempo Integral, biblioteca comunitária, Centro de Promoção do Trabalho, ginásio poliesportivo, pomar e playground. O Point será construído onde funcionava a antiga Fundação do Bem estar do Menor(Febem), desativada pelo governo em 2006.

17 de junho de 2010

Aécio Neves diz a Ricardo Teixeira da CBF que Mineirão é alternativa para abrir Copa 2014


Aécio diz à CBF que Mineirão é alternativa para abrir Copa 2014

Ex-governador disse ter ligado para Teixeira após exclusão do Morumbi. ‘Estamos marcando sob pressão’, afirmou o tucano.

O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, disse nesta quinta-feira (17), em Belo Horizonte, que reforçou junto ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a disposição de Minas Gerais em receber a abertura da Copa 2014. Aécio disse ter conversado longamente com Teixeira, via telefone, logo após a Fifa confirmar na quarta-feira (16) a exclusão do Estádio do Morumbi da lista dos credenciados para o mundial.

Aécio disse que o projeto de reforma do Mineirão está impecável e cumpre todas as datas estabelecidas. Segundo Aécio, o presidente da CBF deu esperanças para o sonho mineiro. “Ele me disse que, cada vez mais, temos maiores chances para isso”, disse.

“Estamos marcando sob pressão e temos que fazer nosso dever de casa.” Para Aécio, a expectativa é plenamente justa porque Belo Horizonte é uma cidade apta a receber o evento.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, disse que não existe pressão ou lobby a favor da capital mineira: “é uma questão técnica”. Ele admitiu, porém, que a cidade precisa resolver pendências em relação a vagas em hotéis. “Se viabilizarmos metade dos projetos que estão hoje em várias etapas em conversa com a prefetura, estaremos muito bem também na questão da Copa”, afirmou.

Durante a entrevista coletiva, o governador Anastasia não comentou a intenção de Minas Gerais receber a abertura da Copa 2014. Na noite de quarta, governo e prefeitura de São Paulo negaram a intenção de usar recursos públicos para construir novo estádio para receber jogos do mundial.


Maior PIB do Brasil: Minas registrou no 1º trimeste índice de 12,2%, Aécio Neves comemora desempenho da economia mineira


Aécio comemora PIB mineiro

Aécio comemorou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. Ele disse que o governo federal estava certo ao comemorar o crescimento de 9% da economia no último trimestre. Mas que os mineiros têm motivo extra para celebrar.

“Ao receber nossos números, nós podemos dizer que o Brasil teve um “Pibão”, de 9%, e Minas teve um “Pibaço”, de 12,2%. Portanto, crescemos mais que o Brasil”, disse. “Isso é motivo de orgulho e também de comemoração para todos os mineiros.”

No primeiro trimestre de 2010, o PIB de Minas Gerais foi 12,2% maior que no mesmo período de 2009, de acordo com o levantamento feito pela Fundação João Pinheiro (FJP). Setores como de serviços e indústria tiveram expansão de 7,5% e de 22,9%, respectivamente. Mas nem todos os setores da economia tiveram crescimento. No estado, a agropecuária apresentou retração no primeiro trimestre de 2010, resultando em 3,3% inferior ao mesmo período no ano passado.

“Estamos marcando sob pressão e temos que fazer nosso dever de casa.” Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais.


16 de junho de 2010

Governo Aécio / Anastasia recupera o patrimônio arquitetônico do Balneário de Caxambú


Quase 100 anos depois de sua inauguração, o Balneário Hidroterápico do Parque das Águas Lizandro Carneiro, em Caxambu, no Sul de Minas, foi completamente restaurado e entregue à comunidade no início de junho, em atendimento à demanda da comunidade e à determinação dos Governos Aécio Neves e Antonio Anastasia.
Construído em 1910, com projeto do arquiteto Alfredo Burnier, o Balneário passou por uma reforma completa e uma cuidadosa restauração de todo o seu patrimônio arquitetônico. Toda a obra de reforma e restauro esteve em conformidade com as orientações do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). Iniciada em março de 2007, a revitalização do Balneário de Caxambu, incluindo as obras de engenharia, a restauração, o paisagismo e o novo mobiliário, equivalem a um investimento de R$ 7,5 milhões, recursos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
As obras de engenharia incluíram a troca do sistema elétrico e de iluminação, novos equipamentos hidrossanitários, caldeiraria e de telefonia, drenagem pluvial, reforma da subestação e um sistema de adução e armazenamento de águas minerais para atender ao balneário. Dois novos sistemas de segurança foram desenvolvidos no local: o Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA) e o Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio. Foram construídos, também, um refeitório e modernos vestiários para funcionários, em total conformidade com as exigências da Agência de Vigilância Sanitária.
Mereceram cuidado especial da Codemig, as saunas e as duchas, projetadas com o que há de mais moderno nesse setor. Dezesseis novas banheiras de hidroterapia foram instaladas, com programação de tratamentos, jatos, sistema de aquecimento e iluminação multicor. E o ineditismo fica por conta de um charmoso spa instalado no local, com piscina com acessibilidade a portadores de necessidades especiais e outros recursos. O mobiliário do Balneário também foi projetado para atender às demandas do local e de acordo com o projeto arquitetônico, cuidadosamente elaborado e aprovado pelo Iepha/MG.
Obras de restauraçãoOs serviços de restauração foram realizados por uma empresa especializada, com acompanhamento técnico e aprovação do Iepha/MG. Responsável anteriormente pela restauração do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a empresa assina a restauração no prédio principal do Balneário de Caxambu e em alguns bens integrados a ele – conjunto esse que carrega quase 100 anos de história.
Na edificação central do Balneário, os serviços compreenderam a revitalização das pinturas interna e externa, assim como a recuperação de toda a sua vidraçaria e ferragens. A intervenção abrangeu também a cobertura metálica da torre do relógio, o vitral, a escadaria de mármore de Carrara, as claraboias e ainda a decoração interna do hall principal. Foram recuperados, ainda, azulejos, pisos, escadas de ferro batido e vidros aramados. Todo trabalho restabeleceu o esplendor arquitetônico do início do século XX.
O arquiteto da Diretoria de Conservação e Restauração do Iepha/MG, Miguel Capobianco, informa que o projeto de restauração foi aprovado pelo instituto em 2006 e as obras tiveram início em 2007. “Pela primeira vez, o Balneário passou por uma restauração completa, o trabalho ficou excelente, tudo que o Iepha/MG solicitou em termos de restauração foi acolhido pela prefeitura do município e pela Codemig. As obras inclusive permitem agora a acessibilidade de cadeirantes”, analisa Capobianco.
Turismo
Caxambu integra a Associação do Circuito Turístico das Águas, certificada pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG). Localizada num vale da Serra da Mantiqueira, a cidade de Caxambu concentra o maior complexo hidromineral do mundo. É da água que vem a história da cidade. São 12 fontes de água mineral de alto poder diurético e desintoxicante, cada uma com propriedades químicas diferentes da outra.
A Fonte D. Pedro, cujo nome é uma homenagem ao Imperador D. Pedro II, é a mais antiga e simbólica do Parque das Águas. O parque oferece deliciosas casas de banhos, gêiseres de água fria, lago, teleférico, jardins e alamedas, compondo um dos balneários mais charmosos do país.
A Fonte D. Pedro, cujo nome é uma homenagem ao Imperador D. Pedro II, é a mais antiga e simbólica do Parque das Águas. O parque oferece deliciosas casas de banhos, gêiseres de água fria, lago, teleférico, jardins e alamedas, compondo um dos balneários mais charmosos do país.
A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) em parceria com o Senac, promoveu em 2008, o Curso de Qualidade no Atendimento ao Turista, qualificando 27 pessoas. No mesmo ano, capacitou oito policiais em segurança turística. Em 2009, qualificou mais 56 pessoas no Curso de Hotelaria e Turismo, também em parceria com o Senac. E, por meio do Programa Especial de Sinalização Turística, os 10 municípios pertencentes ao Circuito das Águas, incluindo Caxambu, receberam 102 placas, nos anos de 2002 e 2005.

15 de junho de 2010

Prestígio de Aécio faz partidos de oposição apoiarem Antonio Anastasia


Presígio de Aécio faz partidos da oposição aderirem a
Antonio Anastasia com diversas combinações
Veja materia do EM:
PDT adere ao PSDB e abandona PMDB

Hélio Costa perde mais um aliado na luta pelo Palácio da Liberdade. Pedetistas decidem subir no palanque com o governador Antonio Anastasia, mas pedirão voto para Dilma
Ezequiel Fagundes
Cristina Horta/EM/D.A Press - 20/1/10
Manoel Costa não vê problema em fazer campanha dupla O senador Hélio Costa, pré-candidato da aliança PMDB-PT ao governo de Minas, perdeu outro aliado. Depois da debandada do PR, PRB e PSB, foi a vez do PDT definir que vai apoiar a pré-candidatura à reeleição do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). O partido, que chegou a ameaçar lançar candidatura do deputado Zezé Perrella ao Palácio da Liberdade, recuou e decidiu que vai permanecer alinhado com os tucanos. Comandante da legenda no estado, o secretário de Estado Extraordinário para Assuntos de Reforma Agrária, Manoel Costa, declarou ontem que a participação trabalhista no primeiro escalão do governo estadual foi decisiva. “Já está tudo definido. O PDT vai apoiar o governador Anastasia e isso é natural, porque estamos juntos desde o início”, explicou.

Apesar de já ter fechado questão, Manoel diz que a decisão oficial só será anunciada no dia 28, durante a convenção estadual do partido. Mesmo dizendo-se satisfeito com o espaço conquistado no governo, o dirigente declarou que “há um sentimento de ampliação” entre os colaboradores da legenda. Sendo assim, segundo ele, o partido pretende reivindicar o controle da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). “É uma secretaria que tem o perfil do nosso eleitorado”, disse.

Como o PDT já fechou apoio à presidenciável Dilma Rousseff (PT), em convenção realizada anteontem, com a participação do ministro do Trabalho Carlos, Lupi (PDT), ao lado da candidata petista, o dirigente mineiro não vê problema algum em incentivar o voto “Dilmasia” no estado. “Em 2006, nós apoiamos o Lulécio (voto em Lula e Aécio). Então qual é problema de apoiarmos agora o Dilmasia. Em Minas, a política é mais complexa”, explicou.

Ao compor com PSDB, o PDT dificilmente terá destaque na chapa majoritária, apesar de Perrella já ter anunciado publicamente que pretendia concorrer ao Senado. A vaga de vice vem sendo disputada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Alberto Pinto Coelho (PP), e pelo deputado federal Carlos Melles (DEM). Para o Senado, a coligação já tem como pré-candidatos o ex-governador Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente da República Itamar Franco (PP).

Imbróglio Mesmo com os apelos de Hélio Costa, a coligação da aliança está sofrendo uma derrota atrás da outra. Além da debandada dos partidos considerados aliados, o peemedebista começa a semana tendo que encarar um compromisso complicado: convencer o ex-ministro Patrus Ananias (PT) a aceitar o convite de ser vice na chapa da aliança.

Amanhã, peemedebistas e petistas vão se reunir com Costa e o ex-prefeito Fernando Pimentel, esse último preterido na disputa pelo governo, para discutir uma saída para o imbróglio do vice. Como militantes têm sustentado que a chance de Patrus aceitar a missão é pequena, o grupo deve apresentar o ex-ministro Nilmário Miranda como opção. Na avaliação de petistas, como Nilmário faz parte do mesmo grupo de Patrus, ele teria condições de tentar unificar os descontentes do partido com a imposição da candidatura de Costa.

Aécio: O Brasil não merece um messias!!!


Em convenção nacional realizada neste sábado, dia 12, em Salvador (BA), o PSDB formalizou José Serra como seu candidato à presidência do Brasil. O evento, que aconteceu no Clube Espanhol, com capacidade para cinco mil pessoas e que ficou lotado

Em seu pronunciamento, o ex-governador Aécio Neves disse que José Serra é o candidato mais preparado e afirmou que agora é hora de dar um basta no aparelhamento do estado brasileiro, "numa visão egoísta daqueles que querem perpetuar-se no poder, desdenhando a democracia tão duramente conquistada por nós".

Aécio lembrou ainda que a construção do Brasil não foi de um grupo e nem "a construção solitária de um messias", mas que ela vem de uma longa data e que cada brasileiro colocou "um tijolo". "O Brasil não merece um messias. O Brasil é e será sempre de cada um e de todos os brasileiros", afirmou.

O ex-governador de Minas e pré-candidato ao Senado adiantou que a partir de agora os tucanos vão ocupar as ruas para dizer que querem mais, que o país pode mais.

Aécio na convenção do PSDB lembra luta de Tancredo e diz que Brasil não foi construido por um messias


O Globo Online/
Aécio lembra Tancredo e diz que país não foi construído por um messias
Germano Oliveira

O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que acaba de falar na convenção nacional do PSDB que acontece em Salvador, disse que com o lançamento da candidatura do ex-governador José Serra para presidentre mostra que o Brasil "quer mais" e lembrou que "alguns, de forma egoísta, não dizem que o Brasil foi construído por brasileiros e não por um messias ou um grupo de companheiros", numa critica frontal ao PT.

- Temos que lembrar da luta de Tancredo pela democracia. Temos agora que dar um basta ao aparelhamento do estado e aos que querem se perpetuar no poder. Serra terá a oportunidade agora de nos liderar, com sua luta, sua trajetória. Temos o candidato mais preparado e como dizia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, temos um lider e não o reflexo de um lider.

Aécio e Anastasia recebem apoio do PSB, através de Marcio Lacerda


O PSB, do prefeito Márcio Lacerda, vai apoiar a candidatura do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) ao Palácio da Liberdade. O partido, que vinha sendo cortejado para participar da candidatura única da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, fechou questão ontem, mas vai anunciar a decisão na quarta-feira. Dessa forma, a controvertida aliança entre PMDB-PT sofre mais um revés, depois da imposição do nome do senador peemedebista Hélio Costa para encabeçar a chapa mineira em prol de uma aliança nacional. A debandada começou com PR e PRB, que, depois do imbróglio na formação da aliança, desistiram de participar da coligação para concorrer ao governo.

O prefeito Marcio Lacerda e o presidente do PSB no estado, deputado Wander Borges, se reuniram ontem com Anastasia e o ex-governador Aécio Neves. Participaram também do encontro o secretário de governo, Danilo de Castro (PSDB), e o ex-deputado Mauro Lobo (PSB). Segundo Wander Borges, a coligação com os tucanos ainda não foi oficializada. “Com a ausência de Fernando Pimentel no processo, existe uma tendência muito grande pró-Anastasia. Mas o assunto ainda está sendo discutido com a Executiva nacional”, disse.

Na verdade, o acordo já foi acertado entre os caciques do partido e deve ser homologado pela direção do partido na convenção nacional marcada para segunda-feira. Em conversa com o presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Aécio Neves pediu inclusive que o partido se coligue formalmente na chapa majoritária do PSDB, trazendo com isso seu tempo de televisão no horário eleitoral gratuito. O dirigente nacional disse que, apesar de nacionalmente o partido apoiar a pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto, no caso de Minas Gerais, entenderia que os socialistas tomassem outro rumo para compor um governo do qual já participa como base. Campos se comprometeu a autorizar a aliança na convenção do partido.

Pesou a posição da maior liderança do PSB no estado, o prefeito Marcio Lacerda, que, sem a candidatura de Pimentel ao governo, se sentiu liberado a caminhar com Anastasia, de quem foi colega de secretariado quando esteve à frente da pasta de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio. Além da proximidade com os tucanos, Lacerda teria dificuldades de caminhar com o PMDB, com quem travou uma verdadeira batalha durante a eleição municipal de 2008. “Existe a decisão de apoiar Dilma também no plano regional e isso é nossa posição, mas, em relação à eleição estadual, é um quadro bem mais complexo. Estamos discutindo, mas há uma tendência muito forte de apoiarmos a candidatura do Anastasia”, disse Lacerda.

PIMENTÉCIO O prefeito, no entanto, não vai abandonar seu outro padrinho político, que concorrerá a uma vaga no Senado. Apoiado por petistas e tucanos ao se eleger prefeito, Lacerda pediu liberação para subir no palanque do ex-prefeito Fernando Pimentel, além do de Aécio Neves. Os dois concorrem às duas vagas disponíveis para os mineiros na eleição. “Não quero adiantar minha posição (em relação ao governo), mas já avisei meu amigo Pimentel que vou votar nele para o Senado”, disse o prefeito.

Os deputados estaduais e federais do PR também confirmaram ontem, em reunião com Anastasia, o apoio à chapa tucana. Os últimos apelos do pré-candidato do PMDB ao governo, Hélio Costa, não foram suficientes para comover as bancadas, que desistiram de se unir à candidatura única da base do presidente Lula (PT), depois de os petistas abrirem mão de lançar um nome próprio ao Palácio da Liberdade.

A emoção que Aécio causa nos mineiros

Um e-mail de uma admiradora de Aécio. Achei bonito e resolvi publicar.

Tenho a impressão que não só o meu mas, o coração da grande maioria dos mineiros bateu mais forte nos últimos dias.Primeiro quando o governador Aécio Neves entregou Minas Gerais nas boas mãos do Professor Antônio Anastasia,apesar de "ainda ser cedo para sentir saudade" esta sendo inevitável.Sempre foi visível a "química" entre Aécio Neves e Minas Gerais um estado cheio de tradição e histórias de sucesso.

Hoje o saudoso coração mineiro bate forte e com urgência esperando que Aécio Neves possa fazer por todos Brasileiros o que fez e continua fazendo por Minas Gerais.Cristiane Mattar


Bonito não ?

Aécio fala sobre José Serra

Detalhes da entrevista de Aécio a Revista Época


“Como é que eu posso ter rancor de alguém que estava buscando o mesmo que eu? Serra usou a força dele e conseguiu.”

“A experiência do Serra vai fazer a diferença. A Dilma tem muitas virtudes, caso contrário não estava onde está. Quem está apostando numa eleição com muita diferença vai quebrar a cara. Tem muita gente no PT achando que vai ser uma balaiada.”

“Para eu ser ministro, primeiro o Serra tem que ganhar. Depois, me convidar”.

“Mas gosto mesmo do Congresso. No Senado, eu posso ajudar muito o Serra”.

“Serra está querendo dar uma remarcada na questão de segurança e eu acho inteligente, porque é onde o governo é vulnerável. Temos que marcar aí umas quatro, cinco bandeiras para mostrar claramente à população nossas diferenças”.

“O Serra tem, já consolidado, um terço do eleitorado e sua imagem é de um homem confiável.”

“Pode ser um pouco mais simpático, pode. Pode falar mais coisas que toquem o coração das pessoas, pode. Mas não podemos querer transformar a pessoa. Ah, se o Serra tem cara de mal-humorado, precisamos entender isso como uma cara de alguém preocupado

9 de junho de 2010

Revista Época faz raio X de Aécio Neves e mostra as virtudes do político conciliador que tem uma visão moderna do Brasil

O tucano relutante

Ele quer sair de Minas direto para a Presidência? Quer flertar com o PT? Quais são os motivos de Aécio para recusar ser vice na chapa de Serra?

Se existe algo que provoca arrepios no ex-governador mineiro Aécio Neves, de 50 anos, é o quadro imenso que domina a sala de seu apartamento no bairro nobre de Anchieta, em Belo Horizonte. Assinada pelo conterrâneo Carlos Bracher, a tela mostra nuvens carregadas sobre a Praça dos Três Poderes. “Ai, ai, Brasília…”, diz Aécio, como se fosse refém de seu destino. Brasília é seu porto daqui para a frente, Minas Gerais ficou pequena. Candidato ao Senado, Aécio acaba de chegar de férias em dois paraísos na Itália – as aldeias da Toscana e as rochas da Costa Amalfitana. Viajou com a namorada, a modelo catarinense Letícia Weber, que tem a metade de sua idade e ele chama de Le: “Sou o último romântico, como diz Lula”.

AO SENADO
Aécio no bar de sua casa. Ele diz que cansou das especulações sobre a candidatura a vice. “Pode cravar, chega dessa história”Paciência. Essa é a maior virtude que Aécio diz ter aprendido com o avô Tancredo Neves. Não é difícil acreditar nele. Além de paciente, é sedutor. Bronzeado, bem-disposto, com o sorriso que faz uma covinha na bochecha direita, o governador mais bem avaliado do Brasil recebeu ÉPOCA em sua casa, na segunda-feira à noite. O suco de abacaxi com hortelã ficou mofando sobre a mesa. Ele falava sem colocar vírgula. De jeans, camisa azul para fora da calça, mocassim sem meia, Aécio balança sem parar as pernas cruzadas e gesticula muito. Tem a mania de prender a mão entre as pernas. O suor marca a cava da manga da camisa. Não parece nervosismo, porque olha no olho, não desvia do assunto. É inquietação mesmo. Malha quase todo dia, joga pelada uma vez por semana, corre. Detesta posar. “Naquela poltrona, não. É horrível.” Era uma poltrona de design, The Egg, do dinamarquês Arne Jacobsen. Ele preferiu a banqueta do bar.

Nos últimos dias, Aécio resistiu a pressões da opinião pública e do PSDB. Recusou-se pela enésima vez a ser vice de José Serra na eleição deste ano: “Pode cravar, chega dessa história”. Os tucanos bicaram e espernearam, mas o empate de Serra com Dilma Rousseff nas pesquisas não demoveu Aécio. “Eu era candidato a presidente. Achava que poderia atrair o PSB, o PDT e racharia o PMDB. Nunca fui candidato a vice, nem quando Serra tinha 20 pontos de vantagem sobre Dilma. Agora sou candidato ao Senado.” Promete ser o maior cabo eleitoral de Serra. Em Minas, nos programas da TV, nos palanques. Basta?

Serra também está cansado dessa história. Deu ordens expressas para que o assunto seja tratado apenas nos bastidores. Não é bom para ele parecer tão dependente. “Aécio tem um projeto pessoal e não quer ir a reboque. Política não se faz por amizade nem por egoísmo, mas não dá para pedir esse sacrifício a ele”, diz o cientista político Octaciano Nogueira. Na quarta-feira, um almoço em São Paulo reuniu Aécio, Fernando Henrique Cardoso, o senador Tasso Jereissati e o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. “Meu nome nem foi cogitado”, disse Aécio. Os nomes no cardápio foram os conhecidos: o próprio Tasso (o melhor vice na visão de Aécio), o senador Francisco (Ficha Limpa) Dornelles e Itamar Franco.
Por que Aécio disse não, não e não? Porque ele quer ser presidente. Quer ser o primeiro, e não o segundo. Não quer viver no anexo do Palácio do Planalto. Não gosta de sombra, mas de sol. Não quer sair pelo Brasil carregando o pendor para Serra e desguarnecer Minas – onde seu candidato, o governador Antonio Anastasia, vai enfrentar a chapa PMDB-PT (Hélio Costa-Patrus Ananias). O tempo está a favor de Aécio. E ele não se enquadra no figurino de vice. Não é discreto nem calado. “Eu sou otimista. Não deu certo, vamos para a próxima etapa. Estou absolutamente convicto de que tomei a decisão certa.”

É mais fácil imaginar Aécio bebendo cachaça com Lula do que vinho com Serra. “É verdade. Mando todo mês a cachaça da fazenda da família para o presidente. A Matusalém. Não tem nada parecido no Brasil. Quantas garrafas? Ah, o Lula não bebe sozinho”, diz. O que os aproxima não é uma questão etílica, mas o jeito bonachão que atrai e não afasta as pessoas. Se Lula aprendeu a negociar como líder sindical e só ganhou jogo de cintura depois de perder várias eleições, Aécio nasceu com paz e amor no DNA. Político que tem arestas, mineiro não é. “A personalidade e o estilo de Aécio e Serra são muito diferentes”, afirma o cientista político Leôncio Rodrigues. “Não seria fácil conjugar os dois na chapa. Ambos são ambiciosos, com carreira política que os legitima para ser presidentes, são fortes em seus Estados.”

“Se tivesse garantia de que como vice ia botar 20% nos votos do Serra, eu pensaria. Mas é só 0,5%”AÉCIO, traduzindo em números seu cálculo político

Ao mesmo tempo que sente simpatia por Lula, Aécio expressa respeito por Serra. “Se o Serra tem cara de mal-humorado, precisamos entender isso como uma cara de alguém preocupado com o país.” O mais importante, diz, é o Brasil se livrar de mais quatro anos de PT, porque isso seria “ruim para o país”. Por um momento no ano passado, ele achou que comandaria o processo de mudança. Mas o PSDB, fechado com Serra, deixou Aécio cantando sozinho o samba das prévias. Até que ele fez um “gesto de generosidade” e retirou-se do cenário em dezembro. Em nome de que ele agora seria o vice de Serra? “Em nome de algo maior e de seu próprio futuro, seu projeto presidencial”, diz o sociólogo Bolívar Lamounier, mineiro que mora em São Paulo. Ele é um dos inconformados. Lamounier acha que a chapa puro-sangue Serra-Aécio teria tudo para decidir a eleição e, mesmo se Dilma ganhasse, o gesto de Aécio o transformaria automaticamente em líder maior da oposição no país, em vez de um entre 81 senadores. Mas e Minas? Como candidato a vice ou a senador, qual seria a melhor posição para ajudar a eleger Anastasia? Aécio está convencido de que ficar no Estado é a melhor solução.

Em Minas Gerais, Aécio tem tanta popularidade quanto o presidente Lula. Em janeiro, segundo as pesquisas, Aécio tinha 76% e Lula 72%. Em maio, a situação se inverteu: 73% para ele e 77% para Lula. Isso demonstra que existe uma razoável interseção entre lulistas e aecistas. “Gosto de ser tocado pelo povo, ver meu governo reconhecido, perceber o carinho nos olhos de quem votou em mim. Isso me emociona.” Na segunda-feira, ÉPOCA o acompanhou em viagem de avião a Janaúba, no norte do Estado, onde seu pai foi homenageado. Aécio estava com a voz rouca, desgastada pela festa de batizado da filha de um amigo na noite anterior. No voo, dormiu uns 20 minutos com a boca aberta. “Parece Juscelino”, disse rindo o pai, Aécio Cunha. “Quando eu viajava com Juscelino para o interior, ele sempre batia no relógio e dizia: ‘Me acorde em 20 minutos’.” Revigorado após o sono pesado e breve, Aécio foi recebido por militantes emocionados e moças aos gritinhos, que disputavam fotos ao lado dele. “Agora mais pra frente, Aécio presidente!”, gritavam.

Pela primeira vez, Aécio se diz “desempregado”. Sabe que é por pouco tempo. Ele se anima quando fala da disputa política em Minas, da vida social no Rio de Janeiro, da fazenda onde a filha Gabriela, de 18 anos, sobe na mesma jabuticabeira em que ele subia aos 10 anos. Dos amigos, da família, de Nova York e de futebol. O cruzeirense Aécio “Política é momento. Futebol também. É muita carga no Kaká, não sei se é um cara que tem esse estofo.” não se conforma com uma Seleção Brasileira sem o jovem Ganso.

A conversa sobre a Vice-Presidência seria muita carga em Aécio? Ele diz que não, que se sente honrado. Mas não gosta nem um pouco quando percebe que alguém tenta transformá-lo em bode expiatório na hipótese de uma derrota de Serra nas eleições. “É patético que alguém me chame de traidor ou antipatriota. Se eu tivesse garantia de que como vice ia provocar uma comoção, que eu ia botar 20% nos votos do Serra, eu pensaria. Mas o impacto de meu nome como vice não é expressivo, e os números provam.” Ele se refere a uma pesquisa feita pela Vox Populi em Minas Gerais. Serra teria hoje 36% dos votos em Minas, e Dilma 30%. Dos 14 milhões de eleitores no Estado, 20% admitem votar em Serra com o apoio de Aécio, mas não necessariamente como vice. E só 5% condicionam o voto a Serra a uma chapa com Aécio como vice. Isso corresponde a 0,5% dos votos no Brasil.

A pesquisa só foi feita em Minas porque é ali que o nome Aécio Neves atinge o povo. “No resto do Brasil”, diz Marcos Coimbra, diretor da Vox Populi, “o eleitorado está posicionado e muda pouco agora em função de dados como a Vice-Presidência.” No Norte e no Nordeste, Aécio Neves é praticamente desconhecido. “É em Minas que ele chega ao estudante de baixa renda, ao aposentado, ao operário, ao informal, às mulheres em geral.”

Dizer que Aécio é bom de papo faz justiça a seu gosto pela articulação. Mas seu trunfo maior são as urnas. Foi eleito quatro vezes deputado federal, quatro vezes líder do PSDB, presidente da Câmara e governador de Minas, eleito em 2002 e reeleito em 2006 com porcentual inédito de 77% de votos válidos – e saiu em dezembro com 92% de aprovação. Não é só com simpatia que se consegue isso. “Choque de gestão, esse é o motivo. Sei que alguns criticam, alguns elogiam e a maioria não entende. Choque de gestão significa nossas crianças em Minas ganhando as olimpíadas de matemática, significa ter as crianças de 8 anos que melhor sabem ler no país.”

Aécio acha que Serra não tem batido suficientemente no maior vício do governo Lula: o aparelhamento e a ineficiência do Estado. “Os gastos cresceram de forma avassaladora e irresponsável, e isso não veio acompanhado da melhoria do serviço público. Aqui em Minas todo mundo tem bônus por meta. Pergunta se o governo federal tem alguma medida nessa direção. Não tem sabe por quê? Porque os sindicatos reagem.”

Ele entrou para a política aos 22 anos, como secretário do avô Tancredo, então candidato à Presidência. As imagens dessa época mostram um garoto de olhos muito expressivos e assustados. A vida de repente mudou. Perderia cavalgadas com os primos na fazenda e os jogos do Cruzeiro no estádio do Mineirão em companhia do pai. Subia ao palco político com o carimbo do sobrenome do avô materno. E não mais sairia. Criou luz própria. O jornalista Roberto D’Avila, que o conheceu antes da campanha das Diretas, há 30 anos, acha que Aécio “tem um comportamento de chefe de Estado”. Uma postura que emerge naturalmente em viagens que fizeram juntos a Cuba e à Venezuela nos anos 80, depois à Itália, à França e a vários outros países. “Como dizia Leonel Brizola”, afirma D’Ávila, “os líderes se reconhecem – e seja Shimon Peres ou François Mitterrand, sempre vi todos o tratarem de igual para igual, como alguém com pedigree, história e legitimidade.”

Para entender Aécio Neves, é preciso entender suas muitas paixões. Ele diz ser um homem de seu tempo. “Se gostar do Rio de Janeiro é defeito, vou avisando que esse defeito só tende a aumentar e que vou lá menos do que eu gostaria. É onde estão lembranças da adolescência, amigos e, principalmente, minha filha, Gabriela.” Se houve um momento da conversa em que Aécio ficou sério, foi quando se mencionou que ele gostava de “farras”. Festeiro sim, mas a fama de farrista o incomoda. O Aécio carioca, que desfila no Sambódromo, é mais conhecido do que o rural.
Seu primo Fernando Tolentino, o Grilo, conta como é sagrada a cavalgada anual da família, normalmente na última semana das férias de julho. “A gente sai da fazenda de um parente e vai para a dele. Termina com uma moda de viola e um churrasquinho. Pé no chão, short e camiseta. Sempre que a lua cheia do fim de semana encaixa com a agenda, ele vai para lá e encomenda em algum povoado um franguinho caipira. Gosta de cabrito assado também.”

Aécio continua confiante no futuro, mesmo que tenha sido preterido como candidato à Presidência pelo PSDB. Neste ano, pela primeira vez o nome de Lula não estará nas cédulas desde 1989. Aécio declarou que Geraldo Alckmin perdeu em 2006 não para um candidato, mas “para um mito”. E se o próprio Aécio tiver de disputar com “o mito Lula” em 2014? “Nunca sofro por antecipação, não consigo”, diz mineiramente o neto de Tancredo.

Politicamente mineiro

O que Aécio diz sobre seu futuro, seu candidato, seu país e sua cachaça

“Para eu ser ministro, primeiro o Serra tem de ganhar. Depois, me convidar”

“O Serra pode ser um pouco mais simpático, pode. Mas não podemos querer transformar a pessoa. Ele é confiável, é o que importa”

“A descriminalização da maconha não deu certo em lugar nenhum do mundo ainda, e acho que o Brasil não precisa ser cobaia”

“O Lula toma nossa cachaça até hoje, lá da fazenda. É para beber com uma leitoinha à pururuca”

NÃO, NÃO E NÃO À VICE-PRESIDÊNCIA

Você acha que alguém vai deixar de votar na Dilma porque eu vou ser vice do Serra?”

“Eu me senti honrado de estar sendo requisitado. Mas disse ao Serra, não tem sentido eu ser seu vice.”

“O FHC achava que as duas principais forças do partido juntas era a melhor chapa que nós tínhamos.”

“Na pesquisa que eu encomendei, só 5% em Minas exigem que eu seja vice para votar no Serra. Isso equivale a 0,5% dos votos no país.”

“Se eu tivesse garantia de que como vice ia provocar uma comoção, que eu ia botar 20% nos votos do Serra, eu pensaria.”

“Na vida e na política você tem convicções. Não adianta empurrar. Empurrado eu não vou.

“Quando eu disse não, em dezembro, o Serra tinha 20 pontos de vantagem sobre a Dilma.”

“O PSDB ainda não tem vice porque havia uma expectativa com relação a mim. Mas eu disse ao (presidente nacional do PSDB) Sérgio Guerra para não alimentar isso. Vice, em primeiro lugar, é para agregar partido, forças políticas e candidaturas, ou então ele representa algo pra um determinado segmento, como o Zé de Alencar com o Lula, que deu aval de um certo setor.”

“O nome mais forte dentro do partido para ser vice é o Tasso. A imprensa ouve o Tasso, ele tem grande capacidade de comunicação. Ele é do Nordeste, Ceará, um eleitorado importante. Já que o Serra vai ter como estratégia não enfrentar diretamente o Lula, o Tasso parte para o embate.”
MINAS GERAIS
“Eu tenho um compromisso grande aqui em Minas. Vamos anunciar agora R$ 50 bilhões de investimentos no primeiro semestre e São Paulo, que é São Paulo, com toda a pujança, vai anunciar R$ 37 bilhões”.
“Minas vivia a estagnação e eu não quero que tudo que eu derrotei volte. Minha responsabilidade é dar continuidade ao que está aqui. Vai ser um presente o (Antonio) Anastasia como governador.”
“Só 10% dos eleitores sabem que o Anastasia é meu candidato e nas espontâneas ele já empata com o Hélio (Costa), que é conhecido por 85% do eleitorado.”

“Pode ter quem se dedique igual à eleição do Serra, mas não mais que eu. Acho que posso ajudar aqui, com 2/3 dos candidatos à eleição proporcional e mais da metade dos prefeitos. Eu vou sair uma ou outra vez pra ir em alguns lugares com ele, mas sem abandonar Minas Gerais.”

“Eu tenho que ficar aqui, pois o Anastasia não é ainda uma liderança autônoma. Quem tem crédito com os prefeitos é o governador que esteve aqui nos últimos 8 anos.”

“Eu acho que vai ter alguma Dilmasia aqui sim, mas de gente do PT que vai votar na Dilma e no Anastasia, porque no PSDB é proibido. Eu acho que ela falou isso meio ingenuamente, porque percebeu que tem muita gente que tem simpatia pelo Lula e aprova nosso governo. Mas prefeito ou deputado do PSDB que não apoiar a gente será expulso.”

“Acho que mais 4 anos de PT é ruim para o país e quero muito ganhar esta eleição.”

JOSÉ SERRA
“Como é que eu posso ter rancor de alguém que estava buscando o mesmo que eu? Serra usou a força dele e conseguiu.”

“A experiência do Serra vai fazer a diferença. A Dilma tem muitas virtudes, caso contrário não estava onde está. Quem está apostando numa eleição com muita diferença vai quebrar a cara. Tem muita gente no PT achando que vai ser uma balaiada.”

“Para eu ser ministro, primeiro o Serra tem que ganhar. Depois, me convidar”.

“Mas gosto mesmo do Congresso. No Senado, eu posso ajudar muito o Serra”.
“Serra está querendo dar uma remarcada na questão de segurança e eu acho inteligente, porque é onde o governo é vulnerável. Temos que marcar aí umas quatro, cinco bandeiras para mostrar claramente à população nossas diferenças”.

“O Serra tem, já consolidado, um terço do eleitorado e sua imagem é de um homem confiável.”

“Pode ser um pouco mais simpático, pode. Pode falar mais coisas que toquem o coração das pessoas, pode. Mas não podemos querer transformar a pessoa. Ah, se o Serra tem cara de mal-humorado, precisamos entender isso como uma cara de alguém preocupado com o país.”
SONHO DA PRESIDÊNCIA
“Como candidato a presidente, eu acho que eu poderia atrair o PSB, o PDT e racharia o PMDB.”
“Eu falei de gestão moderna, eficiência, mas quando percebi que não tinha apoio, fiz um gesto de generosidade e abri mão.”

“Todo mundo apostava que eu ia sair do PSDB, eu disse ‘não vou sair porque não vou compor com quem não tenho afinidades’. Muita gente falou: ‘vai rachar o partido e vai pras convenções’, também não fiz.”

“Mas não tenho essa obsessão. Se eu tiver a oportunidade de fazer uma coisa extraordinária no país vai ser maravilhoso, mas quem não está preparado pra incompreensões não está preparado para a vida pública.”

“Eu sou otimista. Não deu certo, vamos para a próxima etapa. Estou absolutamente convicto de que tomei a decisão certa.”

“Aprendi com Tancredo: paciência. Na vida pública você pode transigir na estratégia se necessário, mas nunca nos seus objetivos e seus princípios. Então, às vezes, é melhor adiar um projeto do que buscar alguns atalhos. Eu tenho vontade de conduzir um processo, mas não é uma obsessão.”

“Podia ter ido para o PMDB, no ano passado, e, hoje, ser um candidato competitivo, mas e aí? Seria o caminho?”

“Eu sou parecido com o Tancredo. Gosto de conversar, gosto do convívio com as pessoas. Estou tendo um privilégio que não é comum, do carinho das pessoas que querem me tocar. Me deixa feliz.”

“Quero um dia ser presidente da República, mas se não for, não vou ficar frustrado.”

OS GRANDES TEMAS
Temos que acabar com o aparelhamento e com a ineficiência do estado.Os gastos correntes cresceram de forma avassaladora e irresponsável, e isso não veio acompanhado da melhoria do serviço público. Aqui em Minas, tudo mundo tem bônus por meta. Pergunta se o governo federal tem alguma medida nessa direção. Não tem, porque os sindicatos reagem.”

“O Brasil tem uma agenda que não foi cumprida,nem pelo Fernando nem pelo Lula. Eu acho que a reforma política tem que vir antes de todas as outras e depois a tributária, para acabarmos com essa guerra fiscal horrorosa e essa concentração recorde de recursos na mão da União: 70% de tudo que se arrecada.”

“Choque de gestão: alguns criticam, alguns elogiam e a maioria não entende. Choque de gestão na prática o que é: nossas crianças ganhando as olimpíadas de matemática, termos as crianças de 8 anos que melhor sabem ler. Temos que traduzir pras pessoas.”

“A descriminalização da maconha, que eu saiba, não deu certo em lugar nenhum do mundo ainda, e acho que o Brasil não precisa ser cobaia.”

“Quando o Serra decidiu criar o Ministério da Segurança, até conversou comigo. O dinheiro do governo federal não chega para a questão de segurança. Eu disse a ele que era legal, mas disse: avisa logo que vamos acabar com alguns desses ministérios aí, senão vão achar que vamos aumentar os gastos. Ele escolheu acabar com o do Mangabeira Unger e com o da Pesca.”

O PT
“Por que não pensar num futuro assim pro Brasil? Acho que vai chegar um momento em que a disputa pelo poder vai deixar espaço para o entendimento. Hoje, basicamente, o que separa o PT do PSDB é a disputa pelo poder. Em SP, onde os dois têm bases muito fortes, nunca se permitiu essa aproximação. Por aqui, em Minas, já se conseguiu fazer isso.”

“Em Minas, com o Fernando Pimentel, fizemos a aliança porque passamos 8 anos trabalhando juntos e aí cada um ia ficar com seu candidato. Não, fomos atrás de um homem correto e competente e apoiamos.”

“Temos que ter espírito público e compromisso. Por que não dizermos: vamos fazer essa reforma, independentemente de quem ganhar a eleição? Não são reformas de um partido, são do Brasil.”

“Na prática acontece o contrário. O PT fez isso com a gente durante 8 anos e o PSDB foi pelo mesmo caminho e acabou bombardeando projetos que eram do interesse do país.”

“Não temos mais candidatos de direita. Quem dos três é de direita? É injusto dizer isso.”

“O Pimentel tem muitas qualidades. Fizemos muitas parcerias aqui e o governo dele teve muitos bons resultados, o que atrapalha um pouco é a pressão que o PT faz pra estar dentro do governo. Mas ele tem visão moderna de estado. Das lideranças do PT com quem eu convivi, é a mais parecida comigo.”

“Eu não teria a menor dificuldade de, no futuro, fazer uma aliança com ele(Pimentel). Do mesmo jeito que no PT tem muita gente antiga, tem muita gente moderna. Eu quero conversar com gente que pensa o Brasil e dentro do PT tem muita gente assim. Temos que parar com essa bobagem de que porque é do outro partido só tem defeitos e o cara que está do seu lado só tem virtudes. Existem virtudes de todos os lados e é esse reconhecimento que permite que depois de passada a eleição se construa pontes.”

O HOMEM
Eu não sofro por antecedência, não consigo.” (sobre a hipótese de ter que disputar com Lula a presidência em 2014)
“Levo uma vida comum aqui. Converso com as pessoas, vou ao cinema, vou à pizzaria.”
“Gosto mais de Nova York do que de Paris.”
“Se gostar do Rio for um defeito, o meu defeito vai só aumentar.”
“As minhas amizades são as mesmas de muitos anos. Eu tenho prazer, hoje, de estar no Rio e de estar em minha fazenda em Cláudio, tomando uma Matusalém.”
“Essa nossa cachaça não tem nada parecido no Brasil. A gente não vende. Meu tio Musse fabricou em 1960, quando o Tancredo ia ganhar do Magalhães, e ele perdeu. Aí, ficou lá e ele começou a engarrafar a conta-gotas. Ficou no tonel de madeira de amendoim. Eu fiz os cálculos e vi que até os 90 anos ainda teremos estoque dela. A cachaça é maravilhosa, envelhecida. Tira gosto pra acompanhar: uma leitoinha a pururuca.”
“O Lula toma nossa cachaça até hoje, lá da Fazenda.”
“A Gabriela vai todo mês com amigos do Rio, mais de 20. Ela tem 18 anos e fica todo mundo lá, nadando, andando à cavalo. Ver minha filha, junto com os primos, subindo na mesma jabuticabeira que eu subia é muito legal”.
“Vou ao Rio quando posso, menos que gostaria. É a primeira vez que estou sem mandato, desde 86. Estou desempregado e fui viajar um pouco.”
“Eu leio jornal, e leio até demais.”
“Eu não pauto minhas amizades por posições políticas. Falta um pouco mais de arte na política. Está tudo muito no enfrentamento. Depois as pessoas ganham e não sabem nem por que ganharam. Fica só a luta pelo poder e pelos cargos. Quero dar mais leveza à política.”
“Eu sou uma pessoa muito de bem com a vida. Eu não mudei a minha vida. Nunca vesti estereótipo de político tradicional pra ganhar voto. Sou um homem do meu tempo. Disputei as duas eleições para o governo, eu estava separado da mulher, e alguns diziam que ia atrapalhar…”
“Tudo que traz bem-estar para as pessoas influencia no voto. A situação econômica influencia, a quantidade de vizinhos empregados na sua rua também. O Brasil ganhar a Copa também. Tudo ajuda mais a quem está no governo.”
“Eu acho que o Dunga fez um milagre. Mas eu estou na campanha de chamar o Ganso. Está jogando muito. Não sei se levaria o Neymar, mas o Ganso sim. É muita carga no psicológico do Kaká, não sei se é um cara que tem esse estofo.”
Fonte: Ruth de Aquino e Leopoldo Mateus com Alberto Bombig