Candidato tucano comemora mais adesões no PMDB do Rio
O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves,
desistiu de se licenciar do mandato por causa de seus compromissos com a
campanha. Além de já ter enviado ao presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), um ofício abrindo mão dos
vencimentos desde o dia 5 de julho, ele se baseia em um artigo do
regimento do Senado que permite aos candidatos a presidente e vice se
afastar dos trabalhos sem se licenciar do mandato.
Sobre a decisão de não se licenciar do mandato, Aécio lembrou que a oposição tem uma bancada pequena no Senado, e é importante que ele, e os líderes Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e José Agripino Maia
(DEM-RN) continuem contando com a tribuna do Senado em caso de
necessidade, como agora, no escândalo da combinação das perguntas com
diretores investigados na CPI da Petrobras do Senado.
- O Regimento permite que eu me afaste sem a necessidade
de me licenciar. Mas posso ser questionado. Então eu fico com o meu
mandato mas sem receber os subsídios, para não ser questionado. Quando
achar necessário, eu volto – disse Aécio.
Nesta terça-feira, o tucano comemorou a ampliação da aliança com o PMDB
do Rio de Janeiro, agora com a adesão do presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Paulo Melo, e do secretário-chefe da Casa Civil da
prefeitura do Rio, Pedro Paulo Teixeira. Os dois são ligados ao
prefeito Eduardo Paes, que agora, segundo ele, também tem um pé na
campanha de Aécio, apesar de ter chamado o movimento “Aezão” de “bacanal” eleitoral. Pedro Paulo é o candidato de Paes a sua sucessão na prefeitura do Rio.
O deputado Pedro Paulo afirmou que há dificuldade de fazer campanha para a presidente, mas garantiu que se mantém fiel a Dilma.
— Não existe adesão (ao Aécio). Minha posição é clara de apoio à presidente Dilma. Ainda que eu reconheça a forte tendência dos meus parceiros a não ter candidato a presidente ou a apoiar o Aécio e a dificuldade que está para fazer campanha para a Dilma na cidade — afirmou, reinteirando em seguida: — Respeito o senador Aécio Neves, mas me mantenho firme no apoio à candidatura da presidente Dilma.
O candidato tucano já está com sua agenda de campanha dos
próximos 15 dias fechada. No sábado ele faz campanha em Manaus junto com
o prefeito Arthur Virgílio (PSDB). No mesmo dia vai ao
Acre. Retorna para o Rio no domingo, onde passa o dia dos pais com a
mulher e filhos, e depois participa de uma comemoração com idosos em um
asilo na periferia do Rio.
Na segunda-feira, Aécio começa o que
chama de “imersão” no Nordeste. Ele passará três dias visitando cidades
do interior de vários estados, como Itabuna (BA), Arapiraca (AL),
Petrolina (PE), Itabaiana (SE) e outras. Sobre o Plano de
Desenvolvimento para a região que será anunciado, Aécio
adianta a pretensão de um projeto ambicioso: a construção de um polo de
saúde de altíssima tecnologia como o Sírio Libanês ou Hospital das
Clínicas de São Paulo em alguma cidade da parte mais carente do
Nordeste.
- Vou lutar para executar um sonho: a construção de um
centro de excelência no Nordeste para não deixar nada a dever a um Sírio
Libanês, um centro de altíssimo nível que só vão reconhecer a
importância daqui a 15 ou 20 anos – disse Aécio.
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