Entrevista do ex-governador Aécio Neves, candidato ao Senado pela Coligação “Somos Minas Gerais”

Evento: Caminhada em Ibirité

Data: 14/07

Assuntos: Estratégias de campanha, estudo do Ipea sobre redução da pobreza e o ex-presidente Itamar Franco, candidato ao Senado.

SEM REVISÃO

Campanha da Coligação.

Então, nossa campanha, agora, tem um objetivo central, tornar o governador Anastasia ainda mais conhecido. Ele tem uma dificuldade em relação a qualquer outro candidato, porque ele tem que se dividir como eu fiz, inclusive, na minha reeleição, entre as atribuições de governo, na agenda de governador e na agenda de campanha. E eu tenho muita confiança de que quanto maior for o conhecimento, não apenas em relação a figura humana do Anastasia, homem simples, como gostam os mineiros, um homem que fala naturalmente dos grandes problemas mineiros, mas quando houver conhecimento da sua participação nas transformações que ocorreram em Minas Gerais. Olha, eu vou falar para vocês, eu estou em estado de graça. Porque poder, depois de oito anos, andar por onde temos andado, recebendo esse carinho, esse reconhecimento das pessoas é o máximo que qualquer homem público possa buscar a ter. E aí, nossa responsabilidade para a continuidade desses avanços é ainda maior. Eu tenho cada vez mais confiança na vitória de Anastasia, porque ele é a vitória dos avanços em Minas Gerais.

Governador, e o Itamar? Por que ele não está acompanhando o senhor?

Eu acho que a partir desse final de semana, ele já deve estar aqui. Ele teve uma primeira missão, delegada pelo Anastasia e por mim, que é organizar a nossa campanha na Zona da Mata, uma região densa do ponto de vista eleitoral, onde ele tem uma liderança inconteste, acima, acredito de todos nós. Ele reuniu lideranças importantes, organizou os nossos comitês, inclusive já está organizando a primeira visita nossa a Zona da Mata, talvez nas próximas duas semanas. Mas eu espero já a partir da próxima semana que ele esteja conosco nos principais atos de campanha.
Mas uma decisão nossa, do conselho estratégico da campanha, é nos dividirmos um pouco também. Vocês não vão me ver em todos os atos com o Anastasia, nem ele estará em todos os atos com o Itamar. Queremos nos dividir um pouco pelo Estado. Nos grandes eventos, nos grandes encontros, vamos estar juntos. Mas nos atos rotineiros de campanha, eu estarei levando a palavra de Itamar e de Anastasia, assim como ele estará levando a nossa e vice-versa. Acho que é uma forma de nos ocuparmos o Estado de Minas com a nossa presença mais rapidamente.

Governador, vocês já definiram as regiões prioritárias, porque parece que, na Zona da Mata, acho que o PSDB não está, acho que o PT tem mais...

Olha, tem indicadores diferentes nas várias regiões. Eu reconheço. Não é o mesmo nível de avaliação que tem o governador Anastasia. Mas se você olhar, e as pesquisas estão todas aí, para que a análise seja aprofundada, ele não tem a melhor avaliação onde ele é menos conhecido. Então, a preocupação não é específica com a região A ou B, é com o nível de conhecimento dele. Eu acredito que, a partir de agora, com a liberação da campanha, do material de campanha, da vinculação do nosso, que eu chamo exército de candidatos, das lideranças políticas de todo o Estado, eu acho que em um espaço de tempo relativamente curto, ele já vai se tornar bastante conhecido. E é no programa eleitoral, não tem outro caminho, no programa eleitoral é que a população se familiariza com o candidato e com seu perfil, suas realizações.
Estamos muito serenos, nossa campanha está muito bem organizada, e vamos estar em todas as regiões do Estado, dando a elas a mesma importância.

Governador, o governo federal soltou um dado de que Minas Gerais pode eliminar a pobreza antes do resto do país.

Teve um dado extremamente importante, mais um dado extremamente importante do governo federal, que mostra que apenas Paraná e Santa Catarina reduzirão a miséria antes de Minas Gerais. Nós reduziremos, segundo os dados do governo federal, até 2013, a miséria a zero em Minas Gerais, à frente de Rio de Janeiro, à frente de São Paulo, e de estados muito mais homogêneos do que o nosso. Isso, casado com os indicadores de educação, que botam Minas novamente na liderança, casado com os indicadores do emprego, eu tive ontem um encontro casual com o ministro Carlos Lupi, ministro do Trabalho, que veio em cumprimentar em uma reunião em que eu estava participando, pelos dados de Minas, que gerou 20% dos empregos com carteira assinada nos últimos meses, com 10% da população. Tudo isso mostra o acerto da nossa administração, que criou um ambiente positivo, fértil, para negócios, e isso faz com que o desenvolvimento social ocorra. Portanto, todos esses indicadores mostram que nenhum estado brasileiro avançou tanto no campo social como avançou Minas Gerais.