Entrevistas em vídeo:
Parte 1: Entrevista exclusiva com Aécio Neves
Resumo
Virou uma lenda política: quem quer ser presidente, precisa vencer em Minas Gerais. A história, porém, tem grande ligação com a realidade, já que os eleitos nas últimas disputas venceram no segundo maior colégio eleitoral brasileiro. Nesta segunda parte de Aécio Neves no VEJA Entrevista, o tucano analisa a eleição presidencial em seu estado. Serra e Aécio estão juntos nesta segunda-feira em Minas.
Entre 2002 e 2006, o PSDB ganhou 2 milhões de votos em Minas, uma variação de 92%. O PT ganhou 202 mil votos. Isso não impediu que Lula tivesse uma vantagem de 1,1 milhão de votos em 2006 sobre o tucano Geraldo Alckmin. Nos dois pleitos, Aécio foi eleito, mas Lula venceu em Minas.
“Minas é uma boa amostragem do que é o Brasil”, explica o ex-governador. Para ele, a candidata de Lula, Dilma Rousseff (PT), terá vantagem no norte do estado, “o quarto mais populoso estado nordestino do Brasil” (1:25 min), onde há forte presença dos programas sociais. Aliados tucanos chegaram a cogitar uma vantagem de dois milhões de votos, mas Aécio prefere ter cautela.
Mostrando engajamento na campanha de Serra, o ex-governador diz que partiu dele o convite para que o candidato à presidência da República vá semanalmente a Minas. Nesta segunda, os dois estão juntos no estado.
Aécio também indicou o secretário-geral do PSDB e um aecista de carteirinha, o deputado Rodrigo de Castro, para organizar o comitê de Serra no estado. “Acredito que nem em São Paulo há uma aliança tão ampla apoiando o candidato Serra”, afirma (2:24 min).
Apesar de ver o movimento Dilmasia (voto em Dilma e Anastásia) como restrito a poucos casos, Aécio afirma que não poderá impedir que prefeitos defendam a prática, já que a base de apoio ao seu governo e agora à candidatura de Anastásia conta com partidos que apóiam, nacionalmente, o PT, como o PSB e o PR. “Eu, obviamente, não abri mão do apoio desses partidos ao governador Anastasia. Mas tenho de respeitar que esses partidos façam no plano nacional campanha para Dilma.”
Fonte: Revista Veja
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