21 de agosto de 2014

Aécio Neves: saúde será prioridade

Programa Mulheres de Peito iniciado por Alckmin é prioridade entre as propostas de governo de Aécio Neves. Combate ao câncer de mama.


Eleições 2014


Fonte: PSDB



Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves


Assuntos: eleições 2014; saúde, câncer de mama; SUS


Sobre a agenda em SP e o programa Mulheres de Peito


Essa iniciativa do governador Geraldo AlckminMulheres de Peito, é algo que precisamos levar para todo o Brasil. Hoje, morrem em todas as regiões do Brasil cerca de 10 mil mulheres por câncer de mama. E essa é uma doença em que o diagnóstico faz toda a diferença, se ele é feito precocemente, como propõe esse programa, as possibilidades de curas são enormes. Hoje, no Brasil, pelo menos 50% dos nossos municípios não têm sequer um mamógrafo. O governo federal, a partir dessa experiência do governador Geraldo Alckmin, vai buscar levar a oportunidade desses exames [serem feitos] para todas as regiões do Brasil e, a partir do diagnóstico, se houver alguma suspeita, ao encaminhamento já para o tratamento, como ocorre em São Paulo. Administrar é apresentar resultados buscando as boas experiências, experiências que vem dando certo. E a saúde pública no Brasil, infelizmente, ao longo desses últimos anos, não melhorou, piorou, exatamente pela incapacidade que o governo federal teve de apoiar e de tomar iniciativas importantes, como essa do governo de São Paulo.


Sobre a defasagem da tabela do SUS


Essa é uma questão que precisa ser enfrentada e vamos enfrentá-la com o aumento de financiamento, que vai vir a partir de proposta que está sendo votada no Senado Federal. Mas, obviamente, só vou tratar de números no momento em que estiver no governo com todas as informações que, infelizmente, não temos hoje.


É necessário que ela seja corrigida. Você não vai corrigir toda da defasagem do dia para noite. Mas, a partir do momento em que você tem prioridades claras, e saúde no nosso governo será uma prioridade, é possível sim, o que ocorreu nesses últimos anos é que o governo federal vem gastando cada vez menos com a saúde em relação ao conjunto de investimentos.


Quando o PT assumiu o governo, alguma coisa em torno de 54% de todos os investimentos eram financiados pela União. Passaram-se 12 anos e, hoje, apenas 45% são financiados pela União.  O que isso significa? Que principalmente os municípios, mas também os estados, são obrigados a pagar essa diferença. É algo ilógico. O que os que menos têm são levados, instados a gastar mais com saúde. Não há hoje no Brasil um município, é difícil de se encontrar, que gaste menos de 22%, 25% da sua receita com saúde, quando o piso constitucional é de 15% da receita.


Sofre o fim da defasagem da tabela do SUS e gastos do governo


Temos que ter algo que falta ao no Brasil hoje: previsibilidade. Você não vai corrigir toda a defasagem do dia para noite, mas progressivamente, com previsibilidade, sabendo a cada ano qual será a correção, é algo possível e será feito no nosso governo. Experiências extremamente exitosas como essa, que permite o diagnóstico preventivo de uma doença ou de uma possibilidade de doença que se alastra ou pelo Brasil, que é o câncer de mama, é uma iniciativa saudável. E as pequenas iniciativas, além da boa aplicação do dinheiro público, e isso é que falta também na saúde, além do financiamento, falta gestão do dinheiro público, que em um governo que tem experiência de gestão e de resultados pode acontecer.


Ao mesmo tempo, em relação à saúde pública, temos que ampliar, principalmente nas regiões mais desassistidas, os programas de saúde da família. Dobrei em Minas Gerais, no meu mandato, a possibilidade de o Saúde da Família chegar à porta das pessoas. Isso deixou de ser prioridade ao longo do governo do PT. A saúde preventiva se dá em iniciativas como essa do governador Geraldo Alckmin e também com a ampliação do programa Saúde da Família, que se mostrou, quando lançado no governo do presidente Fernando Henrique, um instrumento muito valioso para diminuir inclusive o custo da saúde na sua etapa final.
Sobre a campanha


Sou candidato à Presidência da Repúblicaara apresentar propostas que permitam ao Brasil voltar a crescer, permitam que os serviços públicos sejam de melhor qualidade, que os empregos também de qualidade voltem ao Brasil e que os nossos indicadores sociais na saúde, na segurança e na educação melhorem. Isso não muda absolutamente nada. O nosso adversário é o governo que está aí, que leva o Brasil a ter o pior crescimento na nossa região, desconectou-nos do mundo, e temos hoje uma dificuldade enorme para quem produz no Brasil em razão da baixíssima competitividade, que vem da ausência de infraestrutura, da altíssima carga tributária. O que queremos é iniciar um ciclo novo no Brasil de desenvolvimento, de conexão com as grandes cadeias globais e, obviamente, de melhoria da saúde, da segurança pública e da educação. Continuaremos a apresentar uma proposta alternativa a essa que está aí há 12 anos nos governando. Tenho extrema confiança de que vamos para o segundo turno e que no segundo turno venceremos as eleições.


O meu programa é esse que está sendo debatido e discutido há muito tempo com todos os setores da sociedade brasileira. Isso não muda. Eu não sou candidato à Presidência da República para fazer um governo do PSDB ou para fazer o governo dos aliados. Sou candidato à Presidência da República para fazer um governo das melhores cabeças, das experiências exitosas, como a do governo de São Paulo, fazer com que as experiências que tivemos em Minas Gerais e que nos levaram a ter a melhor educação fundamental do Brasil e uma qualidade de saúde bem acima da média nacional possam chegar a todo o Brasil. Isso não muda. O que queremos é apresentar ao Brasil para o debate dos brasileiros propostas, projetos. E isso eu posso garantir que nós temos, inclusive, aprofundados, debatidos e detalhados. E o Brasil vai tomar conhecimento desses nossos projetos nesses 45 dias de campanha que nos restam.


Sobre palanque em São Paulo


Dizia desde o início que tenho um privilégio que, esse, eu julgo que outros não têm. De ter Brasil afora apoio de lideranças políticas experimentadas, corretas, éticas, honradas e que vão nos ajudar muito a resolver os problemas do Brasil. Eu destacaria, dentre todas essas, como a figura mais expressiva o governador Geraldo Alckmin. Ter a companhia do governador não é importante apenas na eleição em São Paulo, como alguns preferem entender. É fundamental para que possamos governar o Brasil. O Brasil precisa da experiência de quem superou dificuldades crônicas, como vem superando a cada dia, o governador Geraldo Alckmin, e outros companheiros nossos pelo Brasil. Tenho certeza que no momento da decisão a capacidade de apresentar solução para melhorar a qualidade da saúde, para melhorar a qualidade da educação e para trazer segurança às famílias brasileiras, para trazer empregos de melhor qualidade no Brasil, vai pesar muito na decisão do eleitor. Eu não farei uma campanha atacando A ou B. Farei uma campanha apresentando ao Brasil um novo caminho. E o melhor caminho é o caminho do PSDB.

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