29 de julho de 2014

Governo do PT trata os condenados pelo Mensalão como heróis

Fonte: Folha de S. Paulo


Fala sobre mensalão é infeliz, diz Aécio

Em sabatina, Dilma sugeriu que tucanos agiram para bloquear investigações sobre supostos desvios do PSDB

Segundo candidato ao Planalto, se alguém for condenado no mensalão tucano, não será tratado como herói

O candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), rebateu na noite dessa segunda-feira (28) declaração da presidente Dilma Rousseff sobre o mensalão tucano, que envolve o ex-governador de Minas Eduardo Azeredo, acusado de desviar dinheiro de empresas ligadas ao governo para sua campanha à reeleição em 1998.

Segundo ele, se um tucano for condenado no caso, ele não será “tratado como herói, como buscou fazer. Em sabatina promovida pelaFolha, o portal UOL, o SBT e a Jovem Pan, a petista insinuou que o PSDB agiu para “interromper” a Justiça e que, no caso do mensalão petista, integrantes do partido foram julgados com “dois pesos e 19 medidas”.

“Não é uma manifestação feliz da presidente. Tudo tem que ser julgado, independente de a qual partido pertençam os que são acusados”, disse Aécio. “No caso do PSDB, se eventualmente alguém ligado ou filiado ao partido cometer algum delito e for punido por ele, nós não o trataremos como herói, como buscou fazer o PT“.

Aécio também rebateu insinuação da presidente de que ele tem uma “visão fundamentalista” de Cuba, por defender a revisão do contrato com os profissionais de saúde da ilha que trabalham para o Mais Médicos. “Se há fundamentalismo na relação com Cuba, certamente ele não tem origem nas nossas posições, provavelmente nas posições da presidente.”

As declarações foram dadas após o tucano participar de um encontro com integrantes de ONGs, em São Paulo, e defender um marco civil para o setor.

Antes disso, ele teve uma reunião com todos os coordenadores estaduais de sua campanha, onde foi anunciado que sua filha mais velha, Gabriela, será coordenadora de “comitês voluntários” de Aécio no Rio de Janeiro.

A ideia é que essas estruturas de apoio “espontâneo” existam em todo o país. Elas serão identificadas como “agentes da mudança”.

A ideia é similar à que levou a ex-senadora Marina Silva criar, em 2010, as “Casas de Marina“, fórmula que replicou agora como vice na chapa presidencial de Eduardo Campos (PSB).

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