10 de junho de 2009

Minas Gerais investe na melhoria da saúde indígena



Para fortalecer a atenção básica à saúde indígena, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), destinou, no final do ano passado, mais de R$ 1 milhão para oito nações indígenas no Estado: Aranã, Xukuru-Kariri, Pankaru, Maxakali, Krenak, Kaxixó, Xacriabá e Pataxó. Segundo a coordenadora estadual de Saúde Indígena, Simone Abreu, esses recursos são de caráter complementar, já que tais políticas são de competência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), conforme o Estatuto do Índio (Lei Federal 6001, de 19 de fevereiro de 1973).
O objetivo desse apoio é mudar a realidade nas aldeias. De acordo com estudo desenvolvido pelas pesquisadoras Juliana Albano e Karine Liliane Costa Oliveira, 30% dos idosos da aldeia apresentam desnutrição leve segundo parâmetros de avaliação nutricional - CB (circunferência do braço) e CMB (circunferência muscular do braço) – e 40% estão com sobrepeso, quando se analisa o índice de massa corporal (IMC). A pesquisa foi orientada pela professora Tatiana, da Escola de Nutrição do Centro Universitário do Leste Mineiro (Unileste).
O investimento do Governo de Minas se destina à construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS), aquisição de barcos a motor para transporte fluvial nos rios Pará e Doce das equipes de saúde que atuam nas aldeias e instalação de radiocomunicadores e GPS. Os recursos ainda são empregados na qualificação dos agentes de saúde indígenas para que o atendimento se adéqüe às especificidades culturais desses povos. Dezesseis equipes de saúde indígena, do Programa Saúde Indígena, ligada ao Programa Saúde em Casa, recebem, cada uma, um bônus de R$ 2 mil. Os recursos são repassados pelo Governo de Estado para fortalecer a atenção primária.
A Coordenadoria Estadual da Saúde Indígena também está implementando a segunda etapa do Projeto Resgate da Medicina Tradicional Indígena e o módulo II do projeto Saúde Mental Indígena. Por meio da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP/MG), estão sendo oferecidos cursos aos agentes de saúde nas aldeias onde foram constatadas vulnerabilidades para uso de álcool e drogas.

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