7 de agosto de 2014

Aécio inicia campanha na região da Baixada Fluminense

Fonte: O Globo


Com apoio do PMDB do Rio, Aécio faz corpo a corpo nesta quinta na Baixada Fluminense

Movimento ‘Aezão’ marca reunião com 200 lideranças e 800 moradores de Queimados. O candidato tucano a presidente, senador Aécio Neves, começa nesta quinta-feira sua campanha no Rio pela Baixada Fluminense. Com uma caminhada marcada para o fim da tarde em Queimados, ele se encontrará com os peemedebistas dissidentes que criaram o movimento “Aezão”.

Sem a presença maciça de prefeitos da região — parte declarou apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff —, o evento reunirá deputados de PMDB, PP, PSDB e PSD. Após o corpo a corpo, Aécio participará de uma reunião com 200 lideranças locais e 800 moradores do município.

A caminhada é a primeira agenda de campanha do “Aezão”, movimento de apoio a Aécio e ao governador peemedebista Luiz Fernando Pezão, que tenta a reeleição. O governador não deverá comparecer ao ato. Embora esteja oficialmente com a candidatura de Dilma, Pezão não tem pedido votos para a presidente. Será distribuído material de campanha conjunto de Aécio e Pezão, mas em pouca quantidade. O atraso na divulgação do CNPJ das candidaturas atrapalhou a confecção das peças. De acordo com o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, os dissidentes planejam para o tucano 15 eventos no Rio, dos quais pelo menos cinco na Baixada. A meta é promover um ato em cada região do estado. Aécio também terá encontros com empresários.

Além do prefeito de Queimados, Max Lemos, um dos articuladores do movimento “Aezão”, é esperado o prefeito de Nilópolis, Alessandro Calazans (PMN). Os prefeitos dos dois principais colégios eleitorais da Baixada — Duque de Caxias e Nova Iguaçu —, Alexandre Cardoso (sem partido) e Nelson Bournier (PMDB), anunciaram apoio a Dilma. No entanto, o quadro de apoio ao tucano pode ser alterado. Segundo Lemos, existe a expectativa de migração de prefeitos para a candidatura de Aécio.

— Precisamos levar em conta que alguns prefeitos têm convênios com o governo federal e isso pode ser uma forma de pressão para que não ingressem no Aezão — afirmou Lemos. — Este evento é para apresentar Aécio à população e não aos prefeitos, que já estiveram reunidos no lançamento do “Aezão”. Convidamos deputados e a chapa do governador Pezão. Estarão presentes o vice, senador Francisco Dornelles, e o Cesar Maia (candidato ao Senado) — acrescentou Lemos.

Dos 13 prefeitos da Baixada, seis declararam apoio ao Aezão e cinco, a Dilma. Outros dois ainda não decidiram para quem pedirão votos.

O descontentamento com o governo da presidente Dilma Rousseff pode fazer o “Aezão” ganhar mais colaboradores. Prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier é um dos que ameaça romper com a aliança nacional entre PMDB e PT. Ele afirmou na quarta-feira que a cidade foi a mais atingida pelas chuvas de dezembro do ano passado e que, até hoje, não vieram recursos do governo federal para ajudar na reconstrução:

— Se não tiver a reciprocidade, vou ter que dizer ao povo de Nova Iguaçu que ela não foi sensível — declarou, dizendo que tomará a decisão de continuar a apoiar ou não Dilma “no momento exato”.  

Picciani assume coordenação
 
Na terça-feira, Aécio ligou para o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, e o convidou para assumir a coordenação de sua campanha no Estado do Rio. Picciani foi o idealizador do “Aezão”. O peemedebista evitou comentar na quarta-feira se os prefeitos estão ou não sendo pressionados a ficar fora do “Aezão”:

— Honestamente, o que eu percebo é que a esperança é maior do que o medo.

Picciani afirmou que a ideia do evento desta quinta-feira em Queimados é fazer com que Aécio tenha contato com a população e apresente propostas para a região. O PMDB quer evitar o que aconteceu com Pezão na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, no primeiro dia de campanha, quando ele ficou cercado por correligionários e praticamente não conseguiu se aproximar dos eleitores. A organização do “Aezão” quer que os candidatos fiquem mais próximos de Aécio somente na parte final da agenda, quando acontecerão os discursos.

— A finalidade é mais caminhar e estar livre cumprimentando as pessoas comuns na Baixada. Se fica muita gente em cima, o candidato não consegue falar com as pessoas — afirmou Picciani.

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