30 de julho de 2014

Governo Dilma deixará sucessor com inúmeros problemas

Fonte: Jogo do Poder


Atual governo deixa a sucessor um Brasil “desmobilizado”, afirma Aécio

O “atual governo deixa ao seu sucessor um país desmobilizado”, afirmou o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, no final de sua fala a empresários em sabatina promovida nesta quarta-feira pela CNI. Ele fez críticas ao que chamou de “aparelhamento” da máquina pública, citando problemas em diversas estatais.

“Essa visão patrimonialista, de ocupação por um projeto de poder, vem prejudicando o Brasil. O setor energético está na UTI. Precisamos de medidas duradouras. A Petrobras é vítima de armadilhas criadas pelo atual governo. Estamos na contramão do mundo ao subsidiar combustível fóssil. A Petrobras está amarrada por uma demanda de investimentos que não poderemos fazer. Temos que enfrentar de forma clara questão do gás”, defendeu.

Para Aécio, “ou o Brasil constrói um novo ciclo de governo em relação ao que aí está, com essas estruturas carcomidas, ou desafios serão ainda maiores em 2018. Se não fizermos rápida inversão de valores e atitudes, cairá a participação da nossa economia no comércio internacional”.

O tucano elogiou o setor do agronegócio que, para ele, “se qualificou e investiu em inovação”. “Não vai me faltar coragem desde o primeiro dia de governo para tomar as medidas necessárias. Ofereço minha disposição ao permanente diálogo. Novo de verdade somos nós”, sustentou ao despedir-se.

Em coletiva de imprensa, Aécio disse que seu governo fará “o superávit primário que for possível e será feito de forma absolutamente transparente” e criticou “as alquimias contábeis” que o governo Dilma Rousseff teria feito para cumprir a meta de superávit primário ao longo de sua gestão.

“Não teremos 2015 fácil. Ele já está em boa parte precificado pelo atual governo”, acrescentou o senador. De acordo com ele, isso aconteceu “seja pela desorganização do setor elétrico ou a própria situação da Petrobras, que precisará ser redefinida já que hoje ela se transformou quase exclusivamente em instrumento de política econômica do governo”.

Além disso, para Neves, “o atual governo perdeu a capacidade de garantir condições básicas para a retomada do investimento”.

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