Fonte: Valor Econômico
Aécio diz que pode rever gestão da Petrobras e preços dos combustíveis
O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), admitiu nesta quarta-feira que poderá rever o atual modelo de gestão da Petrobras e a política de preços dos combustíveis.
No entanto, não disse se vai promover alterações. “Quero discutir o
modelo. Que benefícios trouxe ao país e o que pode ser mudado”, disse
durante sabatina promovida pela “Folha de S.Paulo”, portal UOL, SBT e rádio Jovem Pan no Tearo Folha, em São Paulo.
O tucano responsabilizou o governo do PT
pela adoção das chamadas “medidas amargas” na economia. “Não há medidas
impopulares, isso está virando lenda. São medidas necessárias que terão
de ser tomadas. As medidas impopulares estão sendo adotadas pelo atual
governo”, atacou. “Vou tomar as medidas necessárias para colocar o país
no caminho do crescimento”, afirmou, durante sabatina.
Para Aécio, uma eventual vitória tucana geraria efeito inverso ao inicialmente causado quando da eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. “Acredito que com a nossa vitória haverá uma melhora. Com a eleição do Lula houve incerteza. Uma vitória do PSDB gerará um efeito inverso”, afirmou. “Estamos convencidos disso, inclusive com analistas do interior”, assegurou.
Sobre a comparação da emenda da reeleição de FHC com o mensalão, feita pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB), Aécio
disse que “foi investigada e arquivada por falta de provas”. “A minha
opinião é que não houve compra de votos [para aprovar a reeleição
presidencial]. Acho que o PT concorda conosco. Governa há 12 anos e por que não tentou reabrir isso? Esqueceu?”, alfinetou Aécio.
O candidato do PSDB defendeu reformas nos códigos penal e de processo penal, além da elaboração de um plano nacional de segurança pública.
“Há algum tempo um ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] disse que
as cadeias são masmorras. Sabe quanto ele usou do Fupen [Fundo
Penitenciário Nacional]? Dez por cento. É a demonstração clara de que
esse governo não trata a segurança pública como deveria”, disparou.
Sobre a Copa do Mundo, Aécio disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) “tentou surfar no êxito da seleção”. Aécio disse ser contrário à intervenção do governo no futebol. Mas defendeu a “elaboração de uma lei de responsabilidade fiscal para o esporte”.
A entrevista de Aécio a
jornalistas de quatro veículos de comunicação em São Paulo foi marcada
por constantes intervenções da plateia, que aplaudia e gritava palavras
de ordem, como “muito bem, Aécio“. A maioria da audiência presente era formada por militantes e partidários do PSDB de São Paulo.
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